As Diferenças entre Países Protestantes e Países Católicos
AS DIFERENÇAS ENTRE PAÍSES PROTESTANTES E CATÓLICOS
(Lorraine Boettner)
[Nota do
Tradutor:
Quero antes de mais nada explicar toda a relevância desse texto. O sucesso dos
países reformados não aconteceu por
acaso, mas foi fruto da visão que a teologia (especialmente a calvinista) tem
da política, da liberdade, da autoridade, da consciência individual, do
comércio e de toda cosmovisão reformada. Os países católicos romanos, como
veremos em publicações futuras, possui uma visão do homem e da sociedade
basicamente aristotélicas e sua cosmovisão deixou seus países incapazes de
defenderem-se contra os princípios revolucionários, ou pelo menos, com uma
defesa muito menor do que a resistência oferecida por países reformados. As
citações a seguir foram retiradas do livro Roman
Catholicism (especialmente dos capítulos 1 e 2) escrito por Boettner
durante a Guerra Fria. Elas são um sério alerta contra as "boas
intenções" de católicos romanos dentro do ecumenismo conservador pró-vida
e fornecem uma amostra de como eles estão se infiltrando em países protestantes
e influenciando-os. Infelizmente eu não pude traduzir tudo pra não tornar a
leitura demasiada cansativa, e destaquei apenas aquilo que me pareceu mais
relevante. E é claro também que esse texto está longe de esgotar o tema]
"Nossas liberdades americanas estão sendo
ameaçadas hoje por dois sistemas totalitários, o Comunismo e o Catolicismo
Romano. Nós não podemos entender adequadamente esse problema a menos que
tenhamos consciência que o tipo de Catolicismo Romano que se vê nos Estados
Unidos não é, em sua maior parte, o verdadeiro Catolicismo Romano, isto é, não
é o Catolicismo Romano como ele existe onde ele é a força dominante na vida da
nação, mas uma forma modificada e comprometida que ajustou-se à vida com uma
maioria Protestante"
(Lorraine Boettner)
Nós não hesitamos em dizer que a maior parte das nações católicas
romanas, se tivessem sido deixadas a si mesmas, há muito tempo teriam caído
vítimas do comunismo. Com toda probabilidade, ambas, Itália e França, teriam
tornado-se comunistas no encerramento da Segunda Guerra Mundial não fosse pela
ajuda americana e toda a influência política de nosso governo exercida
licitamente naqueles países, e mesmo assim o resultado durou sem dúvida por um
tempo considerável. O Vaticano apoiou o fascismo de Mussolini e suas políticas
militares, incluindo a conquista da Etiópia (que foi condenada pela Liga das
Nações e por praticamente todos os países civilizados do mundo; veja o vídeo),
sua abertura e apoio extensivo a Franco na Espanha com tropas e armas, e sua
invasão da Albânia e Grécia.
Depois a Itália entrou na guerra ao lado da Alemanha Nazista,
a Igreja Romana apoiou o esforço italiano, o que significa, é claro, que nosso
trabalho de conquista da guerra de forma bem sucedida foi feita muito mais
duramente. Durante a guerra, o papa Pio XII deu suas bençãos a um grande número
de tropas italianas e alemãs que apareceram diante dele de uniforme. Com a
derrota da Alemanha e da Itália aquelas políticas causaram forte ressentimento
popular. É provável que, na desordem que seguiu a infame queda de Mussolini, a
Igreja Católica Romana teria sido derrubada de um modo muito parecido com o que
a Igreja Católica Ortodoxa na Rússia foi derrubada quando o regime Czarista
caiu no fim da Primeira Guerra Mundial, não fossem as forças militares americanas
que preservaram a ordem na Itália.
Na Rússia, uma igreja morta e meramente formal perdeu o
respeito do povo e tornou-se identificada com o despotismo do Czar já que ele
foi a cabeça de ambos, do estado e da igreja. Foi quando o povo levantou-se
raivosamente e jogou fora a igreja com isso, indo para o outro extremo, o
ateísmo. Esse tem sido constantemente o caso onde as pessoas conhecem apenas
uma igreja. Quando ela torna-se corrupta as pessoas não têm alternativa a não
ser posicionarem-se contra a religião como um todo. No vídeo abaixo, o massacre
fascista contra a Etiópia, suportado pelo Catolicismo Romano:
Na crítica eleição italiana ocorrida depois da guerra, em
abril de 1948, os comunistas fizeram um grande esforço pra tomar o controle do
governo, mas uma coalizão de outros partidos foi organizada para conquistar a
maioria. Hoje o maior partido comunista fora da Rússia e da China Vermelha é
encontrado na Itália católica romana, morada do papado, precisamente onde, se o
catolicismo romano fosse a defesa efetiva que afirma ser, nós encontraríamos o
destino derradeiro do comunismo. Aproximadamente um terço de todos os eleitores
na Itália hoje são comunistas, como são aproximadamente um quarto daqueles da
França.
O catolicismo romano se opõe ao comunismo, é claro, como um
sistema totalitário opõe-se a outro. E por um propósito de propaganda ele até
intenciona apresentar-se a si mesmo como o chefe da oposição, com o maior
baluarte, contra o comunismo. Mas o fato é que durante os últimos cinquenta anos
o comunismo fez grandes conquistas nas nações católicas romanas, tanto na
Europa quanto na América Latina, enquanto as nações protestantes, os Estados
Unidos, a Grã-Bretanha, o Canadá, a Holanda, a Noruega, a Suécia e a Dinamarca,
têm sido seus mais efetivos oponentes. Esse é na realidade um pequeno passo de
uma igreja totalitária para um estado totalitário, desde que o povo tem sido
treinado a aceitar a autoridade como imposta sobre eles antes de pensarem por
si mesmos e planejarem seus próprios negócios.
Em seu livro muito informativo, “American Freedom and
Catholic Power”, Paul Blanshard, um sociólogo americano e jornalista que
escreveu extensivamente sobre a relação estado-igreja, disse:
“Em muitas das grandes crises na Europa o
Vaticano tem, através de colaboração passiva ou ativa com o fascismo, pesado a
balança do poder contra a democracia (...) Ele alinhou-se com as forças mais
reacionárias na Europa e América Latina. É claro que não é por acidente que as
duas nações mais fascistas do mundo hoje – Itália e Portugal – sejam nações católicas
cujos ditadores têm sido abençoados pelo papa e são conspicuamente fieis a ele!
A afinidade do Vaticano com o fascismo não é nem acidental nem incidental. O catolicismo
condiciona seu povo a aceitar censura, através do controle, e finalmente a
ditadura” (Rev.
Ed., 1958, p. 291; Beacon Press, Boston)
E o conde Coudenhove-Kalergi, um católico romano, diz:
“O catolicismo é a forma fascista de
Cristianismo do qual o calvinismo representa a asa democrática. A hierarquia
católica descansa inteira e seguramente no princípio de liderança com o papa
infalível em comando supremo para a vida nesse mundo (...) Como o partido fascista,
seu sacerdócio torna-se o mediador para uma minoria anti-democrática legislar
por uma hierarquia (...) Nações católicas seguem as doutrinas fascistas mais
voluntariamente do que nações protestantes, que são as maiores defensoras da
democracia de fato. A democracia coloca as dificuldades a cargo da consciência
pessoal; o fascismo, na autoridade e obediência” (Crusade for Pan-Europe, p.173)
É fato indiscutível que os países protestantes da Europa e a
América têm sido comparativamente fortes, prósperos, iluminados e livres,
enquanto os países católicos romanos permaneceram relativamente estacionados ou
estagnados e têm sido apoiados economicamente e politicamente por nações protestantes.
A lição da história é que o romanismo significa a perda da liberdade religiosa
e o controle do progresso nacional.
Se depois de viver nos Estados Unidos alguém que não estava
esclarecido a respeito do contraste entre as culturas dos países protestantes e
católicos romanos fosse visitar algum país católico romano na Europa ou na
América Latina, não apenas para ver lugares quem têm sido marcados pra atrair
turistas, mas para viver por algum tempo entre as pessoas comuns, isso o
deixaria com o coração doente por ver a ignorância, pobreza, superstição,
analfabetismo, supressão da liberdade religiosa, e prostituição legalizada que,
particularmente na América Latina, é encontrada em praticamente toda cidade de
qualquer tamanho.
Governos em países católicos romanos têm sido extremamente
instáveis. Repetidamente as pessoas derrubam seus governos. Praticamente todos
aqueles países têm sido governados por ditadores em vários momentos, e algumas
vezes por longos períodos. Desde a Segunda Guerra Mundial, a França tem crises
governamentais repetidas, até uma situação mais estável ter sido alcançada com
a ascensão do presidente General de Gaulle e os poderes ditatoriais a ele
conferidos. Itália teve 32 crises governamentais em 25 anos, e atualmente, como
na França, caracterizada pela demissão do governo, seguiu-se um período de
insegurança e paralisia até a eleição que uma nova eleição foi realizada ou um
novo alinhamento de partidos foi trabalhado.
A Espanha, que é comumente apontada como o modelo de estado católico
romano, é governado em concordata com o Vaticano, tem um único partido
político, o clerical-fascista partido do General Franco, e tem estado sob a
ditadura de Franco desde 1938. Portugal, também, é um estado clerical-fascista,
debaixo da ditadura de Antonio Salazar. Naquele país a queda da monarquia em
1910 foi seguida por um período de caos político e econômico, com 40 mudanças
governamentais em 18 anos, até que Salazar tornou-se ministro de finanças em
1928 e o primeiro ministro ditatorial com poderes ditatoriais em 1932, cuja
posição manteve-se desde então.
Nas nações latino-americanas, a derrubada de governos
nacionais, seguidas por períodos de ditadura, têm ocorrido repetidamente
durante os últimos 15 anos – Aqueles como Argentina, Brasil, Colômbia,
Venezuela, Peru, Cuba, Chile e Nicarágua tendo sido os mais recentes. Não
podemos deixar passar como mero acaso que os governos de Países Protestantes,
como os Estados Unidos, Inglaterra, Grã-Bretanha, Canadá, Holanda, e os países
Escandinavos, tem sido estáveis por longos períodos de tempo enquanto os países
católicos romanos têm sido tão instáveis. O resultado é, em parte, causado
finalmente pelo contraste das doutrinas da relação que deve existir entre
Igreja e Estado. O protestantismo ensina que a Igreja e o Estado têm, ambos,
uma origem divina, que cada um é supremo em sua própria esfera e independente
do outro.
O romanismo defende que o poder vem para o Estado através da
igreja, e que a igreja e o estado devem unir-se com a igreja colocando-se na
posição superior, que o papa como representante de Deus na terra está acima de
governantes temporais, sobre os reis, presidentes e governadores, que é papel
do estado manter a atmosfera favorável para a Igreja Católica Romana, sustentando-a
com dinheiro público enquanto coloca restrições em todas as outras igrejas, e
que o estado deveria cumprir o papel da igreja em punir hereges. Tais doutrinas
minam governos pelo enfraquecimento da confiança do povo neles, enquanto as
doutrinas protestantes fortalecem-os e dão-lhes suporte. Por toda a história a
Igreja Romana tem solicitado poder do estado, mas nunca prazerosamente
renunciado poder ao estado.
Nós testemunhamos um fenômeno estranho no mundo hoje.
Enquanto as pessoas dos países predominantemente católicos estão lutando para
livrar-se do jugo da Igreja Católica, países protestantes estão recebendo-a de
braços abertos e permitindo que ela dite políticas de estado, educação,
medicina, vida social, entretenimento, jornal e rádio. E em nenhum país
protestante essa tendência é mais claramente vista do que nos Estados Unidos.
Por 32 anos, 1928-1960, um de nossos maiores partidos políticos [o Partido
Democrata] teve uma linha inquebrável de filiados que eram membros daquela
igreja, e em 1960 isso refletiu na eleição de um católico romano para a
presidência dos Estados Unidos.
Embora a Constituição proíba o favor a uma igreja a despeito
de qualquer outra, repetidamente nos últimos anos projetos de lei têm passado
pelo Congresso com a assinatura de presidentes nominalmente protestantes
garantindo muitos favores substanciais à Igreja Católica Romana. Mais de
$24.000.000,00 de dólares do dinheiro público foram dados à Igreja Católica
Romana das Filipinas desde o fim da Segunda Guerra Mundial, alegadamente para
os danos da guerra, enquanto com dificuldade apenas um décimo dessa quantia foi
dada a protestantes, judeus e outras denominações naquele país.
Em junho de 1956, o Congresso passou, e o presidente
Eisenhower assinou, uma doação ao Vaticano de quase 1 milhão de dólares
($964.199,00) para a reforma da casa de veraneio do papa em Castel Gandolfo,
fora de Roma, na Itália - alegadamente por conta de danos de guerra causados
pela Força Aérea americana, ainda que o Departamento de Estado tenha afirmado que
este país não tem responsabilidade por tais danos. Em anos eleitorais, quando
ninguém quer votar contra os candidatos da Igreja Católica Romana, o Congresso
é particularmente vulnerável a tais pressões. Mas nada foi feito pra restaurar
as igrejas protestantes na Itália ou nos outros países atacados!
Essas não tiveram nenhum lobby no Congresso pra representar
suas causas. Cerca de 80% dos projetos de lei sob o governo de Bill-Burton para
construção de setores hospitalares nos Estados Unidos ($112.000.000.000,00 de
dólares nos primeiros dez anos) foram pra instituições da Igreja Católica
Romana que aquela igreja avidamente tomou pra si, enquanto a maior parte das
igrejas protestantes, desejosas de manter a separação entre igreja e estado,
relutaram em aceitar. Em vários lugares, especialmente em cidades governadas
por oficiais católicos romanos, propriedades privadas, como escolas, hospitais,
canteiros de obras, etc., têm sido concedidos à Igreja Católica Romana por
preço de doação.
Coisa similar acontece na Inglaterra, onde, por instância,
escolas paroquiais recebem 95% do seu total de custos do tesouro público - mas
apesar disso, a hierarquia não está satisfeita e tenta obter financiamento
completo à semelhança das escolas públicas, o que, certamente, é um aviso claro
do que a Igreja Católica gostaria de alcançar naquele país. Mas a verdadeira
causa do crescimento e sucesso dos católicos romanos não é encontranda tanto em
sua política agressiva de infiltração em governos, escolas, imprensa, rádios,
etc., nem em seu código moral frouxo. Ele é encontrando antes na indiferença de
Protestantes em sua falta de devoção para sua própria mensagem evangelística.
A teologia modernista e liberal destruiu muitas igrejas que
elas mantiveram pouco zelo para propagar sua fé. Deixe o evangelicalismo
retornar para sua mensagem evangelical e ao zelo missionário que governou os
cristãos primitivos, e deixe os protestantes desafiarem Roma para abrir o
debate e mostrar as doutrinas que distinguem os dois sistemas, e será visto que
o que Roma não quer é discussão pública. Roma prefere buscar seus alegados
“direitos” e ter eles aceitos sem muito questionamento. Mas o protestantismo
tem a verdade, e pode vencer essa batalha a qualquer momento desde que force a
questão.
A esse respeito, J. Marcellus Kik, editor associado do
Christianity Today, escreveu:
“Se ainda existe um remanescente de paganismo e
papismo no mundo é culpa inegável da igreja. A Palavra de Deus é tão poderosa
em nossa geração quanto era durante a igreja primitiva. O poder do Evangelho é
tão forte nesse século quanto nos dias da Reforma. Esses inimigos poderiam ser
completamente varridos se os cristãos dessa era fossem tão vigorosos, tão
ousados, tão zelosos quanto os Cristãos eram nos primeiros séculos e no tempo da
Reforma”
(Revelation Twenty, p.74).
Protestantes não desejam controvérsia pela controvérsia, e
constantemente evitam engajar-se nisso. Mas nesse tempo de tensões crescentes
essas questões certamente precisam ser encaradas. Roma continua a pressionar
sua propaganda. Onde eles são maioria, conseguem privilégios especiais para si
mesma e coloca restrições ou proibições para outras igrejas. Onde ela é
minoria, pede favores especiais, favores que jamais são concedidos aos protestantes
em países católicos, e procuram silenciosamente infiltrar-se em governos,
escolas, imprensa, rádio, hospitais, etc. Quando protestantes são a maioria
eles tendem a ignorar essas coisas.
Mas quando questões de maior importância emergem, como a
nomeação de um embaixador americano para o Vaticano, ou a nomeação de um
católico romano para presidente dos Estados Unidos, a oposição protestante
torna-se audível. Há poucos anos atrás, quando o presidente Truman enviou o
nome do General Mark Clark para o Senado para que fosse confirmado como
embaixador do Vaticano, houve vigorosos protestos e um debate em larga escala
quando o General Clark pediu que seu nome fosse retirado. Tudo o que a
hierarquia pôde fazer foi correr por proteção e chorar “intolerantes” e
“perseguidores” a qualquer um que se opusesse a tal aliança com o Vaticano.
Eles definitivamente não quiseram um debate público. Mas o resultado desses
eventos é trazer à tona as questões que normalmente são mais ou menos
encobertas, e criar oportunidade para discussão dessas questões e seus méritos.
O tipo de sociedade que o catolicismo romano produziu em
outros países onde ele foi dominante serve como um grave aviso do que podemos
esperar se ele se tornar dominante aqui. Precisamos de aviso mais claro do que
esse? Vejamos as condições daqueles países e perguntemos a nós mesmos se uma
América católica romana é o tipo de herança que queremos deixar pra nós mesmos
e o tipo que queremos deixar para as próximas gerações. Através da indiferença
dos protestantes e da agressividade dos romanistas nós estamos correndo o
perigo de perder muitas coisas que fizeram dessa uma grande nação.
Por: Lorraine
Boettner.
Traduzido
por: Antonio Vitor.
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O sociólogo Max Weber em sua obra prima, "A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo", demonstra que a riqueza da sociedade protestante é formada principalmente pelo espírito de poupança, e não de consumismo. Em outras palavras, o consumo é controlado pelos princípios bíblicos de não desperdício e moderação. Embora haja quem critique sua visão sociológica, é notável que a exploração da América latina por Portugal e Espanha, países católicos é claramente avessa à formação das riquezas locais, nacionais, extraindo tudo o que for possível para o engradecimento das coroas católicas e o seu padroeiro, o papado que dividiu o novo mundo entre essas duas coroas. Sim, fato histórico é que os protestantes vieram para a América e nela laboraram para construir uma sociedade para a glória de Deus, enquanto os católicos vieram para a América para fazer a vontade do seu Pai, ou seja, roubar, matar e destruir, e estabelecer o trono do seu Deus, e eles deixaram isto bem claro a todos que chegavam aqui: Pouco comércio, rara industria (canaviera), mas muitos templos aos seus deuses, um em cada esquina, quando possível, e nestes muitíssimo ouro, para impressionar os tolos!
ResponderExcluirMuito bem observado, Jacob. Grande abraço!
ExcluirA Inglaterra até à Idade Media era um país mediano . Só depois que ela se libertou do catolicismo é que ela começou a evoluir. Qualquer que estudar história da Idade Moderna , verá que a Inglaterra foi a maior potência económica da época , e houve forte influência do protestantismo para isso ocorrer
ResponderExcluirJa viu a nova, Lucas? O Olavo de Carvalho "Excomungou" o Cardeal Dom Odilo Scherer.
ResponderExcluirHahahahaha.... eu não sabia dessa, fui lá ver no Facebook dele e não é que o cara realmente "excomungou" o cardeal? HSUAHSUAHSUAHS
ExcluirÉ melhor o papa Francisco tomar cuidado, senão pode ser excomungado pelo astrólogo também!
Realmente,o Olavo anda muito doido recentemente.
ExcluirAgora, mudando de assunto,lí alguns posts seues e é impressão minha ou você tem certa simpatia pelos ortodoxos orientais.Talvez por eles rejeitarem a autoridade deRoma e terem um conceito de igreja mais ou menos parecido com nós, protestantes.
Um abraço.
Os ortodoxos realmente têm menos doutrinas apóstatas do que os romanos (incluindo a negação da maior de todas as aberrações, a da supremacia papal), e se não existisse outra opção a não ser romanismo e ortodoxia eu com certeza ficaria com este último, mas não podemos deixar de notar que eles também têm seus erros doutrinários em questões importantes, como o culto aos mortos e intercessão dos santos, transubstanciação e alguns dogmas marianos (ainda que menos que os romanos).
ExcluirPortanto, se a ortodoxia fosse mais presente aqui no Brasil, não há dúvidas de que este blog seria direcionado a eles, ainda que provavelmente com menos vigor em função do fato de existirem menos equívocos. Mas como aqui nesta terra o que predomina é o catolicismo romano, e o ortodoxo é muito pouco presente, então eu não vejo razões para criar um blog especificamente a eles, assim como não vejo razões para criar um blog contra a cientologia ou o monstro do espaguete voador.
A prioridade recai sempre onde há mais demanda, e no Brasil católico-romano a urgência é refutar o papismo. Se eu estivesse na Rússia eu iria me preocupar mais com o catolicismo ortodoxo, se estivesse no Oriente Médio com o islamismo, se estivesse na Índia com o hinduísmo, se estivesse na China com o budismo, e assim por diante. Vale acrescentar também que os erros da Igreja Ortodoxa também são indiretamente refutados neste site, pois ainda que as refutações não sejam direcionadas especificamente a eles, as doutrinas que eles têm em comum com os romanos são refutadas aqui da mesma forma.
Abraços!
Lucas. Tenho essa mesma perspectiva que você tem em relação aos ortodoxos. No entanto, tenho percebido que a 'ortodoxia oriental' está crescendo no Brasil (ao menos, tenho muitos ortodoxos nos meus ciclos sociais). Até eu mesmo já tive momentos de dúvidas e inclinações para ela. Seria interessante (deixo aqui uma sugestão) você começar a trabalhar aos poucos nessa perspectiva também (escrever acerca das doutrinas ortodoxas na perspectiva deles). Enfim. É só uma sugestão (ao menos isso iria ajudar várias pessoas, como eu). Abraço e que o Senhor Jesus esteja sempre iluminando a tua vida.
ExcluirLucas, já viu este vídeo sobre a matriz cultural católica e protestante?
ResponderExcluirhttps://www.youtube.com/watch?v=Glu6Qq6_S-s
Muito bom este vídeo, Henrique. Eu aproveitei e vi também toda a entrevista dele à apresentadora Gabi. Muito bom!
ExcluirSe o Olavo lesse o livro do Lorraine, teria um ataque apoplético, chamaria o fulano de maçom, esquerdista,louco e por ai afora. O sábio do movimento conservador brasileiro se encastelou num pais criado por puritanos, em um estado que foi baluarte do episcopalismo e onde habitam vários intelectuais protestantes com os quais ele poderia manter contato. Mas ele decidiu criar seu mundo mágico, feito a base de Newman, De Maistre , Guénon e Évola; onde é tudo culpa da reforma. O velho precisa de férias.
ResponderExcluirNão podemos nos esquecer do grande guru dele, o esoterista René Guénon.
ExcluirO Sr Conde Loppeux afirma que os países protestantes foram mais pobres economicamente e culturalmente do que os países católicos, isso até o século XIX, e, que tal educação educação presente nesses países é um conceito moderno. Ele também afirma que a o protestantismo abriu as portas para o secularismo, na medida em que a reforma estatizou a educação e enfatizou o conceito do livre exame, gerando assim diversas denominações.
ResponderExcluirTudo bobagem de que não entende nada de porcaria nenhuma e que usa livros como mera decoração de cenário. A estupidez sobre o protestantismo levar ao secularismo já foi refutada nestes artigos:
Excluirhttp://heresiascatolicas.blogspot.com.br/2016/06/destruindo-todas-as-calunias-catolicas.html
http://heresiascatolicas.blogspot.com.br/2015/12/o-protestantismo-e-o-pai-do-comunismo-e.html
http://heresiascatolicas.blogspot.com.br/2017/04/a-igreja-catolica-e-o-baluarte-do.html
http://heresiascatolicas.blogspot.com.br/2017/04/a-igreja-catolica-e-o-baluarte-do_28.html
Sobre a questão econômica, é mais um disparate de quem não é capaz de fornecer um único dado ou fonte histórica para a afirmação. Eu estou produzindo um livro inteiro sobre isso com ampla bibliografia e índices econômicos de medições de pib per capita durante toda a Idade Moderna, que destroi por completo esses impostores. Por enquanto fique apenas com essa citação de Alister McGrath:
"Uma das diferenças mais visíveis entre protestantes e católicos na Europa do início do século XVII era a marcante superioridade econômica do primeiro sobre o segundo. Por exemplo, considere Flandres, dilacerada na segunda metade do século XVI pela revolta protestante e pela reconquista católica com os espanhois. Por boa parte dos duzentos anos seguintes, a zona protestante estava alvoroçada e próspera, e a área católica estava deprimida e improdutiva. Até mesmo as nações robustamente católicas, como França e Áustria, o empreendorismo econômico devia-se principalmente aos calvinistas. Na metade do século XVII, o capitalismo e o calvinismo tinham praticamente o mesmo tempo de vida” (MCGRATH, Alister. Revolução protestante. Brasília: Palavra, 2012, p. 325)
As vezes eu acho curioso a acusação de certos apologistas católicos de que o protestantismo abriu as portas para o secularismo, sendo que, ao mesmo tempo, a ascensão do iluminismo teve muita força exatamente na França, um país de tradição católica. Esse pessoal ignora o fato que o iluminismo teve uma forte retórica anticlerical católica.
ExcluirMudando de assunto, eu tenho notado que uma parte dessa apologética católica tenta legitimar as ditaduras de Salazar é Francisco franco, como uma alternativa aos sistemas democráticos. Eu já vi um deles afirmarem que uma ditadura nos moldes franquista ou salazarista seria muito melhor do que as democracias liberais, no sentido dessas ditaduras não promoverem idéias espúrias como casamento gay, ideologia de gênero, aborto é outras bizarrices. O que você acha disso, Lucas? Você acha que uma ditadura conservadora ou um estado confecional católico traria algo positivo nos dias de hoje?
Nada de positivo. Não existe "ditadura do bem", ditadura é má por definição. A democracia no seu pior cenário ainda é melhor que a ditadura no seu melhor. Você pode ter assegurado alguns preceitos conservadores, mas vê esmagada sua liberdade de consciência, sua liberdade de expressão, sua liberdade de crença e a liberdade de imprensa. É um regime de escravidão. Uma vez que a liberdade em todos os seus sentidos é um dos maiores senão o maior direito dos cidadãos, cerceá-la em prol de uma ideologia qualquer é criminoso. Mesmo se quisessem implantar uma "ditadura evangélica" defendendo todos os preceitos que eu defendo tin tin por tin tin, eu ainda assim seria contra, quanto mais em relação a uma ditadura católica. A história está aí para nos mostrar os frutos de uma teocracia ou totalitarismo católico; milhões de vítimas mortas, escravizadas, presas, torturadas, exiladas, queimadas, açoitadas e humilhadas.
ExcluirSe quer vencer a ideologia esquerdista, "desce pro play" e os derrote democraticamente, jogando de acordo com as regras do jogo, e não como uma criança birrenta que não aguenta perder e trapaceia, ou pega a bola e vai embora. Além de ser uma atitude covarde e anticristã, fica até parecendo que essas pessoas não são capazes de derrotar os esquerdistas nos argumentos e convencer o povo por vias democráticas, precisando apelar para a ditadura. Ou seja, é um desastre total. Não é à toa que foi na época da ditadura militar (que não era católica oficialmente, senão seria pior) que a esquerda mais cresceu. Todo segmento reprimido tende a ganhar força perante a sociedade diante do papel de "vítima". Então a ditadura, além de imoral, é contraproducente e burra. Não é uma "opção".
Abs!