Esclarecendo dúvidas básicas sobre mortalismo e aniquilacionismo
Uma coisa que percebo muito é
que grande parte dos questionamentos que recebo sobre mortalismo e
aniquilacionismo não é sobre “como refutar isso ou aquilo”, mas sim sobre
dúvidas relacionadas a coisas bastante simples e até elementares. Se por um
lado a doutrina imortalista é bem conhecida por todos, pois todos fomos
doutrinados com ela desde a infância, por outro lado o mortalismo é pouco
conhecido, e muitas vezes “refutado” por gente que sequer o conhece ou estudou
sobre o assunto (o que muitas vezes implica em verdadeiros ataques a
espantalhos).
Por isso, neste artigo o
propósito não será argumentar em favor do mortalismo, mas apenas explicar como ele é, através de 30
perguntas e respostas. Se você está mais interessado em uma argumentação propriamente
dita, é só ler os meus livros a respeito (disponíveis gratuitamente na página dos livros), que
juntos somam mais de 1.200 páginas, ou ler também os artigos, muitos deles
novos, escritos depois dos livros (veja
aqui). Antes de começar, vale um esclarecimento inicial: embora muitas
vezes os termos “mortalismo” e “aniquilacionismo” sejam usados como sinônimos,
eu designo por mortalismo a crença na morte da alma entre a morte e a
ressurreição, e por aniquilacionismo a crença na morte eterna (depois da
ressurreição), em contraste com o “tormento eterno”.
1) Os mortalistas creem que a alma e o corpo são a mesma coisa?
Não. A partir da descrição
bíblica da criação da natureza humana (Gn 2:7), o ser humano é a junção do pó
da terra (corpo) com o fôlego de vida (espírito). Juntos, eles formam uma “alma
vivente”. Ou seja, corpo+espírito=alma (ser vivente). O corpo é o aspecto
físico do ser humano, o espírito é o que traz ânimo ao corpo, fazendo com que respire e viva, e a alma é o que o ser humano é quando há essa ligação entre
corpo e espírito. Na morte, o espírito volta para Deus (Ec 12:7) e o corpo
volta ao pó (Gn 3:19), e a “alma vivente” torna-se apenas uma “alma morta”.
Isso explica as mais de sessenta passagens em que a alma explicitamente morre
na Bíblia (veja
aqui).
Talvez você entenda melhor se
passarmos isso para a forma de analogia. Pensemos no corpo como um notebook,
que só funciona se estiver conectado ao cabo de energia (=espírito). Enquanto
há a fusão do cabo com a entrada do notebook, há um computador ligado (=alma
vivente). Mas se você tirar o cabo, o computador simplesmente desliga (=morte).
Você não pode acessar as informações do notebook sem o cabo, e muito menos só com
o cabo sem o notebook, pela mesma razão que não há vida fora do corpo, sem a
fusão de espírito e corpo. Mas se você conecta novamente o cabo ao notebook, o
computador volta a funcionar (é o que ocorre na ressurreição). O importante a
se observar é que não há vida fora do
corpo, pois é somente por meio dele que a vida se manifesta, e que o
espírito não é uma “alma imortal” pessoal com consciência e personalidade que
nem precisa do corpo para viver, mas apenas o fôlego cuja funcionalidade é dar
animação (vida) ao corpo.
2) Os mortalistas creem que o espírito morre?
Essa pergunta não faz sentido
dentro do prisma mortalista, pois o espírito em si mesmo não é uma entidade
viva para “morrer”. É como perguntar se o ar morre, se o sopro morre ou se sua
respiração morre. Ou seja, é uma pergunta sem nexo. Você não diz “a respiração
do Fulano morreu”, mas sim que “Fulano deixou de respirar e morreu”. Da mesma
forma, não há nenhuma passagem bíblica que diga que “o espírito morreu”, mas há
muitos textos que mostram pessoas morrendo ao sair o espírito, ou seja, ao
perder o “fôlego de vida” que o fazia continuar vivendo. Em contrapartida, há
mais de sessenta textos que falam explicitamente na morte da alma, porque uma
alma é efetivamente um ser vivo, que morre (veja uma lista de citações bíblicas
aqui
e aqui).
3) Os mortalistas creem que uma alma imaterial e presa dentro do corpo
morre?
Não, porque, como disse, a alma
no conceito mortalista não é um “fantasminha camarada” como no dualismo, mas
apenas um ser vivo (chamamos isso de “holismo”). Essa é uma das maiores
dificuldades em alguém aceitar a morte da alma, pois quando se fala em alma
imediatamente vêm à mente algo como um “fantasma” com traços corpóreos mas
imaterial, ou seja, aquela coisa bem típica de livros espíritas de Alan Kardec.
Se alma fosse isso, realmente seria difícil pensar nela “morrendo” – sorte que
esse tipo de coisa só existe nos livros kardecistas mesmo.
4) Existem outros sentidos de “alma” e “espírito”?
Sim, porque o fato da alma ser o
ser vivo e do espírito ser o fôlego da vida não implica que esses termos não
possam ser usados em sentido figurado, alegórico ou metafórico, que chamamos de
“significados secundários”. Por exemplo, o coração é um órgão do corpo que
bombeia sangue, mas biblicamente há muitos textos onde ele é usado em sentido
figurado, como a sede de sentimentos e emoções (veja Provérbios 4:23 e Mateus
22:37, por exemplo). Da mesma forma, embora estes sejam os significados
primordiais de alma e espírito, há muitos textos onde espírito é “vida”, onde
alma está atrelada ao intelecto e pensamentos, e assim por diante. Isso de modo
algum contradiz seus significados primários e primordiais, como se a alma
pudesse ser ao mesmo tempo mortal primeiramente e imortal secundariamente, o
que seria uma contradição de termos e tornaria o significado primário irreal e
sem sentido. Quem fez o estudo mais aprofundado sobre os significados bíblicos
de espírito e alma nos originais hebraico e grego foi Samuelle Bacchiocchi, que
você pode conferir aqui e aqui.
5) Os mortalistas creem que a alma literalmente dorme até a
ressurreição?
Este é talvez o erro mais frequente.
Não, a alma não dorme em sentido literal, como se no Céu houvesse uma cama onde
as almas descansassem, roncassem e tudo mais. O “sono” é uma metáfora bíblica
para a condição inconsciente do ser humano entre a morte e a ressurreição,
justamente porque alguém que dorme em sono profundo não está consciente de nada
que passa à sua volta, da mesma forma que alguém que morre. Ambos estão em
“inatividade”, esperando o “despertar” de manhã, que, neste caso, é o despertar
da ressurreição. Por isso alguns mortalistas dão à morte o nome de “sono sem
sonhos”. Mas essa é uma força de expressão para expressar a inconsciência,
porque na morte simplesmente não há vida. A pessoa morre hoje, e imediatamente
ressuscita e se vê na presença de Deus, porque na perspectiva dela “nada”
aconteceu entre sua morte e a ressurreição, ainda que tenham se passado
milhares de anos na terra. Há sensação de passagem de tempo para os vivos, mas
não para os mortos. Por isso é realmente um “partir e estar com Cristo”.
6) Por que vocês mortalistas falam tanto em ressurreição?
Não somos nós que falamos tanto
em ressurreição, é a Bíblia. Metade das vezes em que o termo “esperança”
aparece em Atos é relacionado à ressurreição, e a ressurreição é sempre um dos
temas centrais de todas as cartas apostólicas. Paulo inclusive dedica um
capítulo só para isso em 1ª Coríntios 15, onde diz que sem ressurreição os
mortos já teriam perecido (1Co 15:18), não haveria vida póstuma (1Co 15:19) e
seria melhor nos entregarmos ao pecado, “comer, beber e depois morrer” (1Co
15:32), pois todo o nosso trabalho seria vão (1Co 15:30). Isso de modo algum se
compactua com a visão imortalista, onde a ressurreição é um mero detalhe que se
resume ao simples “acréscimo de um corpo”, e que sem ela nós continuaríamos no
Céu do mesmo jeito, só que em estado incorpóreo.
Basicamente, na visão
imortalista a ressurreição é inútil, fútil, desnecessária e sem valor (embora seja
óbvio que nenhum deles vá admitir isso abertamente). Sem ressurreição, as almas
continuariam indo para o Céu e lá permaneceriam para sempre sem nenhum
problema, na visão imortalista. Estaríamos para sempre com Deus no Paraíso com
ou sem ela. É por isso que quase nunca se fala em ressurreição nas igrejas que
adotam a imortalidade da alma (exceto em domingo de páscoa, é claro...). Ela
foi praticamente suprimida dos púlpitos porque de fato não faz sentido quando
se crê em uma “alma imortal”, que se torna o centro das atenções e é aquilo que
realmente é importante para levar o homem ao Céu.
Em contrapartida, a visão
mortalista é a visão bíblica: sem ressurreição estaríamos perdidos para sempre,
os mortos já teriam perecido e não haveria recompensa alguma após a morte, uma
vez que é justamente a ressurreição que traz de volta à existência alguém que
já estava morto. Se não fosse pela ressurreição, o morto continuaria morto e
nunca mais voltaria à existência. É por isso que no mortalismo a ressurreição é
absolutamente fundamental, totalmente importante e completamente necessária. Na
verdade, é a única visão que trata a ressurreição com um olhar bíblico. Podemos
resumir isso tudo da seguinte maneira: o imortalista olha para a morte
esperando sua alma sair do corpo e ir pro Céu, enquanto o mortalista olha para
a morte esperando a ressurreição dos mortos para a vida eterna. A esperança de
um está na imortalidade da alma, e a do outro está na ressurreição. Leia 1ª
Tessalonicenses 4:13-18 e chegue às suas próprias conclusões.
7) O que acontece na ressurreição?
Depende. Para os imortalistas,
na ressurreição ocorre a religação da alma com o corpo. Ou seja, a sua alma que
já havia “voado” pro Céu como um fantasminha após a morte retorna para o corpo em
estado glorificado, é religada a ele e então volta para o Céu da mesma forma
que já estava antes. A mesma coisa ocorre para os perdidos: a alma já estava de
alguma forma “queimando” no fogo do inferno, então se religa ao corpo na
ressurreição e volta a queimar do mesmo jeito como já estava antes. Não é nem
preciso dizer que a Bíblia não ensina nada disso, e de fato essa visão se
aproxima muito do platonismo, em que a alma se “libertava” do corpo na morte,
tornando contraditório voltar ao corpo que a “aprisionava”.
Já para os mortalistas, a
ressurreição é exatamente o mesmo que a criação, só que no processo inverso. Na
criação, Deus formou o corpo do pó da terra, soprou sobre ele o fôlego de vida
e o homem se tornou alma vivente (Gn 2:7). Na morte, o fôlego/espírito volta
para Deus, o corpo retorna ao pó da terra e nos tornamos almas mortas. E na
ressurreição, Deus sopra novamente fôlego de vida, ressuscita o corpo do pó da
terra em forma glorificada e assim voltamos a ser almas viventes. É o processo
lógico, coerente e consistente com o relato bíblico da criação, morte e
ressurreição do ser humano.
8) Se o corpo volta ao pó e a alma já não existe, então a ressurreição
não seria uma “recriação”?
Este argumento é o mesmo contra
os imortalistas. Na visão imortalista, é apenas o corpo que ressuscita, porque
a alma já está viva e não se “revive” o que já está vivo. Mas o corpo em muitos
casos já virou pó e não mais existe, então teria que haver uma “recriação” do
corpo, fazendo da ressurreição uma recriação também no prisma imortalista.
Talvez o fato do termo “ressurreição” ser usado no lugar de “recriação” tenha a
ver com a realidade de que milhões ou bilhões de corpos mortos na volta de
Jesus ressuscitarão sem que ainda tenham “deixado de existir”, porque não
morreram há tanto tempo. Nestes casos, não há uma “recriação” do corpo, mas uma
revificação que na prática não é muito diferente, pois o corpo ressurreto não
será exatamente igual ao que morreu, mas um corpo glorioso imune à morte e a
doenças (ou seja, imortal e incorruptível). Há também quem acredite que mesmo
nos casos mais “difíceis” Deus juntará todos os átomos e partículas do corpo
humano que não simplesmente “desaparecem” no universo, e a partir deles
ressuscitará o corpo (e não “do nada”, como em uma “recriação”). De todo modo,
essa questão é um dilema para ambos, não um “problema” particular dos
mortalistas. O importante é que todas as nossas memórias serão conservadas por Deus, de modo que não seremos "outra" pessoa ao ressuscitarmos, embora possamos ter outro corpo.
9) Mas a ciência já não provou que existe uma alma imortal com as
“experiências de quase morte” (EQM)?
Claro que não. Embora uma
minoria de cientistas dê alguma credibilidade às EQM, elas são universalmente
rechaçadas como “prova” de sobrevivência da alma. Em primeiro lugar, uma EQM é
uma suposta experiência de “quase” morte, ou seja, a pessoa não morreu ainda. E
se ela ainda não está morta, sua alma não pode ter saído do corpo. Além disso,
uma breve análise dessas EQM que ocorrem no mundo todo já é mais que o bastante
para constatarmos que elas não seguem nenhuma “teologia”, mas são apenas frutos
da mentalidade de cada pessoa. Por exemplo, muitos católicos que tem EQM se
vêem no Céu recebidos por um “santo padroeiro” ou pela virgem Maria; os
muçulmanos se vêem no Paraíso islâmico das “setenta e duas virgens” para cada
homem; muitos hindus se vêem no “Céu” indiano montados em uma vaca, e assim por
diante. Se as EQM provassem alguma coisa, seria apenas que “todos os caminhos
levam a Deus” e que não há qualquer religião ou Paraíso objetivamente certo.
10) Então como explicar as EQM?
São “experiências” produzidas
pelo próprio cérebro do indivíduo, o que já foi comprovado em testes
científicos. Por exemplo, um paciente que sofria de danos no lobo temporal teve
a região temporoparietal do seu cérebro estimulada pelo doutor Penfield, e
relatou ter deixado o seu corpo. Quando a estimulação parou, ele “voltou”, e
quando Penfield estimulou a região temporoparietal de novo, ele deixou o seu
corpo mais uma vez. Penfield também descobriu quando ele variou a corrente e a
localidade do estímulo que ele poderia fazer os membros do seu paciente
parecerem encurtados ou produzir uma cópia de seu corpo que existia ao seu lado
(leia mais sobre isso aqui).
11) Mas a ciência prova que a alma não existe?
A ciência não pode “provar” que
alma (no sentido dualista platônico) não existe, pelo simples fato desta tese
não ser falseável. Por exemplo, se eu dissesse que existe um fantasma do seu
lado neste exato momento, nem você e nem qualquer cientista do mundo poderia
provar que não, no máximo poderia provar que não há evidência nenhuma de que
haja um fantasma aí. A mesma coisa se aplica à alma. Os cientistas não podem
dizer que ela “não existe”, mas podem provar que ela não tem nenhuma razão para existir, porque tudo o que os
teólogos pensavam que estava atrelado à alma se provou que na verdade se trata
apenas do cérebro, nestas últimas décadas em que a neurologia passou a ser uma
área estudada como nunca antes.
Por exemplo, pensava-se que os
nossos pensamentos, emoções, vontade e raciocínio eram função da alma. Então
descobriram que quando um cérebro sofre um acidente estas funções são afetadas,
mesmo que a tal “alma” ou o “espírito” permaneçam perfeitamente intactos. Há
pessoas que sofreram danos cerebrais e não conseguem mais soltar palavras. Cada
parte da sua mente pode ser danificada lesionando seu cérebro. Você pode parar
de reconhecer rostos, e pode parar de reconhecer nomes de animais mesmo ainda
reconhecendo nomes de ferramentas. E o que está sendo pedido para que
consideremos é que você lesiona uma parte do cérebro e alguma coisa sobre a
mente e a subjetividade é perdida, você lesiona outra parte e mais coisa é
perdida, e, ainda assim, se você danifica a coisa inteira na morte, nós podemos
nos levantar fora da mente com todas as faculdades intactas, reconhecer a vovó
e falar em português...
12) Qual a base bíblica do mortalismo?
Pode começar com essas 206
provas, embora seja um pequeno resumo.
13) Qual a base bíblica do aniquilacionismo?
Pode começar com esses 152
versículos.
14) Sua crença aniquilacionista é exatamente a mesma das testemunhas de
Jeová?
Não. Embora haja algumas
similaridades, há também muita diferença, para começar com o fato de que para
eles grande parte dos ímpios nem passarão por ressurreição, e consequentemente
não serão julgados e nem castigados em algum lugar. É o que eu costumo chamar
de “aniquilacionismo direto”, ou seja, em que a pessoa morre para sempre antes
mesmo de ser castigada. Quanto aos não-salvos que foram “menos maus”, eles
entendem que terão uma segunda chance após a ressurreição, onde poderão ser
reintegrados ao grupo dos salvos no Céu. É basicamente uma “segunda
oportunidade de salvação”, o que eu rejeito completamente. E como não há um
“inferno” ou “geena” nessa perspectiva, eles são obrigados a alegorizar todos
os textos que falam disso, enquanto os aniquilacionistas tradicionais não
precisam disso, pois reconhecem um castigo proporcional aos pecados de cada um
e temporário, como Jesus ensinou (Lc 12:47:48, 58-59; 20:47; Mt 18:32-35).
15) Os aniquilacionistas como você não creem em inferno?
Nós cremos em “inferno”, mas não
no inferno da Igreja Católica, essa criação medieval grotesca e bizarra onde os
pecadores sem salvação são atormentados com fogo e enxofre por toda a
eternidade em verdadeiras câmaras de tortura enquanto são castigados por demônios
bisonhos com tridentes. Essa visão pateticamente distorcida do inferno foi uma
invenção do mesmo período das cruéis perseguições religiosas, da Inquisição, da
caça às bruxas, das Cruzadas e de outras aberrações que precisavam de uma
teologia por detrás que pautasse esses abusos. O inferno bíblico é o geena, onde os pecadores pagarão por
seus pecados por tempo proporcional aos seus pecados (Lc 12:47:48, 58-59;
20:47; Mt 18:32-35), e em seguida aniquilados, para então haver a “nova
criação” de Deus, com “novos céus e nova terra”, em uma nova ordem onde a tristeza e o pranto já
não existem (Ap 21:4-5).
16) No aniquilacionismo, Deus ressuscita os ímpios para matá-los logo
em seguida? Por que ressuscitá-los, então?
Não. Como já disse, Deus
ressuscita os ímpios para serem primeiramente julgados pelos seus pecados,
então castigados no geena (vulgarmente
conhecido como “inferno”) pelo tempo proporcional às suas más obras, e só
depois disso é que deixam de existir. Portanto, a ressurreição dos ímpios de
modo algum é inútil.
17) Você disse que o inferno bíblico é o “geena”. Mas onde está esse
tal “geena” na Bíblia?
Está em todas as passagens que
falam da condição do homem ímpio após a ressurreição, e que a maioria das
versões tragicamente traduz por “inferno”. É só conferir o original grego. A
confusão foi feita porque na Vulgata latina Jerônimo traduziu o termo por “infernus”,
que significa “regiões inferiores”, que é uma palavra latina que nem mesmo
poderia constar no Novo Testamento, que é grego. Daí o “infernus” foi se
desenvolvendo e ganhando as características que conhecemos hoje na cultura
popular. Para piorar as coisas mais ainda, muitas versões decidiram traduzir
por “inferno” também uma série de termos hebraicos e gregos que nada tem a ver
com o inferno, tais como Sheol, Hades e tártato, além do próprio geena.
Foi feita uma verdadeira “salada
de frutas”, e como resultado surgiu o “inferno” que as pessoas nem imaginam o
que era originalmente (a maioria acredita piamente que os escritores originais falaram
mesmo em "inferno"!). Justamente por esse erro criou-se o mito de que “Jesus
falou mais do inferno do que do Céu” (claro, porque eles traduziram tudo por
“inferno”!). Muito sobre o inferno seria desmistificado se os tradutores apenas
se limitassem a manter os termos nos originais, em vez de enfiar o latim de
séculos posteriores sem qualquer cabimento, apenas para manter a tradição
popular e não assustar os leitores com supostas “inovações”.
18) Pode citar um exemplo bíblico dessa incongruência?
É claro. Veja por exemplo
Apocalipse 20:14, conforme traduzem muitas versões: “E
a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte”
(Ap 20:4). Acontece que na teologia imortalista popular, o “lago de fogo” é o
inferno de tormento eterno, então o texto estaria literalmente dizendo que o
inferno foi lançado dentro de outro inferno! E não se preocupe, porque a coisa ainda pode piorar. Uma alma já estava condenada e queimando no inferno há séculos,
então precisa sair do inferno onde está, se “religar” a um corpo ressurreto e
então ser transferida a “outro inferno”, onde passará a queimar da mesma forma
que antes, só que dessa vez por toda a eternidade... é realmente uma
criatividade sem fim.
19) Se o Hades não é o inferno, então o que é?
Hades é o termo grego que
corresponde ao hebraico Sheol. Embora os imortalistas o entendam como uma
“morada de almas incorpóreas”, este nem de longe é o significado do termo, como
eu provo neste
artigo com dezenas de provas e citações bíblicas perfeitamente claras. O
Sheol/Hades, biblicamente falando, é a “sepultura comum da humanidade”, onde
todos estão sepultados. É justamente por não haver um equivalente exato ao
português que muitas versões decidiram manter o termo “Sheol”. Embora algumas
traduzam por “sepultura”, “pó”, “cinzas” ou “morte”, nenhuma dessas traduções é
totalmente precisa, pois não expressa com exatidão a “sepultura coletiva” da
humanidade. Talvez o que chegue mais perto no português seria o termo
“cemitério”, que é o lugar em que se enterra muitos corpos em muitas
sepulturas, mas ainda assim não é exato, porque envolve as sepulturas apenas de
um determinado lugar, e não de toda a terra, como o Sheol.
20) A “morte eterna” não poderia ser apenas uma “morte espiritual”,
como dizem os imortalistas?
Poderia, se não fosse por um
probleminha básico: eles já estão mortos
espiritualmente! A Bíblia diz que os ímpios nesta terra já estão “mortos em seus delitos e pecados” (Ef 2:1) neste
presente momento, e não que eles morrerão espiritualmente quando forem lançados
no inferno. Portanto, se os textos bíblicos falam de “morte”, eles não podem
estar falando que aquelas pessoas morrerão espiritualmente, justamente porque
neste mesmo sentido elas já estão mortas, e não se mata um morto! Se um texto
diz que elas vão morrer, que o destino delas será a morte, só pode ser uma
morte de outra categoria, ou seja, uma morte literal, biológica, porque mortas
espiritualmente elas já estão, e não se mata o que já está morto.
21) Se Deus é um ser eterno, então o castigo não precisa ter duração
eterna?
Não. Este é só um argumento
bobinho e sofista que os imortalistas inventaram para poder dar uma “bagagem
intelectual” à tese. A verdade é que não existe absolutamente nada que exija um
castigo correspondente à “idade” de quem é “ofendido”. Se fosse assim, a lei de
um país não iria punir um ladrão de bicicleta por, suponhamos, três anos, mas
sim olhar para a idade de quem teve a bicicleta roubada e então punir de acordo
com isso, e assim ele poderia ficar 50 anos preso se roubou de um ciclista de
50 anos, ou menos da metade disso se roubou de uma pessoa jovem. Isso parece
completamente sem sentido pra você? Porque é.
Argumenta-se por vezes que a
pena tem que ser maior de acordo com a dignidade da autoridade ofendida. Mas
Deus não faz acepção de pessoas, e mesmo na lei brasileira a pena para quem
mata um mendigo é a mesma para quem mata o presidente da república (veja
aqui). Biblicamente falando, a pena para os crimes também nunca acompanha a
idade ou dignidade de quem foi agredido. A pena para qualquer assassinato na
lei de Moisés era sempre a mesma: a morte. Independia de ser de uma pessoa
importante ou de um “Zé ninguém”.
O próprio argumento de que precisa de um tormento eterno por
ofender a um Deus eterno fracassa miseravelmente quando comparado com a Bíblia,
pois Davi ofendeu a um Deus eterno quando praticou adultério e ordenou um
assassinato, e mesmo assim não foi castigado com um tormento eterno, ou com um
tormento sem fim enquanto vivesse. Pedro negou três vezes Jesus ofendendo a
Deus por isso, mas não foi castigado eternamente ou por todo o tempo enquanto
viveu. Poderíamos acumular exemplos aqui aos montões, mas nenhum de alguém
castigado para sempre por ter pecado contra um Deus eterno.
Por fim, a Bíblia mostra
claramente que o castigo que alguém vai receber não tem nada a ver com quem
ofendeu, mas com o que fez ofendendo-lhe.
Se a única coisa que valesse fosse “contra quem” ofendeu, então não faria sentido
nenhum punir de acordo com a gravidade dos erros, pois o que importaria é que
pecou contra o mesmo Deus eterno, e supostamente nisso que consistiria o peso
da condenação. Todavia, observe os textos abaixo e diga se isso se parece com
um mesmo juízo indistinto sobre todo mundo:
“Aquele
servo que conhece a vontade de seu senhor e não prepara o que ele deseja, nem o
realiza, receberá muitos açoites.
Mas aquele que não a conhece e pratica coisas merecedoras de castigo, receberá poucos açoites” (Lucas
12:47-48)
“Eles
devoram as casas das viúvas, e, para disfarçar, fazem longas orações. Esses
homens serão punidos com maior rigor!”
(Lucas 20:47)
“Quando
algum de vocês estiver indo com seu adversário para o magistrado, faça tudo
para se reconciliar com ele no caminho; para que ele não o arraste ao juiz, o
juiz o entregue ao oficial de justiça, e o oficial de justiça o jogue na
prisão. Eu lhe digo que você não sairá de lá enquanto não pagar o
último centavo” (Lucas 12:58-59)
“Então
o seu senhor, chamando-o à sua presença, disse-lhe: Servo malvado, perdoei-te
toda aquela dívida, porque me suplicaste. Não devias tu, igualmente, ter
compaixão do teu companheiro, como eu também tive misericórdia de ti? E,
indignado, o seu senhor o entregou aos atormentadores, até que pagasse tudo o
que devia. Assim vos fará, também, meu Pai celestial, se do coração não
perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas” (Mateus 18:32-35)
Como está nítido, o castigo
varia de acordo com os pecados cometidos e não é eterno, o que sepulta a tese
de que o castigo tem que ser igual para todos porque todos ofenderam a um mesmo
Deus eterno.
22) Os mortalistas creem que quem não for mortalista vai pro inferno?
Lógico que não. Adotar ou não o
mortalismo e/ou o aniquilacionismo é uma questão secundária, que em si mesma
não salva ou condena ninguém.
23) Se é assim, por que então insistir em ensinar o aniquilacionismo?
Primeiro porque livra milhões de
mentes de um tormento psicológico, que consiste no dilema entre um Deus de amor
revelado nas Escrituras, que morreu por nós e que nos ama mais do que qualquer
pai ama o seu filho, e o “Deus do inferno eterno”, que condena bilhões de criaturas
suas a um tormento sem fim, quando poderia perfeitamente condenar apenas pelo
tanto justo e proporcional, que é como qualquer um faria, mesmo quem não tem o
amor de Deus. Querendo ou não, esse dilema atormenta a mente de muitos
imortalistas, e há muitos casos factuais de pessoas que abandonaram a Deus e
viraram ateus ou agnósticos por causa disso. É uma doutrina diabólica,
inventada justamente no propósito de ofuscar e obscurecer o amor de Deus, e que
lastimavelmente tem obtido êxito em tantos casos.
24) E por que insistir em ensinar o mortalismo?
Simplesmente porque a
imortalidade da alma é a base para TODOS os principais enganos não apenas do
Cristianismo, mas de toda e qualquer falsa religião. Quase todas as falsas
doutrinas do catolicismo romano que levam tanta gente à perdição são oriundas
da crença na imortalidade da alma. Sem imortalidade da alma, não haveria
purgatório, nem limbo, nem missa de sétimo dia, nem culto aos mortos ou pelos
mortos, nem reza aos mortos ou “intercessão dos santos”, nem dia de finados,
nem uso de velas para os mortos, nem solenidades em honra aos mortos, nem
adoração de imagens (de mortos), nem canonização de “santos” (mortos), nem
veneração de “relíquias” (de mortos), nem procissões com imagens (de mortos), e
assim por diante. Caso você ainda não tenha notado, todo o sistema satânico e
idólatra do catolicismo romano gira em torno dos mortos, e só existe por causa
da crença numa alma imortal que sobrevive à morte do corpo.
Se as pessoas fossem
esclarecidas na questão da morte, também ninguém creria em reencarnação, pois
saberiam que não há uma alma que sobrevive à morte para depois “reencarnar” em
outro corpo. Também ninguém creria em “aparições marianas”, em mediunidade ou em
invocação e/ou evocação dos mortos, pois saberiam que isso é impossível por não
haver vida fora do corpo, e assim não seriam enganados por embusteiros
charlatões ou por demônios. E a própria idolatria tradicional a imagens, em
qualquer religião, geralmente tem a ver com a crença em “santos” ou
“divindades” que morreram no passado e que devem ser cultuados hoje. Em suma,
acabe com a imortalidade da alma, que você destruirá automaticamente todos os
grandes enganos que Satanás plantou no mundo através da primeira grande
mentira, a que “certamente não morrerás” (Gn
3:4). É como um efeito dominó: você só precisa derrubar a primeira peça, que as
outras vão caindo naturalmente, sem precisar fazer qualquer esforço.
25) Então por que há evangélicos por aí que passam a vida toda tentando
“provar” a imortalidade da alma e “refutar” o mortalismo em um monte de
artigos?
São “idiotas úteis”, que mesmo
sem ter a intenção, estão lutando para manter o pilar e fundamento de todos
esses enganos. Na verdade, um dos defeitos da apologética protestante
tradicional é justamente esse, de tentar derrubar “peça por peça” do dominó,
desperdiçando tempo e energia imensos e desnecessários, em vez de detonar o que
sustenta todos eles. Por exemplo,
perde-se tempo fazendo um monte de artigos para “refutar a reencarnação”,
depois mais um monte de artigos para “refutar a intercessão dos santos”, então
mais um monte de artigos para “refutar o culto aos mortos”, então mais um monte
para “refutar o purgatório”, e assim por diante. Não que esses enganos não
devam ser refutados por si só, mas quando se foca em destruir o que dá sustento a todos eles, consegue-se
isso de forma muito mais rápida e eficiente.
É como demolir um prédio: você
pode ir tirando objeto por objeto do prédio, ir varrendo andar por andar,
quebrando parte por parte e tendo um desgaste gigante, ou pode dinamitar as
bases do prédio e explodir tudo de uma vez. É preciso entender que não importa
o quanto se refute esses enganos “construídos em cima”, porque enquanto existir
a base, sempre construirão novos enganos no lugar. Enquanto o povo crer em
imortalidade da alma, sempre surgirão falsas doutrinas, em número cada vez
maior, substituindo as heresias anteriores. O que o diabo mais adora é levar os
homens para longe de Deus, e o jeito mais fácil de se conseguir isso é
conduzi-los aos mortos. É assim com praticamente toda falsa religião do
planeta, e todas elas se sustentando no mesmo e único fundamento da “alma
imortal”.
26) Se no fim das contas os ímpios vão ser aniquilados, então eu vou
pecar à vontade!!!
Se você acha que perder uma
felicidade eterna no Paraíso com Deus desfrutando de paz e alegria sem fim, ser
castigado pelos seus pecados no geena como um ímpio impenitente junto com
demônios e gente imoral e ainda ser aniquilado para sempre vale a pena por
“alguns anos de pecado na terra”, então eu acho que você precisa rever os seus
conceitos sobre o que vem a ser “compensador”. Ademais, quem é crente de verdade não é
crente só porque quer “escapar de um inferno eterno”, mas porque ama a Deus de
todo o coração e por isso quer viver com Ele para sempre. Quem precisa de um
inferno eterno para manter comunhão com Deus através do medo e do terror precisa
urgentemente rever seu relacionamento com Ele.
27) Mas os cristãos não foram desde sempre imortalistas, e o mortalismo
é uma invenção recente de adventistas e testemunhas de Jeová?
Isso já foi completamente
refutado no meu livro “Os Pais da Igreja contra a Imortalidade da Alma”. Em
primeiro lugar, os antigos hebreus da época do Antigo Testamento eram
mortalistas, o que é atestado até mesmo em autoridades judaicas reconhecidas como a
Enciclopédia Judaica e inúmeros autores. Em segundo lugar, os primeiros Pais da
Igreja, até meados do segundo século, e alguns também depois disso, continuaram
sendo mortalistas. Em terceiro lugar, muitos dos chamados “pré-reformadores”,
como William Tyndale, e “reformadores radicais”, como os anabatistas, eram
mortalistas. Em quarto lugar, Lutero era mortalista e há mais de 300 alusões de
mortalismo em suas obras, ainda que não fosse dogmático a este respeito. E finalmente, numerosos teólogos desde muito antes de adventistas e testemunhas
de Jeová continuaram sendo mortalistas e/ou aniquilacionistas, entre eles John
Locke e Edmund Law.
28) O mortalismo é uma crença de grupos sectários! (Ou: se os
adventistas e testemunhas de Jeová são mortalistas, então o mortalismo é
falso!)
Eeeeeee daí? Espíritas e
muçulmanos são doutrinariamente absurdamente distantes das verdades cristãs e
são imortalistas, e nem por isso eu vou dizer que a imortalidade da alma é
falsa apenas porque esses grupos heréticos ou infiéis creem nela. Não se define
uma verdade mediante a inversão do que um grupo tido como sectário diz, mas sim
mediante uma exegese bíblica séria e sólida. É lamentável quando o debate deixa
de ser sobre "o que a Bíblia diz", e passa a ser sobre "o que as
TJ dizem", como se a crença inversa das TJ fosse um identificador
automático da verdade divina. Além disso, as testemunhas de Jeová creem na
justificação pela fé e os adventistas creem na volta de Jesus, e nem por isso
essas doutrinas estão erradas. Tampouco eles "patentearam" o aniquilacionismo, que já existia antes deles e continuou existindo depois, como se fôssemos obrigados a virar adventistas ou TJ para crermos na doutrina bíblica da mortalidade da alma, ou como se isso fosse uma briga de torcida onde somos obrigados a ficar "de um lado ou do outro", comprando o discurso completo de algum lado que defende o mortalismo.
Por fim, há cada vez mais
numerosos aniquilacionistas que não são nem adventistas e nem TJ, que
descobriram a verdade bíblica em outras denominações, como os casos mais
ilustres de Oscar Cullmann e John Stott, entre muitos outros. O Pacto de
Lausanne (1974), que foi o maior congresso mundial evangélico que reuniu
centenas de nações e denominações das mais diversas em torno de uma Confissão
de Fé comum, não definiu nada a respeito de imortalidade da alma e tormento
eterno, justamente por não entender que o mortalismo/aniquilacionismo é uma
“doutrina sectária”, mas sim uma opção evangélica legítima. Hoje em dia, só os mais radicais e fundamentalistas
continuam usando esse argumento, que visa jogar os aniquilacionistas no campo
da “heterodoxia” mediante associação com supostas “seitas”.
29) Os cristãos do mundo todo são em suma maioria imortalistas. Isso
não prova que a imortalidade da alma é verdadeira?
Não se faz teologia por “maioria
de votos”. Houve uma época em que a maioria da Igreja era ariana, e nem por
isso o arianismo é verdadeiro. Há mil anos no Oriente prevalece com larga
maioria os membros da Igreja Ortodoxa, e nem por isso essa Igreja é
necessariamente verdadeira. Na época de Lutero, a Igreja Romana tinha uma
maioria absoluta de fieis e suas falsas crenças eram seguidas em toda parte no
Ocidente, e nem por isso significa que o catolicismo romano era verdadeiro. Por
muito tempo o pré-tribulacionismo não era nem mesmo conhecido, até que surgiu
no século XIX e hoje é maioria entre os evangélicos. Por muito tempo também os
protestantes não sabiam o que era “arminianismo” e quase todas as igrejas protestantes
mais antigas adotavam alguma forma de calvinismo, mas hoje o arminianismo é
maioria nas igrejas.
Em resumo: algo ser predominante
em número de adeptos não significa rigorosamente nada. Não significa que esteja
necessariamente certo, e tampouco significa que esteja necessariamente errado.
Independentemente de que igreja você seja ou que confissão religiosa professe,
você teria que mudar muita coisa do que pensa se seguisse mesmo essa lógica de
“a voz do povo é a voz de Deus”, onde a maioria sempre está com a razão. Havia sete
mil joelhos que não haviam se dobrado diante de Baal em Israel na época de
Elias (1Rs 19:18), e nem por isso os adoradores de Baal estavam com a razão,
não é? Além disso, hoje temos internet, um meio muito mais fácil de divulgar
conteúdo e de tirar pessoas do erro, o que era muito mais difícil até pouco
tempo atrás, em que a única forma de doutrinação que as pessoas recebiam era na
igreja que congregavam, ou seja, elas aprendiam sempre as mesmas coisas o tempo
todo e sem contraponto, por isso continuavam crendo do mesmo jeito. É por isso
que nos últimos anos o aniquilacionismo vem crescendo tanto no mundo todo, seja
entre os eruditos ou entre os leigos.
30) O aniquilacionismo não seria apenas uma “muleta emocional” para não
precisar encarar os horrores da realidade de um tormento eterno?
Não. A razão principal e
fundamental para crermos no aniquilacionismo não é de ordem moral ou emocional,
mas exegética, relacionada às 152 passagens (entre outras) que mencionei.
Apenas para citar uma aqui: “Também condenou as
cidades de Sodoma e Gomorra, reduzindo-as a cinzas, tornando-as exemplo do que
acontecerá aos ímpios” (2Pe 2:6).
Pedro diz que os ímpios serão reduzidos a cinzas, e sabemos que uma “cinza”
não sente, não pensa, não sofre, não vive. É o melhor e mais preciso elemento
para um aniquilacionista ilustrar o aniquilacionismo. Como se isso não fosse
suficientemente claro, ele ainda alude ao destino das cidades de Sodoma e
Gomorra, que foram literalmente reduzidas
às cinzas, e não apenas “alegoricamente” ou “espiritualmente”. E diz que é
assim que acontecerá com os ímpios. Portanto, a única exegese sóbria do texto é
a de que os ímpios serão realmente reduzidos a cinzas, como as cidades de
Sodoma e Gomorra foram quando o fogo caiu do céu e as destruiu completamente
(compare com Apocalipse 20:9).
Por outro lado, não ignoramos
que há também muitas razões para
descrer em um tormento eterno por uma ótica moral, pois não há nem justiça e
muito menos amor em se condenar alguém a um castigo de tormento eterno da pior forma possível por causa
de alguns anos de pecado na terra. Para os imortalistas, até índios que nunca
ouviram falar de Jesus na vida, e até crianças que chegaram à idade da razão
(estamos falando de gente com doze anos, por exemplo), seriam condenadas a um
tormento, não por minutos, horas ou dias, mas pelos séculos dos séculos,
incansavelmente, incessantemente. É um horror literalmente sem fim; um filme de
terror que não acaba nunca. Nenhuma tortura ou sofrimento terreno por pior que
tenha sido se compara a isso. Pense no pior filme de terror que você já viu, e
agora multiplique isso por um bilhão, e ainda não chegará nem perto de um
tormento eterno em um lago de fogo e
enxofre literal de onde ninguém poderá escapar. E o pior: monstros como Hitler
seriam condenados à mesma pena de um ladrão de frangos, por exemplo. Não apenas
não há moral, como também não há justiça ou coerência nisso.
Uma vez que a Bíblia
reiteradamente descreve Deus como um ser justo e amoroso, que ama as suas
criaturas e deseja que todos sejam salvos, este argumento moral não é apenas
uma “muleta emocional”, mas um argumento consistente e bíblico, pautado na
própria natureza de Deus. O castigo tem que ser proporcional aos pecados de
cada um, e em um tormento sem fim não há nada de proporcional, pois se sofre infinitamente por pecados finitos. Não há como um receber “muitos
açoites” (Lc 12:47) e outro “poucos açoites” (Lc 12:48), como disse Jesus, se o
tormento é eterno para todos. Não há como um tempo eterno e sem fim ser
considerado “pouco”, pois o “pouco” presume um fim.
O aniquilacionismo também é a
única visão que condiz com a realidade bíblica de um mundo vindouro regido sob
uma “nova ordem” onde o mal já não existe (Ap 21:4-5). Na cosmovisão
imortalista, o mal nunca será destruído finalmente. Ele será “controlado”, até
“derrotado”, mas não “extinto”. Sempre haverá seres blasfemando contra o
Criador, sempre haverá uma mancha de pecado no Universo, sempre haverá
sofrimento, tristeza, tortura, angústia, aflição, desespero, maldade, dor. O mal
será sempre parte inseparável da criação, pois o mal existe enquanto os maus
existirem. Na visão bíblica aniquilacionista, por outro lado, haverá o momento
em que os ímpios serão eliminados e junto com eles toda e qualquer mancha de
pecado, e o Universo estará completamente limpo de todo o mal. Nessa nova
criação de Deus, já “não há mais morte, nem
tristeza, nem choro, nem dor, pois a antiga ordem já passou” (Ap 21:4),
e Deus será “tudo em todos” (1Co 15:28).
• Lista de artigos-resposta
Embora eu particularmente
recomende que se leia os livros e não se limite a artigos isolados, eu sei que
muita gente não terá tempo ou paciência de ler os livros e mesmo assim vai
querer uma resposta rápida e direta sobre cada texto que supostamente “prova” a
imortalidade da alma, e por isso montei a tabela abaixo, que é uma resposta aos
argumentos mais rotineiros.
TEXTO
|
RESPOSTA
|
Parábola do rico e Lázaro
|
|
“Hoje estarás comigo no Paraíso”
|
|
“Partir e estar com Cristo”
|
|
Moisés no monte da transfiguração
|
|
As “almas” debaixo do altar
|
|
Não temer aqueles que podem matar o corpo,
mas não a alma
|
|
Os espíritos em prisão
|
|
Significado de Sheol/Hades
|
|
Levar cativo o cativeiro
|
|
Um espírito não tem carne e osso
|
|
No corpo ou fora do corpo
|
|
“Samuel” aparecendo a Saul em En-Dor
|
|
Deus de vivos, não de mortos
|
|
A existência de dois juízos (particular e
geral)
|
|
O bicho que não morre
|
|
O fogo eterno
|
|
O “castigo eterno” de Mateus 25:46
|
|
Apocalipse e o tormento eterno
|
|
O lago de fogo
|
Precisa de mais esclarecimentos
sobre o mortalismo, a respeito algo que não consta aqui? Escreva-me nos
comentários.
Paz a todos vocês que estão em
Cristo.
• Recomendado (1): "O
que acontece depois da morte?"
• Recomendado (2): "Resumo
simples sobre o estado dos mortos"
Por Cristo e por Seu Reino,
Lucas Banzoli (www.facebook.com/lucasbanzoli1)
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Imagine se o filho do seu vizinho fosse assassinado e aí ele fizesse uma imagem do filho morto e pendurasse na parede da sala.
ResponderExcluirEu pesoalmente acho bem estranho, e é difícil imaginar que os cristãos primitivos, principalmente os que estiveram pessoalmente com Cristo, gostassem de usar o instrumento onde o Senhor sofreu no pescoço. MUITO mais estranho para mim é pendurar uma imagem de Cristo sofrendo na cruz na parede de sua casa.
E às vezes penso que subir escadaria de joelhos, andar quilômetros de joelhos, e tals, é meio que sentir prazer na dor, ou pelos menos acho que isso influencia a pessoa a sentir satisfação emocional ao sofrer. O que quero dizer, não generalizando, é que os católicos às vezes são educados de uma forma que faça essas coisas parecerem normais. Jamais Maria usaria a cruz em que Jesus sofreu como adorno - ou amuleto - muito menos carregaria por aí imagens do filho ensanguentado na cruz. Nem Maria nem nenhum outro cristão primitivo.
Vi uma notícia na net, de freiras que estavam sofrendo maus tratos em um convento, eram obrigadas pela madre superiora a se machucarem, se auto-flagelarem. Acho que acreditar em salvação pelas obras pode influenciar a pessoa a fazer esses sacrifícios, e por estarem estes envolvidos com religião, acabam trazendo alívio, alegria no sofrimento. Um certo site católico, para argumentar a favor da inquisição, afirmava que a Igreja Romana é como uma mãe, uma mãe que corrige os seus filhos com dureza no hoje, para evitar um mal maior - no caso o inferno - no futuro. É doentio. Eles enxergam amor na inquisição. Ao enxergarem o inferno como um lago de fogo em que os pecadores queimam literalmente por toda a eternidade, acabam "minimizando" o peso da inquisão, porque o sofrimento dos torturados foi causado "por amor" daqueles que tentavam livrá-los...Nota-se que católicos são fascinados pelo sofrimento.
Pois é, isso me lembra também as casas de moribundos da Madre Teresa de Calcutá, que mesmo tendo montões de dinheiro arrecadados de doações milionárias, fazia questão de deixar os pacientes em terríveis condições, porque via o sofrimento como "bom" em si mesmo. Há alguns livros publicados sobre isso, mas você pode ver um resumo neste vídeo:
Excluirhttps://www.youtube.com/watch?v=-ByxoHjRpUI
Talvez seja por isso que na época as pessoas não se incomodavam com a invencionice do "tormento eterno": toda a teologia deles era voltada para o sofrimento fútil, para os sacrifícios desnecessários e para a dor proposital. É realmente um sistema do quinto dos infernos...
Lucas, vc conhece esse site para dizer se é confiável?
Excluirhttps://www.biblestudytools.com/history/early-church-fathers/
Não conhecia, mas dei uma olhada e vi que é exatamente a mesma tradução que consta no New Advent, ou seja, eles apenas copiaram de lá, com a diferença de que o New Advent é mais amplo no conteúdo:
Excluirhttp://www.newadvent.org/fathers/index.html
Lucas, você acha errado homens cristãos baterem na bunda da esposa?
ExcluirVocê já foi numa igreja luterana ou anglicana? Se já foi, achou a liturgia muito romanista? Acha que são hereges, ou só importam os dógmas centrais mesmo?
Excluir"Lucas, você acha errado homens cristãos baterem na bunda da esposa?"
ExcluirEm que contexto isso? Se num contexto de agressão é óbvio que é pecado, mas se for um "tapinha" com o consentimento da mulher eu vejo como uma brincadeira e não como agressão.
"Você já foi numa igreja luterana ou anglicana? Se já foi, achou a liturgia muito romanista? Acha que são hereges, ou só importam os dogmas centrais mesmo?"
Não fui nessas igrejas mas sei como é. Particularmente eu dou pouca importância a aspectos externos e muito mais importância para a questão do conteúdo, então de modo nenhum eu diria que luteranos e anglicanos são "hereges". Mas com certeza se eu tivesse uma igreja ou pudesse decidir na liturgia de uma eu a deixaria mais "livre" de resquícios romanistas do que nessas igrejas.
Esta citação é verdadeira?:
Excluir“Quando são [os gnósticos] vencidos pelos argumentos tirados das Escrituras retorcem a acusação contra as próprias Escrituras, (…) E quando, por nossa vez, os levamos à Tradição que vem dos apóstolos e que é conservada nas várias igrejas, pela sucessão dos presbíteros, então se opõem à tradição.” (Contra as Heresias 2,1-2 Livro III).
A citação é verdadeira, o que não é verdadeiro é o achismo católico do que vem a ser a tradição que Irineu cita:
Excluirhttp://heresiascatolicas.blogspot.com.br/2013/07/irineu-de-lyon-e-tradicao-apostolica.html
Mas ele deixa claro que tradição e Escritura são differentes, como explicar isto?
ExcluirEu não disse que são "a mesma coisa", mas sim que a tradição que Irineu cita é um resumo de coisas que podem ser inferidas pela Bíblia, então não se constituem um acréscimo doutrinário ao seu conteúdo. Da mesma forma que o Credo Apostólico é diferente da Bíblia, mas tudo o que está nele é comprovado biblicamente.
Excluir"Por que vocês mortalistas falam tanto em ressurreição?" Até que tem um pouco de verdade nessa pergunta, pelo menos pra mim. Depois que me tornei mortalista, a palavra ressurreição não sai da minha mente. Nunca tinha percebido isso antes. Excelente artigo Lucas, continue assim.
ResponderExcluirÉ isso aí. Não há lógica alguma em se ensinar ressurreição quando o mais importante é que antes disso e até independentemente disso a alma já estará no Céu do mesmo jeito. A crença na ressurreição de um prisma imortalista é pura futilidade e trivialidade, a qual é completamente ofuscada pela imortalidade da alma. Curiosamente, a Bíblia fala centenas de vezes em ressurreição, mas nunca em "alma imortal" (psiquê athanatos). A própria palavra "alma" aparece 1.600 vezes na Bíblia, mas nunca sucedida dos termos "imortal" (athanatos) ou "eterna" (aionios), os quais também aparecem milhares de vezes em outros contextos. Abs!
Excluir“idiotas úteis”
ResponderExcluirEntão toda pessoa que ensina a imortalidade da alma é idiota?
Não distorça o que eu disse e nem tire do contexto. A resposta foi à pergunta 25, que diz:
Excluir“Então por que há evangélicos por aí que PASSAM A VIDA TODA tentando ‘provar’ a imortalidade da alma e ‘refutar’ o mortalismo EM UM MONTE DE ARTIGOS?”
A pergunta não foi sobre “qualquer um que ensina imortalidade da alma”, mas especificamente de quem tem isso como ministério, como foco, como missão, gente obcecada em “refutar os mortalistas” custe o que custar. Não vou citar nomes aqui, mas são bem conhecidos. E o termo “idiota útil” (que coloquei entre aspas no artigo) é uma expressão conhecida que designa uma pessoa que é ENGANADA por outra, que pensa estar fazendo algum serviço ou algo útil mas que na verdade está sendo manipulada para maus desígnios mesmo sem ter essa intenção, não estou falando de ser uma pessoa “burra” ou “estúpida”. Se é com essa má vontade ou má intenção que você vai ler os meus textos para encontrar e recortar trechos isolados de duas palavras, então acho melhor que nem leia nada.
Eu não afirmei nada sobre você. O que fiz foi uma PERGUNTA. Geralmente, quando se pergunta é porque quer esclarecimento sobre algo. Eu estaria lendo seus textos com "má vontade ou má intenção" se eu tivesse dito: "O Lucas Banzoli disse em um de seus artigos que quem ensina a imortalidade da alma é idiota", sem antes ti perguntar nada, pra saber o que realmente você quis dizer.
ExcluirOk então.
ExcluirMas se ficou chateado me perdoe :)
ExcluirNão fiquei chateado, é que por escrever no anonimato eu nunca sei se é uma pessoa honesta perguntando honestamente ou se é um daqueles que tem por hábito fazer "perguntas perniciosas" cheias de más intenções (já vi que não é o seu caso, então o erro foi meu).
ExcluirSem problemas, meu irmão. Tudo certo. As pessoas te fazem muitas perguntas para te experimentar, igual os fariseus com Jesus? Os fariseus sempre tentavam pegar Jesus em algum assunto.
ExcluirSim, antes era até mais comum, ultimamente diminuiu um pouco mas de vez em quando aparece alguém assim, aí a gente fica ligado. Esse é o problema com ambientes virtuais, às vezes fica difícil identificar quem é bem intencionado e quem não é...
ExcluirEntendo.
Excluir
ResponderExcluirMuito bom o artigo, Lucas, parabéns.
Vou deixar algo aqui que pode ajudar
Essa foi minha resposta ao vídeo do Universo Católico sobre a oração dos santos numa fala do Padre Paulo Ricardo usando Apocalipse 6 onde mortos são vistos clamando por vingança. Segundo o padre as almas dos Mortos oram a Deus.
"Padre Paulo, vossa excelência está por demais equivocado. Procura definir a palavra alma como a própria Bíblia a define. E alma não é usada nas Escrituras nesse sentido aplicado pelo Senhor. Alma é o que dá vida ao corpo. Uma vez que você está vivo, você tem alma, ou alma-viva. Vida e alma são palavras muitas vezes usadas como sinônimas. A palavra alma é usada na Bíblia com o significado de “pessoa”.
Por exemplo, em Atos 27:37 lemos:
“E éramos ao todo, no navio, duzentas e setenta e seis almas.”
O que isto quer dizer? Significa simplesmente 276 pessoas. Aqui estão outros exemplos:
Atos 7:14
“E José mandou chamar a seu pai Jacó, e a toda a sua parentela, que era de setenta e cinco almas.”
Gênesis 12:5
“E tomou Abrão a Sarai, sua mulher, e a Ló, filho de seu irmão, e todos os bens que haviam adquirido, e as almas que lhe acresceram em Harã; e saíram para irem à terra de Canaã; e chegaram à terra de Canaã.”
Você encontrará mais exemplos assim na Bíblia. Em todos estes exemplos a palavra “alma” é simplesmente colocada como pessoa. Em vez de dizer “pessoas”, diz “almas”. O significado, contudo, é o mesmo.
Continua...
Cara, eu nunca me preocupei muito com essas questões, e as deixei meio de lado, porém a vida toda eu acreditei que o inferno era o tormento eterno. Hoje entendo o aniquilacionismo mesmo a melhor ideia sobre o que ocorrerá aos ímpios. Quanto ao mortalismo, tive bastante dúvidas quanto a isso, porém passei uma boa parte da vida acreditando que a alma era criada quando da fecundação, e na morte ia para algum lugar até o julgamento final. Também, lendo um pouco mais, aqui no blog principalmente, até comprei o seu livro da imortalidade da alma, estou quase convencido de que o mortalismo é a abordagem mais correta para a compreensão disso. Um pouco da dificuldade de se aceitar o mortalismo é a de se aceitar também que alguém querido que já morreu não está naquele momento em um lugar melhor, ou mesmo na presença de Deus. Aceitar que ele está realmente morto deve ser bastante duro. Mas se esta é a verdade, o que podemos fazer? Um abraço e parabéns pela ótimo e altíssimo nível de discussão teológica do seu blog.
ResponderExcluirRealmente, concordo que é mais emocionalmente fácil imaginar que nossos entes queridos já estão no céu neste exato momento (embora isso seja apenas para efeitos emocionais e não um argumento teológico propriamente dito), mas até nisso dá pra inverter um pouco a ótica de raciocínio e pensar, por exemplo, em um cara cujo ente querido não era cristão, alguém que até ouviu o evangelho mas rejeitou. Pela mesma ótica de que ficaríamos mais felizes em pensar que alguém já está agora no céu, ficaríamos infelizes por pensar que outra pessoa já está agora no inferno. Mas esse "agora" é pela ótica do tempo cronos, porque na perspectiva de quem morreu, eles "já estão" lá, não se passa nem um segundo entre a morte e a ressurreição na perspectiva de quem morreu e ressuscitou.
ExcluirO Azenilto Brito também costuma passar um exemplo interessante, de alguém que morreu e sua alma foi pro céu, e lá espera os anos até que sua esposa e filhos venham ao seu encontro ali. Mas o tempo vai passando, e nada. Passam-se dias, semanas, meses, anos, décadas... até que ele se convence de que seus entes mais queridos na terra não vão se juntar a ele no céu, mas estão naquele exato momento queimando no fogo do inferno eterno onde permanecerão para sempre. Deve ser uma angústia muito maior.
Abs!
Teoricamente, quem morreu seria um "viajante do tempo"?
Excluir"Viagem no tempo" não é um termo preciso. É tudo uma questão de perspectiva. Por exemplo, embora estejamos acostumados a pensar no nosso peso como um padrão absoluto, uma pessoa que pesa 70 kg na terra pesará 11 kg na lua. Einstein já provou que o tempo também não é absoluto, e que se você viajar no espaço por apenas um ano na velocidade da luz e então voltar à terra, terão se passado 70 anos na terra, e provavelmente todos os seus conhecidos já estarão mortos. Se o tempo é uma questão de perspectiva até em uma comparação entre pessoas vivas, imagine entre alguém que está viva e outra que já morreu.
ExcluirO tempo não "passa" na perspectiva de quem morreu, justamente porque quem está morto já não existe, volta ao pó da terra (Gn 3:19) e toda a sua consciência, pensamentos e lembranças acabam (Ec 9:5,10; Sl 6:5). Consequentemente, quando ela ressuscita, será como se tivesse se passado "milésimos de segundos" na perspectiva dela (na verdade, tempo nenhum), pois ela morre, deixa de pensar e em um piscar de olhos se vê na ressurreição do último dia.
Talvez o próprio sono, embora em menor escala, possa ilustrar isso. Quando você acorda após uma noite de sono sem perturbações durante a noite, não parece que passaram umas 8 ou 9 horas desde que você foi dormir. Muitas vezes, você acorda e não lembra nem do que sonhou, e parece que foi dormir há bem menos tempo. Quem vive na Islândia tem dias de sol que duram meses (não escurece por muito tempo), e quando acorda no meio do sono não sabe se ainda é "noite", se é madrugada ou se já é de manhã e está atrasado para o trabalho. Simplesmente porque a perspectiva de tempo é diferente para quem dorme. Claro que para um morto a diferença é incomparavelmente maior, porque alguém que dorme ainda tem algum nível inferior de sensações, e sonha (coisas que não ocorrem com quem morreu), por isso a perspectiva da morte é de não haver nenhum tempo, e não de haver menos tempo.
"O tempo não "passa" na perspectiva de quem morreu, justamente porque quem está morto já não existe, volta ao pó da terra (Gn 3:19) e toda a sua consciência, pensamentos e lembranças acabam (Ec 9:5,10; Sl 6:5)"
ExcluirExato, Lucas, a não ser que alguém prove que os órgãos da vida e sentidos, coração e cérebro, não viram pó, mas também residem na alma que supostamente sai do corpo no formato do próprio corpo humano. Entende como? O cara morto sai do corpo no formato dele mesmo.
Olha isso Lucas. E os ateus ainda dizem que um peixe desses surgiu por acaso. Isso só pode ser obra de um design inteligente:
ResponderExcluirhttps://www.facebook.com/inteligentista/videos/1508974319186556/
Muito massa! Quando eu precisar de um arquiteto, já sei quem contratar :)
ExcluirBanzoli, no original hebraico de Jó 2.9 está dito "abençoa a Deus e morre"? Porque nas nossas versões vem "amaldiçoa"? Na ACF diz:
ResponderExcluir"Então sua mulher lhe disse: Ainda reténs a tua sinceridade? Amaldiçoa a Deus, e morre."
(Jó 2:9)
Qual palavra foi dita pela mulher de Jó? "Abençoa" ou "amaldiçoa"?
No hebraico está "abençoa" mesmo. Este é um dos exemplos mais intrigantes da tradução bíblica, pois é uma palavra que em determinado contexto pode significar seu inverso. Só o hebraico mesmo é capaz de nos proporcionar isso.
ExcluirEu tenho vontade de fazer um curso de hebraico. Você fez algum na sua faculdade?
ExcluirTinha essa opção como matéria optativa para escolher entre ela ou outras, mas eu optei pelas outras porque todos os estudiosos de hebraico sabem que isso demanda MUITO tempo, são muitos anos de estudo e basicamente consiste em decorar palavra atrás de palavra, sem falar que tem que ser um estudo constante, pois na minha classe mesmo tinha gente que já foi muito conhecedor do hebraico mas que "enferrujou" por ficar um bom tempo sem praticar. É muito diferente de um idioma comum e moderno como o inglês ou o espanhol, que a gente pode estudar na prática do dia-a-dia, seja conversando rotineiramente com gente que fala nesses idiomas ou assistindo a filmes, músicas e etc. E levando em consideração tudo isso e principalmente o fato de que hoje em dia existe uma quantidade imensa de léxicos do hebraico e grego com explicações exaustivas de cada palavra (de modo que até hoje eu nunca tive problemas com alguma, mesmo sem conhecer o idioma), achei mais compensador cursar a outra matéria, sem descartar a possibilidade de estudar hebraico um dia.
ExcluirEu tenho vontade de fazer esse da igreja presbiteriana: hebraico 1, 2, 3 e 4 e grego 1, 2, 3 e 4:
Excluirhttp://cpaj.mackenzie.br/programas-cursos/centro-de-linguas-biblicas-claj/
Será que vale a pena?
Eu não posso dizer se vale a pena ou não porque não conheço esse curso, mas se é seu desejo e sente um chamado para isso, vá em frente.
ExcluirFaz um artigo sobre isso, Lucas. Milhões de cristãos pensam que quando uma pessoa morre ela sai do corpo no formato anterior, a forma humana da pessoa.
ResponderExcluirPara funcionar como antes vai precisar do coração e o cérebro que vão virar pó no corpo que ficou na tumba!!!
Como funciona, Lucas? Os católicos e imortalistas poderiam usar o exemplo de espíritos - anjos - alegando que eles não possuem os órgãos nos seus corpos como os humanos e no entanto falam e raciocinam.
A palavra hebraica "ruach" é a mesma usada desde o simples ar até Deus, que é "espírito/ruach" (Jo 4:24). Ou seja, é preciso entender o contexto de cada caso para não misturar coisas completamente diferentes. Os anjos não "tem" espírito, eles SÃO espírito, não possuem corpo físico, Deus os criou assim. Mas quando Deus decidiu criar o homem ele quis criar um ser de natureza diferente, se fosse para criar a mesma coisa teria nos feito anjos também, mas ele quis criar um ser material, alguém que vive em um corpo e não fora dele. Se não fosse assim, o próprio corpo seria inútil, dispensável e sem razão de existir, já que conseguiríamos fazer todas as coisas sem corpo como anjos (e conseguiríamos fazer melhor). É a velha concepção platônica de o corpo como prisão da alma, o oposto exato à concepção hebraica bíblica.
ExcluirEu acho a doutrina da Trindade pouco plausível. O unitarismo bíblico, assim como o subordinacionismo e arianismo, são mais próximas da verdade. Muitos conceitos pagãos infectaram o cristianismo ao longo dos anos. No que se refere à imortalidade da alma, tenho minhas dúvidas e estou estudando, mas não descarto a possibilidade de ser verdadeira, visto a influência grega platoniana.
ExcluirExatamente, Lucas. Sua resposta encaixou perfeitamente. Logo, o que temos é o seguinte: os órgãos principais do corpo, coração e cérebro. Juntamente com todo o corpo, é óbvio, viram pó quando a pessoa morre. Isso significa que almas não existem pelo simples fato de não funcionar sem os órgãos do corpo.
ExcluirQuando você era imortalista, quando debatia com adventistas, até que você se saía bem, ou sempre era surrado por eles?
ResponderExcluirNão ficava debatendo esse assunto, eu comecei debatendo com ateus e depois com católicos, nunca fui desses que debatem com adventistas, testemunhas de Jeová, mórmons e etc. Eu me lembro que a única vez que fui polemizar em uma comunidade adventista sobre essa questão foi citando o texto lá das "almas debaixo do altar", então eles me mostraram várias evidências de que isso seria uma simbologia apocalíptica e mostraram também que eu mesmo interpretava o Apocalipse alegoricamente nas outras partes e que então isso não era um argumento decisivo; eu achei essa explicação um tanto razoável e não dei prosseguimento àquela discussão, embora permanecesse imortalista. No meu site mais antigo (que hoje se chama "Apologia Cristã") eu tinha uma página de refutações ao adventismo, e no tópico de imortalidade da alma citava aquelas meia dúzia de versículos clichês que todo mundo sabe de cór, mas não refutava as objeções e na verdade nem as conhecia direito. Pensava que o mortalismo era uma crença fundamentada apenas em um punhado de textos de Eclesiastes e outros poucos do AT, o que infelizmente ainda é o pensamento de muitos por aí, por isso nem dava muita atenção a este ensino até me deparar com a questão da ressurreição que explano na introdução do livro.
ExcluirPrezado Banzoli,
ResponderExcluirVocê pensa que a doutrina da Trindade é cristã ou pagã, tendo em vista a Shemá Israel e o subordinacionismo do Filho ao Pai?
Sou trinitariano, e portanto entendo a trindade como bíblica, mas não polemizo sobre este assunto neste blog, que trata de outros temas. Creio na subordinação do Filho ao Pai em sentido administrativo, não de inferioridade, assim como a mulher é subordinada ao homem administrativamente mas não inferior a ele. Mas como disse, não quero iniciar uma discussão desproposital sobre isso aqui, e na insistência terei que deletar comentários, o que não gostaria de ter que fazer. Abs.
ExcluirOi Lucão,como vai?.
ResponderExcluirConversei com o Éber Cocareli e argumentei que você é o maior especialista em mortalismo e aniquilacionismo do Brasil(Não fiz nenhum favor,é a verdade)e que deveria ser convidado para o programa,ele disse que vai conversar com a produção e que seria uma boa se vc aceitasse o convite.
Abraços.
Marcelo Dornelas
E quem é doido pra enfrentar o Banzoli? Pra passar vergonha em público?
ExcluirOi Marcelo, tudo bem? Ouvi dizer (se não me engano, por você mesmo rsrs) que eles nem pagam a passagem e hospedagem, aí seria complicado, financeiramente falando, já que eu moro bem longe do Rio de Janeiro, onde fica a RIT. Mas tirando esse inconveniente pra mim seria uma honra participar do programa, quem sabe um dia...
ExcluirLucas,pode-se afirmar que o entendimento sobre o inferno e a crença na imortalidade da alma existentes no cristianismo hoje é uma herança do catolicismo?
ResponderExcluirCom um adendo: do catolicismo romano. O catolicismo ortodoxo oriental, por exemplo, tem uma concepção MUITO diferente do inferno, que na minha visão é perfeitamente identificável com o universalismo (a crença de que no fim todos os ímpios estarão no Céu também, o que eu discordo). O "inferno" pra eles seria apenas um estado psicológico por terem se afastado de Deus, mas não um lugar de sofrimento físico, e estarão com Deus, embora sem desfrutar da mesma paz que os salvos, por terem levado uma vida ruim na terra. É uma visão bem estranha à mente ocidental e reflete bastante a influência que o universalismo teve no Oriente através de grandes nomes do Cristianismo antigo como Orígenes, Clemente de Alexandria e Gregório de Nissa, e que foge totalmente do inferno católico romano. Acontece que a Reforma protestante não ocorreu no Oriente, mas no Ocidente, onde predominava a Igreja Romana, e por essa razão os protestantes herdaram a visão romana do inferno, e, diferentemente da maioria das outras crenças, dessa a maioria dos protestantes não desarraigou até hoje.
ExcluirBrilhante ! Eu não conhecia essa visão oriental , Lucas você tem algum documento da igreja ortodoxa aprofundando essa visao?
ExcluirVeja aqui:
Excluirhttp://cantinhodoprimorodrigo.blogspot.com.br/2016/10/porque-eu-nao-creio-no-aniquilacionismo.html
https://ortodoxogrego.wordpress.com/tag/inferno/
Inclusive os cristãos orientais crêem ser possível tirar alguém do inferno através da intercessão.
ExcluirSim, essa é outra crença peculiar e estranha deles.
ExcluirLucas, as vezes eu converso com um amigo meu sobre a existência de Deus. Ele diz que crer em um Deus, mas as vezes tem dúvidas se Ele existe mesmo. Eu falo sobre os argumentos a favor da existência de Deus (cosmológico, da lei moral etc), mas talvez ele diga que esses argumentos prova apenas a existência de um criador superior, mas não prova que o Deus da Bíblia seja o verdadeiro. Se ele perguntar isso, ficarei sem resposta. Você poderia me ajudar, por gentileza? Se alguém falasse isso pra você, que esses argumentos não prova que o Deus da Bíblia seja o verdadeiro, como você responderia?
ResponderExcluirEsses argumentos de fato não provam nada a respeito do Cristianismo em particular, apenas da existência de um Deus teísta. Para provar o Cristianismo deve-se argumentar pela ressurreição de Jesus, que é a crença fundamental que distingue o Cristianismo de todas as demais religiões. Há muitas religiões que "creem em Jesus" em um sentido vago, mas só o Cristianismo crê nele como tendo morrido pelos nossos pecados e ressuscitado para a nossa justificação. Leia o livro "Não tenho fé suficiente para ser ateu" (de Norman Geisler e Frank Turek) que eles falam muito sobre isso, ou então o meu livro "As Provas da Existência de Deus" (acho que no "Deus é um Delírio" eu não chego a discorrer sobre isso especificamente, mas seria importante lê-lo também como complemento ao livro anterior). Os capítulos específicos que tratam da ressurreição de Jesus no meu livro são esses:
Excluirhttp://ateismorefutado.blogspot.com.br/2014/12/as-evidencias-da-ressurreicao-de-jesus.html
http://ateismorefutado.blogspot.com.br/2014/12/as-provas-da-autenticidade-do-sudario.html
Lucas o que voce acha da apologética pressuposicionalista , pelos seus livros sei que você e mais evidencialista mas ,estava pesquisando e encontrei vários autores que se utilizam do pressuposicionalista como método . Alguns pensadores como Van Till achavam o argumento cíclico como valido ,o que me deixa com um pe atras de tal método ?
ExcluirNão acho que esse tipo de apologética tenha qualquer êxito contra ateus, nem tem como ter, já que desde o começo se parte do pressuposto de que Deus existe, o que "encerra" o debate antes de começá-lo. Eu sigo a metodologia de William Lane Craig, que é evidencialista e que é o apologista que mais tem obtido êxito em converter ateus, em refutar ateus em debates e em reforçar a fé de pessoas crentes com dúvidas em todas as partes do mundo. E acho difícil, senão impossível, o pressuposicionalismo fazer o mesmo.
ExcluirVocê faz voto de narizeu? Pergunto isso pois vi você com cabelo longo, barba e desaprovando o uso do vinho.
ExcluirOu mais cedo ou mais tarde talvez ele pergunte isso mesmo: qual religião é a verdadeira, pois existem centenas? Então, pra tentar convencer ele de que o Cristianismo é religião verdadeira, seria melhor eu me aprofundar no tema ressurreição de Jesus? Vou procurar esses seus livros pra ler. Valeu!
ExcluirSim, o Cristianismo é verdadeiro por causa da ressurreição de Jesus. Quer dizer, se descartar todas as religiões que não acreditam que Jesus ressuscitou fisicamente, não vai sobrar nenhuma exceto o Cristianismo. Mas é preciso se aprofundar bem nos argumentos. Abs!
ExcluirSobre o diálogo com o ateísmo sou da opinião que o teísmo é a melhor inferência e não se faz necessário muito esforço intelectual pra se chegar a essa conclusão. Já a fé cristã se necessário que Deus, na pessoa do Espírito Santo, toque no coração de quem ouve convencendo do pecado e da necessidade da salvação em Cristo.
Excluir"Você faz voto de narizeu? Pergunto isso pois vi você com cabelo longo, barba e desaprovando o uso do vinho"
ExcluirSe eu tivesse feito o voto de nazireu teria cabelo e barbas bem maiores. E se escreve "nazireu", não "narizeu" (ou seria "narizeu" um voto para quem tem nariz grande?).
"ou seria "narizeu" um voto para quem tem nariz grande?"
ExcluirBanzoli, você é uma figura. Além de teólogo é humorista kkkkkkkkk
;p
ExcluirLucas alguém é herege por acrediar na Nova pespctiva sobre paulo ?
ResponderExcluirNão entendo desta maneira. Entendo como sendo uma visão equivocada, mas não como alguém sendo um herege SÓ por isso.
ExcluirEu tenho dúvidas acerca de Apocalipse 9. Quem seriam os gafanhotos? Já vi pessoas dizendo que os gafanhotos são pessoas do exército (?), porque na N.O.M haverá uma forte atuação do governo militar, mas sei lá, eu sou cristã mas nunca consegui entender o livro de Apocalipse, acho ele muito complexo e difícil de se interpretar...
ResponderExcluirEsses "gafanhotos" referem-se a demônios que atualmente estão presos no tártaro ou abismo e que por ocasião da grande tribulação serão soltos temporariamente. Escrevi sobre isso nesse meu resumo do Apocalipse capítulo por capítulo:
Excluirhttp://heresiascatolicas.blogspot.com.br/2015/06/um-resumo-completo-do-apocalipse.html
Esse tártaro é um lugar de tormento ou é apenas uma simples prisão? Esses demônios que estão hoje lá estão sendo atormentados ou apenas presos?
ExcluirNão é um lugar de tormento porque os demônios não estão sendo atormentados ainda (Mt 8:29). É uma prisão na qual só esses demônios de Gênesis 6:1-4 estão presos, uma vez que os outros demônios em geral estão soltos, "nos ares" (Ef 6:12).
Excluirhttps://www.youtube.com/watch?v=vzcLu4Nd0Us
ResponderExcluirÉ possível que tenham existidos outros povos antes da criação de Adão??
Não, a Bíblia é bem clara ao dizer que Adão é o primeiro homem, aliás a própria palavra hebraica para Adão significa "homem", é a mesma palavra hebraica nos dois casos, não tem como ter existido um "homem" antes do "homem", ou um "Adão" antes do "Adão". Não assisti o vídeo inteiro, mas do que eu assisti eu consegui discordar de absolutamente tudo o que ele disse, o que é difícil de acontecer.
ExcluirFala Lucas! Meu nome é Paulo e gostaria de fazer duas perguntas:
ResponderExcluir1. Eu vi um argumento para o primado de Pedro no Youtube (em resposta ao Rodrigo Silva), não sei se você chegou a ver; e num dos argumentos, eles dizem que quando Jesus troca o nome de Simão para Pedro, que isso indica uma espécie de missão (e eles fazem um paralelo com Abrão/Abraão e com Jacó/Israel) que foram algo como "pais", no caso de Abraão, pai de muitas nações... Será que isso procede? Em outras palavras, será que a missão de Pedro não seria a de "pai" do cristianismo?
2. E será que a interpretação de que a barca de Pedro seria a Igreja Católica e os peixes os fiéis, tem algum sentido?
É isso, se você puder me responder, te agradeço desde já.
Olá, tudo bem? A primeira questão eu respondo em meu livro "A História não contada de Pedro", a partir da página 123 (você pode baixar na página dos livros). É o quinto tópico deste artigo:
Excluirhttp://heresiascatolicas.blogspot.com.br/2016/03/refutando-argumentos-catolicos-para-o.html
Sobre a segunda questão, em primeiro lugar a Bíblia nunca fala da "barca de Pedro" neste sentido espiritual. O que ela faz é uma analogia com a arca de Noé, na qual quem estava nela foi salvo no dilúvio, e a Igreja. Mas "Igreja" (ekklesia), na Bíblia, não tem nada a ver com o conceito católico romano da instituição hierárquica romana, mas sim com o corpo místico de Cristo, que consiste na reunião de todos os salvos em qualquer parte do mundo. Ou seja, basicamente a arca seria o corpo de Cristo, e não a "Igreja Romana" ou a "barca de Pedro". O próprio Pedro jamais iria querer ficar em sua própria barca, em vez do barco de Cristo. Mas a ICAR coloca Pedro como o cabeça da Igreja acima do próprio Cristo, por isso dizem que a Igreja está edificada sobre Pedro e Jesus também está alicerçado sobre Pedro, em vez de Pedro em Cristo.
Abs.
Lucas, o que Jesus quis dizer nessa passagem?
ResponderExcluir"Eu, porém, vos digo, que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela." (Mateus 5:28)
É baseando-se em passagens como essa que muitas igrejas vivem num legalismo danado. Já vi delas que proíbem qualquer contato entre jovens namorados: beijo de língua, abraço. Se for do jeito que dizem então vai muita gente pro inferno. O simples fato de nos sentirmos atraídos por uma mulher, mesmo sem alimentar esse sentimento, já é adultério? O que as palavras "atentar" e "cobiçar" significam no original grego?
O grego usa essa palavra (Concordância de Strong abaixo):
Excluir1937 επιθυμεω epithumeo
de 1909 e 2372; TDNT - 3:168,339; v
1) girar em torno de algo
2) ter um desejo por, anelar por, desejar
3) cobiçar, ansiar
3a) daqueles que procuram coisas proibidas
Não entendo de modo algum como se Jesus estivesse proibindo que se sentisse atração por uma mulher, porque se este fosse o caso seria basicamente o mesmo que pedir que deixássemos de sermos homens. Seria necessário uma mudança literal de natureza, ou de sexualidade, para tornar isso possível, pois o desejo é algo natural, não algo pensado ou deliberado. O que Jesus proíbe aí não é o desejo natural (atração) por alguém, mas a cobiça, o desejo imoral, que é quando alguém começa a alimentar esse desejo e o leva adiante. Não está na Bíblia, mas eu creio ser bem verdadeiro o ditado que diz que "olhar uma vez não é pecado, mas duas vezes, sim". De fato, só um cego passaria a vida toda sem olhar pra uma mulher, isso é muitas vezes algo involuntário e é diferente de um olhar pervertido, mas se voltar a olhar (ou se continuar olhando depois de saber do que se trata) aí é porque está conscientemente alimentando aquele desejo (e isso é pecado).
Em relação a contato entre os jovens, é preciso fazer algumas distinções: quais jovens? Se forem amigos pode ser um abraço, se forem namorados um beijo, mas só entre pessoas casadas é permitido mais coisas. O errado é quando acabamos caindo em um dos dois extremos, o do legalismo ou do liberalismo.
A minha opinião sobre Mateus 5; 28, é literal, isso mesmo: o simples ato de pensar (desejar) outra mulher (ou homem para quem é mulher) além de sua companheira já é adultério. A boa notícia (Evangelho) é que somos salvos pela Graça e não pelas obras e muito menos pelo conhecimento que possuímos. A suma do Evangelho de Cristo é que Deus nos ama incondicionalmente e guardamos os seus mandamentos porque o seu Espírito Santo nos capacita a observar suas ordenaças. O Evangelho é simples e refrigera a alma. O diabo, o pai da mentira, tenta nos enganar com o "evangelho" do medo, das obras, do conhecimento, do esforço próprio, do orgulho que no final nos leva a frustração. Tal qual a mulher adúltera, os verdadeiros cristãos ouvem diariamente a voz de Cristo dizendo: "Nem eu te condeno... vá e não peques mais. "....
ExcluirE o intrigante é que foi o PROPIO DEUS quem pós o desejo sexual do homem pela mulher e da mulher pelo homem!
ExcluirCaro anônimo, há muita discussão e ideias sobre o sexo entre os cristãos. Mas esse texto me parece claro que é sobre adultério, e adultério se comete somente com uma mulher que não é a sua. Você, sendo solteiro, pode sentir atração por uma mulher, é claro. O que não pode, a meu ver, é ficar desejando cinquenta mulheres. A atração sexual é natural e dada por Deus. Porém, existe uma ética sexual e regras sexuais dentro do cristianismo, pois já sabe, se deixar o homem a sua vontade, a bizarrice passa dos limites. O texto me parece mais orientado aos homens casados, que não devem realmente desejar uma mulher que não é a sua. A sua esposa, desde que não seja uma fantasia bizarra e distante do que Deus tem para o casamento, você pode, e é até saudável para o casamento, olhar para ela com desejo.
ExcluirComo é que um cara tem uma namorada e não deseja fazer sexo com ela? É impossível. Ou então um casal de namorados que estão planejando casar, vão planejar a quantidade de filhos sem pensar em fazer sexo? O que a gente faz é não atender a esses desejos e esperar o casamento. Talvez Jesus falou isso em outro sentido, senão é melhor virar monge, ir para os desertos onde não tem nenhuma mulher. Esquecer que existe mulher. Assim, ele não vai desejar nenhuma nunca. Acredito que as vezes o desejo se torna uma obsessão. A pessoa se torna um fanático sexual e quer conseguir realizar seu desejo antes do casamento a qualquer custo. Porque pensamento ninguém consegue controlar, mas o desejo obsessivo sim. Se o simples fato de pensar já é adultério, então estamos todos lascados. Acredito que, assim como a menstruação é na mulher é uma preparação para a gravidez, a desejo e a excitação no homem é uma preparação para um futuro relacionamento com uma mulher. Isso tá na natureza e é importante em qualquer ser vivo. Será que um homem chega no casamento sem nunca ter pensado em sexo em nenhum momento, sem ter sentido desejo em nenhum momento, sem ter se excitado em nenhum momento? Acredito que seja impossível. Acredito de desejar e cobiçar (nesse sentido que Jesus falou aí) são coisas diferentes. O que acha Banzoli?
ExcluirPois é, eu também não vejo base para dizer que o simples desejo natural já é automaticamente um adultério por si só, pra mim pecado diz respeito a algo que pode ser evitado, não a uma coisa inteiramente impossível. Pra mim a "cobiça" diz mais do que isso, é um ato deliberado de um ser humano que se entrega a este desejo inicial e o alimenta com más intenções.
ExcluirAdmirar o corpo de uma mulher é adultério? Por exemplo, uma mulher que faz academia: bumbum grande, coxas grossas. Na minha opinião, olhar e admirar é diferente de você buscar realizar. Alguns admiram o corpo de uma mulher, mas vão buscar realizar seu desejo: tentam conseguir o número dela pra conversar e tudo mais. As vezes se olha para o corpo de uma mulher e acho bonito, mas com pouco tempo esquecemos. Se percebermos que uma mulher com um xortinho ou uma saia curta vem em nossa direção é pra virarmos o resto? Não me refiro a casos em que de repente aparece uma.
ExcluirTudo depende da intenção: se é para cobiçar ou alimentar um desejo impuro, é errado ficar olhando sim, a não ser obviamente que o olhar não seja intencional. Mas se ela está vindo em sua direção falar com você não faz sentido "virar a cara", é só olhar para o rosto da pessoa em vez de "comer com os olhos".
ExcluirComo vocês veem o caso da masturbação? Alguns fazem apenas pelo prazer. Já outros pra desenvolver o órgão sexual. Já pensou um cara chegar aos seus 26 anos sem nunca ter exercitado seu órgão? Com certeza vai ficar atrofiado. Fica um adulto com "pinto" de um garoto de 12 anos. Existem vários casos assim. Uma mulher com os seios pequenos, ou com o bumbum pequeno ou com as coxas finas, ainda assim consegue casar e ter uma vida sexual satisfatória. Já um homem com o pênis pequeno demais nunca vai conseguir ser feliz. Nunca vai conseguir satisfazer uma mulher. Vai viver uma vida desgraçada.
ExcluirCara, eu não sei da onde você tirou essa de que se não se masturbar vai ficar com o pinto pequeno, nunca li uma coisa dessas antes e nem acho que tenha embasamento científico (descarte crendices populares que não tem qualquer relevância). Pode até ser o contrário, pois já vi gente dizendo que masturbação em excesso causa impotência sexual e prejudica no relacionamento conjugal.
Excluir"já vi gente dizendo que masturbação em excesso causa impotência sexual e prejudica no relacionamento conjugal"
ExcluirConcordo que tudo demais não presta. Mas eu nunca ouvi falar de algum garoto que se "exercita" regularmente, tenha ficado com seu órgão atrofiado. Acho que fiquei assim por falta disso. Dos meus amigos eu sou o único assim. Não tenho coragem de casar, pois não vou conseguir satisfazer a mulher e ela vai é rir de mim quando ver. Que vida miserável essa minha! Sempre namoro com as garotas mais quietinhas da igreja, pois tenho medo de namorar com uma mais "quente" e ela querer conferir o tamanho. Existe muito isso. As maioria das crentes de hoje não querem mais só beijo na boca. Querem o sexo completo. Não sei mais o que felicidade :(
Nada a ver isso, eu pesquisei em todo lugar e não achei nada que dissesse que falta de masturbação atrofia o pênis ou diminui o tamanho, pra começo de conversa o pênis não é um músculo para "atrofiar" por "falta de prática". Na verdade tudo o que eu descobri são danos causados pela masturbação em excesso (e o vício é sempre possível para quem tem a prática), mas nenhum pela falta de masturbação. Esse seu problema é genético e não tem nada a ver com a falta de masturbação. É preciso desmistificar certos mitos populares, porque se formos dar ouvidos ao que o "populacho" diz vamos crer até que masturbação causa pêlos nas mãos ou coisas bizarras do tipo. Mas CIENTIFICAMENTE falando, não há absolutamente nada que atrele uma coisa a outra. Gostaria mesmo que você me linkasse algum site confiável que afirme uma coisa dessas. Infelizmente você acabou atrelando uma coisa a outra, como se fosse uma questão de causa e efeito, é assim que os mitos surgem. Há pessoas de pênis pequeno que se masturbam e outras de pênis grande que não se masturbam (e vice-versa), e o fato de seus amigos dizerem que não tem pênis pequeno não significa nada, pois nenhum deles iria ter coragem de dizer isso aos outros, é uma coisa que afetaria a masculinidade deles, todos preferem se passar por algo que não são quando estão diante dos outros. Mas se quiser continuar acreditando nesse tipo de mito sem nenhuma base científica, eu não posso fazer nada para fazer você desacreditar...
Excluir"Gostaria mesmo que você me linkasse algum site confiável que afirme uma coisa dessas."
Excluir"Mas se quiser continuar acreditando nesse tipo de mito sem nenhuma base científica, eu não posso fazer nada para fazer você desacreditar..."
Amigo, eu não vim aqui defender um ponto de vista. Vim apenas desabafar. Vim falar o que eu penso e sinto, e que não tenho coragem de falar pra alguém pessoalmente. Vim falar do que se passa na minha cabeça, e não defender uma tese através de provas. Como eu estou errado, então ok. Mas o propósito é apenas desabafar. Colocar pra fora o que está dentro de mim quase explodindo. Falar dessa minha vida desgraçada.
Tudo bem, eu só disse que não há razão para a sua preocupação em relação à falta de masturbação porque isso não tem fundamento científico. E também não acho que esse problema que você tem seja o suficiente para ter "uma vida desgraçada". Calma moço, isso é bem pouco pra isso, é pra bem menos. Tem gente que é surda, muda, cega, paraplégica, deficiente físico e/ou mental e assim por diante, você está fazendo uma tempestade em um copo d'água.
ExcluirMeu irmão, eu sou muito infeliz. Pra mim é uma vida miserável ver meus amigos com suas respectivas esposas e filhos e eu sem nada disso. Vez por outra um deles se casam e me perguntam quando vai ser minha vez. Fico desesperado com isso. Não consigo nem acreditar que vou passar minha vida toda nessa situação. O problema não é a falta de masturbação. O problema é a falta de casamento. Eu é que não vou procurar um casamento com um "instrumento" de um garoto de 12 anos. Como que eu vou satisfazer uma mulher? Nunca. Ela vai é rir de mim quando ver. Sou obrigado a dispensar as garotas que se interessam por mim, e muitas delas garotas legais, lindas e verdadeiras servas de Deus. Invento qualquer desculpa pra não casar com alguma delas. Servas de Deus também querem ser satisfeitas sexualmente, e comigo é que elas não serão. Tenho vontade de casar e me relacionar com uma mulher, mas com esse problema eu não vou procurar casamento. Essa porcaria minha não satisfaz nenhuma mulher. Eu pensava que eu tinha ficado desse jeito por não me masturbar regularmente. Fico desesperado com o fato de eu me sentir atraído por determinada garota, sentir vontade de casar e fazer sexo e não poder por causa desse problema. Vou ser franco com você: eu prefiro ser deficiente de uma das pernas e andar de muleta, do que ter órgão de um garoto de 12 anos.
ExcluirVocê está superestimando demais esse seu problema. Nem toda mulher faz questão disso, na verdade há mulher que nem liga muito pro sexo e acha uma questão totalmente secundária. Nessa sua concepção superestimada a respeito do seu problema você pode já ter perdido muitas oportunidades na vida. O mais importante é o caráter, a honestidade e a capacidade de agradar uma mulher e fazê-la se sentir amada e cuidada, e não o tamanho do órgão sexual. Ou seja, pra mim o maior problema no seu caso é de ordem psicológica e não física, pois você aumenta e supervaloriza o seu problema tornando-o REALMENTE um grande problema, o que na verdade não é pra tanto.
ExcluirCara, eu não consigo pedir uma mulher em casamento. Eu tenho medo da reação dela na nossa primeira relação sexual. Tenho medo de que ela não se agrade do que eu tenho e fique comigo por obrigação, e não por amor.
Excluir"pra mim o maior problema no seu caso é de ordem psicológica e não física"
Então é melhor eu procurar um psicólogo?
"Cara, eu não consigo pedir uma mulher em casamento. Eu tenho medo da reação dela na nossa primeira relação sexual. Tenho medo de que ela não se agrade do que eu tenho e fique comigo por obrigação, e não por amor"
ExcluirMas isso é algo que tem que ser conversado antes entre vocês, antes de se casar, assim se ela decidir dar um passo a frente estará consciente disso e será porque ama você realmente, e não vai terminar um casamento por causa disso porque já sabia.
"Então é melhor eu procurar um psicólogo?"
Eu não sei se é necessário um psicólogo, mas sei que seu maior problema está no seu próprio consciente, na sua forma de pensar que jamais mulher alguma te aceitaria desse jeito, e nas oportunidades que perde por causa dessa questão psicológica em torno do seu problema.
"Mas isso é algo que tem que ser conversado antes entre vocês, antes de se casar"
ExcluirEssa vai ser a coisa mais difícil que eu já tentei fazer. Não sei se consigo. Não sei nem por onde começar esse tipo de assunto. É uma coisa que eu nunca tive coragem de dizer pra ninguém. Só pra Deus em oração. As vezes eu fico pensando: "com que cara eu vou chegar pra uma garota e dizer que tenho órgão pequeno demais?" Não sei como ela vai reagir. Eu queria nunca ter nascido :(
Você está pensando com a mente de um homem. As mulheres em grande parte não são tão aficionadas por sexo como os homens, a ponto de dar tanta importância a esse tipo de coisa. Repito, acho que você está dando muito mais importância a isso do que sua mulher daria, e isso te faz perder oportunidades na vida.
ExcluirLucas eu não sei se você já notou mas parece que catolicismo prega um" Deus de Longe " eu na minha experiência com católicos nunca observei eles tendo a Cristo como um Salvador Generoso mas como uma divindade que precisa ser aplacada com a oração de santos pois ele está " longe de Demais " os protestantes tem um amor por Cristo que nunca observei em outras denominações cristãs vocês tratam a Cristo como realmente o tivessem como Amigo e Senhor . A doutrina da Sola gratia e algo maravilhoso ! Eu conheço católicos que gostam mais da igreja em sI do que de Cristo . Concorda ?
ResponderExcluirConcordo plenamente. Dificilmente um católico irá admitir, mas a visão que eles tem de Deus é de um ser mecânico, distante, raivoso e punitivo. Por isso precisam de tantas "penitências" e "sacrifícios" para expiar seus pecados nesta vida ou depois da morte, por isso tentam chegar a Deus através de intermediários (padres ou "santos") ou com orações robóticas e repetitivas, por isso evitam todo e qualquer tipo de contato mais pessoal com o Criador, e em compensação colocam Maria no centro de tudo, muitas vezes recorrendo mais a ela do que a Jesus.
ExcluirÉ como se a graça e o amor de Deus fossem conceitos que inexistissem na prática católica, embora possam existir teoricamente. Na verdade, é apenas a consequência natural de ensinos perniciosos que foram adentrando a Igreja ao longo dos séculos, sempre com a finalidade de distanciar o homem de Deus. Chega ao ponto de o padre Paulo Ricardo fazer aquela ridícula analogia com Jesus sendo o sol e Maria a lua. O sol é brilhante e forte demais para se olhar para ele, mas a lua não, então da mesma forma teríamos que recorrer a Maria ao invés de Jesus. É triste e deplorável, mas por outro lado é apenas o que se deduz de seus próprios enganos teológicos.
Ou aquela anologia mais absurda ainda, de Afonso de Ligório, em que uma escada conduzia à Jesus e a outra à Maria, o pecador tentava subir pela escada que chegava a Jesus, e não conseguiu, caiu, pois Jesus literalmente não o quis receber. Tentou subir a que levava à Maria e, surpresa...ela o recebeu - com todo amor que seu filho não teve. Me sinto pecando só de escrever uma coisa dessas.
ExcluirNão conhecia essa bela história...
ExcluirDisponível na página 33:
Excluirhttp://historiayverdad.org/Babilonia-Misterio-Religioso-Antiguo-y-Moderno.pdf
Aqui está outra versão, diretamente de sites católico :
http://paramaiorgloriadedeus.blogspot.com.br/2015/09/maria-escada-da-perfeicao-pe-julio-maria.html
http://arautosfemininocuritiba.blogspot.com/2013/12/pelas-maos-de-maria.html
BÔNUS: FRASES BELÍSSIMAS SOBRE MARIA (segundo o site http://www.amoranossasenhora.com.br/belissimas-colocacoes-sobre-nossa-senhora/ )
São Bernardo
“Nos perigos, nas angústias, nas dúvidas, pensa em Maria, invoca Maria.”
São João d’Ávila
“Um dos principais remédios contra o demônio é recorrer à Virgem Maria.”
São Luís Maria Grignion de Monfort
“Quando o Espírito Santo encontra Maria Santíssima numa alma, sente-se atraído a Ela irresistivelmente e nela faz sua morada.”
São Fulgêncio
“Maria é a escada celeste pela qual Deus desceu à terra e os homens sobem a Deus.”
Santo Eutímio
"Depois de Deus tudo podes, e teu Filho, Deus e Senhor de todos nós, Te concede tudo como à Mãe, pois com toda a justiça se rende a tuas entranhas maternais.”
São Lourenço de Brundisio
“Que pode faltar ao homem que tem a Maria por onipotente advogada diante de Deus onipotente?”
São Luís Maria Grignion de Monfort
“Maria é o Santuário, o repouso da Santíssima Trindade, em que Deus está mais magnifica e divinamente que em qualquer outro lugar do universo, sem excetuar seu trono sobre os serafins e querubins.”
Santo Afonso
“É impossível que se condene um devoto de Maria Santíssima que fielmente a obsequia e a Ela se recomenda.”
Santo Anselmo
“Deus que criou todas as coisas, fez-se a si mesmo por meio de Maria Santíssima.”
Beato João Paulo II
“Ao pedir ao discípulo predileto que tratasse Maria Santíssima como sua Mãe, Jesus instituiu o culto mariano.”
Tem muitas outras frases legais, mas ia ficar muito grande o comentário : )
Tem mais essas aqui do “Tratado de Devoção da Virgem Maria”, de S. Luís de Montfort:
Excluirhttp://heresiascatolicas.blogspot.com.br/2016/02/dissertacao-sobre-o-tratado-de-devocao.html
E as de Afonso de Ligório no "Glórias de Maria" (está da metade para o final do artigo):
http://lucasbanzoli.no.comunidades.net/a-igreja-catolica-e-a-igreja-fundada-por-cristo
Essa de ser barrado por Jesus e ser recebido por Maria nunca tinha ouvido!
ExcluirPaz, já ouvi assim "Sonhei que subia uma escada indo para o céu e de longe vi Jesus e quanto mais chegava perto, mais vi Ele com a cara fechada, quanto mais chegava perto, mais zangado Ele ficava e fiquei com muito medo. Foi ai que vi a Virgem Maria sorrindo pra mim e falei "Senhora, me ajude" e ela falou pro seu Filho "Filho, se ele não entrar, eu vou embora", Ai Jesus mudou sua face e me disse "entra sem demora, pois o que minha mãe me pede, eu faço" - Sinceramente, Jesus veio pra nos mostrar o caminho, sofreu e morreu por nós e vem gente com historinha papal pra boi dormir e ainda acreditam nisso. Fala serio, não tem lógica isso
ExcluirRicardo Soares
Essa última versão foi a pior kkkk
ExcluirEssa história tocou o meu coração, acho que tenho que me converter ao catolicismo agora mesmo, salve Maria!
Excluir
ResponderExcluirLucas, mudando um pouco de assunto; você não acha que o estado laico não é ruim para o cristianismo, uma vez que a religião é apenas algo que pertence ao foro privado de cada indivíduo, e, assim sendo, o cristianismo não teria relevância política em qualquer debate?
Não, é justamente o Estado ser laico que garante liberdade a todas as pessoas de praticar qualquer religião que quiserem com plena liberdade de consciência e de culto (veja se isso existia nos Estados católicos). "Ter relevância politicamente" não tem nada a ver com "acabar com o Estado laico", mas sim com os cristãos (que pelo menos nominalmente são maioria no país) se mobilizarem politicamente e se conscientizarem na hora de votar. Não é algo que se imponha pela força, mas pelas vias democráticas.
ExcluirE outra, essa história de Estado confessional no Brasil é coisa de fanáticos católicos que querem restaurar o catolicismo como religião oficial do país; por mais que alguns deles falem em "Estado cristão", não se engane, pois o único Cristianismo que eles entendem como legítimo é o catolicismo romano, o resto pra eles é heresia e seita, só um protestante muito besta iria cair nessa conversinha e lutar contra o Estado laico em nosso país. Nenhum deles quer um Estado "cristão" em sentido amplo e vago, eles querem é um Estado CATÓLICO, se não for para fortalecer o catolicismo em particular eles nem querem saber.
Abs.
*Acrescentando: prova disso é que, se você for observar, a imensa maioria desses militantes contra o Estado laico e a favor de um Estado confessional "cristão" consiste JUSTAMENTE nos sujeitos que mais detestam, odeiam e recriminam o protestantismo e os protestantes em nosso país (muitos deles são favoráveis à Inquisição, para você ter uma ideia). Você acha mesmo que essa gente está do nosso lado?
ExcluirLucas o que vc está achando da novela da Record falar sobre o Apocalipse e citar a igreja católica ? Qual a ligação de uma coisa com outra ?
ResponderExcluirEu não estou assistindo mas fiquei sabendo que eles dizem que o papa é o anticristo. Eu não entendo desta forma, eu vejo o anticristo como um líder político mundial e o papa como o "falso profeta" do Apocalipse. Você pode entender melhor sobre essa visão nestes artigos:
Excluirhttp://heresiascatolicas.blogspot.com.br/2015/06/um-resumo-completo-do-apocalipse.html
http://heresiascatolicas.blogspot.com.br/2015/01/quem-e-babilonia-do-apocalipse.html
Lucas você não acha que na Europa a Reforma Protestante já se diluiu?por que a coisa tá feia,recentemente a Igreja Luterana na Escócia mudou sua diretriz de culto,as orações são proibidos invocar o nome de Deus para não constranger os homossexuais,meu Deus os evangélicos por lá na minha opinião acabou,porque os remanescentes fiéis são minorias das minorias...Deus tenha misericórdia do povo evangélico.Maranata! ora,vem Senhor Jesus.
ResponderExcluirMas a Igreja sempre foi uma minoria, independentemente se as igrejas visíveis eram minoria ou não. Era minoria na era apostólica, era minoria no período patrístico, era uma minoria ainda mais perseguida no período papal, e continua sendo minoria nos dias de hoje. Não devemos nos escandalizar com igrejas que se desviam desse jeito pois na própria era apostólica havia igrejas como a de Sardes e a de Laodiceia, que Jesus disse que vomitaria de sua boca. Não há razão para pensar que vinte séculos depois a coisa estaria melhor e não pior. Em Israel chegou um momento em que apenas sete mil joelhos não haviam se dobrado perante Baal, e nem por isso Baal era o deus verdadeiro, ou Deus abandonou seu povo. A porta sempre foi estreita e sempre foram poucos os que passaram por ela; era assim ontem e continua assim hoje, e não há razão para se pensar que deixará de ser assim amanhã.
ExcluirTerrível, Heloísa, aqui é pior do que você imagina.
ExcluirCentenas de congregações, outrora protestantes, hoje são bares e clube noturno.
Do Catolicismo então, nem cheiro você sente mais.
As igrejas evangélicas que ainda existem aqui na Inglaterra - falo das Brasileiras - se transformaram em palco de shows.
Me reúno nos lares. Pregamos a Palavra, e não me arrependo de ter deixado a denominação.
Alon, Lucas, pra mim pior que transformar uma igreja evangélica em um bar, boate ou casa de shows é você vê no berço do cristianismo (Jerusalém ) hoje totalmente dominado por muçulmanos. Vocês concordam?
ExcluirMas Jerusalém hoje está sob o domínio israelense. O que pode-se dizer é sobre aquelas igrejas para as quais Paulo escreveu na Ásia menor, as quais estão todas sob o domínio muçulmano.
ExcluirIntrigante! Como fica a promessa de Cristo que as portas do inferno não prevaleceriam sobre a Igreja?
ExcluirSe tivessem prevalecido não haveriam cristãos verdadeiros no planeta.
Excluir
ResponderExcluirLucas, o que dizer desse tal "desenvolvimento da doutrina" de que os apologetas católicos tanto falam?
É apenas um pretexto engenhoso e falso para justificar o surgimento de doutrinas e dogmas totalmente inexistentes no período da Igreja primitiva e da Igreja antiga, mas que não obstante a Igreja Romana exija que se creia neles para ser considerado católico (e, portanto, para ser salvo, já que "fora da ICAR não há salvação"). Seria mais honesto se eles simplesmente admitissem que inventaram falsas doutrinas criadas muitos séculos depois da era apostólica, mas eles não podem ser tão honestos assim, então uns tentam fazer malabarismo para enfiar essas heresias dentro da Bíblia ou distorcer textos patrísticos nessa finalidade, e outros menos desonestos reconhecem que essas doutrinas não eram ensinadas mas não admite o termo "invenção" ou "criação", mas sim "desenvolvimento" (usam como analogia a trindade que não existia no AT mas no NT sim, e então seduzem os mais ingênuos a acreditar que os apóstolos não tinham o conhecimento de toda a doutrina integral, mas apenas de uma "semente" que foi "se desenvolvendo" com o tempo até se tornar o que é a ICAR de hoje, que supostamente seria o certo).
ExcluirLucas, você já viu o Inri Cristo pessoalmente? Ele é daí de Curitiba, não é?
ResponderExcluirSalvo engano ele é de Curitiba sim, mas eu nunca tive a honra de vê-lo pessoalmente (lástima que moro em São José dos Pinhais, na região metropolitana...).
ExcluirNão perdeu nada com isso amigo.
Excluir"mas eu nunca tive a honra de vê-lo pessoalmente"
ExcluirVocê queria conhecer ele pessoalmente ou você tá brincando?
Bom, as duas coisas, na verdade. Nem ele próprio se leva a sério, mas seria divertido vê-lo pessoalmente, pela mesma razão que seria legal ver algum ator ou comediante de tv, ou qualquer figura pública "folclórica".
ExcluirÉ engraçado as "brigas" dele com o padre Quevedo rsrsrs
ExcluirNa verdade eu estou até hoje tentando entender o que o padre Quevedo foi fazer naquele "debate"...
ExcluirLucas por que os católicos faz uma distinção de bíblia e palavra de Deus?Por que para os líderes católicos bíblia é simplesmente um livro que contém os ensinamentos de Cristo...por ser a palavra o verbo encarnado e não um livro com zíper.
ResponderExcluirIsso já foi esclarecido no meu artigo sobre o tema:
Excluirhttp://heresiascatolicas.blogspot.com.br/2017/11/a-mais-nova-moda-da-apologeticacatolica.html
Católicos e marxistas http://outraspalavras.net/maurolopes/2017/11/22/avanca-dialogo-entre-o-vaticano-e-marxistas-na-europa/#more-2533
ResponderExcluirAinda bem que a ICAR é o "bastião do conservadorismo", já pensou se não fosse?
ExcluirLucas, vc acha que no Brasil há mais arminianos ou calvinistas?
ResponderExcluirÉ só curiosidade msm
Mais arminianos, porque a maioria é pentecostal e no pentecostalismo prevalece o arminianismo. Mas como entre os pentecostais a maioria está bem pouco preocupada com teologia, são arminianos sem nem terem ouvido esse nome alguma vez.
ExcluirFalando em pentecostalismo, Lucas: (1) qual é a opinião geral nesse círculo evangélico sobre os neopentecostais (e qual a sua)? (2) Você diria que o neopentecostalismo está em crescimento na América Latina? (3) Se você considera as igrejas neopentecostais ruins, qual você considera o melhor jeito de combatê-las?
Excluir(1) qual é a opinião geral nesse círculo evangélico sobre os neopentecostais (e qual a sua)?
ExcluirBom, te dando uma opinião pentecostal pra contribuir...às vezes dá até vergonha falar que é pentecostal e a pessoa te associar com os neopentecostais.
(1) Eu não sou ninguém para falar em nome de todos os pentecostais, mas pessoalmente sou averso ao neopentecostalismo, especialmente na medida em que ensina teologia da prosperidade e foca numa pregação materialista e antropocêntrica que não pode ser compactuada com o Novo Testamento; (2) está crescendo sim, especialmente entre as classes mais pobres (o que na América Latina tem de montão); (3) o melhor e talvez o único jeito de combater os erros nesse meio ou em qualquer outro é incentivando o povo a ler a Palavra de Deus, em vez de confiar cegamente nas interpretações e ensinos de um pastor ou denominação. Quanto mais instruído biblicamente o povo for, menos enganos existirão.
ExcluirLucas Lei em Paulo é lei cerimonial , civil ou moral ou isso tudo junto ? E porque ?
ResponderExcluirÉ a mesma lei em diferentes aspectos, mas quando Paulo fala da lei ele está falando da lei como um todo.
ExcluirLucas nesse video de 5 minutos o Felipe aquino usa pais da igreja como tertuliano para provar orações aos mortos e purgatorio.. vc poderia comentar sobre essas passagens que ele cita desses pais:
ResponderExcluirhttps://www.facebook.com/escoladafe/videos/1547953688626883/
Isso aí já está tudo refutado nos artigos do Bruno sobre os respectivos temas:
Excluirhttp://respostascristas.blogspot.com.br/2016/02/os-pais-da-igreja-e-o-purgatorio-inacio.html
http://respostascristas.blogspot.com.br/2016/02/os-pais-da-igreja-e-o-purgatorio-parte-2.html
http://respostascristas.blogspot.com.br/2016/02/os-pais-da-igreja-e-o-purgatorio-parte-3.html
http://respostascristas.blogspot.com.br/2017/10/origenes-contra-oracao-aos-santos-e.html
http://respostascristas.blogspot.com.br/2017/10/a-oracao-aos-santos-no-periodo-pos.html
http://respostascristas.blogspot.com.br/2017/10/a-oracao-aos-santos-no-periodo-pos_19.html
Irmão, quais são os melhores livros de história da igreja, na sua opinião? Você poderia me indicar alguns?
ResponderExcluirVeja esses:
ExcluirMELO, Saulo de. História da igreja e evangelismo brasileiro. Maringá: Orvalho, 2011.
FLUCK, Marlon Ronald. História e Teologia da Reforma. Curitiba: Editora Escritores Associados, 2011.
CURTIS, A. Kenneth. Os 100 acontecimentos mais importantes da história do Cristianismo: do incêndio de Roma ao crescimento da igreja na China. São Paulo: Editora Vida, 2003.
JOHNSON, Paul. História do Cristianismo. Rio de Janeiro: Imago Ed., 2001.
LINDSAY, T. M. A Reforma. Lisboa: Typ. a vapor de Eduardo Ros, 1912.
BAKER, Robert A. Compendio de la historia cristiana. El Paso: Casa Bautista de Publicaciones, 1974.
CAIRNS, Earle Edwin. O Cristianismo através dos séculos: uma história da igreja cristã. 3ª ed. São Paulo: Vida Nova, 2008.
WALKER, Williston. História da Igreja Cristã: Volume II. São Paulo: Associação de Seminários Teológicos Evangélicos, 1967.
OLIVEIRA, Zaqueu Moreira de. História do Cristianismo em Esboço. Recife: STBNB Edições, 1998.
NICHOLS, Robert Hastings. História da Igreja Cristã. São Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 1960.
LINDBERG, Carter. Reformas na Europa. São Leopoldo: Sinodal, 2001.
Muito obrigado.
ExcluirQuais livros você recomenda para quem que é iniciante em apologetica ? ( Apologetica Contra o ateismo e catolicismo )
ResponderExcluirSobre ateísmo leia primeiro o "Não tenho fé suficiente para ser ateu" (Norman Geisler e Frank Turek) e depois os meus livros "As Provas da Existência de Deus" e "Deus é um Delírio?" (nessa ordem). Sobre catolicismo há muito pouco material de qualidade desenvolvido em formato de livros, os conteúdos de mais qualidade estão disponíveis em blogs como o do Bruno Lima, do Hugo, do Elisson e o meu, mas como você falou especificamente de livros eu recomendo o meu "Em Defesa da Sola Scriptura" e "A História não contada de Pedro". O "A Lenda da Imortalidade da Alma" seria bastante útil se você quisesse se aprofundar nessa área e os livros sobre as Cruzadas (já publicado), sobre a Inquisição e sobre a Reforma (ainda não publicados) seriam bastante importantes se você tem interesse em estudar temas de cunho histórico.
ExcluirO ' Em guarda" Do Criag também é bom ?
ExcluirEsse é bom também, mas é mais filosófico, o do Geisler e os meus são melhores para quem é iniciante (que foi o tema da pergunta).
ExcluirLucas é verdade que se não fosse a ajudar dos príncipes que adotaram o Protestantismo a REFORMA não teria sobrevivido?Digo isto por que as acusações dos romanos é que a reforma foi muito mais por questões políticas do que teológica por se tratar que todos os imperadores só estavam preocupados só pela questão política e não religiosa.Isso de fato procede?
ResponderExcluirSão duas coisas distintas aqui. Primeiro, se o apoio dos príncipes foi crucial - sim, com certeza o foi, na Alemanha. E segundo, se esses príncipes "só estavam preocupados com a questão política" e "usavam" a religião protestante para este fim, isso eu discordo. Eles teriam muito mais razões para se manter católicos, o que garantiria as suas vidas e de suas famílias e de seus povoados. Estude sobre a Dieta de Augsburgo de 1530 por exemplo, ou sobre a Liga de Smlakalda e suas guerras com o imperador Carlos V. De fato, os príncipes protestantes demonstraram coragem e destemor sem igual diante da morte, não se deixando levar nem mesmo em frente a um perigo inigualável, e de modo algum o mero desejo de confiscar as terras da Igreja justificaria tudo o que eles colocaram a perder. A única razão pela qual permaneceram firmes foi porque realmente consideravam a Reforma uma causa verdadeira e justa.
ExcluirLucas a semana passada tive um embate na faculdade com um grupo de 9 católicos,que estavam ridicularizando,difamando o protestantismo chamando de fascista,imoral,liberal,marxista,secularista dizendo que o catolicismo era a fonte do conservadorismo ocidental é lamentável Lucas,mas essa onda de fanático católico tá tomando uma proporção cada vez maior que ao meu ver,eles querem a qualquer custo a volta do estado monárquico totalmente católico...eu sozinho contra esses militantes raivosos,mesmo assim não me intimidei, fugi,não me acovardei, confrontei dizendo engraçado vocês falarem que o protestantismo é o precursor do espírito revolucionário,quando um dos maiores teóricos do conservadorismo era um PROTESTANTE chamado EDMUND BURKE,ironia,ou todo católico deve ser conservador?é uma grande falácia em afirmar que o catolicismo é a expressão máxima, fiel da doutrina ética e moral apostólica...o própio Edmund Burke no seu livro "Reflexões Sobre a Revolução Francesa" sobre o protestantismo pag109-110 ele diz que se o nosso estabelecimento eclesiástico necessitasse ser revisto,não procederíamos pela ganância ou pela avareza,pública ou privada,para fazer o balanço, o recebimento ou a aplicação de seus rendimentos consagrados.sem condenar violentamente seja a crença grega,seja a armênia,ou seja ainda,uma vez que amainaram,e crença romana,preferimos a crença PROTESTANTE,não por pensarmos que ela contenha menos da religião cristã,mas por que o nosso juízo,possui mais.SOMOS PROTESTANTES não por indiferença,mas por zelo.Lucas eu até me exaltei com esses loucos chamei de vigaristas,falsos,mentirosos,canalhas mil vezes,fanáticos e acham se não estiver um estado com os ideais romanos não presta,é tudo do demônio,desgraça tudo isso fruto de uma mentalidade e sentimento totalmente medieval que nunca deixaram de lado e luta pela volta é lamentável,mas essa que é grande verdade que tem que ser combatido com toda força para que não venha essa desgraça em pleno século 21.Ainda falei que tudo isso é por que o maior país católico do mundo tá se tornando cada vez mais Protestante e isso é fato que vocês romanos não pode ser impedir,até tentam mas não consegue e nunca conseguirão por que a história protestante nos mostra que o romanismo nunca conseguiram neutralizar o Protestantismo...só não conseguir falar mais nada por que a direção teve que interferir para não causar um conflito ainda maior,já que os ânimos estavam bastante exaltados.Mas é isso Lucas precisamos estar atento mais do que nunca por que pra essa militância romana não podemos nos calar você não acha?Abraço e fica com Deus !
ResponderExcluirCara eu acho que Burke é catolico , mas ironicamente todos os seus amigos e aliados no parlamento inglês eram protestantes , A Inglaterra protestante foI o país do conservadorismo bom ( defensor de livre mercado)
ExcluirAmigo eu já fui várias vezes mal interpretado por ser partidário da tese que entre os cristãos DEVE existir mútuo respeito. Como vamos cumprir o IMPERATIVO de Cristo de sermos o sal da terra e a luz do mundo nos agredido mutuamente? Qual a imagem estamos passando para os não cristãos? De grupos rivais degladiando-se uns contra os outros? Que religião é essa que se faz necessário a fogueira, a espada, a divisão, a inimizade para poder se estabelecer? Que evangelho é esse que gera mais rivalidade que fraternidade?Quando será que iremos entender que Deus não é Deus de confusão? Quando será que iremos entender ser possível ter unidade da ortopraxia (vivência cristã ) mesmo existindo diversidade na ortodoxia (catecismo) ? ...Que Deus ilumine o nosso entendimento afim de possamos produzir os frutos do Espírito.
ExcluirConcordo que deve haver unidade, mas unidade ENTRE CRISTÃOS. Jesus nunca disse que "sejam um com o mundo", "compactuem com os erros" ou "aceitem as falsas doutrinas, a imoralidade e etc". Ao contrário, o imperativo de "sejam um" se aplica a cristãos dentro do círculo cristão. O problema é que o catolicismo romano NÃO É CRISTÃO, a não ser em um sentido nominal apenas, da mesma forma que os espíritas se consideram "cristãos" também, mas nem por isso os consideramos assim. Infelizmente o catolicismo romano consiste em uma instituição pagã, idólatra, imoral e a fonte de todas as maiores perversões da fé e da moral cristã. É literalmente a "mãe de todas as abominações da terra" (Ap 17:5), e tem em suas mãos o sangue dos mártires (Ap 17:6). Uma instituição que já assassinou milhões de pessoas cercando a liberdade de todas elas e impondo uma falsa doutrina por muito tempo, e que continua levando milhões ao inferno até hoje. Já não é mais possível encontrar quase nada de Cristianismo original ou autêntico neste meio.
ExcluirEntão, isso obviamente não se aplica a eles. Temos que tolerar os indivíduos sim e respeitar os leigos que ali estão sendo enganados e que estão na cegueira espiritual (ninguém aqui está pregando uma Inquisição reversa contra católicos), MAS JAMAIS COMPACTUAR COM OS ERROS, e sim tirar a máscara de quem os dissemina e expor a verdade justamente na finalidade de salvar as almas. Pense no caso de um cego que está caminhando na direção de um abismo: seria imoral de nossa parte se não fizéssemos nada e deixássemos que o cego continuasse em seu caminho até morrer. Agora piore a situação imaginando que neste cenário há pessoas imorais e perversas que guiam muitos cegos na direção do abismo - seria ainda mais imoral se não mostrássemos a verdade a eles e desmascarássemos esses impostores que estão levando as pessoas à perdição.
Esse discursinho de "paz e amor" é muito válido para quem quer se omitir da função de ganhar almas que era praticada por Jesus e por todos os apóstolos, de quem quer a glória dos homens antes que a de Deus, de quem quer agradar a gregos e troianos e não buscar a antipatia de ninguém, mas isso não é um verdadeiro amor ao próximo, pois quem ama de verdade deseja que sejam salvos para herdarem uma vida eterna em vez de uma morte eterna. Veja o exemplo de Cristo, como desmascarava os impostores de sua própria religião (o Judaísmo), e ganhou a antipatia e o ódio de tanta gente a ponto de ser crucificado. Então respeito a sua opinião, mas não a entendo como sendo correta a não ser que se considere o catolicismo romano um tipo autêntico de Cristianismo, o que discordo veementemente.
Chega a ser engraçado dizer que o catolicismo é o baluarte do conservadorismo. Eu cresci numa família evangélica e sempre tive uma visão de que na Igreja Romana "podia de tudo", que só os padres e freiras eram praticantes e que podia pecar e depois era só se confessar. E essa visão não foi minha família que passou não, era simplesmente diferente o modo de vida na minha casa e na dos meus amigos evangélicos, e o modo de vida dos amigos católicos. Claro que tem um ou outro mais devoto, mas mesmo nesses casos, em que se reza mais e se paga mais promessas, era um conservadorismo "diferente".
ExcluirNa minha casa - e na dos meus amigos evangélicos- não podia beber, nem fumar,nem dançar, nem falar palavrão, muito menos sair com roupa curta (muito menos se fosse para o cinema)- , seria absurdo sair por aí de regata . É claro que muita coisa hoje mudou, cometia-se alguns excessos, como não escutar "música mundana" ...os meus irmãos pegaram uma época em que as mães evangélicas mais "linha dura" simplesmente resolveram boicotar os jogos de bichinhos virtuais - e a maioria dos produtos de pernagens infantis -. Deixar um canal de TV ligado nesses programas de domingo, em que mulheres dançam com um "pouco menos" de roupa, seria IMPENSÁVEL. Álias, muitas famílias NEM TINHAM uma televisão, E SIM, por motivo religioso mesmo. Muito disso é exagero, hj compreendemos. Mais ainda conheço - não poucas - famílias que vivem num estilo semelhante.
Talvez eu esteja errada, mas como era - e é - uma família pentescostal, e os meus amigos que viviam nesse estilo também são de famílias pentecostais, acho que era bem típico da criação pentecostal, não sei se as famílias de outros protestantes tbm tinham esse estilo de vida. Realmente não estudávamos teologia, pelo menos não de modo sistemático, mas é inegável que existia uma imensa preocupação de fazer o melhor pra Deus, ainda que em muita coisa hj a gente tenha outra opinião. Embora muita coisa tenha mudado, pelo menos na minha região continua sendo inaceitável e vergonhoso para um evangélico ser a favor de aborto, casamento homossexual, ou sair por aí mostrando o corpo. Mas "música do mundo" a gente já escuta : )
Adendo: contanto que não seja funk ;p
Excluir: )
ExcluirNem se eu fosse ateia.
ExcluirAmigo, entendo que que uma militância anti católica JAMAIS irá admitir que católicos são cristãos, irmãos ou até amigos porque tal atitude seria um tiro no pé. Igualmente, católicos JAMAIS irão dar razão ao protestantismo. O orgulho de ambos não permite. Tudo em nome do deus "verdade". Será utopia não esperar/desejar nem civilidade de pretensos religiosos (já que um não aceita que o outro seja cristão)?
ExcluirEu sou tão "orgulhoso" em querer a salvação de católicos e dizer a verdade a eles quanto Jesus era com os fariseus, Paulo com os judeus e os "falsos apóstolos", Pedro com Simão Mago e os falsos profetas, Judas com os libertinos e João com os que negavam a encarnação de Cristo, aos quais ele chama de "anticristos" (talvez você não ache João muito "civilizado", não é mesmo?). Certo é que no dia do juízo Deus irá pedir a conta de cada alma que pessoas como você deixaram de salvar por querer um Cristianismo vazio e "civilizado" sem confrontação do erro e exposição da verdade. Fique com a sua "civilidade" que significa achar que todo mundo tá certo e que não existe verdade, que eu fico com o evangelho da cruz.
Excluir"Amados, embora estivesse muito ansioso por lhes escrever acerca da salvação que compartilhamos, senti que era necessário escrever-lhes insistindo que batalhassem pela fé uma vez por todas confiada aos santos" (Judas 1:3)
Já que os anjos no céu estão dizendo amém pro seu entendimento em detrimento aos demais dou por encerada a questão. E que Deus tenha misericórdia de mim hoje e no dia do juízo. Obrigado.
ExcluirAgora já começou com o escárnio e a ironia, bem típico mesmo, não tem como discutir como gente adulta à luz da Bíblia e por isso vem com sarcasmo pra cima de mim. E o pior é que nem o seu próprio sarcasmo tem fundamento, pois eu poderia “encerrar a questão” da mesma forma dizendo que “os anjos no céu estão dizendo amém pro seu entendimento em detrimento aos demais”. Eu não posso pensar que estou com a verdade na minha forma de pensar porque isso é ser “orgulhoso”, mas você pensa que está com a verdade na SUA forma de pensar e nem por isso se acha orgulhoso. Mesmo que sua visão seja apenas que a verdade é relativa ou que não existe, isso JÁ é a SUA verdade. Logo, não tem moral nenhuma para tentar rechaçar a opinião dos outros apenas porque esses outros pensam ter uma verdade diferente da sua. Se nós somos “intolerantes” por crermos ter a verdade em detrimento dos católicos, você é tão intolerante quanto por crer ter a verdade em detrimento dos católicos e protestantes que pensam diferente de você. E é claro: faz de Jesus e dos apóstolos tão “intolerantes” e “orgulhosos” quanto eu, os católicos e os protestantes que pensam ter a verdade, pois nenhum deles relativizou a verdade – e agora decidiu incluir os “anjos do céu” também...
ExcluirVale ressaltar DE NOVO para evitar os espantalhos: ninguém aqui está pregando uma Inquisição reversa contra católicos, ninguém aqui está incentivando que se ofenda católicos, ninguém aqui está forçando qualquer pessoa a mudar de crença e ninguém aqui está sendo contra o diálogo (parece que não fui eu quem começou com os sarcasmos e desrespeito aqui, além de “encerrar” a questão unilateralmente). Estou sendo atacado única e exclusivamente por dizer que católicos devem ser evangelizados com a pregação da verdade, o que é um “terrível erro” já que eles também pensam estar com a verdade e por isso se conclui que ninguém está. Pela mesma lógica, os apóstolos não deveriam tentar converter os judeus e o mundo pagão, já que ambos também pensavam estar com a verdade...
Pensando bem, que Deus tenha misericórdia mesmo.
Sou contra um cristão escutar música secular,não por causa do ritmo,mas por causa das letras.
ExcluirEste artigo do Zágari reflete a minha opinião sobre o tema:
Excluirhttps://apenas1.wordpress.com/2011/09/26/cristao-deve-ouvir-musica-do-mundo/
Eu estava lendo um texto sobre tatuagem e você analisa a passagem de Levítico 19:28. Porém vc diz q acredita não ser pecado fazer tatuagem pq as marcas que a passagem se refere são marcas contra os mortos. Contudo, nesse versículo existe um símbolo -> ;
ResponderExcluirE após esse símbolo está escrito: nem façais marca alguma sobre vossos corpos. Ou seja ele se refere às marcas contra os mortos + mas marcas que as pessoas façam em seus corpos. Será q no último caso a tatuagem não poderia ser encaixada?
As vezes me questiono se é realmente certo fazer tatuagens pois em alguns casos as pessoas passam dos limites:
https://www.google.com.br/search?dcr=0&biw=360&bih=289&tbm=isch&sa=1&ei=7CscWqavMcSEwgTO4buYBA&q=festival+de+tatuagem&oq=festival+de+tatuagem&gs_l=mobile-gws-img.3..0l2j0i24k1l3.54957.60518.0.60819.29.18.3.3.3.0.426.4486.0j3j14j0j1.18.0....0...1c.1j4.64.mobile-gws-img..5.24.4856.1..41j0i10i19k1j0i19k1j0i30i19k1j0i13k1j0i67k1j0i30k1j0i8i30k1.0.J5bCvgcZukM#imgdii=B_SUUmroP67H4M:&imgrc=t0fENzdRQKIFgM:
Nunca fiz uma tatuagem pois dúvida se isso é certo e Deus fala que tudo o que é feito desprovido de fé é pecado.
Mas essas "marcas no corpo" não eram tatuagens, nem existia tatuagem na época do mesmo tipo que se faz hoje, isso que o texto chama de "marcas" não eram desenhos e pinturas feitos por pigmentos com agulhas, mas sim marcas mesmo de pessoas que se flagelavam cortando seus corpos com objetos pontudos a ponto de sangrar e causar cicatrizes (como os profetas de Baal faziam frente a Elias). É óbvio que esse não é o propósito de Deus para o corpo do ser humano que é templo do Espírito Santo, mas não vejo como isso se assemelha a uma tatuagem moderna discreta, por exemplo. Mas concordo que se alguém tem dúvida é melhor não fazer mesmo, tanto por essa questão da fé quanto pelo fato de a tatuagem sem algo sem volta, ou seja, a pessoa pode se arrepender daqui alguns anos mas já não terá como reverter o dano causado.
ExcluirEu não sou o anônimo que fez a pergunta, mas vou deixar meu parecer...eu não acho que uma pessoa vai ser condenada ao inferno por ter feito uma tatuagem, mas acho que se for por mera vaidade, é uma vaidade completamente desnecessária.
ExcluirEu não tenho tatuagem porque sou negro e a cor da pele não ajuda mas na minha opinião tatuagem não leva ninguém pro inferno.
ExcluirLucas o anônimo falou que Edmund Burke era católico?por que pelo que eu li seu pai era protestante e sua mãe católica e que Burke foi contra a perseguição dos católicos contra os protestantes na Irlanda,ou seja, pensei que ele era protestante.o que tem de verdade?por que tem católicos falando que ele era católico e muitos protestantes falam que ele tinha simpatia pelo protestantismo.Quem é que tá com a verdade com relação a Burke são os católicos ou os evangélicos?Abração querido!
ExcluirEle "defendia vigorosamente a Igreja da Inglaterra", ou seja, a Igreja Anglicana (protestante). Veja aqui:
Excluirhttps://en.wikipedia.org/wiki/Religious_thought_of_Edmund_Burke
É pecado fazer a oração de "Ave Maria"?
ResponderExcluirSe for pecado, como falar de uma forma menos ofensiva pra um católico
que não é adequado fazer essa oração?
É pecado porque dirige as orações a uma criatura em vez do Criador, porque atribui a uma criatura ser mãe do Criador, e porque pede a oração de gente morta não apenas agora, mas também depois da morte (o que além de ser antibíblico, é uma heresia das mais grotescas). Talvez não seja bom chamar um católico de "pecador" por causa dessa reza, é mais útil mostrar a inutilidade dessa reza quando se pode pedir direto ao Criador dos céus e da terra.
ExcluirLucas, você fala em línguas, ou tem algum outro dom espiritual?
ResponderExcluirNão falo em línguas e sobre os outros dons prefiro não entrar no âmbito porque é muito subjetivo.
ExcluirMas então tu tens?
ExcluirQue relevância isso tem?
ExcluirSó quis saber...
ExcluirLucas, qual a diferença entre consubstanciação e transubstanciação?
ResponderExcluirTransubstanciação é a crença de que o pão deixa de ser substancialmente pão e literalmente se torna o corpo de Cristo. Consubstanciação é a crença de que Cristo está literalmente no pão, mas que o pão não deixa de ser pão.
ExcluirAcho bem confuso...O catecismo não diz que o pão se torna não só o corpo, como a alma e a divindade? Já que os leigos não podem tomar o vinho, suponho que a crença seja que o pão TBM se torna o sangue.
ExcluirEu li "do cativeiro babilônico da Igreja" e me lembro de uma parte em que Lutero explicava sobre isso, pelo que me lembro, da mesma forma em que ele cria que a humanidade de Cristo e sua divindade estavam unidas e impossíveis de ser separadas, também as substÂncias de Cristo estavam completamente unidas às substÂncias do pão, se misturando de forma impossível de serem separadas. Seria msm isso?
Esse era o entendimento de Lutero, mas não dos outros reformadores, que criam numa concepção espiritual ou simbólica da Ceia, que é como os protestantes em esmagadora maioria (incluindo eu) creem hoje, e que é o mais defensável biblicamente.
ExcluirLucas o defensor da Monarquia,o Dom Bertrand disse no programa PINGOS nos IS na JOVEM PAN onde ele fala que a "República foi um fracasso" no Brasil.Qual a sua visão sobre este assunto?
ResponderExcluirFracasso é ver gente insana defendendo a volta da monarquia em pleno 2017. A culpa pelo Brasil ser tão atrasado é devido em grande parte ao atraso do período monárquico, que representou uma estagnação de quase um século. Foi a república que tirou o Brasil de uma imobilidade econômica e o elevou a patamares maiores. Isso não sou eu quem digo, são os dados econômicos que falam por si só:
Excluirhttp://heresiascatolicas.blogspot.com.br/2017/04/o-brasil-era-mais-rico-e-desenvolvido.html
Lucas, você tem o livro "imortalidade ou ressurreição", do Samuele Bacchiocchi em PDF?
ResponderExcluirO livro completo não tenho, mas tenho uma síntese do livro (com muitas partes do mesmo) que me foi enviado em 2010 pelo tradutor do livro aqui no Brasil, o prof. Azenilto Brito. Se quiser me contacte pelo facebook que eu envio em anexo. E dois capítulos importantes sobre os significados de alma e espírito você encontra completo aqui:
Excluirhttp://www.verdadeonline.net/textos/cap2-ivimortal.htm
http://www.verdadeonline.net/textos/cap3-ivimortal.htm
Já falei com você lá no face.
ExcluirJá enviei (y)
ExcluirRecebi. Valeu novamente. Muito obrigado.
ExcluirLucas quais são as aplicações na vida prática da doutrina da mortalidade da alma ?. Obs : Não estou desprezando teologia de jeito NENHUM , só estou curioso mesmo ?
ResponderExcluirLeia o tópico 23 deste artigo, que aborda uma questão prática. O tópico 24 também é muito importante, embora pareça tratar apenas de consequências teológicas, mas essas consequências teológicas por sua vez também tem consequências práticas (na verdade, muitas das doutrinas verdadeiras ou heresias infiltradas na Igreja tem consequências práticas até em questão de salvação, sobre isso eu escrevo no artigo abaixo):
Excluirhttp://heresiascatolicas.blogspot.com.br/2016/08/qual-importancia-da-teologia-e-da.html
Se eu fosse desenvolver algo mais aprofundado sobre isso, teria que escrever um artigo só disso, porque são muitas coisas. Se for analisar a história cristã, a influência dualista no Cristianismo gerou absurdos como a autoflagelação, o desprezo para com o corpo e a consequente aceitação de práticas que o corrompem (ex: fumo, bebidas alcoólicas, etc) e um combate feroz a qualquer coisa que fizesse bem ao corpo (por isso chegavam até a proibir a prática de tomar banho, ou restringi-la bastante). Essas foram algumas consequências factíveis do dualismo na Igreja medieval e pós-medieval, que não podem ser negados historicamente.
Lucas os católicos falam que na época da monarquia era bem melhor pela simples razão que a corrupção era muito menor,latrocínios,homicídios,adultério e quem fosse pego praticando tais atos era punido pela pena de morte,isso de fato procede?
Excluir"a corrupção era muito menor"
ExcluirE quem media a corrupção antes? É muita infantilidade pensar que antes não havia corrupção. Corrupção sempre houve e antes era muito mais fácil de se passar ileso, a diferença de antes para hoje é que hoje os corruptos são muito mais expostos e punidos do que antes, quando se podia roubar à vontade sem ninguém suspeitar de nada e ninguém investigar coisa nenhuma.
"latrocínios,homicídios..."
É óbvio que ia ser menor, na época da monarquia não havia nem 10 milhões de habitantes no Brasil, as cidades eram muito menores e a maior parte vivia no campo, e tampouco haviam fuzis ou metralhadoras para os bandidos combaterem os policiais como há hoje. Isso não tem absolutamente nada a ver com a monarquia em si.
"adultério e quem fosse pego praticando tais atos era punido pela pena de morte"
E você acha que tem que se punir o adultério com a MORTE???
Lucas, meu professor de história (e que é pastor na IECLB) recentemente afirmou que Jesus era comunista. O que você acha disso? Alguma refutação bíblica?
ResponderExcluirIsso é uma baboseira total. Escrevi brevemente sobre o assunto aqui:
Excluirhttp://ateismorefutado.blogspot.com.br/2015/04/socialismo-e-cristianismo-sao.html
Lucas, como vc interpreta este versículo?
ResponderExcluir"Mas chegastes ao ao monte Sião, e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial, e aos muitos milhares de anjos"
Hebreus,12:22
Moisés foi vivificado e subiu aos céus?
Não entendi o que esse texto de Hebreus tem a ver com imortalidade da alma. Onde aí ele fala de as almas serem imortais ou de haverem almas humanas no Céu? O texto só fala do monte Sião, da Jerusalém celestial e dos "muitos milhares de anjos" (sem mencionar "santos" ou "almas de salvos"). Que os mortos em Cristo NÃO estão já neste presente momento nessa Jerusalém celestial isso é facilmente provado no próprio contexto do livro de Hebreus, que diz que os patriarcas NÃO foram aperfeiçoados ainda e nem receberam o que havia sido prometido, mas aguardam para receber junto conosco (os vivos):
Excluir"Todos estes receberam bom testemunho por meio da fé; no entanto, nenhum deles recebeu o que havia sido prometido.Deus havia planejado algo melhor para nós, para que conosco fossem eles aperfeiçoados" (Hebreus 11:39-40)
E também que eles "estão buscando uma pátria" e "esperam uma pátria melhor", o que prova de forma contundente que eles não estão nessa pátria ainda:
"Todos estes ainda viveram pela fé, e morreram sem receber o que tinha sido prometido; viram-nas de longe e de longe as saudaram, reconhecendo que eram estrangeiros e peregrinos na terra. Os que assim falam mostram que estão buscando uma pátria. Se estivessem pensando naquela de onde saíram, teriam oportunidade de voltar. Em vez disso, esperavam eles uma pátria melhor, isto é, a pátria celestial. Por essa razão Deus não se envergonha de ser chamado o Deus deles, pois preparou-lhes uma cidade" (Hebreus 11:13-16)
Note que o verso 16 diz que Deus PREPAROU-LHES uma cidade, ou seja, a Jerusalém celestial está "preparada" para eles entrarem, o que significa que eles não estão nela ainda. Por isso em se tratando de exegese bíblica é tão importante estudar um texto dentro de todo o seu contexto maior, e não tirar versos fora de contexto.
Sobre Moisés, eu não creio na tese de que ele tenha subido aos céus. Já escrevi sobre isso nesses dois artigos:
http://desvendandoalenda.blogspot.com.br/2013/08/o-que-moises-fazia-vivo-no-monte-da.html
http://heresiascatolicas.blogspot.com.br/2015/11/moises-no-monte-da-transfiguracao.html
Oi Lucas,
ResponderExcluirNo milênio as pessoas vão morrer?Dá uma olhada em Isaías 65.
Isaías 65 não fala nada de milênio, basta ler o verso 17 que deixa claro que ele está falando do momento em que Deus cria novos céus e nova terra, o que no Apocalipse corresponde ao período eterno pós-milenar (Ap 21:1). O que acontece é que Isaías expõe de forma figurada e tipológica o que João expõe de forma mais literal e completa, por isso em Isaías se usa o simbolismo do "menino que morre com cem anos", que era apenas uma hipérbole para ressaltar a longevidade na nova criação, que João (e muitos outros textos do NT) mostra ser eterna.
ExcluirApenas notificando: este artigo já alcançou o limite de 200 comentários e por isso estou fechando a caixa de comentários daqui. Se alguém quiser comentar algo ou responder a um comentário, faça no artigo mais recente. Grato.
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