Analisando as "provas" da intercessão dos santos


Em meu último artigo sobre o tema, provei que biblicamente não existe qualquer possibilidade dos que já morreram intercederem pelos que estão vivos. A verdade bíblica é bem diferente disso. Mostramos que, na visão dos escritores bíblicos, os mortos não louvam a Deus (Is.38:18,19), não tem lembrança nem mesmo dEle (Sl.6:5), não sabem de coisa alguma que se passe debaixo do sol (Ec.9:5,6), não tem conhecimento algum (Ec.9:10), dentre várias outras evidências que constatamos.

Vimos também que o Novo Testamento não contradiz o Antigo; ao contrário, corrobora com ele, pois diz as mesmas verdades. Neste presente artigo, irei refutar as passagens isoladas, distorcidas e manipuladas por alguns católicos como suposta "prova" da intercessão dos santos mortos. Como é comum em todas as seitas, eles também tem as passagens isoladas e sem exegese que são transmitidas aos seus fieis. Uma delas é essa que diz:

"Disse-me, porém, o Senhor: Ainda que Moisés e Samuel se pusessem diante de mim, não estaria a minha alma com este povo; lança-os de diante da minha face, e saiam" (Jeremias 15:1)

Com isso, os católicos pregam que Moisés e Samuel intercediam pelos israelitas. Porém, a passagem está longe de dizer isso. Deus não diz: "Moisés e Samuel estão intercedendo diante de mim"; ao contrário, diz: "Ainda que Moisés e Samuel se pusessem diante de mim...". A diferença entre uma e outra sentença é gritante, só não percebe quem é um profundo desconhecedor da gramática.

Enquanto a primeira mostraria que de fato Moisés e Samuel estavam intercedendo por eles (mas não é isso o que o texto diz), a segunda mostra apenas que Deus não atenderia ninguém, mesmo se hipoteticamente algum daqueles dois santos do passado pudesse reviver para interceder pelo povo de Israel. Prova do fato de que o "ainda que" não implica de forma alguma em uma atividade presente que já fosse um fato, se vê em várias outras passagens bíblicas. Por exemplo:

"Portanto não temeremos, ainda que a terra se mude, e ainda que os montes se transportem para o meio dos mares" (Salmos 46:2)

Davi usa este mesmo termo "ainda que" num contexto em que a terra se muda de lugar e os montes se transportam para o meio dos mares. É óbvio que isso não estava acontecendo naquele momento, mas é o que deveríamos esperar caso a "eisegese" dos católicos estivesse correta!

Eles pregam que o "ainda que" é uma suposta "prova" de que Samuel e Moisés estavam intercedendo pelos israelitas naquele momento, então deveriam pensar também que no momento em que Davi escrevia o verso acima ele estava vendo a terra mudando de lugar e os montes caindo no meio do mar! Mais absurdo ainda que isso: eles, se fossem coerentes, teriam que acreditar na existência de dragões, porque a Bíblia diz:

"Ainda que nos quebrantaste num lugar de dragões e nos cobriste com a sombra da morte" (Salmos 44:19)

Se fossem coerentes, teriam que acreditar em dragões, pois, para eles, o "ainda que" implica na existência factual de algo presente! E mais: eles também teriam que crer que alguém vive dois mil anos:

"E, ainda que vivesse duas vezes mil anos e não gozasse o bem, não vão todos para um mesmo lugar?" (Eclesiastes 6:6)

Se o "ainda que" não fosse algo puramente hipotético, mas sim uma atividade presente e factual, então existiriam pessoas na época de Salomão que viviam dois mil anos! Ora, biblicamente a maior idade que um homem já chegou a ter foi 969 anos (Gn.5:27). Depois do dilúvio, a média caiu para 120 anos (Gn.6:3), e de Moisés para frente a Bíblia diz que a média é 70 anos, como vemos presente nos dias de hoje (Sl.90:10).

Mas os católicos deveriam crer que existem pessoas que em plena época de Salomão vivam dois mil anos, já que para eles o "ainda que" implica em algo factualmente existente no presente do indicativo!

Portanto, o "ainda que" não implica necessariamente em algo factual e presente, mas sim em uma suposição hipotética, que muitas vezes pode não ser realidade. Por exemplo, se eu dissesse: "ainda que o Corinthians ganhasse a Libertadores outras dez mil vezes, eu não me tornaria corinthiano"! Isso certamente não significa que o Corinthians de fato ganhou ou irá ganhar dez mil vezes a Libertadores (e Deus que me livre disso), mas é apenas uma mera conjectura que não se aplica no campo das realidades.

Outra passagem utilizada por eles se encontra em Apocalipse 8:4, que diz que "a fumaça do incenso subiu com as orações dos santos desde a mão do anjo até diante de Deus" (Ap.8:4). Porém, isso se dá por uma péssima interpretação católica daquilo que seriam os "santos". Biblicamente, os santos são os vivos que guardam a palavra de Deus e o testemunho de Jesus Cristo (Ap.12:17), e não os que já morreram e foram canonizados por alguma Igreja institucional com sede em Roma ou em qualquer outro lugar.

Paulo disse:

"Vocês não sabem que os santos hão de julgar o mundo? Se vocês hão de julgar o mundo, acaso não são capazes de julgar as causas de menor importância?" (1 Coríntios 6:2)

Não é preciso ser um teologo para perceber o paralelismo óbvio existente aqui. Paulo fala que "os santos" hão de julgar o mundo, e, depois, afirma que estes santos são "vocês". Ou seja, para Paulo os "santos" não são aqueles que já morreram e que supostamente estão no Céu intercedendo por nós, mas sim aqueles que estão vivos e inclusive estavam lendo aquela carta! 

Portanto, o termo "santos" se aplica aos crentes vivos, e assim devemos entender Apocalipse 8:4, que diz que a fumaça do incenso que continha a intercessão dos santos "subiu" diante de Deus. Ora, se o texto bíblico que eles usam diz que "subiu", então é porque veio da terra, e não do Céu.

Se a oração dos santos (que os católicos dizem que se aplica aos santos que estão no Céu canonizados pela Igreja Católica) viesse do Céu, ela não iria "subir" para Deus no Céu, pois eles já estariam lá! Portanto, este "subiu" deixa evidente que a oração realmente partiu daqueles santos que estavam na terra, como vemos em toda a Escritura Sagrada.

Finalmente, alguns fazem uso da parábola do rico e Lázaro como última tentativa desesperada de "provar" a intercessão dos santos. Porém, o que vemos nesta última tentativa é que:

1. O texto de Lucas 16:19-31 se trata de uma parábola, e, como tal, os seus meios não devem ser tomados como literais. Se assim o fosse, deveríamos também conceder literalidade aos meios de outras parábolas, o que incluiria até mesmo aquela em que as árvores conversam entre si (2Rs.14:9). Será que os católicos vão usar esta outra parábola como "prova" de que as árvores também intercedem pelos vivos e conversam realmente entre si? É claro que não. Mas não é o mesmo que fazem com a parábola do Lázaro!

2. Se a parábola devesse ser entendida de forma literal, então deveríamos presumir que o Céu e o inferno estão um bem do lado do outro, tanto quanto a sua casa para a do vizinho (Lc.16:23), que os justos verão os seus amigos e parentes queimando e agonizando horrivelmente lá do outro lado (Lc.16:23,24), que os que estão no Céu podem facilmente conversar com os que estão no inferno assim como Abraão fazia com o rico da parábola (Lc.16:24,25), que um espírito incorpóreo possui língua e tem sede (Lc.16:24), dentre vários outros detalhes importantes. Será que os católicos percebem estes outros fatos ou fingem que só notam aquilo que serve para "validar" a doutrina deles?

3. Mesmo se a parábola fosse algo literal e que devêssemos ignorar todos os fatos presentes acima e muitos outros que você pode conferir clicando aqui, vemos que a tentativa de intercessão do rico não obteve qualquer êxito (Lc.16:29-31). Portanto, se a tomarmos como literal, deveríamos usá-la mais como prova contra do que a favor da segurança e confiabilidade da intercessão dos mortos pelos vivos.

Tendo em vista estes fatos, é ignorância tentar "provar" a intercessão dos santos usando de algumas passagens isoladas e distorcidas da Bíblia, que, quando postas à prova à luz da exegese, prova-se que não possuem qualquer evidência alegada pelos católicos, mas são facilmente refutadas e desmoronadas uma a uma. Felizmente, mais uma vez a Bíblia explica a Bíblia, e a exegese derruba Roma.

Por Cristo e por Seu Reino,
Lucas Banzoli (apologiacrista.com)


-Meus livros:

-Veja uma lista completa de livros meus clicando aqui.

- Acesse o meu canal no YouTube clicando aqui.


-Não deixe de acessar meus outros sites:
Apologia Cristã (Artigos de apologética cristã sobre doutrina e moral)
O Cristianismo em Foco (Reflexões cristãs e estudos bíblicos)
Estudando Escatologia (Estudos sobre o Apocalipse)
Desvendando a Lenda (Refutando a Imortalidade da Alma)
Ateísmo Refutado (Evidências da existência de Deus e veracidade da Bíblia)

Comentários

  1. Lucas!!!Parabéns pelo novo site!!!!

    Gostei do artigo!

    ResponderExcluir
  2. Lembro-me que debatia com um católico sobre a missão de Cristo no inferno, onde ele afirmava que Jesus levou cativo o cativeiro, isto é, todos os santos que morreram antes do tempo da crucificação e ressurreição de Jesus viviam em cativeiro. E o católico sugeria que este cativeiro estava embaixo, não acima, no céu. E ele brigava, afirmando mesmo que o versículo deixa entendido que Cristo subiu levando ( “... pra cima...“) esse cativeiro de santos do Velho Testamento.

    Esta é a passagem,

    8 Por isso diz: Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro,e deu dons aos homens.

    9 Ora, isto—ele subiu—que é, senão que também antes tinha descido às partes mais baixas da terra?

    10 Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para cumprir todas as coisas. Efésios 4.

    Ele nem percebeu que estava arrebentando de vez com a intercessão dos santos do Velho Pacto diante de Deus, pois se eles não estavam no céu, então não podiam mesmo interceder por ninguém!

    Essa vai ser de lascar de vez!

    Vou até dar uma olhada direito nesse contexto, pois se for isso mesmo, o catolicismo está em grandes apuros. Isso já acaba de vez com a heresia católica de que os santos do Velho Pacto também intercediam diante de Deus aos homens.

    Outra coisa, Lucas, o texto citado por você acima, onde o Senhor diz que “... Ainda que Moisés e Samuel se pusessem diante de mim, não estaria a minha alma com este povo...”, é, na verdade, uma hipérbole, e mesmo que se fosse possível, diz Deus, nem assim ele ouviria a intercessão destes homens.

    Abraços

    Alon

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Muito bem lembrado, Alon, eu havia esquecido deste detalhe. Os católicos pregam que os santos do passado viviam em "cativeiro" em algum lugar embaixo da terra e que só foram "transferidos" de lá por ocasião da morte de Jesus. Portanto, se eles não estavam no Céu intercedendo, não há possibilidades de que o texto estivesse a falar factualmente de alguma "intercessão".

      Abraços!

      Excluir
  3. Lucas mto boa tarde querido irmão. Mostrei esse seu bélissimo artigo a um amigo católico, e ele falou assim pra mim:
    Olha só uma coisa, os argumentos dele são todos basiados no antigo testameto, os meus em maioria são retirados do novo testamento. Agora te pergunto, João mentiu em Apócalipse, pergunte ao seu amigo do Artigo. Entende Charles Alves
    Oq vc acha ?
    Agradeço desde já Lucas. Deus te abencoe irmão.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá Charles, tudo bem?

      Bom, em primeiro lugar esse artigo aqui não é sobre "as provas contra a intercessão dos santos", mas apenas uma refutação breve e resumida a ARGUMENTOS CATÓLICOS utilizados em favor dessa crença. Ou seja, se o texto lidou muito com textos do Velho Testamento, é simplesmente porque eles só se apoiam em textos do Antigo para "fundamentar" essa doutrina. Se tivessem textos do Novo, eu os refutaria no Novo também. Se você quiser algo mais aprofundado que refuta a intercessão dos santos, eu tenho um arquivo de 47 páginas em Word que escrevi para uma unidade do curso que estou planejando, se quiser eu posso enviar por e-mail ou então pelo facebook (me mande uma mensagem por lá).

      Sobre esse tal texto de João, primeiro é necessário saber de qual texto que ele está falando. João não escrevia coisas literais, qualquer teólogo amador sabe disso, ele apenas relatava as VISÕES que ele tinha, e visão espiritual na Bíblia é sempre de algo simbólico. Mas nem mesmo na simbologia apocalíptica há base para a intercessão dos santos, não há nem mesmo UM ÚNICO registro de um morto rezando por um vivo da terra, ou recebendo orações dos vivos. Então que ele traga o texto para eu analisar e refutar sem dificuldades. Afinal essa crença católica é a mais pobre e sem fundamento de todas que já estudei.

      Abs!

      Excluir
    2. Obrigado Lucas.
      Forte abraço Irmão.
      Deus te abençoe. =)

      Excluir
  4. Lucas,vc poderia explicar ap 5.8, pois um católico disse que este texto explica como os santos podem ouvir as orações ao mesmo tempo. "Tendo cada um deles uma harpa e taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos". Ele disse tinham orações, então eram várias orações .

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Eu não sei por que você pede ajuda sobre esses textos se esses textos já foram explicados no próprio artigo. Não leu o artigo antes de postar o comentário? Vou replicar aqui então:

      Outra passagem utilizada por eles se encontra em Apocalipse 8:4, que diz que "a fumaça do incenso subiu com as orações dos santos desde a mão do anjo até diante de Deus" (Ap.8:4). Porém, isso se dá por uma péssima interpretação católica daquilo que seriam os "santos". Biblicamente, os santos são os vivos que guardam a palavra de Deus e o testemunho de Jesus Cristo (Ap.12:17), e não os que já morreram e foram canonizados por alguma Igreja institucional com sede em Roma ou em qualquer outro lugar.

      Paulo disse:

      "Vocês não sabem que OS SANTOS hão de julgar o mundo? Se VOCÊS hão de julgar o mundo, acaso não são capazes de julgar as causas de menor importância?" (1 Coríntios 6:2)

      Não é preciso ser um teologo para perceber o paralelismo óbvio existente aqui. Paulo fala que "os santos" hão de julgar o mundo, e, depois, afirma que estes santos são "vocês". Ou seja, para Paulo os "santos" não são aqueles que já morreram e que supostamente estão no Céu intercedendo por nós, mas sim aqueles que estão vivos e inclusive estavam lendo aquela carta!

      Portanto, o termo "santos" se aplica aos crentes vivos, e assim devemos entender Apocalipse 8:4, que diz que a fumaça do incenso que continha a intercessão dos santos "subiu" diante de Deus. Ora, se o texto bíblico que eles usam diz que "SUBIU", então é porque veio da terra, e não do Céu.

      Se a oração dos santos (que os católicos dizem que se aplica aos santos que estão no Céu canonizados pela Igreja Católica) viesse do Céu, ela não iria "subir" para Deus no Céu, pois eles já estariam lá! Portanto, este "subiu" deixa evidente que a oração realmente partiu daqueles santos que estavam na terra, como vemos em toda a Escritura Sagrada.

      Excluir
  5. Vc poderia explicar estes textos também?
    Ele disse que em Apocalipse 7,10-15, os que já partiram e estão com Cristo servem dia e noite.
    Assim como relata que as orações de todos os santos são oferecidas com um incensário (Ap 5,8, Ap 8,3).

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Leia a minha resposta acima sobre Apocalipse 8:3, que também é a mesma explicação para o texto análogo de Apocalipse 5:8. O de Apocalipse 7:10-15 diz respeito à Igreja arrebatada da grande tribulação, como mostram os versos 13 e 14:

      "Então um dos anciãos me perguntou: 'Quem são estes que estão vestidos de branco, e de onde vieram?' Respondi: 'Senhor, tu o sabes'. E ele disse: 'Estes são os que vieram da grande tribulação e lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro'" (Apocalipse 7:13-14)

      Portanto, não tem nada a ver com Maria, José, "santo Antônio" ou "São Longuinho", mas sim com a Igreja arrebatada na grande tribulação (ao final dela, no meu entendimento escatológico). E é ainda mais ridículo citar esse texto como uma "prova" de intercessão dos santos quando ele sequer mostra aquelas pessoas intercedendo por quem quer que seja, só diz que elas "servem dia e noite em seu santuário; e aquele que está assentado no trono estenderá sobre eles o seu tabernáculo" (v.15). Ou seja, eles citam como prova de intercessão dos santos um texto que não fala dos "santos" católicos e nem mesmo de intercessão. Haja saco...

      Excluir
  6. Obrigado pela resposta.
    Mas,eu ainda não achei a sua resposta sobre ap 8.3.
    Desculpa te incomodar, mas peço a sua ajuda.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Cara, eu não sei se você é um troll, mas dada a mínima possibilidade de não ser, ISSO AÍ JÁ FOI RESPONDIDO NO ARTIGO, E DE NOVO NA MINHA RESPOSTA.

      Pela milésima centésima zilésima vez: os "santos" NÃO SÃO almas desencarnadas no Céu canonizadas pela Igreja Católica, mas pessoas vivas na terra, que são chamadas na Bíblia de "santos" por serem gente piedosa que vive em santidade, entendeu? Pode pesquisar na Bíblia em qualquer lugar que TODAS as referências bíblicas a "santos" se refere a isso, a pessoas da terra, não a gente que já morreu, eu passei um exemplo claríssimo no artigo e aqui vai só mais um porque você já conseguiu me estressar demais:

      "Paulo, apóstolo de Cristo Jesus pela vontade de Deus, e o irmão Timóteo, à igreja de Deus que está em Corinto, juntamente com TODOS OS SANTOS de toda a Acaia: A vocês, graça e paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo" (2 Coríntios 1:1-2)

      Paulo estava escrevendo a gente morta que já estava no céu como um fantasminha camarada canonizados pelo papa Pedro? É claro que não, Paulo escrevia a gente viva, na terra, aos irmãos da igreja, que ele chama de SANTOS. Este é o conceito bíblico de "santos", o conceito católico é apenas uma distorção, um disparate, uma patifaria, uma aberração. Então não basta pegar um texto que mostra um santo orando e dizer: "olha aí a intercessão de gente morta!", primeiro tem que provar que os santos em questão são os "santos" da Igreja Católica, ou seja, gente que já morreu, que foi canonizada pela Igreja e está no céu. Enquanto você não provar que este é o entendimento bíblico do texto (o que é IMPOSSÍVEL de fazer, pois o conceito bíblico é claríssimo), usar um texto desses só porque usa a palavra "santos" não passa de uma piada, não chega nem a ser um argumento, pois se trata apenas de pessoas vivas orando por outras pessoas vivas.

      Se depois de tudo isso você ainda não entender, eu me darei por convencido de que se trata realmente de um troll se passando por evangélico para encher a paciência e não responderei mais. Se você não for um troll e apenas não conseguiu entender direito me desculpe, mas me deu todas as razões para pensar que seja.

      Excluir
  7. Lucas,a minha intenção não era tirar a sua paciência.
    Eu tenho dificuldade de entender este texto. Vou formular ela melhor.
    Eu entendi que os Santos são os vivos,ou seja nós.
    DEus é onipresente, mas por que as orações saíram das mãos dos Anjos, se podemos orar direto à Deus?
    Quem são os anciãos ?
    Lucas, peço que tenha um pouco de paciência comigo, eu sei que estou sendo chato, mas é por que eu tenho dúvidas e sei que podes me ajudar.
    Obrigado.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigado por reformular melhor a pergunta.

      1) A oração saindo das mãos dos anjos é uma simbologia apocalíptica, é óbvio que as orações feitas a Deus o próprio Deus recebe já que possui os atributos divinos de onisciência e onipresença, mas é uma figura para tipificar que os anjos são "espíritos ministradores enviados para servir aqueles que hão de herdar a salvação" (Hb 1:14).

      2) O texto não diz que as orações foram feitas AO anjo. Só diz que o anjo oferecia as orações dos santos diante do altar de Deus, na simbologia apocalíptica já explicada. Não há texto bíblico nenhum dizendo que devemos orar aos anjos, nem anjos recebendo oração. Há, sim, uma admoestação para que não cultuemos aos anjos (Cl 2:18). Em toda a Bíblia, os servos do Senhor (santos), seja do Antigo ou do Novo Testamento, sempre oram somente a Deus.

      3) Os anciãos também são uma figura apocalíptica. Na minha interpretação (e de outros), representam a antiga aliança (pelo número 12, das 12 tribos de Israel) e a nova (pelo número 12, dos 12 apóstolos, sendo que 12 + 12 = os 24 "anciãos"). Mas é só uma das formas de se interpretar o texto, que eu considero a mais plausível, como já expliquei no artigo sobre o Apocalipse:

      http://heresiascatolicas.blogspot.com.br/2015/06/um-resumo-completo-do-apocalipse.html

      Abs.

      Excluir
  8. Lucas muito obrigado!
    Que Deus continue te abençoando!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Não há de que, e me desculpe pelo mal entendido.

      Excluir
    2. Que isso, eu que não soube fazer a pergunta. Eu não soube expressar a minha dúvida.

      Excluir

Postar um comentário

ATENÇÃO: novos comentários estão desativados para este blog, mas você pode postar seu comentário em qualquer artigo do meu novo blog: www.lucasbanzoli.com