O Brasil era mais rico e desenvolvido que os EUA? Demolindo mais um mito católico!
Imagine duas terras. Elas foram
descobertas em um intervalo de poucos anos. Elas foram colonizadas por volta da
mesma época. Elas se tornaram independentes de suas colônias com uma diferença
inferior a meio século. Elas possuem dimensões geográficas parecidas e tamanho
populacional similar. Mas você consegue perceber que uma delas se tornou a maior
superpotência do planeta, um país altamente desenvolvido, que lidera em
disparado o PIB mundial, que possui altos índices de desenvolvimento humano,
educação de qualidade, saúde de qualidade, muito mais segurança e conforto, um
lugar rico e próspero. E do outro lado, aquela outra terra tão similar se
tornou o 125º
colocado em saúde (atrás de potências mundiais como o Butão e o Iraque),
está também entre
os piores no ranking mundial de educação, ocupa a fantástica 79ª
colocação no IDH e só consegue liderar em número
de homicídios no mundo.
Você não precisa de muita
astúcia para perceber que tem algo de estranho nisso tudo. Alguma coisa precisa
explicar esse disparate tão assustadoramente grande entre ambos. Então você
decide estudar um pouco a história dos dois países e descobre uma coisa:
enquanto um é o país mais protestante do mundo, fundado por protestantes e
moldado por uma cultura protestante por séculos, o outro é o país mais católico
do mundo, fundado por católicos e moldado por uma cultura católica por séculos.
Você não quer se precipitar nem nada, mas pensa: “Seeeeeeeeeeerá que não tem
alguma coisa a ver?”. Então você decide ir à lista de países que lideram o IDH
(Índice de Desenvolvimento Humano) e descobre uma coisa bacana: dos
sete melhores colocados, sete são de tradição protestante.
Você ainda é muito teimoso e receoso, pois confia muito mais na palavra de youtubers que moram com a
mamãe há 40 anos sem trabalhar e em astrólogos profissionais do que nos dados
oficiais diante dos seus olhos. Então você tem uma outra ideia sensacional:
decide dar uma olhada no ranking
mundial de escravidão moderna, e descobre que o primeiro país de tradição
protestante a figurar na lista é a Finlândia, a 148º mencionada. Ou seja, que o
pior país protestante está entre os melhores do mundo na classificação
geral. De frente pra trás (isto é, entre os piores), zero dos primeiros 147 países mencionados são protestantes. E de
trás pra frente (isto é, entre os melhores), dos primeiros vinte mencionados, quatorze são de tradição protestante.
Mas você ainda hesita em confiar
naquilo que vê bem diante dos seus olhos, então tem outra ideia brilhante: ir
para www.google.com e ver qual a explicação totalmente satisfatória que os
apologistas católicos têm a este respeito. Você também recorre a outras fontes
altamente confiáveis, como um site chamado www.youtube.com, onde encontra o
mesmo gordo falastrão dissertando por horas e horas sem citar uma única fonte
de nada que diz e xingando todo mundo, e também um site chamado
www.facebook.com, onde encontra um autointitulado Mestre da Virgínia exaltando
a cultura católica em detrimento da protestante, e ambos tem uma explicação fenomenal
para isso tudo: até o século XIX esse país católico era muito mais rico que o
protestante, que era pobre até a Segunda Guerra Mundial, quando de repente do
nada o país católico passou a ficar pobre e o protestante a ficar rico sem
absolutamente influência nenhuma do catolicismo e do protestantismo neste
processo todo. Genial!
Então você desliga o computador,
orgulhoso do nível da apologética católica com seus apologistas profissionais
altamente qualificados e seus argumentos de alto calibre. Se eles disseram
isso, deve ser verdade, é claro! Então você sai propagando essa ideia sem
contestar, de forma totalmente acrítica e irracional, sem checar fontes, nem
dados, nem livros de história ou qualquer coisa que preste. Como tem muita
vontade de provar que isso é totalmente verdade custe o que custar, entra em um
site herético de um protestante rebelado filho da serpente chamado “Heresias
Católicas”, em um artigo sobre a
maravilhosa monarquia católica do século XIX, percebe que ele está falando
uma coisa absurda (que os EUA já eram mais ricos que o Brasil antes do século
XX) e precisa desesperadamente ir lá na caixa de comentários provar que ele
está errado. Então digita isso:
Você não quer admitir que todo o
seu vasto conhecimento sobre o assunto se limita a posts de facebook e a vídeos
de YouTube sem fonte e nem referência, e como nunca leu um livro de história na
vida mas precisa fundamentar sua posição mesmo assim, tem uma carta na manga
fantástica para resolver todos os problemas em um passe de mágica: é só dizer
que “qualquer um sabe disso”
(porque, é claro, você conhece todos os historiadores do planeta excetuando
todos eles). Essa é a saída de mestre de qualquer um que tem zero evidências
para o que diz: é só alegar que “qualquer um sabe que...”, e assim se pode
ganhar facilmente qualquer argumento em qualquer discussão, sem precisar provar
nada.
O dono do blog te responde neste
comentário e você não volta mais, mas continua 100% convicto da sua utopia
fabulosa, quero dizer, do fato de que o Brasil era uma superpotência mundial no
século XIX que deixava os “pobres e fracos” americanos no chinelo, afinal de
contas é exatamente essa a imagem que seus tutores e mestres lhe transmitiram
em vídeos e posts super convincentes e sinceros nas redes sociais. Um Brasil
católico super rico e poderoso, em contraste com um Estados Unidos protestante “pobre
e fraco”, que não servia nem pra limpar a sola do sapato do país católico. É
triste de ver até que ponto que as pessoas conseguem ser enganadas em uma
verdadeira lavagem cerebral, e não se dão conta disso.
Mas afinal: era o Brasil mais
rico e desenvolvido do que os Estados Unidos no século XIX, e essa mudança só
veio a ocorrer em tempos relativamente recentes? A resposta é óbvia: NÃO! Isso é mais um conto da carochinha
inventado por picaretas sem caráter e nem dignidade para enganar você. O estudo
mais específico e aprofundado desenvolvido sobre o tema é esse
aqui, disponível para visualização online e download gratuito. É um
levantamento estatístico amplamente referenciado do início ao fim produzido
pelo historiador Nathaniel H. Leff. Para que ninguém me acuse de tirar textos
do contexto ou deturpar o autor, eu recomendo fortemente: leia você mesmo o artigo na íntegra, não se contente com os trechos
que eu citarei aqui. Aqui eu citarei apenas os trechos mais pertinentes nesse
debate econômico entre Brasil e EUA do século XIX.
Vejamos:
“Em primeiro
lugar, a renda per capita do Brasil era inferior ao dos Estados Unidos.
Também o Brasil tinha proporcionalmente uma força de trabalho escrava muito
maior. Dado que os escravos estavam concentrados em muitas atividades mais
produtivas da economia, a procura de dinheiro numa grande porcentagem das
transações da economia era relativamente pequena. O Brasil também tinha um maior setor de quase-subsistência do que os
Estados Unidos. Além disso, a população era preponderantemente rural – numa
data tão recente como 1890, somente 9% da população residia em áreas urbanas e
nos municípios da capital e das capitais estaduais” (p. 48)
Aqui o
autor afirma que ainda nas primeiras décadas do século XIX os Estados Unidos já
tinham uma renda per capita superior à do Brasil, mesmo com o Brasil tendo
muito mais escravos trabalhando de graça. Enquanto grande parte dos Estados
Unidos já era industrializado, o Brasil continuava predominantemente rural, no atraso
econômico. Alguém poderia objetar alegando que essa condição mudou ao longo do
século XIX; afinal, segundo os néscios da conspiração, nós tínhamos um
imperador genial e extremamente sábio, então não podia ser diferente. Mas não:
a situação só piorou com o passar do
tempo, como explica Leff mais adiante:
“O valor intermediário na tabela I – que está na faixa
mais provável das estimativas indica um incremento relativamente moderado da
renda per capita no Brasil, durante o século XIX. Isto é, embora o produto pudesse
acompanhar a taxa elevada de crescimento da população – 1,8% ao ano – não parece ter havido grande progresso na
renda per capita do Brasil. Em particular, este país parece contrastar de forma notável com os Estados Unidos,
onde o crescimento anual a longo prazo da renda per capita avaliou-se em cerca
de 1,5% no século XIX. Em 92 anos, uma taxa de expansão anual de 1.5%,
equivale a multiplicar por quase quatro o nível da renda per capita. Já uma
taxa de apenas 0,1% ao ano, por exemplo, acumula um aumento total de apenas 10%”
(p. 52)
O texto
é autoexplicativo, mas como em se tratando de fanáticos católicos monarquistas
é tudo mais complicado e precisamos até desenhar, deixa eu explicar: além da
renda per capita do cidadão americano já
ser maior do que a do brasileiro no início do século XIX, esse contraste
apenas aumentou com o passar do
tempo, pois a renda do americano foi crescendo numa medida superior à do
brasileiro. Foi isso o que causou o desnível tão grande que continuamos vendo
até os dias de hoje.
O autor
então compara diretamente com dados a riqueza do brasileiro com a riqueza dos
estadunidenses, e assinala:
“Em 1822, essa
renda norte-americana era de aproximadamente 253 dólares (preços de 1950). Em contraste, considerando a estimativa de 98 dólares per capita em 1920-25, as avaliações dos limites superior, intermediário
e inferior de crescimento para o
Brasil do século XIX indicariam 44, 89 e 131 dólares
(preços de 1950), respectivamente, para os níveis da renda per capita monetizada do pais, em 1822. Assim,
já nessa época a diferença de renda entre os dois países deveria ser considerável” (p. 54)
Para
quem não se deu conta ainda do que isso significa, significa apenas que em 1822
o cidadão americano já tinha uma renda
superior à dos brasileiros de um século mais tarde. Isso é para você ver o
tamanho do abismo gigantesco que já separava estes dois países.
O autor
afirma na página 52 que o “século dourado” do Brasil na imaginação fértil dos
fanáticos tradicionalistas católicos foi uma era de relativa ESTAGNAÇÃO da economia brasileira, o que condiz
com a minha afirmação no artigo anterior, quando falei de “século perdido”
(expressão essa usada por outros historiadores). Essa também é a conclusão do
autor nas páginas 56-57, quando escreve:
“As principais
conclusões desta análise quantitativa da história
econômica brasileira são qualitativas: o
Brasil não teve um substancial incremento da
renda per capita durante o século XIX. Nenhuma
outra conclusão é consistente com a taxa de
crescimento do estoque de moeda, seja nominal ou deflacionada”
(p. 56-57)
E
ainda:
“O desenvolvimento
global reduzido no Brasil do século XIX esclarece, da mesma forma, as origens da disparidade da renda atual entre este país e as nações economicamente avançadas. Como vimos, já em 1822 havia uma
diferença essencial nos níveis de renda per capita monetizada entre o Brasil e os Estados Unidos. Ainda que no século XIX o Brasil tivesse
progredido na mesma proporção que os Estados Unidos, a diferença absoluta teria aumentado. Na verdade a
taxa de avanço da renda nos EUA era
muito maior que a do Brasil, de modo que a desigualdade da renda aumentou
consideravelmente. No século XX, a
taxa da elevação
da renda per capita a longo prazo
do Brasil não foi inferior à dos EUA e de outras nações desenvolvidas. Contudo, o longo período no século passado em que a renda per capita brasileira cresceu
à taxa acentuadamente menor que a dos
EUA ampliou o grande desnível das rendas. Em
consequência, o Brasil iniciou o seu moderno
surto econômico com um atraso
substancial no nível da renda” (p. 57)
Vale
ressaltar para os mais desavisados que Leff escreveu isso no século XX, ou
seja, quando ele fala de “século passado” ele não está se referindo ao nosso século passado, mas sim ao século
XIX (o da monarquia do sonho dos tridentinos), que é caracterizada como um
período de relativa estagnação econômica que fez com que os Estados Unidos
ficassem muito acima do Brasil numa medida cada vez maior, e mesmo com o
crescimento econômico proveniente da república no século XX (no qual passamos a
crescer numa medida proporcional a eles) essa diferença não foi superada por
culpa da porcaria da monarquia maravilhosa e genial monarquia que esses
fanáticos querem trazer de volta em pleno século XXI.
Essa
realidade também foi ressaltada em diversos outros estudos, dos quais cito aqui
mais dois. Nas estatísticas
oficiais do Brasil no século XX é dito claramente que o Brasil só passou a
crescer realmente em termos econômicos a partir do século XX (ou seja, depois
do fim da monarquia). Os dados são completamente incontestáveis e falam por si
só: no século XX, o PIB per capita brasileiro cresceu 12 vezes, com crescimento
médio de 2,5% ao ano, um feito que poucos países do mundo conseguiram superar,
dentre eles Japão, Taiwan, Finlândia, Noruega e
Coréia. Em contraste, o PIB per capita brasileiro cresceu apenas duas
vezes no período monárquico (ou seja, duas contra doze!). Era de 641 reais em
1820, e foi para 1.232 em 1890. Compare isso com o crescimento na república,
quando saímos de 1.232 em 1890 para 17.355 em 2011. Confira na tabela abaixo, produzida
neste
outro trabalho científico desenvolvido por um mestre em Desenvolvimento
Econômico e uma doutora em Economia Aplicada:
Os
autores também ressaltam o maior crescimento da economia americana no século XIX
em comparação com a do Brasil, como já havia sido ressaltado por Leff:
Diante
desses fatos, só um completo doente mental poderá continuar batendo na tecla de
que o período monárquico foi uma era de “prosperidade econômica” para o Brasil,
e só um doente mental maior ainda poderia chegar ao cúmulo do ridículo da
aberração das aberrações de afirmar que o Brasil era mais rico que os Estados
Unidos. E para sepultar de uma vez essa mentira deslavada, eles traçam uma tabela
comparativa entre o Brasil, os Estados Unidos e diversos outros países ao longo
dos séculos XIX e XX, que simplesmente aniquila por completo as pretensões dos
papistas mentirosos compulsivos:
Note que
desde o início do século XIX os Estados Unidos já eram infinitamente superiores
ao Brasil economicamente. A renda per capita do americano estava em 1.894
dólares (tomando como referência os dólares internacionais de Geary-Khamis),
contra apenas 908 do brasileiro, ou seja, menos da metade. A coisa só foi
piorando cada vez mais ao longo do período da monarquia católica do século XIX,
e a proporção foi se tornando cada vez maior, de modo que no final do século já
estava em 6.164 para os americanos contra 1.054 para os brasileiros, ou seja, a
diferença que antes era de dois contra um passou para seis contra um, o que significa que o americano médio era SEIS
VEZES MAIS RICO que o brasileiro médio.
Note
que essa diferença foi se estabilizando ao longo do século XX, “coincidentemente”
logo depois que o desastre da monarquia católica chegou ao fim, veio a
república e com ela o Estado laico. Os protestantes passaram a ganhar cada vez
mais espaço e voz, e a diferença caiu para uma proporção de 4,5 contra 1 (em
números absolutos, 46.976 contra 10.030, em 2008). Ou seja: claramente essa
diferença assustadora entre Brasil e Estados Unidos não vem dos tempos
modernos. Antigamente, quando o Brasil era quase 100% católico e os Estados
Unidos era quase 100% protestante, essa
diferença era maior ainda.
Esse
contraste econômico entre ambos só foi começar a se estabilizar a partir do
momento em que os Estados Unidos começou a abandonar o protestantismo (hoje,
apenas 51% dos americanos são evangélicos) e o Brasil a abandonar o catolicismo
(hoje, apenas
50% dos brasileiros são católicos). Ou seja: foi só o Brasil começar a
abandonar o catolicismo que o país começou a crescer, e foi só os Estados
Unidos começar a abandonar o protestantismo que o país começou a cair. Mais uma
infeliz “coincidência” para o colo dos fanáticos tradicionalistas de araque. Catolicismo
é sim sinônimo de atraso, sempre foi e sempre será. Negar isso é negar o óbvio,
é rejeitar os fatos, é bater a cabeça contra a parede, é enganar a si mesmo. E
inacreditavelmente, tem gente capaz de fazer isso.
Antes
de terminar, algumas observações finais. Primeiro, note na última tabela que o
Brasil não conseguia ser mais forte economicamente nem mesmo em relação a países
latino-americanos como o México e a Argentina durante o período monárquico.
Sim, os amantes da monarquia adoram citar o dado de que o Brasil era a “4ª maior
economia” da época, mas isso em termos absolutos porque tinha muitos
habitantes. Em números proporcionais,
isto é, considerando o tamanho da população e tirando a média, a Argentina e o
México eram claramente superiores, tendo um PIB per capita mais elevado que o nosso. Isso destrói completamente o
mito de que o Brasil era “soberano” e “dominava” o mundo da época, quando não
conseguia ser o melhor nem da América Latina, nem da América do Sul, quanto
menos do mundo.
Outro
fato curioso que salta aos olhos e que fuzila mais um mito católico (é impressionante a quantidade de mitos, são
tantas picaretagens que nunca acabam) é a mentira olavete e condete de que a
França católica dominava totalmente a economia mundial no século XIX, muito
acima dos países protestantes. É só ver os gráficos para notar que por todo o século XIX o Reino Unido
protestante foi bem superior, às vezes chegando a ter a mesma diferença
proporcional entre Brasil e Estados Unidos no início, na proporção de dois para
um. O quadro só começou a ficar equilibrado a partir de 1975, há poucas décadas,
portanto.
E já em
1925, ou seja, antes da Segunda Guerra
Mundial (quando os papistas afirmam que os Estados Unidos finalmente
passaram a ser ricos) os Estados Unidos já
eram a maior economia do mundo per capita, ganhando tanto da França como do
Reino Unido. Isso reforça o que eu havia respondido ao cidadão do comentário no
artigo anterior: a Segunda Guerra Mundial apenas reforçou a soberania dos
Estados Unidos, ela não criou um país rico do dia pra noite.
Nada
retrata com mais vivacidade a diferença grotesca entre Brasil e Estados Unidos
na questão econômica do que o fato de que a renda per capita que o americano
médio tinha em 1820 só foi superada pelo brasileiro médio em 1950. Ou seja, OS ESTADOS UNIDOS ESTAVAM 130 ANOS À FRENTE DO BRASIL,
já no início do século XIX. Aceitem que dói menos: o Brasil sempre foi um anão,
um bebezinho em termos de grandeza em comparado com os Estados Unidos. Essa lenda
estupidamente inventada de que o Brasil era superior aos Estados Unidos até o
século XIX é mito criado por mentes doentes e perversas que sabem que estão mentindo, mas que mentem
assim mesmo, por saberem que essa é a única forma de tentar ofuscar o fato de
que catolicismo é sinônimo de atraso quando
em comparado com o protestantismo em qualquer lugar do mundo.
E o
argumento que eu dei no artigo anterior permanece completamente irrefutado,
porque, afinal de contas, não tem como
refutar. São os fatos: os índices de expectativa de vida do século XIX mostram
que o escravo americano vivia mais do
que o cidadão livre brasileiro
(confira as fontes no
meu artigo). A diferença já era avassaladora: enquanto o brasileiro vivia
em média 27 anos em 1879, o americano muito antes disso (em 1850) já viva bem
mais, superando a faixa dos 40 anos. E sabemos que a expectativa de vida é um
dos principais indicadores de desenvolvimento humano de um país, pois em um
país de qualidade com serviços eficientes as pessoas tendem a viver mais, e
vice-versa. É por isso que atualmente o país que lidera nesse quesito é o Japão
(altamente desenvolvido), e o que está em último é a Serra Leoa (uma lástima
total, mas que ainda consegue superar a marca patética do Brasil Império em
mais de dez anos).
Sabemos que a mentira faz parte do DNA da apologética católica, porque, afinal, o próprio
catolicismo é uma grande mentira. Mesmo assim, é impressionante notar até que
ponto que seus proponentes desesperados e patéticos conseguem chegar para
sustentar uma fraude, chegando ao ponto de distorcer os fatos de forma tão
gritante e aberrante que é inacreditável que ainda consigam colocar a cabeça no
travesseiro à noite sem pesar a consciência implacavelmente. Tais indivíduos já
perderam totalmente o senso de moral, e por isso mentir faz parte do modus operandi deles. Lembram o lema de
Inácio de Loyola? Para quem não se lembra, era esse aqui:
É isso o
que eles fazem sempre que se veem diante de um dilema intransponível que põe em
xeque as suas afirmações mentirosas e a sua fé fraudulenta: transformam o
branco em preto, e o preto em branco. E fazem isso sem nenhum medo ou peso na
consciência, porque na cabeça desses psicopatas travestidos de “apologistas”
eles estão fazendo isso por um “bem maior”, para enaltecer uma Igreja que sabem que foi assassina, escravista,
intolerante, racista, preconceituosa, misógina, homofóbica, imoral, corrupta, criminosa, desonesta e
tirânica, mas que defendem mesmo assim, porque a lavagem cerebral que fizeram
nessas mentes é mais forte do que a capacidade cognitiva de entender que o
branco é branco, e que os Estados Unidos protestante sempre foi muito superior
ao Brasil católico – porque a própria ética protestante sempre foi incomparavelmente
superior em todos os aspectos.
Paz a
todos vocês que estão em Cristo.
Por Cristo e por Seu Reino,
Lucas Banzoli (www.facebook.com/lucasbanzoli1)
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- Fim da Fraude (Refutando as mentiras dos apologistas católicos)
First!
ResponderExcluirEstou voltando a ficar bom nisso
Paz, coitado dos católicos, apanham na parte teológica e agora na parte histórica. Desse jeito eles vão chorar no colo da mamãe condessa olavete
ResponderExcluirJá choram. As "respostas" dessa turma olavete/condete a esses artigos é só mimimi e baixaria. Zero de conteúdo e de argumentos. São a escória da sociedade, incapazes de conseguir raciocinar qualquer coisa.
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Excluir"O que você acha?:
Excluirhttp://tempora-mores.blogspot.com.br/2011/12/o-feminismo-cristao-como-tudo-comecou.html?m=1"
De modo geral o artigo é bom, mas eu não sou a favor do ministério feminino por causa de "feminismo", mas por causa de textos bíblicos (embora reconheça que possa haver gente que o defenda por essa outra razão).
"Você acha que divórcio é permitido em caso de adultério mesmo que a pessoa esteja arrependida e querendo reconciliação? E em caso de violência doméstica?"
Em casos de adultério, a decisão do divórcio ou não cabe à pessoa que foi traída. Em casos de violência doméstica a Bíblia não diz que pode divorciar, mas neste caso deve-se fazer valer a lei contra o agressor e colocá-lo atrás das grades até que ele aprenda a não bater mais em mulher. O Leandro Quadros resume esta questão neste vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=nw00sItj84M
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Excluir"Tem um sujeito no Youtube chamado "Despertando a ConsCiência" que ataca o cristianismo a partir de suas convicções pessoais que a Bíblia abomina e ele propaga a mentira da Europa atéia desenvolvida"
ExcluirNão conhecia esse canal, não me parece muito relevante.
"Que textos bíblicos dão base pra heresia da ordenação feminina?"
http://ocristianismoemfoco.blogspot.com.br/2015/08/o-pastorado-feminino-e-correto.html
"Eu acabei de arrempeder de lhe chamar de "herege", por favor perdoe-me pelo exagero."O que ligares na Terra terá sido ligado no Céu e o que desligares na Terra terá sido desligado no Céu(Mt 18:18)"
Ok.
"O que você define como "antipentecostal"?"
Quem vive apenas atacando os pentecostais como se fossem "hereges" ou menos cristãos que os demais. Uma coisa é ser tradicional, isso é uma opção que eu respeito, outra coisa é ser antipentecostal, que consiste em só atacar o pentecostalismo como se o mesmo fosse o problema central de toda a Cristandade. Eu não vejo muitos pentecostais só atacando os não-pentecotais e suas crenças o tempo todo, mas infelizmente vejo muitos tradicionais fazendo isso contra os pentecostais.
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Excluir“Paulo proíbe as mulheres de se envolverem em duas atividades do ministério dos pastores: o ensino(1Tm 3.2; 5.17, Tito 1.9, Atos 20.17-34) e o exercício de autoridade(1Tm 3.4-5;).”
ExcluirEsses textos já foram explicados no artigo. Textos como Tito 1:9 e Atos 20:17 que falam dos “diáconos” ou “presbíteros” da igreja não provam nada contra o ministério feminino. Pense por exemplo no caso de haver uma reunião com todos OS presidentes do mundo (uma reunião da ONU, por exemplo). Embora o termo designado seja “OS PRESIDENTES”, ali também estarão algumas mulheres que também são presidentes. Ou seja, o termo no masculino não exclui a possibilidade de haver mulheres.
“As mulheres são proibidas de ensinar aos homens e de exercer autoridade sobre eles e, portanto, segue-se que elas não podem ser pastoras”
Mas Priscila ensinou Apolo.
“Ele não se refere à aquela igreja, pois o motivo é claro: “Porque(perceba o “porque”, onde ele justifica) primeiro foi formado Adão, depois Eva, e ele não foi enganado(não foi o primeiro enganado), mas a mulher sendo enganada caiu em transgreção”. O apóstolo poderia dizer “Porque elas estão sem conhecimento” ou “Porque difundem heresias”, mas o motivo é o pecado no ser humano”
Se for assim então você também tem que ser a favor da imposição do uso do véu nas mulheres (algo rejeitado por 99% das igrejas evangélicas), já que Paulo o justifica apelando aos anjos.
“Sobre Priscila, a grande questão é que mulheres não sabem menos que os homens, elas simplesmente não podem liderar porque Deus disse que não, o fato é que o episcopado é também autoridade e não só ensino”
Essa é uma inversão da lógica do ministério. Não é o ensino que provém da autoridade, é a autoridade que provém do ensino. Você não se torna um pastor por ser consagrado ou ordenado um pastor; você é consagrado e ordenado POR SER um pastor.
“Paulo elogia santas como ótimas “professoras” de mulheres e crianças(coisa que não faria se fossem totalmente incapazes) mulheres não podem”
Mas Priscila não ensinou a “mulheres e crianças”. Ensinou a um homem, Apolo.
“Ensinar >PUBLICAMENTE<”
Onde no texto de 1ª Timóteo fala apenas de ensino em público?
“Aconselhar pessoas ou instruilas não tem tem problema nem um”
Primeiro: Paulo não faz exceção alguma no texto de 1ª Timóteo que vocês citam. Só diz que a mulher não pode ensinar. Segundo: o termo grego usado no caso de Priscila não é de “aconselhar”, mas de ENSINAR.
“Sobre a diaconiza febe, uma pergunta:”Quem disse que isso indicava autoridade?”, ela axiliava os trabalhos e evangelizava(sim, elas >DEVEM< evangelizar)”
Então por que as igrejas que proíbem o ministério feminino não têm diaconisas? (ex: Igreja Católica, Igreja Presbiteriana, etc).
“Sobre o casal de apóstolos: Apóstolos eram só Paulo e os doze, então não eram apóstolos”
ExcluirNão é verdade, Barnabé também era apóstolo:
“Ouvindo isso, OS APÓSTOLOS BARNABÉ E PAULO rasgaram as roupas e correram para o meio da multidão, gritando” (Atos 14:14)
Tiago (irmão de Jesus) também era apóstolo:
“Não vi nenhum dos outros apóstolos, a não ser Tiago, irmão do Senhor” (Gálatas 1:19)
Silvano e Timóteo também eram apóstolos:
“PAULO, SILVANO E TIMÓTEO, à igreja dos tessalonicenses, em Deus Pai e no Senhor Jesus Cristo: A vocês, graça e paz da parte de Deus e de nosso Senhor Jesus Cristo (...) Embora, COMO APÓSTOLOS DE CRISTO, pudéssemos ter sido um peso, tornamo-nos bondosos entre vocês, como uma mãe que cuida dos próprios filhos” (1 Tessalonicenses 1:1; 2:7)
Enfim, existiam bem mais que doze apóstolos, e Andrônico e Júnias eram só mais gente nesse grupo mais amplo de apostolado.
“O fato de se destacarem é que evangelizavam(a leitura mais natural do texto nos leva a enteder isto), e mulheres >DEVEM< evangelizar”
Não é a leitura mais natural do texto, seria estranho e inconveniente que Paulo se expressasse de forma tão dúbia e ambígua deixando a entender que eles eram apóstolos, se no casso fossem apenas reconhecidos pelos apóstolos. Neste caso haveriam formas bem mais simples e sem ambiguidades de expor este fato sem causar confusão, como por exemplo dizer: “Andrônico e Júnias, que são considerados notáveis PELOS apóstolos”, em vez de: “Andrônico e Júnias, notáveis ENTRE os apóstolos”, o que deixa a entender que eles estão ENTRE os apóstolos, ou seja, que fazem parte do mesmo grupo em questão, da mesma forma que eu poderia dizer que “Neymar é notável entre os futebolistas”.
Quero deixar bem claro que este não é um tema que eu goste de polemizar e nem faz parte da temática deste blog, portanto eu não vou mais continuar discutindo sobre isso por aqui. Para não dizer que eu censuro opiniões ou que sou autoritário, vou postar sua eventual resposta se houver, mas não vou rebater mais nenhum argumento já que não tenho interesse nesse tipo de debate.
“Sobre o antipentecostalismo, refutar erros pentecostais é ser antipentecostal?”
Eu não disse isso. O que eu disse foi:
“Quem vive APENAS atacando os pentecostais como se fossem "hereges" ou menos cristãos que os demais...”
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ExcluirCara, não tem nem discussão quem era mais rico, quem é mais importante, quem conseguiu os maiores feitos, e negar que isso não tenha se dado pelo protestantismo é loucura. É tão claro que não tem discussão. Teve uma série no history channel, chamada gigantes da indústria, que trata sobre o período do final do século XIX e início do XX. É top demais ver como os EUA tinham empreendedores natos, influenciados pelo protestantismo e por uma ética de trabalho absurda. Vale a pena assistir. Um dos motivos pelos quais nosso país é atrasado é devido ao catolicismo. Isso é claro. Nós andamos prá trás por causa do jeitinho brasileiro, da malandragem, do levar vantagem, coisas que são possíveis dentro do catolicismo (é só lembrar aquela história do cara que sempre pecava e pedia perdão por mesmo padre, quando este não deu, foi em outro). Essa malandragem, apesar de esdruxula, é totalmente compatível com o jeito de pensar do católico. Isso não existe no protestantismo, que tem um senso de comportamento muito mais estreito. Mas o Brasil é tão podre culturalmente que conseguiu estragar o protestantismo, parindo uma mistura sincrética de religiões, chamada neo-pentecostalismo.
ResponderExcluirNão conhecia este documentário, obrigado por indicá-lo. Encontrei aqui no Youtube e vou dar uma olhada. Abs!
ExcluirO que você acha dos unitarianistas? E dos unitarianistas universalistas?
ResponderExcluirNão sou unitarianista e nem universalista, portanto discordo completamente de um unitarianismo universalista...
ExcluirEm que pontos você discorda dos unitarianistas? Pelo que li, eles não acreditam em: 1) pecado original; 2) predestinação; 3) infalibilidade da Bíblia; 4) (alguns) eternidade do inferno. Por outro lado, parece que você adere a visões binitarianas, pelo que percebi de seus posts. Pode explicar a diferença?
ExcluirQue eu saiba, unitarianistas são aqueles que não creem na trindade, certo? Que negam a divindade de Cristo e a personalidade do Espírito Santo. Então eu não posso me considerar um unitarianista, ainda que concorde com outras crenças gerais que eles tenham, uma vez que sou trinitariano (embora não costume ficar polemizando a este respeito ou defendendo essa doutrina com unhas e dentes como outros fazem, por se tratar de algo bastante complexo que envolve um tanto de filosofia além de teologia).
ExcluirInteressante. Realmente isso eu entendi, que você concorda com algumas coisas, mas não outras.
ExcluirÉ que eu fiquei pensando: onde está escrito na Bíblia que o Espírito Santo é uma pessoa, e não somente uma "força"?
Veja aqui:
Excluirhttp://www.palavraprudente.com.br/estudos/ron_c/espiritosanto/cap03.html
http://defenseoffaith.org/br/11-caracteristicas-da-personalidade-espirito-santo-parte-1/
http://centrowhite.org.br/pesquisa/artigos/trindade/a-divindade-e-a-personalidade-do-espirito-santo/
Vou falar mesma coisa que eu disse no artigo do Julio Severo, "Portal Conservador ou Católico? Os EUA são mais Protestantes ou Católicos?":
ResponderExcluirConcordo plenamente com tudo que foi dito no texto, mas tenho que fazer algumas considerações: os católicos realmente tiveram mais de 400 anos pra melhorar este país (Brasil), mas o que conseguiram? Transformaram o Brasil num "poço artesiano" de merda e esquerdismo, além de ter transpassado de geração em geração o verdadeiro propósito do catolicismo: emburrecer/idiotizar a população, como fazia na idade média.
Exatamente!
ExcluirConcordo.
ExcluirLucas por que será que o catolicismo se utiliza tanto de lendas e mitos?
ResponderExcluirÉ simples: porque estão perdendo cada vez mais espaço na sociedade e diminuindo cada vez mais como religião predominante no mundo, então apelam a qualquer coisa no desespero para tentar reverter este quadro ou ter pelo menos mais tempo de vida. Pense como uma pessoa que ouve de um médico que tem alguns meses de vida, ela vai fazer o que for possível e tudo o que estiver ao seu alcance para prolongar este tempo e não morrer. A apologética católica faz a mesma coisa, mas os métodos empregados por eles com vista a este propósito são os mais ordinários e desprezíveis possíveis, porque para eles não importam os meios, o que importa é que a religião deles - que hoje respira sob a ajuda de aparelhos - sobreviva.
ExcluirLucas então você acredita que, do jeito que vai, um dia o catolicismo "fechará as portas"? Eu particularmente não acredito mas, caso esse dia chegue, como você reagiria?
ExcluirEstá chegando esse dia. Leia apocalipse 17 e conclua.
ExcluirFechar as portas não, nenhuma grande religião mundial jamais fechou ou vai fechar as portas, você não vai ver o budismo, hinduísmo, judaísmo ou outras religiões ainda mais antigas que o catolicismo fechar as portas, mas vai ver perdendo a força e a influência política que tinha antes, e inclusive caindo no número proporcional de adeptos, é isso o que acontece com o catolicismo hoje, e que eu acho dificilmente reversível em função da própria essencia dessa religião.
ExcluirOi Lucas.
ResponderExcluirNa sua opinião por que tanto católicos (portugueses e espanhois) quanto protestantes (ingleses) chegaram a conclusões semelhantes em relação aos povos indígenas (escravizar ou exterminar)? Como a teologia da época via esses povos? obrigado amigo.
Isso se deve em parte ao orgulho humano de querer cada vez mais terra e poder independentemente se para isso terá que passar por cima de outros seres humanos, e para este fim designavam qualquer pretexto que fosse, especialmente o de "guerra justa", usado tanto por católicos como por protestantes para dizimar comunidades indígenas, mesmo quando essas comunidades não eram violentas. A dizimação pelos espanhois ocorreu antes, e um dos pretextos usados era o religioso. O Dr. Maron Fluck em seu livro mostra citações de espanhois justificando a tomada de territórios indígenas e o extermínio dos mesmos caso se recusassem a isso com base no domínio mundial do papa. O argumento consistia que o papa era o representante de Deus, Deus é o dono de toda a terra, então toda a terra cabe ao papa. Se o papa quer que tal território seja dele, é dele e pronto. Esse raciocínio parece absurdo para os dias de hoje, e parecia mais estranho ainda aos indígenas que sequer conheciam a Cristo e muito menos o papa, mas era exatamente como os espanhois argumentavam à época.
ExcluirOs protestantes americanos não usavam o "argumento papal", mas nem por isso deixavam de usar outros pretextos, como disse. Um deles é o já mencionado da "guerra justa", em parte tomado da teologia católica de Tomás de Aquino, e um fator que influenciou bastante a partir do século XIX (quando ocorreram os maiores registros de dizimação nos EUA) foi o darwinismo social, teoria segundo a qual haviam raças superiores e inferiores, e isso foi usada como pretexto para taxar os índios de inferiores e consequentemente sujeitos ao domínio do dominador branco "superior". Essa ideologia darwinista social também acabou por influenciar mais tarde o próprio nazismo, no século XX.
"e isso foi usada como pretexto para 𝐭𝐚𝐱𝐚𝐫 os índios de inferiores e consequentemente sujeitos ao domínio do dominador branco "superior".
ExcluirCorrigindo um pequeno erro: "Tachar".
Muito bom! =D
ResponderExcluirVlw!
ExcluirApesar de que, meu caro Lucas, se eu fosse uma pessoa desonesta, eu contra-argumentaria dizendo que se ser protestante é bom para a economia, ser ateu é melhor ainda, hehe:
ResponderExcluirbibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rbe/article/viewFile/1794/2748
Mas deu para entender bem o seu ponto. Os protestantes (tradicionais) são mais abençoados do que os católicos, não há dúvidas.
Isso eu já expliquei em outro artigo, esses países que hoje são ateus (ou tem bastante ateus) se tornaram ateus há poucas décadas e JÁ ERAM ricos antes disso. Eles não tem uma tradição ateísta, mas uma tradição religiosa, embora mais tarde tenham abandonado em grande parte o fervor religioso de outrora. Em termos simples, eles não são ricos por serem ateus, mas ateus por serem ricos. Que a riqueza muitas vezes pode corromper o homem e torná-lo autosuficiente (sem a necessidade de um Deus), a Bíblia já alerta. Não que todo rico se torne ateu, mas há uma tendência, ao menos pelo esfriamento na fé. Essa é uma contrapartida lamentável, que hoje já se vê presente em quase toda a Europa, embora muitas vezes os ateus se utilizem de dados inflados e adulterados para sobrestimar o número de ateus (a maioria dos europeus ainda creem em Deus e tem uma religião, só não praticam a fé).
ExcluirTalvez o caso de Israel no Antigo Testamento seja o mais emblemático: quando eles estavam com Deus, a nação prosperava, ia pra frente, ganhava territórios, tinha paz, etc. Mas tão logo isso acontecia, os israelitas caíam no comodismo e deixavam Deus de lado de novo. Então vinham os pobremas, os inimigos, e com eles a miséria, até que o Israel afligido "se lembrasse" de Deus novamente e buscasse ao Senhor para mudar de condição. Isso denuncia que o ser humano tem uma tendência a se esquecer de Deus quando tudo corre bem, ainda que uma nação com Deus tenha uma tendência de crescimento.
Para determinar se o próprio ateísmo em si também pode levar uma nação ao progresso, seria necessário pegar uma nação pobre ou de nível intermediário que hoje é religiosa, transformá-la em ateia, deixar passar as gerações e com o tempo comparar com os países vizinhos (que não passaram pela mesma transformação) e concluir que a nação ateia se desenvolveu mais. Isso, como eu disse, não é possível ainda, porque os únicos países que adotaram o ateísmo em grande parte diz respeito a países que já eram ricos antes (enquanto religiosos) e apenas mantiveram essa riqueza.
Os países nórdicos estavam entre os mais pobres da Europa até pouco tempo. Ou seja, não eram ricos antes de ficarem ateus, e sua riqueza não surgiu do protestantismo.
ExcluirFalso. Em 1820, muito antes de o ateísmo influenciar os países nórdicos, a Dinamarca e a Suécia já tinham um PIB per capita maior que a Itália, e a Noruega um PIB per capita igual. Vai estudar.
ExcluirOlá Lucas , recentemente ouvi uma palestra do DR William Lane Craig em que ele afirma que a bíblia não é realmente necessária para a salvação e que cremos na bíblia porque cremos em Cristo e não o contrário . Você ver harmonia nessas afirmações com a sola Scriputura ?
ResponderExcluirEm que contexto ele disse isso? Se foi no sentido de que pessoas podem ser salvas sem terem o conhecimento das verdades da fé (o que inclui a Bíblia, e até o próprio Cristo) isso eu concordo, inclusive tenho um artigo sobre o destino dos povos não-alcançados que concorda com o posicionamento do Craig a este respeito. E ele crê sim na Sola Scriptura, então não entraria em choque com o entendimento dele a respeito desse princípio protestante. A Sola Scriptura não quer dizer que tem que crer na Bíblia pra ser salvo (especialmente nos casos de pessoas que nem sequer conhecem a existência da Bíblia ou seu conteúdo), mas sim o princípio de que todas as doutrinas cristãs tem que ser provadas pela Escritura.
ExcluirLucas, e a Logitech C920 já chegou? Grava um vídeo com ela aí demonstrando pra gente, tenho certeza que a qualidade de imagem e áudio vai melhorar muito. Silas Cândido aqui.
ResponderExcluirChegou, mas agora eu estou com outros probleminhas de menor importância pra resolver, mas logo quando resolvê-los eu vou gravar um vídeo sim. Abs!
ExcluirBrasil mais desenvolvido que o Brasil???? Só pode ser piada isso...
ResponderExcluirAté o Japão depois de uma Guerra Mundial é MIL VEZES MAIS DESENVOLVIDO
que o Brasil que nunca foi atingido por uma bomba nuclear...
Brasil tá mais lascado do que tudo, e esse povo falando bobagens...
Pois é. A boomba nuclear que detonou o Japão foi menos potente que a bomba que detonou o Brasil: a cultura católica romana.
ExcluirLucas você considera o calvinismo uma heregia ? Calvinistas serão salvos ?
ResponderExcluirDepende do seu conceito de "heresia". Se heresia for sinônimo de uma falsa doutrina (qualquer que seja), então sim. Se for sinônimo de uma doutrina errada que seja primordial ou fundamental para a salvação, então não (ninguém vai ser condenado pelo simples fato de ser calvinista ou arminiano).
ExcluirLucas, o que você acha, então, destes artigos?
ResponderExcluirCantoni, D. (2015), THE ECONOMIC EFFECTS OF THE PROTESTANT REFORMATION: TESTING THE WEBER HYPOTHESIS IN THE GERMAN LANDS. Journal of the European Economic Association, 13: 561–598. doi:10.1111/jeea.12117
Delacroix, J., & Nielsen, F. (2001). The Beloved Myth: Protestantism and the Rise of Industrial Capitalism in Nineteenth-Century Europe. Social Forces, 80(2), 509-553. Retrieved from http://www.jstor.org/stable/2675588
Só poderei responder depois que ler, mas se o segundo livro diz mesmo o que parece propor (que o protestantismo não impulsionou o capitalismo), vai ser divertido vê-lo tentando refutar o que todos os historiadores conhecidos do planeta concordam sem hesitação ou polêmica. Eu diria que parece coisa de revisionista católico desesperado manipulando informações como sempre, mas isso seria julgar o livro de antemão, então prefiro ler primeiro e depois julgar.
ExcluirLucas e o que achas da figura de D.Pedro II?Já li fontes protestantes,como o Julio Severo,que o consideraram um bom governante,por não perseguir os judeus e admirar esse povo,como era o costume católico da época,além de ser muito culto,falar vários idiomas,e gostar muito de artes,música,e que eu saiba ele também não era autoritário,nem apegado ao poder,tanto que quando houve a Proclamação da República,ele aceitou passivamente o exílio na Europa,nem tentou resistir,e segundo o livro ´´Os Bestializados´´de José Murilo de Carvalho,a república foi proclamada por uma minoria de militares e cafeicultores,a maioria do povo apoiava a monarquia,não digo que foi maravilhoso e que o Brasil era uma potência mundial,mas me parece que o período monárquico foi mais estável,e não vejo um governante republicano que esteja a altura de D Pedro II,qual foi o melhor presidente do Brasil na sua opinião?
ResponderExcluirEle não foi um "bom governante", só foi "bom" quando relativizado EM COMPARAÇÃO com os outros monarcas de seu tempo. Ou seja, enquanto os outros perseguiam ativamente os protestantes, os matavam, atacavam judeus, eram autoritários, imorais e maníacos, etc, Dom Pedro II "apenas" proibía que os evangélicos pregassem em público, criassem igrejas, se casassem validamente ou fizessem qualquer coisa que pudesse desagradar os adeptos da religião oficial (católica). Isso seria um absurdo para os dias de hoje, mas para a época, era um nível de intolerância quase "tolerante".
ExcluirUm presidente do Brasil que eu admiro foi Itamar Franco. Não sei se ele foi o melhor de todos, mas em seu curto período de governo livrou o Brasil da desgraça da inflação galopante (um feito que os militares ficaram mais de vinte anos no poder e não conseguiram resolver, que os que governavam antes deles também não resolveram, e que o Collor também não resolveu mesmo fazendo verdadeiras loucuras). Foi ainda um dos poucos governos não marcados por nenhuma denúncia de corrupção na história recente do Brasil, um homem centrista e equilibrado, que pegou o país em uma situação caótica e o entregou muito melhor ao seu sucessor (e repito, com bem pouco tempo de governo em comparação aos demais).
Desculpe-me, mas segundo os meus conhecimentos, não era Pedro II que proibia, e sim a constituição da época, feita anos antes. Para mudá-la apenas o parlamento poderia fazê-lo que existia na época. Lembremos que o Império do Brasil foi parlamentarista, não absolutista.
ExcluirEu sou monarquista e protestante (evangélico pentecostal), no próprio movimento monarquista nunca ouvi do Brasil ser maior economicamente que os EUA e sim no máximo foram governos mais estáveis (troca de primeiros ministro e parlamentos pelas antigas eleições da época).
ResponderExcluirPercebi que pelo argumento da imagem desses "monarquistas" colocaram o Imperador que fala tantas línguas e tal... pois então, já dá para ver aí uma coisa estranha. Por que? Porque os verdadeiros monarquistas que defendem a volta dela, são defensores do parlamentarismo monárquico, porque ele (rei, imperador etc) é o único que dá suporte para o parlamentarismo funcionar, porque o Imperador não é ligado à partidos políticos ou grupos financeiros como são os presidentes parlamentaristas. Ele como Chefes de Estado para destituir um Chefe de Governo e um Parlamento corrupto ou preguiçoso, dele ser um Chefe neutro, como um juiz, não mais um político. A única função, como foi no Império do Brazil era esta. Apenas esta. Na época recebeu o nome de Poder Moderador pela constituição da época, traduzido do francês. Depois que veio a República, começaram a saltar "historiadores" dizendo que este poder era ditatorial na mão de Pedro II quando apenas no período de Pedro I pode dizer algo parecido, mas quando nós baixamos um PDF dessa constituição de 1824 e lemos, vemos que não passa da mesma coisa que os Chefes de Estado (reis) como a Dinamarca, Noruega, Reino Unido (e antes Suécia) tem hoje em dia, que fazem vários "especialistas" da imprensa afirmarem que são "Chefes/Reis de enfeite".
O movimento sempre tentou distanciar qualquer preferencia religiosa e ideológica ao movimento, mesmo tendo a Família Imperial ser católica fervorosa e alguns príncipes defenderem um estado confessional (na verdade de fantoche, como são o Reino Unido e a Dinamarca atuais) para estar "de bem" os movimentos mais conservadores católicos. Mas nós monarquistas sabemos muito bem que não estamos na época do Império.
Pela minha experiência própria, percebi que o movimento se encheu de gente que mal conhece o parlamentarismo monárquico, querem impor o catolicismo "salvador", e que vieram depois que o tal "astrólogo" começou a apoiar o movimento monarquista. Me lembro bem que no começo, este senhor mal conhecia D. Bertrand, perguntando aos seguidores se ele era católico para apoiá-lo, sendo que quem o conhece sabe que não é ele o atual herdeiro ao trono, e sim o irmão dele D. Luiz. Depois passou poucos dias, estava lá o astrólogo falando que D. Bertrand era pessoa mais empenhada no país e falava como se conhecesse a muito tempo. Desde lá, veio uma enxurrada de apoio, sem ao menos esse povo estudar direito sobre o tema. Talvez de cara, muito deles achavam que como a Família Imperial é anti-comunista, a constituição e todo o Estado também será, sendo que para isso, deve haver um amplo trabalho para que a assembleia constituinte da nova constituição aprovada pelo plebiscito (a vontade da Família Imperial é de só irá retornar por meio de plebiscito) seja compactuantes com essas ideias.
Lembrando, que o Chefe de Estado, não poderá e nem terá tal poder de impor vontades.
Depois disso, deixei de frequentar os fóruns e fui estudar e aventurar novas coisas, não sei mais como está o movimento, para saltar isso (Império do Brazil mais rico que EUA), talvez algo está muito fora do controle.
Isso que foi uma super paulada nos "argumentos" dos papistas. Excelente artigo Lucas!
ResponderExcluirVlw! :)
ExcluirSimplesmente assustador e surreal essa história de que D. Pedro II "quase foi presidente dos EUA". Isso mostra até que ponto eles são capazes de chegar nesse revisionismo hipócrita e virulento, que avilta contra toda a honestidade intelectual no objetivo de alcançar seus propósitos proselitistas. Agradeço muito ter compartilhado essa informação aqui. Grande abraço!
ResponderExcluirQuer dizer então que na monarquia então nada de bom ocoorreu certo? nenhuma infra estrutura foi construída, nenhuma industrialização, nenhum banco do brasil foi criado...nada... Seu post é tão radical quanto os que defendem ferrenhamente a monarquia. A verdade é que se tivessemos ficado na monarquia e com os crescimentos mantidos, talvez hoje estariamos em uma condição melhor, pois os primeiros 50 anos da republica foram um retrocesso total, isso é inquestionavel!
ResponderExcluir"Quer dizer então que na monarquia então nada de bom ocoorreu certo?"
ExcluirOnde foi que eu disse isso?
"nenhuma infra estrutura foi construída, nenhuma industrialização, nenhum banco do brasil foi criado...nada..."
Mais uma vez: onde foi que eu disse isso???
Ser contra a monarquia não significa dizer que nada foi produzido de útil neste período, mesmo porque seria praticamente impossível que em quase um século nada fosse feito; até na ditadura militar, e até nos governos do PT, é possível identificar certas coisas boas que foram feitas, e isso não significa que esses governos foram bons de uma forma geral.
"A verdade é que se tivessemos ficado na monarquia e com os crescimentos mantidos, talvez hoje estariamos em uma condição melhor"
Isso é devaneio total, basta ver os índices de desenvolvimento do pib per capita do período monárquico e comparar com a república; a república fez o pib per capita disparar em relação à monarquia; se nos mantivéssemos na monarquia esse desenvolvimento não estaria assegurado. A monarquia, NO BRASIL, foi um atraso, um desastre.
"pois os primeiros 50 anos da republica foram um retrocesso total, isso é inquestionavel!"
Pura mentira, apenas os primeiros dez anos foram ruins e isso porque a monarquia demorou pra kct pra acabar com a escravidão e quando acabou fez isso de uma forma irresponsável, colocando milhões de pessoas na rua para amargar a miséria e sufocar o Estado; este foi o "legado" da monarquia, o pepino que os republicanos tiveram que arcar num primeiro momento, e mesmo assim se pegar as outras décadas depois dessa primeira houve um desenvolvimento inigualável a QUALQUER década da monarquia, tanto durante esses outros 40 anos dos 50 que você disse que foram um "retrocesso total", como também nos outros que nos levaram até aqui. Não vou repassar aqui todos os índices porque já estão todos perfeitamente claros no artigo; se você não tem paciência de ler, não é problema meu.