O livre exame apoiado pela Bíblia



É praxe da apologia católica tentar convencer seus fieis de que eles não podem examinar a Bíblia livremente, mas tem que seguir à risca a interpretação que o Magistério Católico dá a respeito de determinada questão bíblica. Neste artigo, examinaremos rapidamente se as Escrituras atestam que devemos pedir a interpretação de um Magistério localizado em Roma ou se a própria Bíblia confirma que devemos nós mesmos examiná-la.  


Começaremos com Jesus Cristo, que disse:


Assim, quando vocês virem ‘o sacrilégio terrível’, do qual falou o profeta Daniel, no lugar santo — quem lê, entenda (Mateus 24:15)


Jesus conta acerca de eventos escatológicos registrados no livro de Daniel, e em seguida diz: “quem lê, entenda”. Isso deixa claro que a própria pessoa que lê o livro tem a capacidade de entendimento, de compreensão do texto. Ele não disse: “quem lê, peça a interpretação do Magistério Romano”; e nem tampouco: “quem lê, peça a ajuda de Pedro”. Ao contrário, ele disse categoricamente que a pessoa que lesse o texto poderia ter a capacidade de entendimento – quem lê, entenda!


O mesmo Cristo afirmou:


Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna; e são elas que dão testemunho de mim” (João 5:39)


Embora Jesus tenha criticado os fariseus por muitas coisas, ele não os criticou quando o assunto era o exame das Escrituras. Ao contrário: após ele ter dito que eles examinavam as Escrituras para ter a vida eterna, confirma logo em seguida que são elas mesmas que davam testemunho de que ele era o Cristo. Desta forma, o assunto do exame das Escrituras não era um motivo de debate entre Jesus e os judeus. Examinar as Escrituras sempre foi um incentivo vindo do próprio Mestre!

No Antigo Testamento, também lemos:


“E leu nela diante da praça que está fronteira à porta das águas, desde a alva até o meio-dia, na presença dos homens e das mulheres, e dos que podiam entender; e os ouvidos de todo o povo estavam atentos ao livro da lei"(Neemias 8:3)


Há a clara menção de que os homens e mulheres presentes na praça tinham o poder de entendimento do livro da lei judaica (Antigo Testamento), sem terem que pedir permissão para alguém ou recorrerem a um Magistério para isso. O Novo Testamento não mudou este fato. Ao contrário, o apóstolo João declara:


"E quanto a vós, a unção que dele recebestes fica em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina a respeito de todas as coisas, e é verdadeira, e não é mentira, como vos ensinou ela, assim nele permanecei” (1ª João 2:27)


A unção que os cristãos receberam da parte de Deus era suficiente para o entendimento das Escrituras, de modo que eles não tinham necessidade de que alguém os ensinasse algo, porque a unção que eles haviam recebido da parte de Deus era verdadeira, não falsa. Porém, o Catolicismo Romano, diferentemente do apóstolo João, afirma que os cristãos têm não apenas a necessidade, mas também a obrigação, de recorrerem ao Magistério de Roma para decidirem as questões bíblicas!


O apóstolo Paulo também disse a Timóteo:


"E que desde a infância sabes as Sagradas Letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela que há em Cristo Jesus” (2ª Timóteo 3:15)


Timóteo deste a infância tinha conhecimento das Escrituras Sagradas, embora ele fosse um leigo, e não alguém do Magistério Romano. A palavra traduzida por “sabes”, no original grego, é “eidos”, que significa: “perceber, notar, discernir, descobrir, inspecionar, examinar, adquirir conhecimento de, entender, conhecer” (Concordância de Strong, 1492). Portanto, Timóteo, mesmo sem fazer parte do clero romano, desde a infância tinha suficiente conhecimento para examinar e entender as Sagradas Letras.


Em outra ocasião, Paulo afirma:


"Pelo que, quando ledes, podeis entender a minha compreensão do mistério de Cristo" (Efésios 3:4)


Quando os cristãos de Éfeso lessem a epístola de Paulo, eles não precisariam pedir a interpretação do Magistério de Roma, mas eles mesmos teriam a compreensão que Paulo tinha. A palavra aqui traduzida por “entender” é, no grego, “noieo”, que significa: perceber com a mente, entender, ter entendimento”. Isso, para Paulo, era algo que eles teriam quando lessem aquilo que ele escrevia, e não depois que pedissem a interpretação oficial do Magistério Romano.


E, por fim, vemos Lucas, o escritor de Atos, elogiando os bereanos por fazerem exatamente aquilo que o clero católico proíbe os seus fieis de praticarem livremente: examinarem as Escrituras!


"Ora, os de Bereia eram mais nobres do que os de tessalônica, porque examinavam diariamente nas Escrituras para ver se o que Paulo dizia era mesmo assim"(Atos 17:11)


Se até o apóstolo Paulo teve os seus ensinos analisados à luz das Escrituras Sagradas através do exame que os bereanos fizeram em cima das suas palavras, e Lucas elogia a postura destes bereanos em contraste com os de tessalônica que não tiveram a mesma atitude, quanto mais nós devemos examinar nas Escrituras para vermos se o que a Igreja de Roma prega “é mesmo assim”!


Portanto, vemos os escritores bíblicos incentivando o exame das Escrituras, chamando de “nobres” aqueles que examinavam diariamente nas Escrituras para ver se uma doutrina é correta ou não, dizendo que, ao lessem, poderiam compreender aquilo que estava escrito, dizendo que a própria pessoa que lesse deveria entender a mensagem, e mostrando que nós não temos a necessidade de que alguém nos ensine (quanto menos um Magistério Romano, criado séculos mais tarde!).


A única passagem utilizada frequentemente pelos católicos é a de 2ª Pedro 1:19-21, que diz:


“Assim, temos ainda mais firme a palavra dos profetas, e vocês farão bem se a ela prestarem atenção, como a uma candeia que brilha em lugar escuro, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça no coração de vocês. Antes de mais nada, saibam que nenhuma profecia da Escritura provém de interpretação pessoal, pois jamais a profecia teve origem na vontade humana, mas homens falaram da parte de Deus, impelidos pelo Espírito Santo” (2ª Pedro 1:19-21)

No contexto da passagem vemos que Pedro não estava falando nada contra o livre-exame, mas sim que nenhuma profecia teve origem na vontade humana do próprio profeta, mas proveio de Deus. Os contextos anterior e posterior confirmam essa posição. Nos versos 16-19, o assunto em questão é a origem da mensagem profética. Teve origem nas imaginações e invenções humanas ou proveio de Deus?


No verso 21, o assunto também são as origens. Nenhuma profecia bíblica proveio de interpretação meramente humana das coisas. Esse modo de entender o verso 20 é apoiado, ainda, pelo “pois” explicativo que inicia o verso 21. O verso 21 explica o verso 20 reafirmando o seu conteúdo, para, em seguida, declarar que Deus é a origem da profecia.


Portanto, o que Pedro estava dizendo aí não é que “só eu, o papa, e meu magistério aqui de Roma podemos interpretar as coisas, e vocês estão sujeitos a nós”; mas sim que a profecia dos profetas do Antigo Testamento não era invenção humana, não proveio deles mesmos, mas da vontade e designo de Deus.


E isso liquida por completo as pretensões católicas.


Por Cristo e por Seu Reino,
Lucas Banzoli (apologiacrista.com)


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Comentários

  1. “E leu nela diante da praça que está fronteira à porta das águas, desde a alva até o meio-dia, na presença dos homens e das mulheres, e dos que podiam entender; e os ouvidos de todo o povo estavam atentos ao livro da lei" (Neemias 8:3)

    Vixe ...

    Homens = A
    Mulheres = B
    Dos que podiam entender = C

    Você Lê "e dos que podiam" como qualidade de Homens e Mulheres ?????

    Você realmente quer direcionar seu entendimento.

    Você falha feio nessa análise de texto tão básica.

    Imagine o que faz o o Resto !

    Não acredito em você !!

    Samuel

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    1. Ah é, os que podiam entender NÃO ERAM NEM HOMENS NEM MULHERES, então eles eram o que? Marcianos? Alienígenas? Extra-terrestres? Narnianos? Unicórnios?

      Meu filho, a própria tradução católica explica isso pra você:

      "Esdras fez então a leitura da lei, na praça que ficava diante da porta da Água, desde a manhã até o meio-dia, na presença dos homens, mulheres e das {crianças} capazes de compreender; todos escutavam atentamente a leitura" (Neemias 8:3)

      Ou seja, ele está falando que os homens (sexo masculino) e as mulheres (sexo feminino) ENTENDIAM, e não apenas os adultos, mas também algumas crianças que também tinham a capacidade de entendimento. Em outras palavras: os homens e as mulheres entendiam, só não entendiam algumas crianças pequenas, e talvez algum ser mais ignorante que elas, como você.

      P.S: também não acredito em você.

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    2. Poxa, Lucas. Não deixou por menos. KKKKKKKK. Foi muito legal essa de Marcianos, Alienígenas, Narnianos, Unicórnios. KKKKKKKKKK. To rindo muito com essa resposta. É pra acabar, o cara não entender que a palavra estava sendo lida para pessoas. KKKKKKKKKKKKKKKK

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    3. kkkkkkkk.... Excelente resposta Lucas Banzoli.

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  2. "20. Antes de tudo, sabei que NENHUMA profecia DA ESCRITURA é de INTERPRETAÇÃO PESSOAL." (II S. Pedro, 1, 20)

    o próprio São Pedro disse que já distorciam com falsas interpretações as cartas de São Paulo:

    15. Reconhecei que a longa paciência de nosso Senhor vos é salutar, como também vosso caríssimo IRMÃO PAULO vos escreveu, segundo o dom de sabedoria que lhe foi dado. 16. É o que ele faz em todas as suas cartas, nas quais fala nestes assuntos. NELAS HÁ ALGUMAS PASSAGENS DIFÍCEIS DE ENTENDER, CUJO SENTIDO OS ESPÍRITOS IGNORANTES OU POUCO FORTALECIDOS DETURPAM, PARA SUA PRÓPRIA RUÍNA, como o fazem também com as demais Escrituras. (II Pedro 3)

    Portanto, não se pode interpretar como quer e bem entender, tal interpretação cabe somente a Igreja e seu magistério ecleesiástico interpretar, como no caso do Eunuco Etíope:

    15. Reconhecei que a longa paciência de nosso Senhor vos é salutar, como também vosso caríssimo irmão Paulo vos escreveu, segundo o dom de sabedoria que lhe foi dado.

    "30. Filipe aproximou-se e ouviu que o eunuco lia o PROFETA ISAÍAS, e perguntou-lhe: PORVENTURA ENTENDES O QUE ESTÁ LENDO? 31. Respondeu-lhe: Como é que posso, se não há alguém que mo explique? E rogou a Filipe que subisse e se sentasse junto dele.". (Atos dos Apóstolos, 8)

    Em seguida no verso 31-15 - o Diácono Filipe dá a exata interpretação, afinal ele era um dos 7 diáconos legitimamente eleito pelos apóstolos, então eles pertenciam a Igreja, Se o Eunuco quisesse interpretar como ele queria, não precisava da explicação de Filipe, ele mesmo interpretava como bem entendesse...
    by CAI A FARSA PROTESTANTE

    Ola Lucas! Poderia refutar isso?

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    Respostas
    1. Olá, Sel.

      O texto de 2Pedro 3 já foi explicado no próprio artigo, onde escrevo:

      No contexto da passagem vemos que Pedro não estava falando nada contra o livre-exame, mas sim que nenhuma profecia teve origem na vontade humana do próprio profeta, mas proveio de Deus. Os contextos anterior e posterior confirmam essa posição. Nos versos 16-19, o assunto em questão é a origem da mensagem profética. Teve origem nas imaginações e invenções humanas ou proveio de Deus?

      No verso 21, o assunto também são as origens. Nenhuma profecia bíblica proveio de interpretação meramente humana das coisas. Esse modo de entender o verso 20 é apoiado, ainda, pelo “pois” explicativo que inicia o verso 21. O verso 21 explica o verso 20 reafirmando o seu conteúdo, para, em seguida, declarar que Deus é a origem da profecia.

      Portanto, o que Pedro estava dizendo aí não é que “só eu, o papa, e meu magistério aqui de Roma podemos interpretar as coisas, e vocês estão sujeitos a nós”; mas sim que a profecia dos profetas do Antigo Testamento não era invenção humana, não proveio deles mesmos, mas da vontade e designo de Deus.

      Vale ressaltar também que NADA no texto afirma que a interpretação das Escrituras é de cabimento exclusivo de uma igreja (instituição religiosa) em particular. Isso é invenção dele, um acréscimo descabido ao conteúdo claro do texto bíblico.

      Em relação ao texto de Atos 8, o etíope NÃO ERA CRISTÃO AINDA, ele nem ao menos havia sido batizado, portanto é ÓBVIO que ele seria um ignorante das Escrituras, porque ele não possuía a unção de Deus, que os cristãos possuem. Mas veja o que a Bíblia diz sobre os cristãos, ou seja, aqueles que já possuem a unção de Deus:

      "E quanto a vós, a unção que dele recebestes fica em vós, e NÃO TENDES NECESSIDADE DE QUE ALGUÉM VOS ENSINE; mas, como a sua unção VOS ENSINA A RESPEITO DE TODAS AS COISAS, e é verdadeira, e não é mentira, como vos ensinou ela, assim nele permanecei” (1ª João 2:27)

      Pra mim isso está mais do que claro.

      Grande abraço.



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    2. Olá, Lucas,

      Não que a Igreja Católica tenha proibido o Livre Exame das Escrituras. A questão é que ainda não existia uma Bíblia para se examinar durante os primeiros séculos da Era Cristã, mas tão somente o Antigo Testamento. Os apóstolos conheciam as profecias porque nasceram e cresceram inseridos no contexto judaico.

      Para o Etíope, as Escrituras ainda lhe eram estranhas, e por isso a necessidade de ter alguém para lhe explicar. Como ele, muitos gentios começavam a aprender as "Boas Novas" diretamente da boca dos apóstolos, sem a necessidade de um Novo Testamento propriamente dito.

      A Bíblia, como a conhecemos hoje, com o Antigo e o Novo Testamento, só veio a existir no século IV. Mas ainda assim era um livro raro. Como poderia ser examinada de forma maciça se poucos tinham acesso a ela? A invenção da Imprensa só veio a acontecer no século XVI. Somente a partir daí é que ela passou a ser reproduzida em maior quantidade. Mas mesmo assim, o povo era ainda analfabeto em sua maioria.

      Hoje vivemos em outro contexto. Qualquer um pode comprar uma Bíblia para usar debaixo do braço. A Igreja Católica não apenas não proíbe como também incentiva as pessoas a lerem.

      Portanto, esse argumento: "a Igreja Católica sempre proibiu o leigo de ler a Bíblia", tanto usada pelos protestante, é uma visão limitada e totalmente fora do seu contexto histórico.

      Abs,

      Cláudia

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    3. Cláudia, por favor, não seja tão ingênua, please!!!

      Quando eu digo que a Igreja Romana proibiu a leitura da Bíblia eu me refiro a duas coisas primeiramente:

      (1) À Igreja Romana propriamente dita, o que só faz sentido dizer após o cisma de 1054 d.C, não antes. Portanto é óbvio que eu não estou me referindo a nenhum período anterior ao século IV, quando a Igreja Romana, da forma que conhecemos hoje, nem existia ainda.

      (2) A proibição dizia respeito às TRADUÇÕES NA LÍNGUA DO POVO. Eu não sei se você sabe, mas na época a Igreja Romana só permitia a Bíblia traduzida no LATIM de Jerônimo, que era a tradução oficial dela. O problema era que o povo da época, em suma maioria, não sabia NADA de latim, e portanto SIM, é correto dizer que a Igreja proibiu a Bíblia. Até Dom Estêvão Bettencourt, vou repetir, até o DOM ESTÊVÃO BETTENCOURT admitiu que a Igreja Romana proibiu por muito tempo a Bíblia traduzida na língua do povo, permitindo apenas a versão em latim, que ninguém entendia nada:

      http://www.universocatolico.com.br/index.php?/a-igreja-proibiu-a-leitura-da-biblia.html

      A perseguição dos romanos à Bíblia ocorreu ANTES e também DEPOIS da invenção da imprensa, portanto a invenção da imprensa não tem nada a ver com isso. Antes da invenção da imprensa a Igreja Romana já perseguia, queimava, torturava e executava qualquer um que decidia traduzir a Bíblia para a língua do povo. Foi assim com João Huss, foi assim com William Tyndale e com todos os que tentaram algo do tipo. Veja nas atas do Concílio de Tolossa (1229) como que a Igreja tratava a Bíblia:

      “Proibimos os leigos de possuírem o Velho e o Novo Testamento... Proibimos ainda mais severamente que estes livros sejam possuídos no vernáculo popular. As casas, os mais humildes lugares de esconderijo, e mesmo os retiros subterrâneos de homens condenados por possuírem as Escrituras devem ser inteiramente destruídos. Tais homens devem ser perseguidos e caçados nas florestas e cavernas, e qualquer que os abrigar será severamente punido” (Concil. Tolosanum, Papa Gregório IX, Anno Chr. 1229, Canons 14:2)

      Isso para você NÃO é perseguição? Sério mesmo?

      Hoje a Igreja Católica não proíbe mais as traduções da Bíblia na língua do povo, simplesmente porque NÃO PODE MAIS PROIBIR, ela perdeu todo o seu poder político que teve durante tantos séculos e os protestantes já traduziram milhares de Bíblias! Se a Igreja Católica continuasse proibindo só iria perder com isso!

      Leia o livro "A História da Bíblia no Brasil", de Luiz Antonio Giraldi, é muito bom, eu recomendo bastante. Ali você vai entender o sofrimento que os evangélicos tiveram para levar a Bíblia ao povo, mesmo séculos DEPOIS da invenção da imprensa. Se você consegue ler a Bíblia hoje sem ser no latim, AGRADEÇA À REFORMA e aos colportores bíblicos que arriscaram a vida durante séculos para levar as Bíblias em português de casa em casa.

      ONDE ESTAVAM OS CATÓLICOS NESTE TEMPO TODO?

      Abraços...

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  3. Jesus ensinou sola escriptura no relato do Rico e Lazaro e é o ponto principal do relato.

    Ninguem vai voltar dos mortos pra dizer nada. A única ferramenta que se tem são as escrituras (Moises ou profetas) e nada mais.

    Lucas 16

    19 Ora, havia um homem rico, e vestia-se de púrpura e de linho finíssimo, e vivia todos os dias regalada e esplendidamente.
    20 Havia também um certo mendigo, chamado Lázaro, que jazia cheio de chagas à porta daquele;
    21 E desejava alimentar-se com as migalhas que caíam da mesa do rico; e os próprios cães vinham lamber-lhe as chagas.
    22 E aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico, e foi sepultado.
    23 E no inferno, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão, e Lázaro no seu seio.
    24 E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro, que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama.
    25 Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro somente males; e agora este é consolado e tu atormentado.
    26 E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá passar para cá.
    27 E disse ele: Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à casa de meu pai,
    28 Pois tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de que não venham também para este lugar de tormento.
    29 Disse-lhe Abraão: Têm Moisés e os profetas; ouçam-nos.
    30 E disse ele: Não, pai Abraão; mas, se algum dentre os mortos fosse ter com eles, arrepender-se-iam.
    31 Porém, Abraão lhe disse: Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco acreditarão, ainda que algum dos mortos ressuscite.


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  4. Se o livre exame fosse proibido o próprio apóstolo Paulo, no início de suas epístolas, que são várias, colocaria em todas o seguinte conselho: "Pessoal, estou mandando essa carta, mas não interpretem-na. Chamem primeiramente um doutor da lei, um sacerdote, um representante do magistério infalível, que este interpretará e exporá a todos o significado da mensagem." Porém, ele não fez isso. Ele ainda foi posto à prova, como a Bíblia ensina, sem reprovar tal atitude, sendo até elogiosa, pelos bereianos. Portanto, é totalmente descabida, sendo tirânica até, a censura ao livre exame. Ninguém pode ser mais "sabido" que a Igreja Romana.

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