Devemos batizar os bebês?
A Igreja Católica quebra os recordes em termos de dispensar o arrependimento e colocá-lo das portas para fora da Igreja, dispensando-se a sua necessidade. Sabemos que, sem arrependimento, ninguém pode salvar-se (nem sequer dos pecados veniais), mas a Igreja Romana criou o purgatório, onde pessoas não-arrependidas podem facilmente atingir o Céu após passarem por este local de "purificação". Com isso, dispensa-se a necessidade real do arrependimento na vida do cristão.
Com o batismo eles fazem a mesma coisa. Pregam o batismo de bebês, que não tem consciência para discernirem entre o bem e o mal para poderem se arrepender de seus pecados, e, desta forma, o arrependimento não passa a ser um precedente necessário para o batismo, assim como não é um precedente necessário para a salvação.
Porém, o que nós vemos é que, biblicamente, o batismo nas águas significa exatamente isso: o arrependimento!
“Ele percorreu toda a região próxima ao Jordão, pregando um batismo de arrependimento para o perdão dos pecados” (Lucas 3:3)
“Antes da vinda de Jesus, João pregou um batismo de arrependimento para todo o povo de Israel” (Atos 13:24)
“Assim surgiu João, batizando no deserto e pregando um batismo de arrependimento para o perdão dos pecados” (Marcos 1:4)
Não é irônico que o significado do batismo nas águas é o arrependimento, sendo que o arrependimento é exatamente aquilo que mais falta no batismo católico, onde os padres batizam bebês que não podem se arrepender? Pois é. Como coerência é o que menos há no catolicismo, eles batizam aqueles que ainda não podem se arrepender, sendo que biblicamente o batismo significa arrependimento e este arrependimento deve preceder o batismo, pois é necessário para que ele se realize. Quando o etíope pediu para ser batizado, Filipe respondeu:
“Prosseguindo pela estrada, chegaram a um lugar onde havia água. O eunuco disse: ‘Olhe, aqui há água. Que me impede de ser batizado?’ Disse Filipe: ‘Você pode, se crê de todo o coração’. O eunuco respondeu: ‘Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus’. Assim, deu ordem para parar a carruagem. Então Filipe e o eunuco desceram à água, e Filipe o batizou” (Atos 8:36-38)
O princípio que Filipe expõe é o primeiro que devemos aprender antes de sermos batizados. Há uma condição claramente exposta: “...se crê de todo o coração...”. A condição é de crer, de todo o coração, que Jesus Cristo é o Filho de Deus. Como um recém-nascido ainda não tem condições sequer de saber quem é Jesus, muito menos de crer de todo o coração nEle, então ele não entra dentro da condição necessária exposta para ser batizado.
Ainda, se um bebê que não tem conhecimento de Cristo pudesse ser naturalmente batizado, então seria desnecessário o “crer em Cristo de todo o coração” como condição para o batismo, como Filipe claramente expôs. Quando Lucas, o escritor de Atos, especificou quem foram os batizados, ele fez questão de incluir apenas os “homens e mulheres”, deixando de fora as crianças:
“No entanto, quando Filipe lhes pregou as boas novas do Reino de Deus e do nome de Jesus Cristo, creram nele, e foram batizados, tanto homens como mulheres” (Atos 8:12)
O fato das crianças não terem sido citadas não foi porque era costume dos escritores bíblicos não as citarem, pois eles claramente as mencionavam como um grupo separado dos “homens e mulheres” quando assim se fazia necessário:
“Os que comeram foram cerca de cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças” (Mateus 14:21)
Na multiplicação dos pães e peixes, vemos os três grupos presentes: os homens, as mulheres e as crianças. Porém, quando a questão é o batismo, são mencionados somente os “homens e mulheres” (At.8:12), pois a Igreja não tinha o costume de batizar crianças. Até mesmo no caso em que famílias inteiras eram batizadas, é mencionado que eles “criam e eram batizados” (At.18:8).
Ou seja, o batismo nunca está desassociado do fator "crer". É necessário crer que Cristo Jesus é o Filho do Deus vivo para ser batizado. Portanto, as alegações católicas de que os bebês eram batizados nas passagens bíblicas que mostram que a casa inteira foi batizada carece inteiramente de fundamento. Primeiramente, porque em absolutamente nenhuma delas há qualquer indício de que havia recém-nascidos ou bebês na casa.
Existem muitas famílias que não tem bebês, mas que o pai e a mãe convivem com filhos de idade mais avançada, onde já é possível crer em Cristo Jesus. Muitos jovens já têm consciência cristã, se forem bem instruídos na Palavra de Deus. Mas bebês e recém-nascidos, bem como crianças menores que ainda não tem o conhecimento de Cristo, não têm condições de serem batizadas porque não podem ainda crer e arrepender-se de seus pecados.
Sendo assim, não há razão para pensarmos que naquela casa havia bebês, até porque o texto bíblico não diz isso e ainda por cima diz claramente que os que foram batizados primeiramente creram, e, então, receberam o batismo. A "casa" é então definida como "aqueles capazes de compreender, ouvir e crer". Essa é a definição da "família" que foi batizada. Quem crê verdadeiramente em Cristo, podia ser batizado.
Como Isaías nos diz que existe uma fase “antes que o menino saiba rejeitar o mal e escolher o bem” (Is.7:16), fica claro que eles não estão dentro da condição de compreender, ouvir e crer de todo o coração que Jesus Cristo é o Filho de Deus, para serem batizados. Negar que existe uma fase em que a criança ainda não sabe escolher entre o certo e o errado para crer em algo e rejeitar o outro, é explicitamente querer negar o texto de Isaías que declara isso taxativamente.
Outra forte evidência contra o batismo infantil vem do fato de que o próprio Jesus não foi batizado quando criança, mas apenas apresentado no templo (Lc.2:22). Se a vontade de Deus fosse que os bebês fossem batizados, Ele certamente teria feito com que em primeiro lugar o próprio Jesus fosse batizado nessa idade, pois nessa vida "devemos andar como ele andou" (1Jo.2:6).
Ele é o nosso exemplo a ser seguido, e se ele quisesse que batizássemos os bebês, ele mesmo teria sido batizado quando recém-nascido. Deus enviou João Batista exatamente para preparar o caminho para o Mestre. E como? Batizando nas águas! Será que Deus se enganou, fazendo com que João Batista preparasse o caminho fora de tempo, já que, segundo os católicos, o batismo era para ser feito quando bebê?
Por que Deus só foi levantar João Batista para batizar já depois que Jesus já era adulto e estava preparando o seu ministério? Se a vontade de Deus é que nós sejamos batizados quando bebês, por que o próprio Jesus não nos deu esse exemplo? Ora, os evangélicos fazem hoje da forma correta como o próprio Jesus fez: nós apresentamos os bebês na Igreja, como Jesus foi apresentado, e os batizamos somente quando estes já alcançaram a fase da maturidade. E os católicos invertem tudo isso.
Portanto, sumariamos que:
1. O arrependimento é um precedente necessário para o batismo, mas os recém-nascidos ainda não podem se arrepender de algo que sequer já praticaram!
2. O fator "crer" é outro precedente fundamental, mas os bebês não podem crer que Cristo é o Filho de Deus, nem tampouco sabem a diferença entre Jesus, Buda ou Maomé.
3. Nos casos bíblicos do batismo, só é relatado homens e mulheres, nunca as crianças. Embora as crianças fossem sempre mencionadas como um grupo à parte em várias outras ocasiões, quando a questão é o batismo elas são sempre deixadas de fora e apenas o grupo dos adultos – homens e mulheres – que é mencionado.
4. Cristo disse para vir a ele as crianças, mas não disse para batizá-las. Não negamos que as crianças, bebês e recém-nascidos serão salvos quando ainda não tem consciência para discernir entre o certo e o errado. Mas passar pelo batismo é algo totalmente diferente, visto que o batismo possui os precedentes necessários que consiste em crer e se arrepender, e Isaías nos diz que existe um período "antes que o menino saiba rejeitar o mal e escolher o bem” (Is.7:16).
5. Jesus não foi batizado quando recém-nascido, mas apenas apresentado no templo. Como cremos que Ele é o nosso exemplo maior a ser seguido (1Jo.2:6) e ele não foi batizado quando criança e nem tampouco ensinou isso, cremos que Jesus está certo e os católicos errados. Afinal, se o batismo deve ser realizado poucos dias depois do nascimento, então o próprio Jesus teria sido batizado da forma incorreta e no tempo errado, passando-nos um mau exemplo, ou, pelo menos, um exemplo contrário à prática tradicional da Igreja de Roma!
Muito mais poderia ter sido dito, mas, para resumir, fica claro que o que a Igreja Católica mais uma vez faz é negar a necessidade do arrependimento. Batizando os bebês que nem sequer ainda tem a capacidade de crerem em Cristo, ela dispensa desta forma o batismo real e verdadeiro que só ocorre quando já se tem maturidade suficiente para crer.
Assim, ela oferece um batismo falso e inválido, sem o preenchimento de qualquer precedente necessário para que ele se realize da forma correta, e assim dispensa os seus fieis de receberem o verdadeiro batismo que deveria vir quando as pessoas já fossem maduras o suficiente para crer em Cristo e se arrepender dos seus pecados.
O resultado? Ficam com um batismo falso no qual elas nem sequer se lembram, e dispensam o batismo verdadeiro que, esse sim, pode conduzir o homem a uma mudança e transformação de vida, de uma velha para uma nova criatura, ao se levantar das águas.
Paz a todos vocês que estão em Cristo.
Por Cristo e por Seu Reino,
Lucas Banzoli (apologiacrista.com)
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Muito bom.Uma pequena observação.O catolicismo tbm gosta de fazer uma analogia errônea entre batismo e circuncisão,alegando que já que a circuncisão era feita em recém nascidos,e que ambos (circuncisão e batismo) representam um mesmo ritual de iniciação a religião,logo,o catolicismo deduz que se pode fazer batismo de recém nascidos.porém, veja como tal teoria é absurda.Ora,todos nós sabemos que a cisrcuncisão era feita somente nos homens,logo,sendo esse o caso,pq então os católicos tbm batizam recem nascidos do sexo feminino?O outro argumento usado pelos catolicos é o texto onde Jesus disse:deixai que venham a mim as crianças...Mas o texto nada fala de Jesus batizando recém nascidos.Aliás,vale lembrar que existe uma enorme diferença entre crianças e recém nascidos.E como vc bem disse,não existe batismo que não venha depois do arrependimento.
ResponderExcluirO único sentido em que Paulo associou a circuncisão ao batismo é no sentido de que ambos são uma "marca" que identifica o povo de Deus. Mas os detalhes são totalmente diferentes de um em relação a outro.
ExcluirA circuncisão era apenas em israelitas, o batismo é em judeus e em não-judeus. A circuncisão era apenas em homens, o batismo é para homens e mulheres. A circuncisão era somente ao oitavo dia, e até mesmo a Igreja Católica batiza bebês e recém-nascidos que não estejam precisamente aos oito dias de vida (não há nenhuma regra em específico no Catecismo Católico que obrigue a ser no oitavo dia como era com a circuncisão).
E por aí vai. Se formos ver os detalhes, veremos que a circuncisão não tem nada a ver com o batismo na FORMA de se efetuar (seja em termos de se efeutar somente em homens, somente em israelitas ou para recém-nascidos), mas sim com aquilo que REPRESENTA. Desta forma, o "argumento" católico é contraditório e falacioso.
Em outras palavras, a Igreja Católica mistura as duas coisas e forma um verdadeiro festival de interpretações defeituosas, que, como você bem disse, geram uma série de contradições e incoerências, o que também não é nada a mais do que aquilo que se deveria esperar da Igreja Romana.
PArabéns irmão BAnzoli .O irmão permite que eu publique seu texto numa pagina de uma rede social?
ResponderExcluirE< CRisto
JR Melo
Olá, Junior, a paz de Cristo! É claro que sim, não tem qualquer problema em publicar este texto ou qualquer outro do blog em uma rede social, sinta-se a vontade. Que Deus lhe abençoe!
ExcluirEu sei que vc não é adepto a ideia que o batismo substituiu a circuncisão, mas a Igreja SEMPRE defendeu a ideia que o batismo é aplicado em crianças. Teólogos da época patrística, por exemplo, Justino Mártir, Irineu, Orígenes, Agostinho, apoiaram o batismo infantil.
ResponderExcluirAlém disso, há passagens no livro de Atos que evidenciam o batismo infantil, como no capítulo 16 no verso 33, relata que Paulo batizou TODA A FAMÍLIA do carcereiro.
Se a crença dos Pais da Igreja valesse realmente alguma coisa para vocês, nenhum católico estaria pedindo intercessão dos santos, já que os primeiros Pais da Igreja não criam na imortalidade da alma:
Excluirhttp://desvendandoalenda.blogspot.com.br/2012/12/os-pais-da-igreja-criam-na-imortalidade.html
Além disso, há exaustivas provas nos escritos dos Pais que provam que naquela época o batismo era praticado por IMERSÃO. Vou passar aqui apenas uma citação, a de Cirilo de Jerusalém, que disse:
"Depois disto fostes conduzidos pela mão à santa PISCINA DO DIVINO BATISMO, como Cristo da cruz ao sepulcro que está à vossa frente. E cada qual foi perguntado se cria no nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. E fizestes a profissão salutar, e fostes IMERSOS TRÊS VEZES NA ÁGUA e em seguida emergistes, significando também com isto, simbolicamente, o sepultamento de três dias de Cristo. E assim como nosso Salvador passou três dias e três noites no coração da terra , do mesmo modo vós, com a primeira IMERSÃO, imitastes o primeiro dia de Cristo na terra, e com a imersão, a noite. Como aquele que está na noite nada enxerga e ao contrário o que está no dia tudo enxerga na luz, assim vós na imersão, como na noite, nada enxergastes; mas na emersão, de novo vos encontrastes no dia" (Segunda Catequese Mistagógica, Cap.4)
Então, se vocês creem no batismo infantil por causa dos escritos dos Pais da Igreja, por que raios vocês também não batizam por IMERSÃO, como eles faziam?
Sobre o batismo de casas inteiras, onde é que está escrito que nessas casas haviam crianças pequenas de colo? Onde? Em que capítulo e versículo? Você está usando o método "hermenêutico" do achismo e da adivinhação, pois a Bíblia em lugar nenhum diz que havia bebês naquela casa. A minha casa também não tem nenhum bebê, se alguém dissesse que meu pai e toda a casa dele foi batizada nada implicaria em algum batismo infantil. Leia os relatos bíblicos de batismo de casas inteiras sem o véu de Roma e você perceberá que em todos eles está escrito que eles CRERAM e foram batizados.
Por acaso os bebês CRERAM?
Abraços.
"Outra forte evidência contra o batismo infantil vem do fato de que o próprio Jesus não foi batizado quando criança, mas apenas apresentado no templo (Lc.2:22)."
ResponderExcluirComo seria possível Jesus ser batizado criança se o único que o poderia ter feito foi seu primo João Batista? Quando Jesus era bebê, João também era! Esse argumento é o mais furado que tem.
Se a sua capacidade de raciocínio não lhe permite entender o óbvio, vou mudar a pergunta:
Excluir"POR QUE DEUS NÃO LEVANTOU JOÃO BATISTA 33 ANOS ANTES DE JESUS, PARA JÁ ESTAR BATIZANDO NA ÉPOCA QUE JESUS NASCEU, PARA QUE ESTE FOSSE BATIZADO QUANDO ERA UM BEBÊ"?
Ficou mais fácil agora?
P.S: não aceito cópias gigantescas de sites católicos aqui, já cansei de ler milhares dessas balelas católicas, é sempre a mesma ladainha, sempre argumentos fracos e facilmente refutáveis, se você quiser poste apenas o link aqui e eu refuto quando tiver tempo, ou então tenha personalidade e debata com os seus próprios argumentos (se é que você tem um), pois eu debato com meus próprios argumentos e não com cópias da internet.
"Ele é o nosso exemplo a ser seguido, e se ele quisesse que batizássemos os bebês, ele mesmo teria sido batizado quando recém-nascido".
ResponderExcluirSem comentários, está perfeito. Ótimo artigo.
Porém, li em algum lugar (não sei onde) que os católicos também afirmam que o batismo infantil é uma forma de purificar a criança do pecado sexual original praticado pelos pais (considerando-se a prática sexual, em si mesma, como pecaminosa; acho que foi assim que eu entendi por lá; devem ter feito alguma analogia com a geração de Jesus sem a prática sexual, ou algo assim), fator este, que indicaria essa prática do batismo, como uma espécie de livramento... Eu gostaria de ler o seu comentário sobre isso, se possível em forma de refutação!
Outra coisa que gostaria de entender é sobre a questão da salvação das crianças que não têm pecado;
" Não negamos que as crianças, bebês e recém-nascidos serão salvos quando ainda não tem consciência para discernir entre o certo e o errado".
Existe referência bíblica que enfatize ou permita tal conclusão de forma direta? Sempre ouço falar da argumentação de Jesus, quando afirmou: "Deixai vir os meninos a mim, e não os impeçais; porque dos tais é o reino de Deus". (Mc 10:14), mas me parece que tal afirmação estabelece muito mais uma condição espiritual de ser como uma criança (Mt 18:04) no sentido da obediência, bondade e alegria ao redor do que uma afirmação mais literal... ou poderia significar as duas coisas?
Poder-se-ia afirmar, por exemplo, que se a própria condição de criança é favorável para a entrada no reino de Deus, seria ilógico pensar que as PRÓPRIAS CRIANÇAS ficariam de fora, visto que elas mesmas dão o exemplo... é razoável pensar dessa maneira? Ou eu estou compreendendo mal? Por favor, ajude-me com isso, ok?!
Paz seja contigo, amado!
(Claudio)
Olá, Luiz, a paz de Cristo.
ExcluirEm lugar nenhum nas Escrituras está escrito que o sexo é em si mesmo pecado, ou será que Deus estaria dizendo para as pessoas se multiplicarem na terra (Gn.9:7) através de um método pecaminoso? Essa tese é tão repudiável que eu até duvido que o católico tenha mesmo dito isso. O que talvez ele possa ter dito é que o batismo infantil apaga o pecado original, o que não é bíblico, de jeito nenhum. A nossa carne só é inclinada para o pecado por causa do pecado original, e se o batismo apagasse o pecado original então todos os batizados não iriam pecar mais, seriam totalmente santos, sem mácula, sem qualquer inclinação para o pecado, o que sabemos que está longe de ser verdade.
Sobre a salvação de crianças, você está certíssimo em seu raciocínio, era exatamente isso o que eu iria dizer. É completamente sem sentido que Cristo usasse as crianças como padrão se as crianças não fossem salvas. Se elas fossem condenadas, Cristo estaria dizendo algo como: "vejam aquelas crianças [condenadas à perdição], sejam como elas [i.e, sejam condenados também!]". As crianças ainda fora da idade da razão não serão condenadas, pois não cometem nenhum pecado consciente, e é preciso pecar conscientemente para ser condenado.
Deus te abençoe.
Lucas, e quanto a predominância dos Pais da Igreja em defesa do pedobatismo?
ResponderExcluirMatheus, não existe nenhum Pai da Igreja afirmando o batismo infantil senão somente a partir de fins do século II d.C. O primeiro a afirmar isso foi Hipólito, que viveu na passagem do segundo para o terceiro século. O interessante é que este mesmo Hipólito também escreveu dizendo que o batismo era feito por imersão, mas esses mesmos defensores do batismo infantil batizam por aspersão, e não por imersão. É notório que todos os Pais da Igreja desde o primeiro século defendiam o batismo por imersão, só para citar um deles, Cirilo de Jerusalém:
Excluir“Depois disto fostes conduzidos pela mão à santa piscina do divino batismo, como Cristo da cruz ao sepulcro que está à vossa frente. E cada qual foi perguntado se cria no nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. E fizestes a profissão salutar, e fostes imersos três vezes na água e em seguida emergistes, significando também com isto, simbolicamente, o sepultamento de três dias de Cristo. E assim como nosso Salvador passou três dias e três noites no coração da terra , do mesmo modo vós, com a primeira imersão, imitastes o primeiro dia de Cristo na terra, e com a imersão, a noite. Como aquele que está na noite nada enxerga e ao contrário o que está no dia tudo enxerga na luz, assim vós na imersão, como na noite, nada enxergastes; mas na emersão, de novo vos encontrastes no dia” (Segunda Catequese Mistagógica, Cap.4)
Até na Didaquê, que data do primeiro século, é recomendado em primeiro lugar o batismo em água corrente, e somente na falta de água corrente que era permitida a aspersão (Cap.VII). Então, a minha resposta para os pedobatistas que batizam os bebês baseados em testemunhos tardios que em nada remete aos tempos apostólicos é o seguinte: por que vocês também não batizam por imersão, já que esses MESMOS Pais da Igreja usados por vocês batizavam por imersão?
Se o que esses Pais escrevem em defesa do batismo infantil serve como prova de que os bebês devem ser batizados, por que o que esses mesmos Pais escreveram sobre o batismo por imersão não serve como prova de que os batizados devem imergir na água? É uma questão de lógica e de bom senso. Eu não pauto minha teologia em invenções tardias sem nenhuma comprovação na Bíblia ou em fontes do primeiro século à meados do segundo, mas se eles querem fazer isso então que comecem a batizar por imersão e só depois disso passaremos a conversar. Se não fizerem isso, não são dois pesos e duas medidas, mas tendenciosos e sem um mínimo de critério argumentacional.
Abraços.
Lucas Porque os Católicos dizem que a tradição está acima das escrituras?
ResponderExcluirJoão, este é o meio pelo qual eles perpetuam suas doutrinas antibíblicas: dizendo que está na tradição ao invés da Bíblia. Para isso é necessário colocar a tradição acima das Escrituras, que é o que eles fazem. Eles sabem que no confronto bíblico eles são facilmente derrotados. Abraços.
ExcluirOlá, Felipe.
ExcluirSobre o texto de Atos 2:38-39, vou transcrever aqui um antigo comentário que o meu amigo Alon Franco (que de vez em quando comenta por aqui e talvez esteja lendo este texto agora) escreveu há anos atrás em uma comunidade de debates no Orkut:
"O que fizeram com o texto? Pegaram a palavra batismo e ajuntaram com a expressão “seus filhos”, como uma alusão ao batismo de crianças. E, claro, isso é um exagero. Não há nada sobre o batismo de crianças aqui. O que está sendo dito aqui? Ele está falando com alguns judeus que se reuniram em torno dele. É o dia de Pentecostes, e eles estão na cidade de Jerusalém, e ele disse:
.
"Olhe. Eu estou dizendo a vocês," Arrependei-vos, se aproximem da fé em Cristo, e sejam batizados em Seu nome ... vocês receberão o perdão dos seus pecados, vocês receberão o dom do Espírito Santo, e essa promessa não é somente para vocês, mas para seus filhos"
Agora, o que é óbvio? O que ele está dizendo? Ele está dizendo: "Isto não é apenas para vocês, isso é para vossa futura geração também. Isto é para seus filhos, e filhos de seus filhos, e filhos de seus filhos ... Ele está simplesmente dizendo que essa promessa vem sobre e sobre e sobre, e para todos os que estão longe, é para os gentios também. Então, ele está dizendo: "Para as crianças, os judeus no futuro, e para os gentios, gentios do futuro.
.
Isso é tudo o que ele está dizendo aqui. Não há nada sobre batismo de bebês no texto. Os filhos de que ele está falando são os descendentes dessa gente toda.
O resto é tradição!"
Em acréscimo a este excelente comentário do Alon, vejamos este texto bíblico por comparação:
"Contem o que aconteceu aos seus filhos, e eles aos seus netos, e os seus netos, à geração seguinte" (Joel 1:3)
Obviamente Joel não estava dizendo que que os "seus filhos" já estavam EM CONDIÇÕES de contar aquilo aos "seus netos", que talvez não tivessem nem nascido ainda. Embora o texto fale de "contar" e também "aos seus filhos", assim como "aos seus netos", ele tem condições implícitas como o fato de eles estarem vivos e já terem alcançado a maturidade necessária para isso. Da mesma forma, o fato de um mesmo texto estar falando sobre "batismo" e que esta promessa seria também "aos seus filhos" somente mostra que a futura geração também não ficaria ausente do batismo, ou seja, que o ato de batizar não se limitaria àquela geração presente, mas também deveria ser praticado nas gerações futuras. Vale ressaltar que é EXTREMAMENTE COMUM a Bíblia usar a expressão "filhos" no sentido de geração futura.
Sobre os demais textos, pergunte a qualquer católico, calvinista ou outrem defensor do batismo infantil ONDE É que estes textos aí falam de um BEBÊ sendo batizado! O texto somente diz que toda a casa foi batizada, NÃO DIZ QUE ESTA CASA TINHA BEBÊS! Por exemplo, a minha casa é constituída por quatro pessoas (meu pai, minha mãe, meu irmão e eu), e nenhum de nós somos bebês ou crianças, então se todos nós fôssemos batizados no mesmo dia qualquer um poderia dizer que "o Lucas e toda a sua casa foram batizados", mas isso de modo algum implica que bebês foram batizados!
Além disso, há muitas coisas nestes textos que sugerem que não haviam bebês na casa, como por exemplo o fato de que eles logo após o batismo é nos dito que eles CRERAM (At.18:7-8; 16:31), algo que não é possível para um bebê, que sequer sabe a diferença entre Jesus e Maomé para crer em um e rejeitar o outro (de forma consciente e deliberada). Portanto somente teólogos sensacionalistas, que enxergam mais do que o texto bíblico diz, e que amam uma especulação, que podem crer em um batismo infantil a partir de textos como estes.
Grande abraço.
Lucas, lhe faço uma pergunta: Jesus é o Filho de Deus feito homem, sendo assim, possuia a natureza Divina e Humana. Na sua estada entre nós, suportou todas as fragilidades e dores da mesma forma que suportamos. Conheceu e viveu tudo do homem terreno, menos o pecado! Ninguém pergunta porque Jesus se deixou batizar por João Batista, sendo que não era necessário que ele se batizasse, pois não tinha pecado. A minha resposta para isto é que Jesus fez isto para servir de exemplo e humildade, deixando mais uma vez a natureza humana preponderar. Todos nós somos fruto do pecado original e carregamos esta mancha até a purificação do pecado pelo batismo. Somos nova criatura aos batizarmos. Negar o batismo a alguém antes de sua morte é lhe negar a salvação (Marcos 16:16) eterna por esta razão a Igreja Católica batiza crianças. Na Igreja Católica, circuncisão não vale nada! O que vale é ser nova criatura e isto só é possível sendo batizado(Gálatas 6,15).
ResponderExcluirNada disso responde a qualquer coisa que foi argumentada no artigo. Dizer que negar o batismo infantil a alguém é negar a salvação, usando Marcos 16:16, é simplesmente ridículo. Primeiro porque Marcos 16:16 não faz parte da Bíblia, foi um acréscimo posterior. Marcos 16 termina no versículo 9. Segundo porque o texto diz que quem crer e for batizado será salvo, mas NÃO DIZ que quem crer "E NÃO FOR BATIZADO" não será salvo. Ou seja: o batismo aparece como um elemento importante para a salvação, mas ninguém é condenado pela simples falta do batismo. Você inverte a questão, e pior, a aplica a bebês, coisa que não se encontra em parte nenhuma do texto!
ExcluirNós evangélicos também não praticamos a circuncisão. Não sei da onde você tirou a ideia de que "a circuncisão não vale nada" é algo exclusivo da Igreja Católica. O problema é que o batismo, quando descrito na Bíblia, SEMPRE diz respeito a alguém que se ARREPENDE e ENTÃO é batizado. O arrependimento foi PRIMEIRO, o batismo vem DEPOIS. Se vocês conseguissem provar de alguma forma que bebês também se arrependem, ok, eu seria a favor de batizá-los. Mas isso não é apenas estúpido do ponto de vista da razão, mas também do ponto de vista bíblico. Há uma idade na qual não é possível discernir o bem do mal, o certo do errado (Is.7:16), e os bebês se encontram nesta idade. Batizar bebês, além de ser inútil, ainda obstrui o verdadeiro batismo, pois em geral quem é batizado quando pequeno não volta a receber o verdadeiro batismo quando cresce e já tem idade suficiente para se arrepender.
Mas então por que há traduções que ainda constam com mais 11 versículos em Marcos?
Excluir(1) Porque elas seguem o Texto Receptus; (2) Porque ninguém tem coragem de tirar da Bíblia, pela polêmica e revolta que isso causaria nos círculos mais conservadores e principalmente aos leigos, então no máximo colocam o trecho entre colchetes.
ExcluirMas qual a evidência de que esse texto é um acréscimo posterior?
ExcluirNão está presente nos manuscritos mais antigos.
ExcluirLucas, boa noite. Estive por muito tempo procurando por respostas e hoje por acaso acabei parando em seu blog.
ResponderExcluirFui batizada quando bebê na igreja católica por meus pais, que são católicos (inclusive toda a família é). Acontece que quando cresci tomei rumos diferentes e não dei continuidade. Meu namorado é de família evangélica, embora não seja batizado e nem seja praticante. Temos uma bebê de 8 meses que foi apresentada à igreja evangélica com alguns dias de vida. O problema é que minha família me pressiona para batiza-la na católica, me sinto extremamente mal por não saber como agir, confesso que estou perdida. Oro muito à Deus para que me dê uma luz e me faça enxergar o caminho certo a seguir pois quero o melhor para minha filha. Tão ruim ser leiga no assunto e não saber argumentar, qual rumo seguir... achei muito sensato tudo que escrevestes. Na realidade nem sei pq escrevo isso agora, mas Deus tocou no meu coração e senti que talvez aqui houvesse algum conforto para minha difícil situação.
Deus abençoe!
Larissa.
Olá, Larissa, a paz de Cristo.
ExcluirAo receber sua mensagem eu confesso que fiquei inicialmente inclinado a dizer para batizá-la e acabar logo com todo este problema, porque o batismo infantil em si não representa nada, é somente um “banho” a mais. Mas ao refletir melhor sobre o seu caso, percebi que isso seria a pior coisa a ser feita. A questão aqui não se trata de “um banho” a mais ou a menos, mas de estabelecer território no campo espiritual. Eu explico. Se você abrir essa concessão agora e batizá-la porque seus pais querem isso, eles vão passar a controlar a vida e o destino espiritual da sua filha. Se eles conseguirem batizá-la na igreja deles, o que impede que eles mais tarde não venham a fazer a mesma pressão para que ela receba a primeira comunhão, ou que faça catequese, ou que receba o Crisma, etc? Se isso acontecer agora, eles vão entender o recado e vão pensar que quem manda no destino espiritual da sua filha são eles, não você.
É preciso deixar claro para eles que, por mais que você os ame e que seja muito agradecida por tudo o que eles já fizeram pela sua vida, quem cuida das suas decisões espirituais é você, e quem decide pela sua filha enquanto ela não atinge a idade da razão é você, não eles. É preciso se desprender dessa amarra, mais cedo ou mais tarde, e quanto mais concessões você fizer agora, mais difícil vai ser se livrar depois. Eles têm que entender que cada pessoa tem seu direito de escolha sobre a religião que decide seguir, e que você já fez a sua escolha. Eles também têm que entender que chega um momento da vida em que “o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne” (Ef.5:31). Neste momento quem decide o futuro é você, não eles, da mesma forma que seus avós não decidem as coisas pelos seus pais, porque eles já são independentes.
Uma coisa que me deixou bastante preocupado em dar esta resposta é sobre a reação que poderia haver do outro lado por uma negação ao batismo infantil. Como você não deu muitos detalhes, eu não tenho nem ideia da dimensão da coisa, não sei se eles são do tipo “fanático” que chegariam ao ponto de expulsá-la da casa ou de cortar relações por uma coisa dessas, ou se são do tipo mais tolerante que poderiam até não gostar dessa decisão, mas que a aceitariam do mesmo jeito. Eu não faço a mínima ideia, e por isso mesmo temi pelo pior, pois ninguém deseja uma coisa ruim para outra pessoa. Mas, ao pensar nisso, logo me veio à cabeça uma passagem em que Jesus diz:
(...)
“Se alguém vier a mim, e não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, e ainda também a sua própria vida, não pode ser meu discípulo. E aquele que não carrega sua cruz e não me segue não pode ser meu discípulo” (Lucas 14:26-27)
ExcluirHá outra passagem ainda mais forte, que diz:
“Não pensem que vim trazer paz à terra; não vim trazer paz, mas espada. Pois vim para fazer que ‘o homem fique contra seu pai, a filha contra sua mãe, a nora contra sua sogra; os inimigos do homem serão os da sua própria família’. Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim não é digno de mim; quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim não é digno de mim; e quem não toma a sua cruz e não me segue, não é digno de mim” (Mateus 10:34-38)
Claro que este não é o ideal. O ideal é que a família viva em harmonia. Mas Jesus coloca bastante ênfase na possibilidade de ter que aborrecer o pai e a mãe, e de um ficar contra o outro e se tornarem “inimigos”, quando a realidade espiritual está em jogo e cabe a nós tomarmos a difícil decisão entre agradar a família e desagradar a Cristo, ou agradar a Cristo e desagradar a família – algo que terá consequencias. Nestes casos, temos que buscar a aprovação de Deus, e não a dos homens (veja João 12:42-43). Trata-se de estabelecer território: ou é Cristo, ou são os pais. Uma hora, mais cedo ou mais tarde, este conflito vai vir à tona, e você terá que tomar decisões. Na minha opinião, quanto antes você fizer isso, melhor. Quanto mais concessões você fizer agora, mais difícil será se desligar depois.
Termino dizendo que, acima de tudo, e independentemente da decisão que você tomar, o mais importante não é se a sua filha irá se batizar na infância ou se receberá o batismo verdadeiro quando tiver idade suficiente para se arrepender de seus pecados, mas é buscar ao Senhor de todo o coração, alma, força e entendimento (Mc.12:30). De nada adiantará se você tomar a decisão certa agora, mas daqui um ano estiver desviada sem querer saber de Deus. O Cristianismo é algo difícil que se vive todos os dias e que se exige muita dedicação e perseverança, mais do que qualquer outra coisa nesta vida, porque o que está em jogo vale mais do que qualquer outra coisa também – a eternidade.
Deus lhe abençoe.
A igreja católica e a evangélica, tem pontos de vista diferentes, pois a católico procura livrar a criança do pecado original, e os evangélicos batizam apenas quando é possível distinguir o bem do mal.
ResponderExcluira paz do senhor, sou novo na fé mas pelo meu ponto de vista se um bebe morrer sem ser batizado ele ja sera arrebatado no arrebatamento individual, pois não possui pecado algum!
ExcluirSe por "arrebatamento individual" você quer dizer ressurreição, eu concordo.
ExcluirPaz do senhor!
ResponderExcluirQue o senhor Jesus ilumine sua vida cada dia mais porque o q vc faz neste blog provém do senhor e meus parabéns pelo trabalho!
O senhor te recompensará!
Obrigado, Thales, Deus lhe abençoe!
ExcluirGraça e paz!
ResponderExcluirEntão, eu gostaria de saber quais argumentos eu poderia usar quando uma pessoa defende o batismo católico em crianças, pois quando a gente explica a questão do arrependimento, elas, os católicos, defendem que o batismo da criança é confirmado com a crisma, sendo essa realizada quando a criança já com mais idade e com entendimento comfirma o primeiro batismo, ou seja, o infantil. Que Deus abençoe. Amei o seu blog.
Olá, Cinthia, a paz!
ExcluirA resposta a isso é simples e clara: o crisma não se encontra em lugar nenhum da Bíblia. Como se não bastasse, também não se encontra em lugar nenhum da patrística. Nem mesmo os Pais da Igreja de data mais tardia, que já aceitavam batismo infantil, falavam em "crisma".
Além disso, o batismo já é considerado "válido" mesmo sem o crisma, e mesmo antes de receber o crisma. Se alguém morre antes de receber o crisma, se deixa de fazer o crisma ou se muda de religião sem ter feito o crisma, é considerado "batizado" pela Igreja Católica do mesmo jeito. O batismo não é considerado válido só depois do crisma. E se este fosse o caso, o batismo infantil seria inútil, já que daria no mesmo deixar o batismo só para o tempo em que ele já poderia ser "confirmado" ou "validado".
Abs!
A Paz do Senhor.
ResponderExcluirLucas, seu blog é ótimo e me auxiliou bastante com esses assuntos e sei que ajudou outras pessoas.
Deus continue lhe dando direção e abençoando a cada dia de sua vida.
Obrigado, fico feliz pelo blog ter lhe sido útil. Deus lhe abençoe igualmente!
ExcluirParabéns os argumentos e textos bíblicos são irrefutáveis, e me serviram muito em estudos bíblicos que ministro na Igreja que congrego. Isaías 7: 16, é fantástico e está lá bem claro na Bíblia Católica também, portanto, é só raciocinar um pouco que o batismo de bebes cai por terra. Grato Deus o abençoe.
ResponderExcluirObrigado, Deus lhe abençoe igualmente.
ExcluirInfelizmente não só as igrejas católicas fazem isso, algumas denominações evangélicas estão batizando bebês com suas próprias bases bíblicas.
ResponderExcluirQue texto magnífico, essa foi a explicação mais plausível que já vi, Deus continue te abençoando.
ResponderExcluirObrigado, Deus lhe abemçoe também!
ExcluirDe modo nenhum. Jesus se batizou sem ter pecados para servir de exemplo aos demais, se ele quisesse que as pessoas fossem batizadas quando recém-nascidas teria sido batizado quando era bebê, e neste caso Deus providenciaria a chegada de João Batista anos antes, para propiciar este acontecimento. Mas como sabemos, isso não ocorreu, porque a lição transmitida foi de se batizar na idade da consciência, e não antes. Sem falar que a Bíblia nada diz a respeito de batismo infantil em parte nenhuma.
ResponderExcluirOla Lucas me chamo Lidiane sou evangélica desde de criança porém fui batizada, pois meu pai era católico minha mãe era evangélida e ela foi Obrigada a fazer meu batismo. Hj me encontro na mesma situação meu esposo não frequenta nenhuma religião mais sua família é muito católica e por respeito a eles ele quer batizar meu bebê que ainda nem nasceu . Já tivemos muitas discussões sobre o assunto pois eu não quero o batismo. Somente a prensar meu bebê a Deus.
ResponderExcluirOlá Lidiane. Situação complicada a sua, na verdade o certo mesmo seria ter convertido o seu esposo antes de se relacionarem, o que é a recomendação bíblica, justamente para evitar situações deste tipo. O meu posicionamento pessoal quanto ao batismo infantil católico é que ele é irrelevante, ou seja, o bebê não vai estar sendo "amaldiçoado" por se batizar ali, mas também não vai ganhar nada de útil, é simplesmente um banho, nada a mais. Mesmo assim, eu acho muito injusto os familiares do seu esposo exigirem uma coisa dessas, eles não tem esse direito, o bebê é seu e não deles. Com todo o respeito, mas eles que tomem conta da vida deles, eles não tem esse direito de interferir na sua vida deste jeito.
ExcluirE se você permitir que eles interfiram deste jeito, eles vão querer controlar a vida do bebê também mais tarde. Já que conseguiram o que queriam, o que impede que eles se julguem os "donos" da vida da criança e que interfiram também na religião que ela vai seguir depois de já crescida? É um caso muito perigoso. O bebê é seu e do seu marido, a família dele não tinha que ter nada a ver com isso, se ele deveria respeitar sua posição já que ele, como irreligioso, em teoria não deveria se importar com questões religiosas atreladas ao filho, afinal de contas pra ele o batismo católico também não teria significado nenhum. Mas essa é uma questão que tem que ser pensada com muito cuidado, porque não vale a pena acabar com um relacionamento somente por causa disso, é melhor tentar até onde puder pelo diálogo.
Lucas, muitos católicos ultilizam essa passagem em atos para justificar o batismo de crianças
ResponderExcluir32 Então lhe pregaram a palavra de Deus, e a todos os que estavam em sua casa.
33 Tomando-os ele consigo naquela mesma hora da noite, lavou- lhes as feridas; e logo foi batizado, ele e todos os seus.
34 Então os fez subir para sua casa, pôs-lhes a mesa e alegrou- se muito com toda a sua casa, por ter crido em Deus.
Eles afirmam que já que provavelmente haviam crianças no meio, eles inferem apartir disso o batismo de crianças.
Se esse é o argumento deles, então cabe a eles o ônus da prova de mostrar que haviam bebês ou crianças pequenas naquela casa, caso contrário não se trata de um argumento sério mas apenas de ESPECULAÇÃO, o que demonstra o amadorismo dos mesmos. Aliás, há até indícios de que não havia bebês ou crianças pequenas, pois o verso 34 diz que ela "alegrou-se com toda a sua casa", ou seja, a "casa" se alegrou junto por ter CRIDO em Deus, e para crer e se alegrar com isso é necessário ter consciência do que está acontecendo e do que aquilo representa, o que já elimina a especulação católica.
ExcluirLucas, um dos argumentos católicos é que a Bíblia cita o feito em famílias inteiras; logo, também isso significa incluía as crianças. Isso procede?
ResponderExcluirSobre os pais da igreja, eles aprovavam o batismo de crianças?
Sobre a primeira colocação, respondi acima. Sobre a segunda, veja este artigo que trata disso:
Excluirhttp://heresiascatolicas.blogspot.com.br/2015/04/o-batismo-infantil-foi-praticado-pela.html
Abs!
Morrer pagão corresponde a morrer em pecado o qual não permite entrar nos céus. Aplique o versículo seguinte aos bebês mortos antes do batismo de Cristo: "Ninguém subiu ao céu senão aquele que desceu do céu, o Filho do Homem que está no céu" (Jo 3,13). Por que esses bebês não puderam subir ao céu? Resposta: Porque todos já nascem com a mancha do pecado original: "... todos pecaram e todos estão privados da glória de Deus,..." (Rm 3,23) . Portanto, o homem que deixa de batizar sua bebê comete um gravíssimo pecado de injustiça contra um inocente por conta de uma doutrina que contraria os ensinos da Igreja!
ResponderExcluirEu não sei o que é mais aberrante: a sua "interpretação" de um texto que diz que NINGUÉM subiu ao céu e que você entende como significando "apenas os bebês pagãos não subiram ao céu", ou essa doutrina assombrosa e monstruosa de que Deus iria lançar ao inferno recém-nascidos que mal chegaram ao mundo e que não cometeram nenhum pecado, apenas porque seus pais foram "displicentes" em não realizar o batismo. É uma barbaridade atrás da outra...
ExcluirOutra aberração dessa teoria é a consideração de que um mero formalismo mundano (ou o batismo infantil e a inscrição da criança em um rol de batizados não é isso) é capaz de trazer salvação a alguém. A salvação passa por um arrependimento sincero sobre a sua vida e um entendimento mínimo sobre a sua situação de pecado e a vinda, morte e ressurreição de Cristo. Como uma criança pode entender isso? Aí uma molhadinha na cabeça substitui isso? Claro que não.
Excluirpaz irmão! eu sou evangélico e tem duas criança pequena, mas meus pai e católicos mas eles que batiza meus filhos na católica e eles continua na evangélica isso e pecado se eu deixá eles ser batizado na católica?
ResponderExcluirPecado não é, eles só vão tomar um banho desnecessário e sem valor espiritual. Por outro lado, uma vez que você é o pai deles, eu acharia isso uma intromissão muito grande da parte dos seus pais. Se os filhos são seus, a educação deles cabe a você e a sua esposa, e com todo o respeito aos seus pais, eles deveriam respeitar a sua posição religiosa e não interferir, da mesma forma que você não os obriga a se batizarem em uma igreja evangélica. E se abrir uma concessão tão grande como essa logo agora, eles vão se achar no direito de se intrometer em mais coisas cada vez mais, e de interferir na vida dos seus filhos também depois que eles já forem crescidos, talvez levando-os ao catolicismo ou pelo menos tentando isso. Enfim, seria catastrófico e um grande erro, embora em sentido técnico eu não consideraria um "pecado" propriamente dito. Deus lhe abençoe.
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