Cronologia das inovações doutrinárias sobre Maria
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"O mesmo zelo que Deus tem por vocês eu também tenho. Porque vocês são como uma virgem pura que eu prometi dar em casamento somente a um homem, que é Cristo. Pois, assim como Eva foi enganada pelas mentiras da cobra, eu tenho medo de que a mente de vocês seja corrompida e vocês abandonem a devoção pura e sincera a Cristo" (2 Coríntios 11:2,3)
Segue-se abaixo uma extensa e aprofundada cronologia sobre as invenções e inovações da doutrina católica em torno de Maria ao longo dos séculos, cada vez mais acentuando o desvio doutrinário do Caminho original do Evangelho puramente Cristocêntrico e de devoção pura e sincera somente a Cristo.
SÉCULO III
-Evangelhos apócrifos (Gnósticos) de Felipe e de Tomé, originam lendas sobre Maria.
-Evangelhos apócrifos (Gnósticos) de Felipe e de Tomé, originam lendas sobre Maria.
-Primeira possível referência arqueológica a Maria, em Nazaré.
-Primeira referência escrita à virgindade perpétua de Maria no Proto-Evangelho de Tiago, um escrito apócrifo surgido em círculos heréticos.
-Primeira referência à assunção de Maria aos céus num escrito apócrifo transmitido pelo herege Leucio.
-Na Arábia, a seita Koliriana dá culto a Maria como a deusa-mãe, a Rainha do Céu.
SÉCULO IV
-Primeiro templo em honra de Sta. Ana, mãe de Maria.
SÉCULO IV
-Primeiro templo em honra de Sta. Ana, mãe de Maria.
-Primeira referência no Oriente a Maria como “Mãe de Deus”.
-Primeira invocação documentada que se dirige a Maria (Sta. Justina, c. 350).
-Primeira liturgia da Virgem. É celebrada na Síria (c. 370).
-Sínodos de Milão (390) e Roma (393) declaram a virgindade no parto como doutrina de fé para a Igreja.
SÉCULO V
SÉCULO V
-O concílio de Calcedónia declara dogmaticamente Maria «Theotokos» (ano 451).
-Primeira referência papal (Leão Magno) à virgindade perpétua de Maria.
-O herege pelagiano Julião de Eclana defende pela primeira vez a doutrina da imaculada concepção de Maria. A ele se opõe o teólogo cristão Agostinho de Hipona.
-O templo da deusa Isis em Soissons é consagrado a Maria.
-Início e desenvolvimento do culto a Maria.
SÉCULO VI
SÉCULO VI
- Evangelho do Pseudo-Mateus.
-Evangelho da Natividade de Maria.
-Evangelho da Natividade de Maria.
-Institui-se no Oriente uma festa dedicada a celebrar a Assunção de Maria.
- O Partenão, templo ateniense da deusa grega Atena, é dedicado a Maria.
SÉCULO VII
-Culto e adoração de Maria.
-Festa da Concepção da Virgem, no Oriente.
SÉCULO VIII
-Começa a celebrar-se no Oriente uma festividade em honra do nascimento de Maria.
-O papa Sérgio I introduz as festas da Anunciação, da Dormição, da Purificação e da Natividade de Maria.
-Se iniciam afirmações explícitas sobre Maria ser Advogada.
SÉCULO IX
-Livro da Natividade de Maria.
-Começa a celebrar-se no Oriente a festa da concepção de Sta. Ana.
-Se estabelece a Festa da Assunção.
SÉCULO X
-Os sábados são dedicados a Maria (c. 975)
-Se compõe a antífona Regina Coeli
-É introduzido o ofício parvo da Bendita Virgem na liturgia.
SÉCULO XI
-No Ocidente se celebra a Assunção de Maria. A razão fundamental para tal decisão é a aceitação como autêntica de uma obra falsamente atribuída a Agostinho, na qual defenderia tal doutrina.
-Se compõe as antífonas da Alma redemptoris mater e Salve Regina.
SÉCULO XII
-Começa a celebrar-se no Ocidente uma festividade em honra do nascimento de Maria. Na mesma, não há nenhuma referência à imaculada concepção.
-Isabel de Schonau afirma ter visões da assunção de Maria.
-Começa-se a formular a doutrina de Maria como Dispensadora de todas as graças.
SÉCULO XII
-Primeiros episódios de flagelações públicas em honra de Maria.
-Começa a utilizar-se o rosário «trazido do Oriente» como instrumento de devoção a Maria.
-Tomás de Aquino, em sua obra “Suma Teológica”, se opõe rotundamente à crença na imaculada concepção de Maria.
-Diversas obras literárias (por exemplo, os Milagres de Nossa Senhora, do monge espanhol Gonzalo de Berceo) popularizaram a tese de que Maria tem poder para outorgar a salvação a seus devotos, acima dos atos destes, assim como a de que tem autoridade sobre todas as hostes demoníacas.
-Duns Scoto, seguido pelos franciscanos, advoga pela tese da imaculada concepção de Maria.
SÉCULO XIV
-Maria é apresentada pela primeira vez como “Advogada” dos crentes por um poeta baixo-normando
-Se institui no Ocidente a festa da apresentação da Virgem (ano 1372).
-Se estabelece a festa do Escapulário da Virgem (c. 1386).
SÉCULO XV
-Se estabelece a festa das Dores de Nossa Senhora (ano 1423).
-O concílio de Basileia define como dogma a imaculada concepção de Maria. O fato de o concílio ter rompido a sua submissão à Sé Romana provoca que a decisão careça de validade canônica (ano 1439).
-Se impõe a recitação diária do Angelus como um sinal da veneração a Maria. (1456)
-Primeira confraria do rosário (1475).
SÉCULO XVI
-Se aprova a peregrinação a Loreto (ano 1507).
-Primeiras aparições da Virgem em Guadalupe, México (ano 1531).
-É publicada a ladainha de Loreto (ano 1558).
-O Concílio de Trento insiste na veneração que deve prestar-se às imagens religiosas. É fundado osodalício de Nossa Senhora (ano 1563).
-O Ave-Maria é introduzido no Breviário na forma oficial atual (ano 1568).
-Se estabelece as festas da Expectação da Virgem e de Nossa Senhora da Vitória e do Rosário (ano 1571).
-O papa Gregório XIII fixa a festividade de Sta. Ana em 26 de Julho de 1584.
SÉCULO XVII
SÉCULO XVII
-Maria começa a ser considerada Co-Redentora.
-Papa Paulo V proíbe as discussões em público acerca do pecado original de Maria. Somente os dominicanos poderiam discutir sobre o tema, mas em privado e dentro da sua Ordem (ano 1617).
-O papa Gregório XV estende a proibição para o terreno privado (ano 1622).
-Se estabelece a festa do divino coração de Maria (ano 1647).
-O papa Alexandre VII afirma em relação com a crença na imaculada concepção de Maria, que “já quase todos os católicos a abraçam” (ano 1661).
-A festa do sagrado nome de Maria se estende a toda a igreja (ano 1683).
SÉCULO XVIII
SÉCULO XVIII
-Festividade das sete dores da Virgem (1715).
-A festa do rosário se estende a toda a igreja (ano 1726).
-Movimento marianista. O seu principal expoente, Afonso Maria de Ligório, escreve “As Glórias de Maria” (1750), onde esta aparece como “Senhora soberana dos demônios”, Rainha dos Céus e procuradora de um caminho de salvação mais fácil do que o aberto por Cristo. As teses de Ligório terão uma enorme influência em papas como Leão XIII, Pio X e Bento XV.
-A Virgem de Guadalupe é proclamada como a padroeira do México (ano 1754).
SÉCULO XIX
- Visões de Anna Catberine de Emmerich. A maioria dos especialistas atuais «católicos incluídos» tendem a considerá-las pura fantasia (c. 1824).
- A medalha milagrosa aparece a Catalina Labonre (ano 1830).
-Maria imaculada é proclamada a padroeira dos Estados Unidos (ano 1846).
-Aparições da Virgem de La Salete, França (ano 1846).
-É fundada a Sociedade de Maria (c. 1850).
-É definido como dogma a crença na imaculada concepção de Maria (ano 1854).
-Aparições de Lourdes, França (ano 1858).
-Aparições de Pontmain (ano 1871).
-O papa Leão XIII foi o primeiro a designar Maria como Co-Redentora do gênero humano.
-Aparições de Knock, Irlanda (ano 1879).
-Nossa Senhora de Guadalupe é proclamada padroeira das Américas (ano 1900).
SÉCULO XX
-Maria é proclamada Mediadora Universal (1904).
-Aparições de Fátima, Portugal (ano 1917).
-Fundação da legião de Maria em Dublín (ano 1921).
-Se estabelece a festa da Divina maternidade (ano 1931).
-Aparições em Beauraing, Bélgica (anos 1932-1933).
-Aparições em Banneux, Bélgica (ano 1933).
-O mundo é consagrado ao imaculado coração de Maria (ano 1942).
-O papa Pio XII define como dogma a assunção corporal de Maria aos céus (ano 1950).
-Aparições em Garabandal (anos 1961-1965).
-Maria é proclamada Mãe da Igreja (ano 1964).
-O Concílio Vaticano II reafirma a teologia mariológica dos últimos séculos e Paulo VI afirma que o Evangelho é incompreensível sem aceitar a mariologia católica (anos 1962-1965).
-Encíclica Cultus Marialis (ano 1974).
-O Catecismo da Igreja Católica dedica diversos apartados para o ensino da mariologia católica tradicional (ano 1992).
(Do livro: “Las desventuras de la Virgen Maria”, escrito por Manuel Díaz Pineda, Ph. D.)
Desta forma, a Igreja Católica se corrompeu cada vez mais em seus ensinos doutrinários ao longo dos séculos. A Igreja cristã primitiva, que era fundamentalmente cristocêntrica, onde Maria sequer é mencionada nas epístolas apostólicas, passou por alterações, acréscimos e desvios por parte da Igreja Romana, até se tornar essa Babel que vemos hoje, onde a mariolatria católica suprimiu o evangelho da devoção somente a um homem, que é Cristo (2Co.11:2,3).
Por Cristo e por Seu Reino,
Lucas Banzoli (apologiacrista.com)
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Podemos afirmar, portanto, que nos primeiros séculos (séculos I e II) não havia referência alguma à Maria como exemplo para igreja, a não ser o que foi escrito na Bíblia?
ResponderExcluirComo inovação doutrinária, nada. Tudo o que há nos primeiros dois séculos é uma antítese que Irineu faz no final do século II entre Eva e Maria, destacando a desobediência da primeira em contraste com a obediência da segunda, mas sem nada que fizesse alusão a qualquer dogma mariano católico. E os Pais da Igreja de data anterior, praticamente nunca nem sequer tocavam no nome dela, da mesma forma que ela não é citada nenhuma vez nas epístolas (de Romanos a Apocalipse). Sobre isso eu já escrevi no penúltimo tópico deste artigo:
Excluirhttp://heresiascatolicas.blogspot.com.br/2015/08/refutando-astronauta-catolico-vii.html