O terceiro Tiago provado historicamente


Para entender este texto, o leitor que chegou agora deverá primeiro ler estes aqui:


Basicamente, a discussão gira em torno da identidade do Tiago que é apresentado pela Bíblia como sendo o irmão de Jesus (especialmente em Gálatas 1:19). Para os católicos romanos, este Tiago nada mais era senão um primo de Jesus, e era também um de seus doze discípulos, identificado como sendo o “Tiago menor”, ou “Tiago, filho de Alfeu” (Lc.6:15). Para eles, só existem dois Tiagos relevantes no Novo Testamento, e estes são os dois discípulos de Jesus. O “segundo” Tiago, portanto, seria o “irmão” (leia-se “primo”) do Mestre.

Os evangélicos, por outro lado, entendem corretamente que esse Tiago declarado irmão (adelphos) de Jesus não era um “primo” (anepsios) de Cristo, mas sim um irmão mesmo. Consequentemente, este Tiago não era nenhum dos dois discípulos de Jesus. Ele não era nem o Tiago irmão de João e filho de Zebedeu (chamado de “Tiago maior”), nem o Tiago filho de Alfeu (chamado de “Tiago menor”). Era, portanto, um terceiro Tiago, que liderou o Concílio de Jerusalém em Atos 15, região onde atuava como bispo, e também era contabilizado no grupo mais ampliado dos “apóstolos” (Gl.1:19), grupo este que ia além dos doze primeiros, e que incluía pessoas como Paulo (Cl.1:1), Barnabé (At.14:14), Andrônico (Rm.16:7), Júnias (Rm.16:7) e outros.

Estando isso claro, passemos então às argumentações históricas. A objeção feita pelos militantes papistas é a de que esse terceiro Tiago, que nós provamos biblicamente que é o irmão de Jesus, não existe nos documentos primitivos da igreja cristã, não passando de uma invenção protestante de dois mil anos mais tarde. Para eles, a patrística atesta apenas a existência de dois Tiagos (e para sustentar isso eles se apóiam em um único trecho de Eusébio de Cesareia, somado à crença pessoal de Jerônimo). Certo astronauta católico chegou a afirmar o seguinte em uma página obscena e obscura da internet:


Primeiro eles tiram o debate na Bíblia, que não lhes interessa, e o jogam para o campo patrístico. Em seguida, após desprezar a Bíblia como um livro histórico, eles lançam a afirmação pitoresca de que historicamente esse terceiro Tiago só existiu dois mil anos depois de Cristo, inventado pelos “protestantes”. É óbvio que tamanha asneira só poderia ter sido propagada por infelizes que jamais leram uma única obra patrística na vida, e não sentem vergonha na cara antes de fazer desafios desta natureza. Isso porque a história é clara em atestar a existência do terceiro Tiago.

Comecemos com Hipólito de Roma (170-236), que, segundo reza a tradição, era um discípulo de Irineu de Lyon (130-202), que por sua vez era discípulo de Policarpo (69-155), que era discípulo do apóstolo João. As obras de Hipólito só foram encontradas no mosteiro do monte Athos, em 1854. Sua principal obra, “A Refutação de Todas as Heresias”, foi aceita prontamente, embora duas obras menores, intituladas “Sobre os Doze Apóstolos” e “Os Setenta Apóstolos de Cristo”, ainda são consideradas duvidosas, razão pela qual são atribuídas ao “Pseudo-Hipólito”. Mesmo que elas não tenham sido escritas pelo verdadeiro Hipólito, é inegável que foram escritas por algum cristão eclesiástico dos primeiros séculos, servindo ainda, portanto, como evidência histórica.

Na última obra citada, Hipólito lista os doze apóstolos e os setenta discípulos, que pode ser conferida neste site católico. O curioso é que nesta lista aparecem claramente três Tiagos, sendo dois deles classificados no grupo dos doze apóstolos, e o terceiro identificado como o primeiro dentre o grupo dos setenta discípulos, o qual, por sua vez, é considerado o “irmão do Senhor e bispo de Jerusalém”!

Comecemos com o primeiro Tiago, de quem é dito:

“4. James, his brother, when preaching in Judea, was cut off with the sword by Herod the tetrarch, and was buried there”

Este é o irmão de João e filho de Zebedeu, o “Tiago maior”, que a Bíblia diz que foi morto prematuramente, por Herodes (veja Atos 12:2). Este Tiago está fora de discussão, porque tanto católicos quanto evangélicos concordam que este primeiro Tiago não era o irmão ou “primo” de Jesus. Mas então Hipólito fala sobre o segundo Tiago, aquele mesmo que a Igreja de Roma alega ser o “irmão” (leia-se “primo”) de Jesus, e diz:

“9. And James the son of Alphaeus, when preaching in Jerusalem. was stoned to death by the Jews, and was buried there beside the temple”

Note que Hipólito não diz que este Tiago era o irmão ou primo de Jesus. Ele também não diz que este Tiago é que foi o primeiro bispo de Jerusalém. Ele simplesmente cita o filho de Alfeu como tendo pregado em Jerusalém e tendo sido ali martirizado. Então ele fala sobre o terceiro Tiago, o verdadeiro irmão de Jesus, que a Igreja Romana esconde:


Este sim, distinguido do grupo dos doze apóstolos, é citado como sendo o irmão de Jesus, e o primeiro bispo de Jerusalém. Presume-se que tenha sido o que liderou o Concílio de Jerusalém em Atos 15, e o autor da epístola de Tiago que consta na Bíblia católica e evangélica.

O interessante é que Hipólito não foi o único a falar sobre a existência do terceiro Tiago, a destingi-lo do grupo dos doze e a identificá-lo como o irmão de Jesus e primeiro bispo de Jerusalém. Doroteu de Tiro, ainda no século III d.C, e a Crônica Pascoal, já no século VII, também colocam o terceiro Tiago, o irmão de Jesus, como sendo o primeiro na lista dos setenta discípulos. É claro que o astronauta católico não sabe de nada disso, pois nunca estudou a historiografia da qual tanto fala.

Na lista de Doroteu de Tiro, os setenta discípulos são:

1. Tiago, irmão de Jesus, chamado de Tiago, o Justo, autor da Epístola de Tiago e o primeiro bispo de Jerusalém.
2. Marcos, o Evangelista, autor do Evangelho de Marcos e primeiro bispo de Alexandria.
3. Lucas, o Evangelista, autor do Evangelho de Lucas.
4. Cleofas.
5. Simeão, filho de Cleofas, segundo bispo de Jerusalém.
6. Barnabé, companheiro de Paulo de Tarso.
7. Justo, bispo de Eleuterópolis.
8. Tadeu de Edessa, também chamado de Santo Addai (provavelmente não é o mesmo apóstolo chamado de Tadeu).
9. Ananias, primeiro bispo de Damasco.
10. Estevão, um dos Sete Diáconos, o primeiro mártir.
11. Filipe, o Evangelista, um dos Sete Diáconos, bispo de Trales na Ásia Menor.
12. Prócoro, um dos Sete Diáconos, bispo de Nicomédia na Bitínia.
13. Nicanor, o Diácono, um dos Sete Diáconos.
14. Timão, um dos Sete Diáconos.
15. Parmenas, um dos Sete Diáconos.
16. Timóteo, primeiro bispo de Éfeso.
17. Tito, primeiro bispo de Creta.
18. Filémon, bispo de Gaza.
19. Onésimo (não é o mesmo Onésimo citado na Epístola a Filémon).
20. Epafras, bispo de Andríaca.
21. Arquipo.
22. Silas, primeiro bispo de Corinto.
23. Silvano.
24. Crescêncio.
25. Crispo, bispo de Calcedônia.
26. Epeneto, bispo de Cartago.
27. Andrônico, bispo da Panônia.
28. Estácio, segundo bispo de Bizâncio (depois de Santo André).
29. Amplíato, bispo de Odissa (Varna).
30. Urbano, bispo da Macedônia.
31. Narciso, bispo de Atenas.
32. Apeles, bispo de Heraclião.
33. Aristóbulo, bispo da Britânia.
34. Herodião, bispo de Patras.
35. Ágabo, o Profeta.
36. Rufus, bispo de Tebas.
37. Asíncrito, bispo de Hircânia.
38. Flegonte, bispo de Maratona.
39. Hermes, bispo de Filipópolis.
40. Parrobo, bispo de Potole.
41. Hermas, bispo da Dalmácia.
42. Lino, segundo bispo de Roma.
43. Caio, bispo de Éfeso.
44. Filólogo, bispo de Sínope.
45. Lúcio de Cirene, bispo de Laodiceia na Síria.
46. Jasão, bispo de Tarso.
47. Sosípatro, bispo de Icônio.
48. Olimpas.
49. Tércio, que transcreveu a Epístola aos Romanos e bispo de Icônio.
50. Erasto, bispo de Paneas.
51. Quarto, bispo de Berito.
52. Evódio, primeiro bispo de Antioquia.
53. Onesíforo, bispo de Cirene.
54. Clemente, bispo de Sardes.
55. Sóstenes, bispo de Cólofon.
56. Apolo, bispo de Cesareia Palestina.
57. Tíquico, bispo de Cólofon.
58. Epafrodito.
59. Carpo, bispo de Beroia na Trácia.
60. Quadrado, bispo de Atenas.
61. João Marcos, que geralmente se acredita ser Marcos, o Evangelista, bispo de Biblos7
62. Zenas, o Doutor da Lei, bispo de Dióspolis.
63. Aristarco, bispo de Apameia, na Síria.
64. Pudêncio, pai de Santa Pudenciana e Santa Praxedes.
65. Trofimo.
66. Marcos, também chamado de Marcos, primo de Barnabé, bispo de Apolônia.
67. Artemas, bispo de Listra.
68. Áquila, companheiro de Priscila e seguidores de Paulo de Tarso em suas viagens.
69. Fortunato.
70. Acaico.
71. Dorcas, também chamada de Tábata, uma discípula que Pedro ressuscitou dos mortos.

Nenhum destes faz parte do grupo dos doze apóstolos, mas são claramente distinguidos destes. O “Tiago”, que é apresentado como sendo o bispo de Jerusalém, o autor da epístola canônica de Tiago e o irmão do Senhor Jesus, era considerado o mais importante dentro deste grupo dos setenta, e não tinha nada a ver com os outros dois Tiagos (os discípulos) do grupo dos doze. Vemos, portanto, que a existência do terceiro Tiago é bem fundamentada historicamente, e que o papista desvairado que vomita desinformação ao dizer que ele só passou a ser cogitado no século XX dá um atestado de desinformação e ignorância (ou então crê que Hipólito, Doroteu e a Crônica Pascoal eram protestantes, o que piora ainda mais as coisas!).

Mas ainda precisamos resolver o segundo aparente dilema, que é o fato do Tiago irmão de Jesus ter sido considerado um “apóstolo” para Paulo, em Gálatas 1:19, mesmo ele não sendo do grupo mais limitado dos doze. A resposta para isso está no fato de que este grupo mais amplo que envolve os setenta discípulos também era frequentemente chamado pela Igreja antiga de “setenta apóstolos”. A tradição ortodoxa oriental, que remete aos primeiros séculos da Igreja, chama este grupo dos setenta pelo nome de “Setenta Apóstolos”, ao invés de “Setenta Discípulos”, que é a nomenclatura dada pelo ocidente (veja este site ortodoxo como exemplo). A própria obra de Hipólito, “Os Setenta Apóstolos de Cristo”, também é uma evidência em si mesma.

No “Livro dos Bee”, que é uma compilação histórica e teológica escrita pelo sírio Nestório Salomão, bispo de Bassora (ortodoxo), em 1222 d.C, os setenta discípulos (contando o terceiro Tiago, que é sempre listado por primeiro) são chamados de “Apóstolos” (disponível aqui):

(Clique na imagem para ampliar)

Na Bíblia vemos base sólida para chamarmos os setenta de “apóstolos” (no sentido mais amplo), pois Barnabé, que fazia parte dos Setenta, foi chamado de “apóstolo” junto com Paulo, em Atos 14:14, assim como Andrônico, que também fazia parte dos Setenta e foi considerado “apóstolo” por Paulo, em Romanos 16:7, e também Timóteo e Silvano, igualmente dos Setenta, e que da mesma forma foram chamados de "apóstolos" (1Ts.2:6). Se pelo menos quatro dos setenta foram considerados “apóstolos” no sentido mais amplo, por que Tiago, o principal dos setenta, não poderia ser considerado também? Ele não apenas poderia ser considerado, mas de fato foi considerado (Gl.1:19)!

Os romanistas até podem se opor às evidências históricas e desacreditá-las, mas não podem ser tão desonestos ao ponto de dizer que o terceiro Tiago é uma “invenção protestante do século XX”, como o astronauta católico fez. No mínimo, e para deixar bem barato, o terceiro Tiago é uma tese histórica que remete aos primeiros dois séculos da Igreja (enquanto a lenda de que o Tiago de Alfeu é o “irmão” de Jesus é uma invenção de Jerônimo no século V, e adotada atualmente pela Igreja Romana por conveniência). Agora o problema deles não é só a Bíblia, mas a História também. Tomara que daqui em diante eles também não passem a desacreditar a História e adotem as aparições marianas como o critério para definir qual Tiago era o irmão de Jesus.

Paz a todos vocês que estão em Cristo.

Por Cristo e por Seu Reino,
Lucas Banzoli (apologiacrista.com)


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Comentários

  1. Agora os romanistas vão ter que dar mais saltos mortais carpado para provarem o contrário. Muito bom seu artigo, irmão Lucas.

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  2. Tem romanista desmerecendo seu artigo usando Matias e perguntando por ele na lista dos 70.

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    1. Então eles estão desmerecendo os próprios Pais da Igreja como Hipólito que criam nesta lista. E depois ainda usam esse mesmo Hipólito para fundamentar doutrinas antibíblicas deles, vai entender. E o ponto central que é discutido neste artigo não é se a lista dos 70 não tem nem um erro, até porque as listas que eu passei no artigo trazem nomes diferentes entre si, então é óbvio que há imprecisões. O ponto em questão é que os Pais da Igreja RECONHECIAM A EXISTÊNCIA DE APÓSTOLOS ALÉM DOS DOZE, o que era reconhecido não apenas pelos Pais da Igreja que adotavam a lista dos 70, mas até por aqueles que não a adotavam, como Eusébio por exemplo, que disse expressamente que haviam apóstolos além dos doze.

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  3. Boa tarde Lucas!
    Sou católico. Algumas vezes já tenho chegado ao seu site na pesquisa de alguns temas. Agora é exatamente sobre os irmãos de Jesus, mas precisamente no Evangelho de Marcos. Estava procurando as diferenças entre o Tiago menor e o maior. Neste site (http://solascriptura-tt.org/PessoasNaBiblia/4Tiagos-QuemEscreveuEpistolaQuandoParaQuem-Helio.htm) achei muito confuso e forçoso a argumentação sobre o Tiago irmão de Jesus (já que apresenta quatro), e neste (http://www.abiblia.org/ver.php?id=8218) apresenta, conforme Flávio Josefo, que o Menor, filho de Alfeu, foi o bispo de Jerusalém. A questão dos Setenta Apóstolos para mim foi uma supresa, mas ficou este impasse com Flávio Josefo. A fonte não cita qual obra foi consultada. Espero sua resposta.

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    1. É mentira deste site, Josefo NUNCA disse que o Tiago "menor" foi o bispo de Jerusalém, ele apenas disse que havia um Tiago irmão de Jesus, menciona isso de passagem aliás, não faz menção de esse Tiago era parte do grupo dos 12 ou se não era:

      "Mas o jovem Anano, que, como já dissemos, assumia a função de sumo-sacerdote, era uma pessoa de grande coragem e excepcional ousadia; era seguidor do partido dos saduceus, os quais, como já demonstramos, eram rígidos no julgamento de todos os judus. Com esse temperamento, Anano concluiu que o momento lhe oferecia uma boa oportunidade, pois Festo havia morrido, e Albino ainda estava a caminho. Assim, reuniu um conselho de juízes, perante o qual trouxe Tiago, irmão de Jesus chamado Cristo, junto com alguns outros, e, tendo-os acusado de infração à lei, entregou-os para serem apedrejados" (Antiguidades, 20.9.1)

      Note que Josefo em parte nenhuma diz o que aquele site alega, em nenhum momento usa o termo "Tiago menor" ou diz que ele era parte dos 12 discípulos de Cristo. Apenas diz que era seu irmão. Aliás, Josefo é uma das PROVAS MAIS FORTES de que Tiago era mesmo irmão de Jesus e não primo, isso porque Josefo escreve em grego e usa o termo "primo" diversas vezes em sua obra, mas pra Tiago usa a palavra "irmão", como eu escrevi aqui:

      https://heresiascatolicas.blogspot.com.br/2015/01/mais-evidencias-do-terceiro-tiago.html

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  4. Bom dia Lucas, vamos lá!

    No caso de Tiago o Justo ser o mesmo Tiago filho de Alfeu percebo que o tema chave seria a identificação do mesmo como apostolo ou não. sei que vc já defendeu por várias vezes a questão de existirem outros apóstolos alem do grupo dos 12. eu também concordo com isso embora tenha duvidas se os referidos 12 concordavam realmente com essa idéia (mas isso é assunto para outro dia)
    Mesmo que Tiago, o justo tenha sido identificado por Paulo como apostolo em Gálatas: ainda acredito que se trate sim do irmão de Jesus e não do "primo filho de Alfeu"
    porem a questão da identificação fica bem mais simples quando olhamos a tradução da Bíblia de Jerusalém:
    "E não vi a nenhum outro dos apóstolos, mas somente Tiago, irmão do Senhor". Gálatas 1:19
    (E na nota de rodapé diz: os outros traduzem "a não ser Tiago" supondo que Tiago faça parte dos 12, e se identifique como filho de Alfeu, ou tomando apostolo em sentido Lato.)

    Na minha visão se torna bem mais simples entender que Tiago não foi citado como apostolo afastando assim qualquer possibilidade de confundi-lo com Tiago Menor (apostolo), já que esse seria o único texto que apoiaría essa idéia.
    Mesmo não sendo considerado ou pelo menos citado como apostolo é indiscutível que ele foi o líder da igreja. alem das varias evidencias que vc já citou sobre esse fato gostaria de acrescentar uma citação do evangelho de Tomé no dito 12: " 12. Os discípulos perguntaram a Jesus: Sabemos que nos vais deixar. E quem será então nosso chefe? Respondeu Jesus: No ponto onde estais, ireis ter com Tiago, que está a par das coisas do céu e da terra. "
    Sei que é um texto apócrifo, porem vem sendo datado entre os anos 40 e 140. portanto mesmo que o dito não seja verdadeiro ele demonstra que o autor tinha conhecimento que esse Tiago foi de fato o líder da igreja.

    Eu não estudei grego, porem sei que a bíblia de Jerusalém é uma tradução muito respeitada pela grande maioria dos lingüistas. e o fato da Escola Bíblica de Jerusalém ser fundada por um padre ( Marie Joseph Lagrange). po isso gostaria muito que você analisasse e me desse sua opinião sobre o assunto.
    Dês de já agradeço a atenção!
    paz!

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