Pedro era superior aos demais? - Parte 2



No texto que nós anteriormente acompanhamos, Pedro afirma que escrevia aos presbíteros “na qualidade de presbítero como eles” (1Pe 5:1). Irei analisar aqui essa expressão “como” eles, mostrando que ela tem ligação com uma igualdade, e nunca com superioridade. Quem mais prova que exegeticamente este termo não pode ser empregado no sentido de superioridade é o próprio Senhor Jesus Cristo, que afirmou:

O discípulo não estáacima do seu mestre, nem o servo acimado seu senhor. Basta ao discípulo ser comoo seu mestre, e ao servo, como o seu senhor” (Mateus 10:24,25)

Note que Jesus emprega o termo “como” no sentido de igualdade, enquanto que o termo “acima” qualifica superioridade. Em outras palavras, Jesus está dizendo:

“O discípulo não está acima [superioridade] do seu mestre, nem o servo acima [superioridade] do seu senhor. Basta ao ser discípulo ser como [igualdade] o seu mestre, e ao servo, como [igualdade] o seu senhor” (Mateus 10:24,25)

Em Lucas 6:40 encontramos algo semelhante a isso, quando Cristo disse:

“O discípulo não está acima [superioridade] do seu mestre, mas todo aquele que for bem preparado será como [igualdade] o seu mestre” (Lucas 6:40)

Portanto, a partir disso podemos afirmar que exegeticamente falando:

“Acima” = Superioridade
“Como” = Igualdade

Por meio desta mesma lógica, se Pedro quisesse dizer que ele era um presbítero em nível eclesiástico superior aos demais presbíteros, ele evidentemente teria escrito que ele era um presbítero “acima” (=superioridade) deles, e não um presbítero “como” (=igualdade) eles. Quando o “como” no texto é uma conjunção (como é o caso de 1Pe 5:1), ele significa basicamente “do mesmo modo que, da mesma forma que, no grau de”[1]. Trata-se de um grau de igualdade, do mesmo modo que outra coisa. No caso de 1Pe 5:1, ele estava dizendo que estava no mesmo grau dos demais presbíteros, do mesmo modo que eles, e não em grau de superioridade ou de uma forma superior.

Pedro se colocou em igualdade em relação aos demais presbíteros não porque ele estivesse mentindo, mas porque realmente os outros presbíteros estavam no mesmo patamar dele. Pedro estava escrevendo a líderes de igrejas locais residentes “no Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia” (1Pe 1:1), e ele não escreve na qualidade de alguém que está em um patamar de liderança sobre eles para lhes passar ordens, mas faz questão de ressaltar que era um presbítero no mesmo grau daqueles aos quais ele estava escrevendo. Isso é muito importante, pois se Pedro apenas passasse regras e instruções sem especificar nada, poderia dar entender aos leitores que estava escrevendo como uma liderança sobre eles. Então, Pedro faz questão de deixar nítido e evidente o fato de que:

“...apelo para os presbíteros que há entre vocês, e o faço na qualidade de presbítero como eles e testemunha dos sofrimentos de Cristo, como alguém que participará da glória a ser revelada” (1 Pedro 5:1)

Pedro poderia perfeitamente ter escrito que fazia aquilo na qualidade de papa, sumo pontífice ou líder sobre eles. Ele teria essas opções prontas, a mão, que poderiam perfeitamente terem sido utilizadas caso ele quisesse. Mas ele faz questão de se chamar de “sumpresbuteros”, que é o equivalente grego para “co-presbítero”. Pedro adicionou o “sum” à palavra “presbuteros” (presbítero), assim como um português adiciona o “co” à palavra “presbítero”.

Mas o que isso tem a ver com o nosso estudo sobre a igualdade de Pedro em relação aos demais presbíteros? Simplesmente que no grego existem palavras que são colocadas como prefixos para designarem superioridade ou liderança, enquanto existem também prefixos que designam igualdade. Pedro deliberadamente fez uso daquilo que designa igualdade, e não superioridade! A palavra no grego que designa autoridade, superioridade ou liderança é “arche”. A palavra “arche” no grego significa “o líder, primeiro lugar, magistrado, reinado”[2]. Um derivado dessa palavra (archegos) significa “líder principal, príncipe... alguém que toma a liderança sobre algo... pioneiro”[3]. Os outros derivados dessa mesma palavra também indicam sempre liderança.

Por exemplo, “archomai” significa “ser o chefe, o líder, o principal”[4].  A palavra “archo”, por sua vez, significa “ser o chefe, governar, liderar”[5]. Os exemplos bíblicos são abundantes e esclarecedores. Você quer dizer que um sacerdote (hiereus[6]) é maior do que os sacerdotes comuns? Então empregue “archiereus” (sumo-sacerdote)[7]. Você quer dizer que um pastor (poimen[8]) é superior aos demais? Então empregue “archipoimen” (sumo-pastor)[9].  Você quer destacar um anjo (aggelos[10]) como maior em relação aos demais? Então empregue “archaggelos” (chefe dos anjos ou “arcanjo”)[11].

Em resumo, em qualquer situação em que você queira designar que o texto não está se tratando de alguém em um cargo no mesmo nível de liderança dos demais, mas sim em um nível de superioridade, empregue o prefixo “arch”, que você dará exatamente o sentido de autoridade (liderança) sobre os demais pastores, presbíteros, apóstolos, sacerdotes, anjos ou qualquer outra coisa que o texto queira tratar. Mas, no caso da pessoa realmente não ser superior aos outros, mas estar no mesmo patamar de autoridade eclesiástica, basta não colocar nada antecedendo; ou, melhor ainda: empregue a palavra “sum”, que significa igualdade. E foi exatamente isso o que Pedro fez! Ele não empregou qualquer prefixo indicativo de liderança ou autoridade, mas sim um de igualdade! 

Ele se chamou de “sumpresbuteros” (presbítero no mesmo nível dos demais), e não de “archipresbuteros” (presbítero em nível superior aos demais)! Isso é extremamente revelador e esclarecedor. O original grego simplesmente não deixa qualquer chance para aqueles que insistem em dizer que Pedro ocupava na Igreja um cargo eclesiástico de liderança sobre os demais cristãos, como o Sumo (arche) Pontífice ou algo do tipo.  É digno de nota que nem a palavra “arche” e nem os seus derivados – que sempre são expressos para ressaltar liderança e autoridade superior – são alguma vez mencionados com relação a Pedro!

Isso mesmo: não somente em 1ª Pedro 5:1, mas também em todo o restante da Escritura, os adjetivos de liderança são sempre omitidos quando com relação a Pedro. Nas poucas vezes em que o “primeiro” é mencionado tratando-se de Pedro, a palavra utilizada no grego é “protos”, que, diferentemente de “arche”, não significa “primeiro” no sentido de autoridade superior ou liderança, mas sim “em alguma sucessão de coisas ou pessoas”[12]. “Arche” e seus derivados absolutamente nunca são dirigidos a Pedro, e ele mesmo faz questão de se colocar em pé de igualdade com os demais presbíteros, fazendo uso de palavras que designam igualdade, ao invés de autoridade ou superioridade.

Já vimos como a palavra grega “arche” e seus derivados são aplicados no sentido de liderança a alguém, como prefixo ou sufixo, qualificando este alguém como uma autoridade superior aos demais. Tal palavra não foi jamais dirigida a Pedro, do início ao fim da Bíblia. Antes, o que foi dirigido a Pedro foi “sumpresbuteros”. O nosso próximo passo, agora, é provar que sem exceções essa palavra designa igualdade, e nunca a superioridade de alguém sobre outro, quando tal palavra é aplicada. Isso fica visivelmente evidente quando a analisamos em cada contexto bíblico em que ela está inserida. Comecemos com Efésios 3:6, em que Paulo afirma:

A saber, que os gentios são co-herdeiros, e de um mesmo corpo, e participantes da promessa em Cristo pelo evangelho” (Efésios 3:6)

A palavra “co-participante” é uma tradução do original grego que traz a palavra “sugkleronomos”. O prefixo “su” (correspondente ao “sum” de 1ª Pedro 5:1) é a nossa observação especial neste verso. Ele está claramente evidenciando uma igualdade, tendo em vista que os gentios, na Nova Aliança, estão unidos em igualdade com os judeus, e não em superioridade ou inferioridade a eles. Se tal prefixo significasse superioridade, o texto estaria dizendo que os gentios são herdeiros superiores aos israelitas, o que evidentemente é uma mentira, visto que “ambos são um” (Ef 2:14) e que o evangelho “derrubou a parede de separação que estava no meio” (Ef 2:14).

Na Nova Aliança, não existe mais superioridade ou inferioridade entre judeus e não-judeus. Todos são “um” por meio de Cristo, pois em Cristo todos nós (cristãos) estamos unidos em igualdade, independentemente de nossa nação ou do local onde moramos. Nisso fica nítido que o prefixo “su” (equivalente ao “sum” de 1ª Pedro 5:1) significa igualdade. Se significasse “superioridade”, bagunçaria todo o evangelho! Outra passagem que iremos analisar é a de 1ª Pedro 5:13, em que Pedro afirma:

A vossa co-eleitaem babilônia vos saúda, e meu filho Marcos” (1 Pedro 5:13)

A palavra “co-eleita” é uma tradução do grego “suneklektos”. O prefixo “sun” aparece antecedendo a “eleição” dos que estavam junto a Pedro. Se este prefixo significasse superioridade, isso significaria nada a mais nada a menos que a Babilônia seria mais eleita do que as outras comunidades cristãs! Será mesmo que isso é verdade? É claro que não. Sabemos que o local de onde Pedro escrevia a carta (independente de qual seja) é tão eleito quanto qualquer outra comunidade cristã – em igualdade – e não mais eleito que os demais. Mais uma vez “sum” aparece como igualdade, e não como superioridade. E o que poderíamos dizer sobre Romanos 8:17? Paulo diz:

E, se nós somos filhos, somos logo herdeiros também, herdeiros de Deus, e co-herdeiros de Cristo: se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados” (Romanos 8:17)

A palavra “co-herdeiros”, aqui, é a tradução da palavra grega “sugkleronomos”, em similaridade com os casos já abordados. Pelo contexto vemos que, se tal prefixo significa superioridade, então a nossa herança em Cristo seria superior à nossa herança em Deus! Será que isso é possível? É claro que não! A nossa herança em Cristo é exatamente a mesma da nossa herança em Deus – não é maior nem menor.

Paulo está dizendo que nós “herdaremos” Deus da mesma forma que nós “herdaremos” Cristo. Que nós seremos glorificados com Cristo da mesma forma que somos glorificados com o Pai. Novamente, o texto perderia completamente o sentido caso o prefixo “sun” significasse superioridade, pois o texto estaria dizendo que nós seremos “mais herdeiros de Cristo do que de Deus”, quando, na verdade, mantém-se o sentido de igualdade ao dizer que nós seremos herdeiros de Cristo como igualmente somos herdeiros de Deus.

Por fim, temos o texto de 1ª Pedro 3:7, em que o apóstolo diz:

Do mesmo modo vocês, maridos, sejam sábios no convívio com suas mulheres e tratem-nas com honra, como parte mais frágil e co-herdeiras do dom da graça da vida, de forma que não sejam interrompidas as suas orações” (1 Pedro 3:7)

Desta vez a palavra utilizada por Pedro é “sugkleronomos”, significando a igualdade entre homens e mulheres na herança da vida eterna. Se o termo representasse superioridade, isso estaria refletindo que as mulheres são herdeiras superiores aos homens no dom da graça da vida. Isso é certamente antibíblico, visto que a Bíblia não prega que a mulher é superior ao homem ou que o homem é superior a mulher, mas sim que, aos olhos do Senhor, nem o homem existe sem a mulher, nem a mulher sem o homem” (1Co 11:11).

Ambos estão em igualdade – nenhum é superior ao outro[13] (1Co 11:11). Em resumo, tendo em vista todas as aplicações do prefixo “sum” e suas variantes (“su” e “sun”), em absolutamente todas as vezes em que ele é aplicado na Bíblia é para representar a igualdade entre as partes que estão postas no texto[14]. Será que bem exatamente 1ª Pedro 5:1 seria diferente? Será que este seria o único texto que “fugiria a regra”? Será que Pedro “se esqueceu” de deixar nítido os prefixos de liderança para lançar mão de um de igualdade por desatenção? Creio que não.

Aliás, não apenas eu, mas a própria exegese. Não é um método aplicável de exegese cegar os seus próprios olhos para o conteúdo total da Escritura apenas por causa de uma noção pré-concebida em torno de um texto bíblico isolado. O texto, assim como a palavra e o próprio prefixo, devem estar de acordo e em conformidade com a regra básica expressa em torno de todas as outras passagens do original grego do Novo Testamento – jamais os contextos podem ser ignorados. Vimos que em todas as ocasiões em que ela é aplicada é para designar igualdade, e que nunca é para significar superioridade, liderança ou autoridade superior.

Por sinal, vimos também que a exegese não apenas exclui as possibilidades deste termo se tratar de superioridade, como também torna absurdo o próprio texto bíblico, caso a palavra significasse isso. Ele simplesmente perderia completamente a coerência e o bom senso. E é exatamente essa mesma coerência e bom senso que os católicos terão que abrir mão caso queiram se segurar em 1ª Pedro 5:1, tentando convencer-nos de que ali Pedro não estava igualmente dizendo que estava no mesmo grau, padrão, patamar de autoridade que todos os demais presbíteros aos quais ele estava escrevendo.

Ele abre mão do recurso que tinha completamente disponível (e usado por ele mesmo em outros casos, se referindo a outras pessoas) de aplicar um prefixo de superioridade/autoridade, para deliberadamente lançar mão de um que designa igualdade.

Podemos resumir da seguinte forma:

“Archipresbuteros” = Presbítero “acima” (liderança) dos demais presbíteros.

“Sumpresbuteros” = Presbítero “como” (igualdade) os demais presbíteros.

Tal fato não é verdadeiro apenas no caso do presbitério, mas, como vimos, com todos os ramos que o Novo Testamento aborda. De acordo com aquilo que já foi abordado, podemos traçar o seguinte quadro para sermos mais exatos, aplicando o contraste entre arche e sum nos mais diversos ramos da língua grega::

CARGO OU OCUPAÇÃO
EM SUPERIORIDADE
EM IGUALDADE
Sacerdote (Hiereus)
Archierus
Sumhiereus
Pastor (Poimen)
Archipoimen
Sumpoimen
Presbítero (Presbuteros)
Archipresbuteros
Sumpresbuteros

Qualquer estudioso do grego que estude a respeito dos prefixos e seus significados entenderá que Pedro de modo algum se identificou como “archipresbuteros” (presbítero maior em autoridade), mas somente como “sumpresbuteros” (no mesmo grau dos demais presbíteros):

“presbuterous a=oun tsb=tous en umin parakalô o sumpresbuteros kai martus tôn tou christou pathêmatôn o kai tês mellousês apokaluptesthai doxês koinônos” (1 Pedro 5:1, no grego)

Isso por si só já deveria bastar para que o clero romano parasse de propagar aos seus fieis a ideia de uma inimaginável liderança (arche) de Pedro sobre os demais (apóstolos e presbíteros), o que jamais ocorreu na Igreja primitiva, que trabalhava em termos de igualdade entre os cargos eclesiásticos e não debaixo de uma liderança ou autoridade humana superior aos demais. As ordens, por isso, eram sempre tomadas “pelos apóstolos e presbíteros”(At 16:4), e não por Pedro de forma especial.

Seria muito estranho que Pedro fosse o líder máximo e principal, mas nem ele mesmo (nem qualquer outro apóstolo) se lembrasse de aplicar o arche que sempre ressalta a liderança de quem está à frente de algum projeto ou em algum cargo. Seria mais estranho ainda que ele fosse um “Sumo (arche) Pontífice” (como a Igreja Católica afirma), que seria “archieratikos”, sendo que nem sequer como um simples presbítero Pedro é declarado como “archipresbuteros”, mas como “sumpresbuteros”.

Em outras palavras, se nem sequer com relação ao presbitério Pedro se declara como “arche”, quanto menos com relação ao pontificado! Se Pedro não era maior nem mesmo que os presbíteros, então certamente não seria superior também aos apóstolos e bispos em geral. Portanto, Pedro não pode ser Sumo Pontífice (archieratikos), pela mesma razão pela qual ele não é um archipresbuteros. “Arche” é definitivamente aplicada para sacerdotes superiores, para pastores superiores, para anjos superiores, para pontífices superiores... mas para Pedro, nunca! Ao invés disso, os prefixos e sufixos que denotam igualdade são abundantes para Pedro. A clareza da informação bíblica nos deixa tão esclarecidos que são precisos verdadeiros malabarismos teológicos para negar tal realidade.

Continua nos próximos capítulos...

Por Cristo e por Seu Reino,
Lucas Banzoli (apologiacrista.com)


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-Notas e referências:


[2] De acordo com o léxico da Concordância de Strong, 746.

[3] De acordo com o léxico da Concordância de Strong, 747.

[4] De acordo com o léxico da Concordância de Strong, 756.

[5] De acordo com o léxico da Concordância de Strong, 757.

[6] Hierus”, no grego, significa “sacerdote”.

[7] Como ocorre em inúmeros casos no Novo Testamento, tais como em Hb 5:10; 4:14; 8:1; 3:1; 5:1; 5:5; 10:21; 6:20; 4:15; 9:11; 2:17; e 7:26 (se tratando de Jesus), além de outras incontáveis referências tratando-se dos sumo sacerdotes do povo israelita.

[8] Poimen”, no grego, significa “pastor”.

[9] Tal como ocorre em 1ª Pedro 5:4. Não parece incrível que quando trata-se de Jesus o termo de superioridade entra em cena, mas poucos versos antes, quando trata-se de Pedro, ele simplesmente não aparece?

[10] Aggelos”, no grego, significa “anjos”.

[11] Isso ocorre em 1ª Tessalonicenses 4:16 e em Judas 1:9. Neste último caso, o arcanjo Miguel é destacado como superior aos demais anjos, pelo mesmo prefixo.

[12] De acordo com o léxico da Concordância de Strong, 4413.

[13] A Nova Versão Internacional traduz este mesmo verso mostrado acima de uma forma que traz igualmente um sentido muito claro: a mulher não é independente do homem, nem o homem independente da mulher” (1Co 11:11). Ambos são dependentes um do outro, e, portanto, não estão em grau de superioridade ou de inferioridade entre si mesmos.

[14] Existe ainda, para finalizarmos, a passagem de 1Co 9:23, em que Paulo se define como “co-participante” do evangelho. A palavra aqui é “sugkoinonos”, e Paulo certamente não a aplicaria caso ela significasse superioridade, pois ele estaria dizendo que a participação dele no evangelho seria superior a nossa obrigação de participação nele, quando na verdade nós devemos ser igualmente participantes do evangelho – do mesmo modo que Paulo e os demais.


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