Lutero, Calvino e Confissão de Fé protestante refutando a “moderna” apologética católica


Há quinhentos anos, Lutero, Calvino e as confissões de fé protestantes já refutavam os mesmos argumentos bobinhos usados pelos papistas nos dias de hoje, que eles citam em seus sites e blogs como se fosse uma novidade bombástica que “acaba” com o protestantismo. Uma vez que selecionar muitos trechos ou capítulos inteiros seria bastante cansativo ao leitor, eu decidi selecionar um parágrafo de Calvino nas Institutas, um artigo da Confissão de Fé Escocesa elaborada por John Knox e um trecho de uma obra de Lutero bastante citada pelos apologistas católicos fora de contexto. Vamos a eles.

***

1º Calvino destruindo o primado romano com um parágrafo

No trecho abaixo, Calvino expõe ao ridículo a lógica romanista em torno do primado da Sé romana, mostrando o quão cômico e espalhafatoso é. O detalhe interessante é que, passados quinhentos anos, eles não melhoraram o argumento em nada...

“Agora lhes farei outra concessão, a qual jamais obterão dos homens de mente sã – isto é, que a primazia da Igreja foi fixada em Pedro, com vista a permanecer para sempre por sucessão perpétua. Contudo, como convencerão que sua sé foi colocada em Roma, que quem quer que fosse bispo dessa cidade presidiria ao mundo inteiro? Com que direito vinculam a um lugar esta dignidade que foi dada sem menção de lugar? Dizem que Pedro viveu em Roma e aí morreu. Que dizer do próprio Cristo? Porventura não exerceu em Jerusalém o episcopado, enquanto lá viveu, e ao morrer aí não consumou o ofício de seu sacerdócio? O Príncipe dos pastores, o Bispo Supremo, a Cabeça da Igreja não pôde adquirir essa honra para um lugar; Pedro, muito inferior a ele, o adquiriu? Porventura tais sandices não são mais que pueris? Cristo conferiu a Pedro a honra do primado; Pedro sediou-se em Roma; logo, aí estabeleceu a sede do primado. Seguramente, com este arrazoado, os israelitas de outrora deveriam constituir a sede do primado no deserto, onde Moisés, mestre supremo e príncipe dos profetas, exercera seu ministério e morreu [Dt 34.5]”

(Institutas, Livro IV, 6:11)

Vale acrescentar ainda que, de acordo com a tradição antiga, Pedro teria sido bispo de Antioquia antes mesmo de pisar os pés em Roma. Mas, paradoxalmente, os papistas rejeitam por completo o primado dos bispos de Antioquia, sucessores de Pedro por sucessão apostólica, porque implicaria em reconhecer a supremacia da Igreja Ortodoxa, que é "cismática" e "herética"...

***

2º Confissão de Fé Escocesa de 1560

A confissão de fé em questão já refutava os velhos argumentos papistas baseados na falácia do argumentum ad antiquitatem, que, por mais horrível que seja, inacreditavelmente continua sendo o argumento mais usado por eles até hoje. Traça a diferença fundamental entre a igreja visível e a igreja invisível que eu aprofundo melhor neste artigo, e mostra os traços que caracterizam uma igreja visível autêntica:

“As marcas, os sinais e as características pelos quais a noiva imaculada de Cristo se distingue da impura e horrível meretriz – a Igreja dos maldosos – nós afirmamos que não são nem a antiguidade, nem o título usurpado, nem a sucessão linear, nem a multidão de homens que aprovam o erro. Caim existiu primeiro do que Abel e Sete quanto à idade e ao título; Jerusalém tinha precedência sobre todos os outros lugares da terra, onde também os sacerdotes descendiam diretamente de Arão, e maior era o número que seguia os escribas, fariseus e sacerdotes do que aqueles que verdadeiramente criam em Jesus Cristo e aprovavam a sua doutrina. No entanto ninguém de sã juízo, supomos, sustentará que qualquer dos acima nomeados era a Igreja de Deus. As marcas, portanto, da verdadeira igreja de Deus, cremos, confessamos e declaramos ser: primeiro, a verdadeira pregação da Palavra de Deus, na qual Deus se revelou a nós, como declaram os escritos dos profetas e apóstolos; segundo, a correta administração dos sacramentos de Jesus Cristo, os quais devem ser associados à Palavra e à promessa de Deus para selá-las e confirmá-las em nossos corações; e, finalmente, a disciplina eclesiástica corretamente administrada, como prescreve a Palavra de Deus, por meio da qual o vício é reprimido e a virtude é estimulada. Onde quer que essas marcas se encontrem e continuem por algum tempo – ainda que o número de pessoas não exceda a duas ou três – ali, sem dúvida alguma, está a verdadeira Igreja de Cristo, o qual, segundo a sua promessa, está no meio dela. Isto não se refere à Igreja universal de que falamos antes, mas às igrejas particulares, tais como as que havia em Corinto, na Galácia, em Éfeso e noutros lugares onde o ministério foi implantado por Paulo e às quais ele mesmo chamou igrejas de Deus”

(Confissão de Fé Escocesa, 18º Capítulo)

***

3º Lutero, explicando por que a excomunhão do papa não tinha efeito algum

...Bem, o que devemos fazer nessas circunstâncias? Em face de tal excomunhão, é difícil permanecer firme e pregar. Mas se deixarmos isso nos intimidar, e se fizermos o que querem que façamos – retrair ou cessar a nossa pregação, quando sabemos que é a verdade da Palavra de Deus – gostaríamos que o profeta Jeremias estivesse aqui presente. Então a Palavra de Deus acenderia em nós um fogo que derreteria e queimaria nossos corações. Nenhum homem poderia suportar isso, e eu preferiria morrer dez mortes do que carregar minha consciência de tal maneira, pois isso logo me mataria de qualquer maneira.

Mas qual é agora a nossa defesa? E qual é o terreno em que podemos nos firmar contra essa ofensa e continuar a desafiar tais pessoas? Não é mais do que a declaração magistral que Paulo emprega em Rom. 9:7: "Nem todos são filhos de Abraão porque são seus descendentes". Nem todos os que carregam o nome são israelitas; ou, como diz o ditado: "Nem todos os que carregam facas longas são cozinheiros". Assim, nem todos os que reclamam o título de "Igreja" são a Igreja. Muitas vezes, há uma grande diferença entre o nome e a realidade. O nome é geral. Todos são chamados de criaturas de Deus, filhos de Abraão, discípulos e membros de Cristo, mas isso não significa que todos eles sejam o que o nome significa.

Pois o nome "Igreja" inclui muitos imprestáveis e patifes que se recusaram a obedecer a Palavra de Deus e agiram de maneira contrária. No entanto, eles foram chamados de herdeiros e sucessores dos santos patriarcas, sacerdotes e profetas. Com certeza, eles tinham a lei e promessa de Deus, o templo e o sacerdócio. Na verdade, eles deveriam ter sido o povo de Deus, mas eles praticaram a idolatria tão livremente sob a capa do nome "igreja" que Deus foi forçado a dizer: "Este não será mais o meu templo e o sacerdócio. O meu povo não será mais o meu povo. Mas para aqueles que não são os meus povos, será dito: ‘Vocês são filhos do Deus vivo’" (Êxodo 1:10; 2:23).

Assim, também somos obrigados a dizer: "Eu acredito e estou certo de que a Igreja cristã permaneceu mesmo no papado. Por outro lado, eu sei que a maioria dos papistas não são a Igreja cristã, mesmo que dê a todos a impressão de que são”. Hoje, nossos papas, cardeais e bispos não são apóstolos e bispos de Deus; eles são do diabo. E o povo deles não é o povo de Deus; eles são do diabo. E, no entanto, alguns dos papistas são verdadeiros cristãos, mesmo que eles também tenham se desviado, como Cristo anunciou em Mat. 24:24. Mas pela graça de Deus e com Sua ajuda, eles foram preservados de uma maneira maravilhosa.

Portanto, esse orgulho arrogante e prepotente está longe de ter alguma validade: "Nós, o papa, os bispos e todos os que estão sujeitos a nós, somos a Igreja cristã; pois fomos nomeados por Cristo e somos sucessores e herdeiros dos santos apóstolos e pais. Por isso, temos boas razões para excomungar você que nos resiste e acredita ou ensina de outra forma”. Sim, queridos senhores, não nos irritemos com o nome, mas depois disso, deixe-nos ver se você realmente é e está à altura do que você afirma ser. Pois ser chamado por um nome e ser o que esse nome implica são duas coisas diferentes. Eu certamente me chamaria de rei ou de imperador se o nome fosse o suficiente e as pessoas tivessem que estar sujeitas a mim por esse motivo. O provérbio diz que chamamos a muitas pessoas de um homem piedoso e a muitas pessoas de um canalha e cometemos injustiça em ambos os casos.

Pois é costume de todo o mundo usar nomes bonitos e palavras grandiosas e elevadas quando realmente não se encaixam. Se estivesse escrito na testa de todos o que eles são, eles não manteriam esse nome muito elevado. Por isso, eu digo que devemos manter e chamar atenção à distinção feita por Paulo: que nem todos os chamados “povo de Deus” ou a Igreja são realmente o povo de Deus ou a Igreja. A partir disso, podemos obter instrução e força para não nos ofendermos com a sua proibição e condenação, mas para responder: "Felicito-me se eles me excomungarem, pois essa proibição não é nada além de inapropriada, assim como todas as suas atividades são falsas. O próprio Cristo me avisou de antemão e exortou-me a não me preocupar com isso".

"Sim", você pergunta, "mas o que você tem a dizer sobre isso? Afinal, foi a Igreja cristã que o excomungou”. Eu respondo: “Não, ela não fez isso; pois, apesar de se orgulhar do nome, isso não a faz Igreja. O que eu me importo se aqueles que não usam nada além do mero nome me excomungam? Mas se aqueles que realmente são a Igreja de Cristo fossem me excomungar, eu realmente teria que cair a seus pés, implorar misericórdia e fazer obediência implícita".

Agora você pergunta: "Mas como eu sei qual é a verdadeira Igreja e qual não é?". Resposta: "Como eu disse, tudo depende do conhecimento correto da essência da Igreja e da diferenciação adequada entre o nome e a essência da Igreja". O próprio Cristo deu esta identificação distintiva e autorizada nas seguintes palavras: “E eles farão isso porque não conheceram o Pai, nem eu" (João 16:3). Com isso, posso julgar de forma fácil e confiável quem é e quem não é a Igreja. Pois pode-se ver sem dificuldade quem conhece o Pai e Cristo e que não os conhece; na verdade, essas pessoas se identificam. Aqui estou trazendo à corte o papa, seus bispos e todos os que se chamam a Igreja e perguntando: "Você também acredita em Cristo, que você tem o perdão dos pecados e a salvação somente por meio do Seu sangue e que esta fé se conforma à vontade de Deus Pai? Você é batizado? Você recebe o sacramento, e você espera a vida eterna nesta fé?”

"Sim", eles dizem, "nós certamente acreditamos". Mas para ver se eles realmente acreditam nisso, eu pergunto: "Por que, então, você ensina que todos devem agora ser salvos pelas boas obras?”. Agora eles têm a insolência de pregar e escrever que Cristo morreu e expiou apenas pelo pecado original e que devemos inventar maneiras de expiar nossos pecados reais. Assim descobrimos que eles se afastaram da fé e estão levando o povo longe de Cristo para suas próprias obras, dizendo-lhes para entrarem num claustro ou para uma peregrinação a Roma ou a Santiago de Compostela, para levar uma vida austera e ascética, ou para escolher a Virgem Maria ou este ou aquele santo como intercessor, para ser salvo por isso. Assim, eles não fazem de Cristo senão um juiz severo e furioso que deve ser temido como aquele que quer nos lançar no inferno. Eles retratam o Cristo assentado em seu lugar de julgamento em um arco-íris, com sua mãe Maria e João Batista dos dois lados como intercessores contra Sua terrível ira.

Isso equivale a uma completa remoção de Cristo; significa que Ele não apenas não é conhecido, mas simplesmente é mantido completamente fora de vista, enterrado e coberto de terra, para que eu não o veja mais como aquele que nasceu, sofreu, morreu e ressuscitou por mim – como dizem os filhos no Credo –, mas apenas como aquele que quer me julgar de acordo com a minha vida e as minhas obras, quer tenha pago pelo pecado ou não. Se eu o vejo com tal luz, não posso fugir para ele, mas devo fugir dele e procurar refúgio com Maria e outros santos em vez de com Cristo e Sua redenção. Eis quais são as pessoas que querem ser chamadas de Igreja cristã, mas se separam completamente Cristo. Esperam que os obedeçamos e temamos o seu mandato de excomunhão em vez do próprio Cristo.

Portanto, este seja para você o fundamento, a regra e o padrão pelo qual você os condena como não conhecendo nem a Cristo e nem ao Pai e como não sendo nem capaz nem disposto a ouvi-Lo. Pois o papa, é claro, ressente-se fortemente de nossos ataques à sua própria doutrina feita pelo homem; ele não tolerará que alguém pregue a pura doutrina de Cristo. Nós, por outro lado, não permitiremos que ninguém suprima este Cristo e o substitua por nossas obras. Aqui começa a disputa. Eles procedem a nos condenar e excomungar em nome da Igreja. Mas nos opomos a isto e dizemos: "Não é a Igreja de Cristo que está tomando essa ação; é a noiva do diabo e a multidão do anticristo. Pois a verdadeira Igreja, que conhece Cristo, certamente não irá excomungar ninguém por causa da Palavra do Senhor, uma vez que esta própria Igreja prega, crê e escuta com prazer esta Palavra”.

(Sermão sobre o Evangelho de São João, 1537)

*** 

Paz a todos vocês que estão em Cristo.

Por Cristo e por Seu Reino,

-Meus livros:

- Veja uma lista de livros meus clicando aqui.

- Confira minha página no facebook clicando aqui.

- Acesse meu canal no YouTube clicando aqui.


-Não deixe de acessar meus outros blogs:

LucasBanzoli.Com (Um compêndio de todos os artigos já escritos por mim)
Apologia Cristã (Artigos de apologética cristã sobre doutrina e moral)
O Cristianismo em Foco (Artigos devocionais e estudos bíblicos)
Desvendando a Lenda (Refutando a imortalidade da alma)
Ateísmo Refutado (Evidências da existência de Deus e veracidade da Bíblia)
Fim da Fraude (Refutando as mentiras dos apologistas católicos)

Comentários

  1. Olá, Lucas Banzoli. O que você acha sobre "A Confissão de fé de Westminster"?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. É um documento histórico importante da Reforma; eu discordo dela no que se refere ao batismo infantil, a 4 pontos da "TULIP" e a imortalidade da alma, mas concordo no restante.

      Excluir
  2. Como se sente sabendo que estará na série B no próximo ano?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Só quem já está acostumado com a B poderá responder isso com mais propriedade, por exemplo um corinthiano (mãos ao alto) ou, mais ainda, um palmeirense.







      A propósito: Palmeiras não tem mundial.

      Excluir
    2. Se não estou enganado o São Paulo já disputou a segunda divisão. O seleto grupo dos jamais rebaixados incluem apenas o Flamengo, o Santos e o Cruzeiro.

      Excluir
    3. Never. A polêmica que existe é sobre o Campeonato Paulista de 90, que o São Paulo teria sido supostamente "rebaixado", mas ocorre que naquele ano o regulamento não previa rebaixamento, por isso ninguém foi rebaixado (da mesma forma que não houve rebaixamento no Brasileiro de 2000, que o Corinthians teria caído caso houvesse). Por isso o São Paulo conseguiu se sagrar campeão paulista do ano seguinte (91), o que teria sido impossível se tivesse sido rebaixado mesmo no ano anterior. Nem sequer haveria polêmica sobre isso se não fosse por uma matéria fraudulenta da Folha que cometeu o erro tosco de dizer que o SPFC foi "rebaixado" naquele ano (nenhum outro jornal da época disse isso, e a própria Folha se retratou depois, mas o estrago já havia sido feito). Não acha suspeito que durante uns vinte anos ninguém tenha falado desse tal "rebaixamento", mas agora isso tenha voltado do nada? É o que acontece com todo revisionismo...

      Excluir
    4. Sendo assim o São Paulo também está incluído no seleto grupo. Pelo menos enquanto não cai. :(

      Excluir
    5. O Internacional já foi rebaixado alguma vez?

      Excluir
    6. A primeira vez foi ano passado.

      Excluir
  3. Cara, que palavras maravilhosas! São realmente homens diferenciados e usados por Deus!

    ResponderExcluir
  4. Eu ouvi dizer que Martinho Lutero cria no purgatório e defendeu induhências em suas teses.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Ele não apenas cria em purgatório e em indulgências, mas também no papado, no culto aos mortos, na justificação por obras e em todos os dogmas da Igreja Católica... quando era católico. As próprias 95 teses, por exemplo, foram escritas quando ele era ainda um monge católico e o protestantismo nem existia; sua excomunhão só veio quatro anos mais tarde. Com o tempo foi se esclarecendo, rompeu com Roma e denunciou todos esses erros.

      Excluir
    2. Então vc está afirmando que antes de Lutero não havia os evangélicos?Então onde estava a verdadeira igreja de Jesus antes de Lutero? achei que Lutero descobriu a verdade sobre Maria, oração aos morto. Então Lutero morreu idólatra e pode não ter sido salvo.

      Excluir
    3. Eu não sei da onde você tirou essas conclusões. Eu só disse que Lutero era católico antes de conhecer a verdade e que por isso ele cria em todas as doutrinas católicas antes (como monge agostiniano que era). Isso é alguma novidade? Sinceramente não faço ideia de como você saiu concluindo esse monte de coisas aí.

      Excluir
    4. Além de inferir erroneamente que a salvação é pelo conhecimento de algum catecismo perfeito e infalível. A salvação NÃO é pelo conhecimento. Somos salvos por um ato UNILATERAL da parte de Deus. Somos salvos pela sua misericórdia. Foi o diabo que inseriu essa maldita heresia entre os cristãos com intuito de disseminar contendas, rivalidades, orgulho e por fim o inferno.

      Excluir
    5. Mesmo que a ICAR estivesse tão corrompida que não se salvasse ninguém e o protestantismo fosse algo diabólico ainda assim existia (como existe até hoje) a igreja ortodoxa. O cristianismo não se resume a católicos e protestantes.

      Excluir
    6. E ainda existiam os valdenses, os "Irmãos da Vida Comum", a "seita dos doze apóstolos", os beguínos, os begardos, os "Irmãos do Livre Espírito", os taboritas, os hussitas, os lollardos, os morávios e numerosos outros grupos pequenos na Europa católica que se opunham à instituição oficial e ensinavam um Cristianismo mais puro.

      Excluir
    7. O cristianismo não se resume a instituições. Elas são necessárias e acessórias, mas o cristianismo se resume a uma vida pessoal de devoção a Deus, e não pertencer a um grupo.

      Excluir
  5. Respostas
    1. Sim, toda falsa doutrina é uma heresia.

      Excluir
    2. Então muitos grandes teólogos estão condenados.
      Pois se mortalismo é uma crença central e Tiago 2:10 diz oque diz, até eu estou vou pro inferno.

      Excluir
    3. Oxe, quando foi que eu falei em "crença central"? Eu falo em "A" e o povo ouve "B", assim fica difícil. Já concluiu até que eu mandei pro inferno todos os teólogos imortalistas hahahaha

      Aposto que foi o mesmo cara que concluiu lá em cima que "então Lutero morreu idólatra e pode não ter sido salvo" após eu ter dito que Lutero era católico antes de descobrir a verdade...

      Excluir
    4. Eu não sou ele, mas não entendo bem como você define as coisas, heresia é uma doutrina que contradiz uma doutrina central.

      Excluir
    5. Heresia por definição é qualquer doutrina falsa. Não sei de onde tiraram essa de que só é heresia se for uma "doutrina central". Claro que se for uma doutrina central é um caso muito mais perigoso, com risco até de perder a salvação, é o que faz de alguém ser um "herege", mas isso não significa que os outros enganos doutrinários não sejam heresia, a não ser que se redefina o significado do termo, e neste caso eu não teria o que discutir.

      Excluir
    6. E também não significa que alguém que creia em uma heresia, de forma sincera, e que não a tenha entendido assim vai obrigatoriamente para o inferno. Eu entendi o que o Lucas disse e concordo totalmente: heresia é qualquer doutrina que contrarie a verdade bíblica, seja ela central, como o espiritismo, por exemplo, ou secundária, como a teologia da prosperidade. E o simples fato de acreditar nela não leva alguém ao inferno, até porque só Deus irá julgar quem irá ou não para lá.

      Excluir
  6. Desde a infância eu venho frequentando a IELB, e hoje em dia ela é bastante "inclusiva" no que concerne a ICAR, e por lá se você mostrar uma pequena (pequeníssima mesmo) aversão ao Catolicismo já é algo condenado, inclusive houve uma vez em que um dos pastores da minha congregação argumentou que Lutero respeitava muito o papa, a ICAR e a considerava uma legítima igreja de Deus. O que achas, Lucas (eu sinceramente não gosto nada)?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Isso é fruto do ecumenismo moderno da Igreja Romana com as igrejas protestantes históricas, o que eles dizem sobre Lutero é completamente insano, como ele respeitaria alguém que considerava o próprio anticristo? Eu nunca vi alguém atacar tanto o papa quanto Lutero fazia, nem se eu me esforçasse dez vezes mais do que faço hoje conseguiria chegar perto dele. Inclusive a crença de que o papa é o anticristo era expressa até em confissões de fé protestantes históricas, nessa época isso sequer era contestado.

      Excluir
    2. Ainda sobre o tema, ouvi dizer também que Lutero não tinha em mente "criar uma nova igreja' isso aconteceu porque o evento tomou proporções não esperadas. Ele almejava que o catolicismo revesse seus pecados mas o orgulho do clero não permitiu. Você concorda Lucas?

      Excluir
    3. A intenção era reformar a Igreja, ou seja, que a hierarquia da Igreja de Roma voltasse atrás nos seus enganos e revesse seus erros, mas o papa foi obstinado, insistiu em todos os erros e ainda criou outros, então não tinha outra opção, era ou se acomodar em uma igreja corrompida e pervertida, ou sair dessa Babilônia.

      Excluir
    4. Lucas, não tenho dados estatísticos, mas aqui na minha cidade eu estimo que mais da metade do protestantismo histórico (presbiterianos, batistas, adventistas, e até pentecostais) são amistosos com os católicos, promovem eventos ecumênicos. Inclusive tem um pastor batista (Armando Bispo) que nunca escondeu que era amigo do falecido arcebispo Dom Aloísio Lorscheider. Eu, particularmente, não vejo problemas não.

      Excluir
    5. Ser amistoso, tolerante, manter um diálogo, etc, não é problema, o problema é quando ocorre sincretismo religioso, ou seja, quando alguém abre mão de uma doutrina que crê a fim de agradar o outro, o que na prática é negociar o evangelho, insultar a Palavra de Deus e defender coisas que sabe que são falsas apenas para buscar a glória dos homens antes que a de Deus. Não estou dizendo que todos os ditos ecumênicos são assim, mas sei que isso existe. Ser tolerante e pregar o respeito mútuo entre cristãos de diferentes vertentes religiosas, e até mesmo com os não-cristãos, faz parte da própria ética protestante, mas negociar o evangelho jamais.

      Excluir
    6. Lucas, sem querer lhe ofender, nem criar polêmica, eu te pergunto: Às vezes vemos você manter boa cordialidade com o ariano Alon em contraste com alguns desafetos católicos, você tem algum amigo católico romano? Ou você partilha da opinião que é melhor cada um no seu lugar?

      Excluir
    7. O tipo de católico "desafeto" não é o católico comum, que tem todo o meu respeito, mas sim o católico apologista que usa de desonestidade para difamar e caluniar o protestantismo com mentiras e delírios, e, muitas vezes, a minha própria pessoa. Até onde eu sei, o Alon nunca fez isso, ele apenas tem uma doutrina diferente, tal como os católicos comuns que eu já disse que tem o meu respeito., então não há qualquer razão para não ter cordialidade com ele, como teria com qualquer pessoa do planeta de qualquer religião que fosse se for alguém honesto que não viva a difamar a fé evangélica como uma metralhadora de mentiras e injúrias.

      Excluir
    8. Entendi. Mas você não respondeu se tem algum amigo católico.

      Excluir
    9. Sim, eu não fico perguntando a religião das pessoas para fazer amizades com elas, não sou do tipo "qual a sua religião?"; "sou católico"; "então tchau!". Um dos meus melhores amigos é muçulmano e outro é da Universal, não fico de intrigas religiosas para condicionar a amizade a isso.

      Excluir
    10. Ok Lucas. Concordo. Estudando o catolicismo x protestantismo descobri que a diferença resume-se ao catecismo porque eu vi fanáticos dos dois lados, vi inteligência dos dois lados, vi sensatez e insensatez dos dois lados, vi orgulho e humildade dos dois lados, ... independente do percentual de virtudes/pecados de cada lado, sou da opinião que o parâmetro que devemos ter como referência é Cristo. Obrigado amigo. Deus lhe abençoe.

      Excluir
  7. Lucas, me tire uma dúvida: Jesus veio para os seus, mas os seus não o receberam, por isso, a todos que o receberam, Deus lhes deu o poder de se tornarem FILHOS DE DEUS.

    DÚVIDA: Essa passagem está dizendo que, ANTES do nascimento de Jesus, SOMENTE os israelitas podiam ser filhos de Deus, ou seja, para que um gentio pudesse ser filho de Deus, teria que se circuncidar? Isso significa que, ANTES do nascimento de Jesus, a obtenção da Vida Eterna só era possível entre os israelitas ou entre os gentios circuncidados?

    DÚVIDA: Somente após os israelitas – entende-se, a maioria deles – terem rejeitado Jesus é que os gentios, agora sem precisar se circuncidar no prepúcio, podem ter acesso a Vida Eterna?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. O conceito de "filhos de Deus" é complexo. Na antiga aliança os israelitas eram chamados de filhos de Deus, mas isso incluía até os "filhos desobedientes", ou seja, os que estavam em pecado de idolatria e desviados em geral. Isso não significava que fossem salvos, da mesma forma que não significava que todo gentio estivesse necessariamente perdido, embora não fosse alvo do pacto de Deus com Israel. Nínive não passou a adorar Jeová como Deus único, mas foi salva na época de Jonas abandonando os seus pecados. A salvação já existia antes da lei, antes mesmo de haver um "Israel", antes de Moisés, dos Dez Mandamentos, etc, e continuou existindo em todos os povos mesmo depois da lei ser dada a um povo específico (Israel).

      Com o Novo Testamento, o conceito de "filhos de Deus" muda. Agora ser filho de Deus não é um conceito nacional, ou seja, não está mais limitado a Israel, mas a todos aqueles que creem em Jesus. E os ímpios de dentro da igreja não são "filhos de Deus", são apenas "criaturas" dele, como todos os outros. Em outras palavras, aí sim podemos dizer que o termo "filhos de Deus" tornou-se uma expressão "salvífica", no sentido de que quem não é filho de Deus não está salvo, e quem é filho de Deus sim.

      Excluir
  8. Tudo bem que eu mesmo sou meio judaizante, gosto de menorás, selos de Salomão e talz... Mas isso aqui, será que vira tendência?

    https://noticias.gospelprime.com.br/cresce-o-numero-de-igrejas-evangelicas-que-celebram-festas-judaicas/

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Acho totalmente desnecessário esse tipo de coisa na igreja.

      Excluir
    2. Você e meia judaizante Ferreira? Se não me engano você é da Igreja do Mateus Zandona estou certo?

      Excluir
    3. Já virou tendência.

      A maioria desses pastores que estudam escatologia, associam os eventos dos últimos tempos com as festas do Antigo Testamento que segundo eles ainda têm um propósito profético. Associaram, por exemplo, esse tal sinal do 23 de Setembro com o ano novo judaico ou segundo o relato bíblico, festa das trombetas.

      Pregam que em Jesus se cumpriram as festas de Páscoa e Pentecostes e na segunda vinda cumpririam as demais festividades.

      Excluir
    4. Epa, sou meio judaizante.. Que memória! Mas não gosto das sinaigrejas ou igrejogas que estão brotando por aí porque assim como existe a cultura judaica, também existe a tradição cristã, reformada e etc. E essas tradições dão identidade as comunidades de destas igrejas.. Uma igrejinha protestante numa cidadezinha do Texas é totalmente diferente de uma sinagoga em Jerusalém... Sim, deve haver a união entre a Igreja e Israel, mas (aqui entra minha mentalidade conservadora) o Novo Testamento inteiro conta história da busca do povo judeu pela sua identidade nacional... Assim eles são, assim devemos ser. E sim, eu amo a Lei, amo a tradição judaica e tenho amigos rabinos. Mas qual o sentido de um gentio usar, por exemplo, aquelas trancinhas horrorosas ou (pelo amor de Deus!) deixar de comer bacon?


      "Um dia sem bacon é um dia desperdiçado" Chaplin, Charles

      Excluir
    5. Lucas, o que você acha da afirmação que Jesus nunca foi cristão, ele era rabino e obedeceu a lei judaica (de Moisés) com zelo e dedicação.

      Excluir
    6. Vamos por partes. Jesus era cristão? A resposta é não, se levar em conta apenas a época do seu ministério terreno. Ele viveu enquanto a lei ainda vigorava; portanto ele seguia os preceitos judaicos, guardava a lei, era obediente a todos os mandamentos e ordenanças que qualquer judeu estava sujeito, ainda mais um rabi. Por outro lado, ele também inaugurou uma nova era, a da "nova aliança", que passou a vigorar a partir de sua morte e ressurreição, com novos preceitos éticos e doutrinários, que é o que chamamos de "Cristianismo". Portanto, eu diria que Jesus foi pessoalmente um judeu, mas ensinou aos seus discípulos o Cristianismo que entraria em vigor após sua morte, e que foi praticado a partir de então.

      Excluir
  9. Bom dia Lucas! Meus parabéns mais um esclarecimento com elegância.

    ResponderExcluir
  10. E há realmente comprovação de que Pedro viveu em Roma e exerceu aí algum cargo eclesiástico?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Na Bíblia não há nada, como pode ver no artigo abaixo:

      http://apologiacrista.com/a-missao-secreta-de-pedro

      Nos Pais da Igreja mais antigos também não há nada de episcopado, embora alguns coloquem Pedro como mártir em Roma junto com Paulo no final da vida (o que não era coisa incomum, até Inácio de Antioquia foi levado a Roma para lá ser julgado e martirizado no fim da vida):

      http://apologiacrista.com/pedro-nunca-foi-bispo-de-roma

      A crença de que Pedro foi bispo de Roma (depois de ter sido bispo de Antioquia) só veio a se desenvolver no final do século IV para o século V, especialmente através de Jerônimo e Agostinho. Daí veio a lenda dos "25 anos" de Pedro em Roma, que ninguém de mente sã consegue encaixar com os dados bíblicos, e o mito de que os bispos romanos são sucessores de Pedro.

      Excluir
    2. Lucas, eu tenho um Novo Testamento intitulado "Os Livros da Bíblia" na versão NVI, ele possui alguns comentários nos mesmos moldes das versões católicas. Na página 351, uma introdução à 1 Pedro diz "Durante os primeiros anos de sua vida e ministério, no início do ano 60 DC, o apóstolo Pedro era líder da Igreja de Roma." Aí te pergunto: Se não existe nenhum registro histórico, Os editores fundamentaram tal afirmação em lendas católicas?

      Excluir
    3. Eu tenho aqui uma Bíblia de Estudos NVI que não diz nada disso. Como esse se trata de um outro livro com a mesma versão, deve ter cometido esse erro gritante. Talvez seja uma obra ecumênica com colaboração de católicos que apenas se apropria da versão NVI. De todo modo, se você não transcreveu errado o conteúdo, a própria frase não faz sentido nenhum. Diz que "durante os PRIMEIROS ANOS DE SUA VIDA E MINISTÉRIO" Pedro era líder da Igreja de Roma, mas alega que isso só se deu em 60 d.C. Ora, se foi em 60 d.C, então não pode ter sido "nos primeiros anos de sua vida e ministério", mas no final, já que Pedro morreu na década de 60 d.C. E essa data não tem comprovação histórica, muito menos a tal "liderança" dele nessa Igreja.

      Nas cartas que Paulo escreveu de Roma e citou seus colaboradores naquela cidade (e foram quatro), em NENHUMA delas Pedro é mencionado. Paulo faz questão de citar sempre muitos nomes, mas nunca menciona Pedro. Diz até quais eram os seus companheiros entre "os da circuncisão" (onde Pedro deveria estar incluso), mas não cita Pedro. Escreve uma carta aos romanos onde saúda nominalmente 26 pessoas, mas "se esquece" do suposto líder máximo e supremo dos cristãos. Ou Pedro tinha um ministério secreto em Roma, era um agente invisível da KGB que trocou de identidade e tudo para não ser notado por ninguém, ou ele não estava em Roma:

      http://apologiacrista.com/a-missao-secreta-de-pedro

      Excluir
  11. Você poderia falar sobre como era visto a mmulher na Idade Média

    Eu ja vi católicos falarem que elas era bem tratadas e tinham participação na educação e universidade medieval

    Isso é verdade. E a Reforma ajudou combater o machismo ?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Não era tão boa assim. Houve uma evolução em relação ao tratamento oferecido pelos pagãos de antes de Cristo, mas a mulher estava longe de ter na sociedade a voz que tem hoje. A Reforma melhorou algo, mas ainda assim estava distante do padrão atual. Os tempos eram outros. Vou escrever sobre isso no terceiro volume do meu livro sobre a Reforma, que talvez fique pronto no começo do ano que vem.

      Excluir
    2. Lucas, aproveitando o tema mulher, tenho algumas dúvidas sobre o texto Mateus 15.21-28, onde descreve a história da mulher cananéia: O texto parece que Jesus, fugindo as suas características, despreza e humilha a mulher aparentemente por ser estrangeira. Eu te pergunto: Jesus estava experimentando a fé daquela mulher ou ele estava agindo corretamente?

      Excluir
    3. Eu entendo que ele fez isso apenas para testar a fé dela, porque em outros episódios da Bíblia é dito expressamente que isto ocorreu. Mesmo que fosse um "desprezo" não seria um desprezo contra as mulheres, mas sim contra os estrangeiros, o que também não faz sentido algum, já que Jesus curava estrangeiros, elogiou a fé do centurião romano como sendo o sujeito com mais fé do que em todo o Israel, retratou os samaritanos (que eram os mais odiados pelos judeus) como o "bom" na parábola que deve ser amado (em contraste com o fariseu e o levita, judeus estimados por todo o povo), disse que Tiro e Sidom receberiam juízo menor do que Israel, e, é claro, também morreu pelos gentios. Então não teria lógica alguma ele manifestar um "preconceito" contra estrangeiros naquela ocasião, preconceito este que ele não tinha. Ele apenas deu uma oportunidade à mulher para demonstrar sua fé, como de fato fez.

      Excluir
  12. Qual sua opinião sobre G k Chesterton

    Dizem que ele é um autor do nivel do C. S. Lewis mas que era católico e atacava o protestatismo

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Não dá pra comparar os dois, Lewis era de outro nível, para não dizer de outro mundo. No espectro religioso, Lewis era um protestante do tipo "ecumênico", que não atacava as outras religiões, enquanto Chesterton um católico antiprotestante, que via os evangélicos como inimigos.

      Excluir
    2. Eu sei que Chesterton era catolico e que atacava protestantes

      Mas fora isso , vc acha ele um bom escritor, com boas ideias ? Ja vi alguns protestantes falar bem dele, como o Yago Martins

      Excluir
    3. Sim, ele era renomado por ser um bom apologista contra o ateísmo, que já estava crescendo em seus dias.

      Excluir
  13. Lucas o que achas deste artigo sobre o protestantismo ser oanova religiao conservadora https://lm.facebook.com/l.php?u=http%3A%2F%2Fvozdodeserto.tumblr.com%2Fpost%2F165720398984%2Fos-evang%C3%A9licos-s%C3%A3o-os-pretos-do-cristianismo-ou&h=ATMfZpe5JO1WA30gc5Lqxila-0vOMpD_F68qHn8agXD6D0dhyrRp5dKupPSB5p1EN3hBW37W1VUrnH98KsIQ4NDpKDTBtJ-7WgWpZjpdWYdDZP2Uc33CCQcHkCJt_-YumwJavN-py9E&enc=AZOGswfiyxWVDSFtdXu-4ViGmTqUe0WCjHJsuhIl_C8WFzN5Ibk3H6jmHxjfbEYiL0wcap80TMv1vPKIBFnMZKRGRNmMlyYWAHO7mFrJB0vAmCocv8RsAkqc7XtBVfwoGD6b9i7BSzvU5shOssgxDilv37TneODB2V7_ZtICQfutXwfUHDAAOjl6EfmBDtTyLxM&s=1

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Interessante o artigo, bem escrito e tudo mais, mas não vejo como certa essa comparação entre o protestantismo atual e o catolicismo de cem anos atrás, pra mim é uma analogia totalmente descabida. Nem o protestantismo mais fundamentalista dos dias de hoje chega perto do fundamentalismo da ICAR anterior ao Vaticano II, pelo menos eu nunca vi um crente se lançando contra a liberdade de consciência, contra a liberdade de culto das outras religiões, contra o Estado laico e a favor de uma teocracia protestante, ou querendo forçar todo mundo à aderir à sua religião particular contra sua própria consciência e individualidade. Ser adepto de um literalismo bíblico é muito, muito menos do que o catolicismo de cem anos atrás, em uma incomparável desproporção. O protestantismo de hoje é conservador; o catolicismo era reacionário puramente, são coisas bem distintas.

      Excluir
  14. Refuta o ultimo artigo do astronauta

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Não sei o que tem lá para ser “refutado”. Que Agostinho cria em intercessão dos santos isso não é nenhuma novidade, eu já reconhecia isso há anos no meu livro “Os Pais da Igreja contra a Imortalidade da Alma”, onde provo que os primeiros Pais da Igreja (do século I até meados do século II) eram mortalistas e nem na sobrevivência da alma após a morte criam, muito menos em “intercessão” de gente morta. A partir de então começaram a surgir os Pais imortalistas e não demorou muito para o surgimento da crença de que essa alma supostamente “imortal” estaria orando pelos vivos depois da morte, o que não seria nada estranho de se pensar caso esses mortos estivessem mesmo vivos em algum lugar.

      Até eu, se tivesse uma alma imortal e fosse pro céu depois da morte, faria questão de orar pelos vivos, a não ser que existisse uma placa no céu escrito: “proibido oração”. É por essa e outras razões que eu mostro no meu livro que a crença na imortalidade da alma foi o passo inicial para a crença na intercessão dos santos, e, porque não, de todas as grandes heresias da história do Cristianismo: culto aos mortos, invocação dos mortos, oração e missa pelos mortos, purgatório, limbo, venda de indulgências, mediunidade, reencarnação e etc, nada disso existiria se as pessoas tivessem a consciência da doutrina bíblica de que a alma morre e, portanto, tais coisas são simplesmente impossíveis ou completamente inúteis.

      Mesmo assim, a doutrina da invocação dos santos era completamente inexistente mesmo em Agostinho; ou seja, embora ele achasse que quem morreu podia orar pelos vivos na terra, não há nada nele que diga que se pode orar a eles ou invocá-los, como os católicos fazem hoje. Pelo contrário, há numerosos textos em Agostinho dizendo expressamente o contrário, bem como em outros Pais da Igreja. O Bruno Lima já provou isso refutando o artigo tosco do astronauta católico aqui:

      http://respostascristas.blogspot.com.br/2016/03/agostinho-e-o-catolicismo-romano-parte_17.html

      O mais engraçado de tudo é que o sujeito que escreveu este artigo novo disse estar “refutando” o “blog protestante” (não citou o nome porque não queria que os leitores católicos fossem lá e descobrissem que suas fraudes já haviam sido desmascaradas antes mesmo de começar a escrever), mas não refutou absolutamente nenhum argumento do Bruno, não rebateu texto nenhum dos que ele passou, e apenas acrescentou outros textos, NENHUM dos quais dizendo para invocar os mortos. Ou seja, o sujeito conseguiu o incrível feito de escrever um artigo já refutado antes mesmo de ser escrito, só os apologistas católicos conseguem fazer isso!

      Excluir
    2. Lucas ele bota essa citação para dizer que Santo Agostinho acreditava na invocação dos santos e que santos atendiam invocações:

      SERMÃO 324


      "(...) Certa mulher perdeu em seu regaço seu filho enfermo, catecúmeno, de peito ainda. Quando ela percebeu que morrera e estava irremediavelmente perdido, ela começou a chorar por ele, mais como cristã do que como mãe. Não desejava a seu filho outra vida senão a do mundo futuro, e chorava porque ele foi levado e perdido... Cheia de confiança, tomou em suas mãos o menino morto e correu à memória do bem-aventurado mártir Estevão, e começou a pedir de volta a vida de seu filho com estas palavras: «Santo Mártir, você vê que não tenho nenhum consolo, pois não posso dizer que meu filho tenha precedido, pois você sabe que ele pereceu. Você sabe bem porque choro. Devolva-me meu filho para tê-lo na presença dAquele que coroou a ti.» Suplicando estas e outras coisas parecidas, de certo modo mais exigindo do que pedindo, com suas lágrimas, como disse, o filho reviveu.(...)"

      Ele botou tambem supostas citações de um protestante que confirmaria a invocação :

      Adolf Harnack, renomado patrologista e historiador protestante, em sua “História do Dogma”, volume IV, página 264, diz:

      “(...) Em referência aos santos, Cirilo diz em sua quinta catequese mistagógica (c. 9): ‘Depois fazemos menção dos que adormeceram, primeiro dos patriarcas, profetas, apóstolos, mártires, para que Deus, por suas preces e intercessão, aceite nossa súplica.’. Assim ensina também Agostinho. Este círculo [de santos] foi aumentado após o século V pela adição de bispos, monges e monjas. O poder dos santos para interceder foi sempre a razão das honras e invocações (τιμὴ καὶ ἐπίκλησις) feitas a eles. As antigas capelas dos mártires tornaram-se grandes igrejas. (...)” (colchetes meus)

      “(...) Contra Vigilâncio, Jerônimo manteve (Vigil. 6) um ‘ubique esse’ dos santos, Apóstolos e mártires, já que se encontravam onde Cristo se encontrava. Agostinho também, se referindo a ideias semelhantes, mostrou que os santos continuaram a ter o poder e a vontade de participar nas coisas terrenas. (...)” (p. 265)

      Tem como você ver se são verídicas as citações ? Achei estranhas

      Excluir
    3. Esse suposto “Sermão 324” não pode ser apurado em nenhum compêndio de obras de Agostinho, nem nos maiores que conheço da internet. Tanto no “New Advent” como no “Tertulian.org” (ambos católicos), a lista vai até o Sermão 97:

      http://www.newadvent.org/fathers/1603.htm

      http://www.tertullian.org/fathers2/NPNF1-06/TOC.htm

      Supondo que o tal sermão seja mesmo autêntico e não uma falsificação ou enxerto posterior e que esteja bem traduzido, ainda seria necessário averiguar o contexto, porque isso claramente não é uma afirmação do próprio Agostinho, mas um simples relato. Na Bíblia há relatos de estupros, assassinatos, adultérios, idolatria e etc, sem estar aprovando o fato. Só o contexto poderia dizer se Agostinho estava aprovando e incentivando a conduta, ou se a estava rejeitando, ou se era indiferente. Mas ele não passa contexto nenhum, presumivelmente porque o contexto não o favorece. O próprio Bruno apontou isso em relação a outro texto semelhante utilizado por eles, por isso esse novo artigo não acrescenta nada, apenas repete os velhos erros do artigo passado.

      E isso ainda tem que ser contrabalanceado com as várias citações de Agostinho onde ele taxativamente rejeita que se deva orar a alguém além de Deus, ou onde rejeita que outros além de Deus sejam venerados, ou onde rejeita que haja mais mediadores, ou onde claramente rejeita o culto aos mortos:

      “Em duas coisas, portanto, ele deve ter cuidado ao orar; que ele não peça o que não deveria; E QUE ELE NÃO PEÇA A QUEM NÃO DEVERIA. Do diabo, dos ídolos, dos espíritos malignos, nada deve ser pedido. Desde que o Senhor nosso Deus Jesus Cristo, Deus o Pai dos Profetas e dos Apóstolos e dos Mártires, do Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, do Deus que fez o céu, a terra, o mar e tudo o que nele há, DELE DEVEMOS PEDIR TUDO QUE TEMOS NECESSIDADE” (Sermão 6, Seção 2)

      “De modo que o bom servo, como eu disse, que já pode ser chamado um filho, NÃO DESEJA QUE ELE MESMO, MAS QUE O SEU SENHOR SEJA VENERADO. Pensai um pouco, irmãos e irmãs, e recordai o que assistis todos os dias; o que é realmente vos ensinado na igreja? Os fiéis sabem em que estilo os mártires são comemorados nos mistérios, QUANDO OS NOSSOS DESEJOS E ORAÇÕES SÃO DIRIGIDAS A DEUS” (John E. Rotelle, O.S.A., ed., The Works of Saint Augustine, Newly Discovered Sermons, Part 3, Vol. 11, trans. Edmund Hill, O.P., Sermon 198.12 (Hyde Park: New City Press, 1997), p. 190.)

      “Pois Paulo e Barnabé estavam fazendo milagres em Cristo, porque eles tinham excedido os limites meramente humanos, os pagãos de acordo com seu costume chamaram Barnabé de Júpiter e Paulo de Mercúrio, porque ele era apto a falar, e eles já tinham começado a dedicar vítimas a eles. Eles ficaram tão horrorizados por esta honra que rasgaram as suas vestes e tentaram ensiná-los, da melhor forma possível, QUEM ERA O ÚNICO A SER VENERADO, àquele por qual eles tinham o poder de fazer essas coisas” (John E. Rotelle, O.S.A., ed., The Works of Saint Augustine, Newly Discovered Sermons, Part 3, Vol. 11, trans. Edmund Hill, O.P., Sermon 198.13 (Hyde Park: New City Press, 1997), p. 193)

      Excluir
    4. “Eu não digo que Ele é mediador porque Ele é a Palavra, pois como a Palavra, Ele é supremamente abençoado e supremamente imortal, e, portanto, longe das misérias mortais; mas Ele é Mediador como Ele é homem, pois pela sua humanidade Ele mostra-nos que, a fim de obter o bom e beatífico benefício, NÃO PRECISAMOS PROCURAR OUTROS MEDIADORES PARA NOS CONDUZIR ATRAVÉS DAS ETAPAS SUCESSIVAS DESTA REALIZAÇÃO, MAS QUE O BEM-AVENTURADO E BEATÍFICO DEUS, tendo se tornado participante da nossa humanidade nos proporcionou o pronto acesso na participação de Sua divindade” (NPNF1: Vol. II, The City of God, Book IX, Chapter 15)

      “NÃO DEIXEMOS QUE NOSSA RELIGIÃO SEJA O CULTO AOS MORTOS. Se eles viveram vidas piedosas, não se deve supor que eles procuram honras divinas. Eles querem que adoremos a Ele, em cuja luz se alegram por nos ter como participantes em seus méritos. Eles devem ser honrados por imitação e não adorados com ritos religiosos” (John H. S. Burleigh, trans., The Library of Christian Classics, Augustine: Earlier Writings, Of True Religion, lv, 108 (Philadelphia: The Westminster Press, 1953), p. 254)

      “Quanto a esses espíritos que são bons e que são não somente imortais, mas também abençoados, e a quem eles supõem que nós deveríamos dar o título de deuses e oferecer culto e sacrifícios para herdar a vida vindoura, devemos com a ajuda de Deus nos esforçar no seguinte livro para mostrar que esses espíritos, chamados pelo nome e atribuir a eles o que naturalmente você irá [atribuir], DESEJAM QUE O CULTO RELIGIOSO SEJA DADO SOMENTE A DEUS, por quem eles foram criados, e por cuja comunicação Dele próprio, eles são abençoados” (NPNF1-02 St. Augustine's City of God and Christian Doctrines, City of God, Chapter 23)

      “Se alguém lhe disser: ‘Invoque o anjo Gabriel desta forma, invoque Miguel dessa outra; ofereça este pequeno ritual antigo, ou este mais moderno’; NÃO SE DEIXE LEVAR, NÃO CONCORDE. E não se deixe enganar por ele só porque os nomes desses anjos podem ser lidos nas Escrituras; observe antes qual o papel dos anjos que lá pode ser lido, se eles alguma vez exigiram de algum homem qualquer tipo de veneração religiosa pessoal, ou em vez disso sempre desejaram que a glória fosse dada ao único Deus, a quem eles obedecem” (John E. Rotelle, O.S.A., ed., The Works of Saint Augustine, Newly Discovered Sermons, Part 3, Vol. 11, trans. Edmund Hill, O.P., Sermon 198.47 (Hyde Park: New City Press, 1997), p. 217)

      Vale lembrar, mais uma vez, que Agostinho não é um bom referencial para pautar as crenças da Igreja primitiva. Ele viveu entre o quarto e o quinto século, nunca viu qualquer apóstolo e nem teve contato com discípulos de apóstolos; em sua época a doutrina já estava se “desenvolvendo” (=corrompendo) ganhando contornos que não tinham nada a ver com a doutrina apostólica escrita ou oral, mas sim com a filosofia grega e a racionalização teológica, que resultaram no germe que mais tarde se tornaria no Ocidente o que a Igreja Romana é hoje. Nada de intercessão dos santos pode ser provado pela Bíblia ou pelos primeiros Pais da Igreja até meados do segundo século, que afirmavam o contrário, e isso já é mais que o suficiente, sem precisarmos nos preocupar com o que um Pai do quinto século pensava sobre isso, que era apenas a sua opinião e não a crença comum da Igreja primitiva.

      Excluir
  15. Lucas o Elisson Freire e o Bruno Lima são IMORTALISTAS?De quais congregações eles pertencem?Fica com Deus!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. O Elisson é batista e imortalista, o Bruno não me lembro exatamente a denominação que é, salvo engano acho que é batista também, e ainda está estudando a questão sem aderir a nenhum dos dois lados.

      Excluir
  16. Gente, essa primeira declaração de Calvino destrói todo o catolicismo romano em dois tempos.
    Excelente!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Vale a pena repetir:

      "Agora lhes farei outra concessão, a qual jamais obterão dos homens de mente sã – isto é, que a primazia da Igreja foi fixada em Pedro, com vista a permanecer para sempre por sucessão perpétua. Contudo, como convencerão que sua sé foi colocada em Roma, que quem quer que fosse bispo dessa cidade presidiria ao mundo inteiro? Com que direito vinculam a um lugar esta dignidade que foi dada sem menção de lugar? Dizem que Pedro viveu em Roma e aí morreu. Que dizer do próprio Cristo? Porventura não exerceu em Jerusalém o episcopado, enquanto lá viveu, e ao morrer aí não consumou o ofício de seu sacerdócio? O Príncipe dos pastores, o Bispo Supremo, a Cabeça da Igreja não pôde adquirir essa honra para um lugar; Pedro, muito inferior a ele, o adquiriu? Porventura tais sandices não são mais que pueris? Cristo conferiu a Pedro a honra do primado; Pedro sediou-se em Roma; logo, aí estabeleceu a sede do primado. Seguramente, com este arrazoado, os israelitas de outrora devem constituir a sede do primado no deserto, onde Moisés, mestre supremo e príncipe dos profetas, exercera seu ministério e morreu [Dt 34.5]”

      Se eu fosse você abriria uma seção com o nome de "Vale a pena ler de Novo". Os melhores artigos postados outra vez, mas sem os comentários.

      Excluir
    2. Eu pretendo fazer algo parecido com isso, que é escrever de novo sobre temas que já foram abordados (por exemplo, "O purgatório à luz da Bíblia"), já que muitos artigos deste blog são antigos, de cinco anos atrás, quando eu ainda mal sabia escrever direito e tinha menos conhecimento em relação a hoje, e hoje esses artigos reelaborados ficariam bem melhores.

      Excluir
  17. Lucas, você sabe informará se durante a Reforma houve algum "vira casaca"? Deixa eu explicar: Alguém que no começo era com Lutero mas depois acovardou-se diante da fúria do clero ou com receio de perder algum privilégio. Se houve algum Judas.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Sim, um caso muito conhecido é o do rei francês Henrique de Navarra, o "Henrique IV", que era um dos chefes do protestantismo francês mas se tornava covarde quando estava sob ameaça; se tornou "católico" para não ser morto no massacre de S. Bartolomeu, depois voltou ao protestantismo, mas quando era o momento de assumir o trono a Igreja e os católicos franceses não aceitaram de nenhuma maneira que um protestante se tornasse rei, o papa instigou o rei da Espanha para atacar a França se isso acontecesse, ameaças de morte e rebeliões foram feitas, enfim... o pobre Henrique teve que se tornar "católico" para reinar na França. Embora, a meu ver, essa "conversão" tenha sido boa politicamente falando, pois ele deu um fim parcial à terrível perseguição que os huguenotes sofriam, através do Édito de Nantes, um édito de tolerância ao protestantismo que um século mais tarde seria revogado pelo rei católico Luís XIV, a pedido do papa. Ele tanto se manteve protestante no pensamento que tolerou os evangélicos, seu braço-direito era um secretário protestante chamado Sully, e acabou assassinado por um fanático católico que não aceitava o catolicismo moderado do rei, seguindo o fanatismo ideológico da Igreja de seus dias.

      Excluir
    2. Obrigado pelos esclarecimentos Lucas. Muito útil. Precisamos desse tipo de informação porque o desconhecimento das nossas origem protestante é muito grande. A pouca informação que temos muitas vezes é tendenciosa e distorcida. Obrigado. Deus lhe abençoe.

      Excluir
  18. Oi Lucas, é o meu primeiro comentário no seu blog (muito bom por sinal). Desculpa eu fugir do assunto, mas eu gostaria de saber o que você acha do fenômeno dos chamados "desigrejados"? Tu acha que é um movimento benéfico, negativo ou irrelevante? Grato.
    Att, Roberto.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, este é um assunto muito amplo que eu só poderia tratar apropriadamente em um artigo à parte e não em um comentário breve como esse, mas resumindo a minha posição, é preciso primeiramente diferenciarmos os "tipos" de desigrejados, pois da mesma forma que os “igrejados” não formam um grupo único, mas diversas denominações diferentes, os desigrejados também não são todos iguais entre si. Embora seja simplista, vou tentar colocá-los dentro desses três grupos principais:

      (1) Desigrejados que não tem comunhão em lugar nenhum. São os que não freqüentam cultos em igrejas e nem em casas, ou seja, simplesmente abandonaram qualquer forma de culto religioso ou adoração a Deus. Estes são condenados por textos como Hebreus 10:25, que mostram a importância de estar congregando em algum lugar.

      (2) Desigrejados hereges. Assim como existem hereges entre os “igrejados”, também há grupos heréticos entre os desigrejados que congregam em casas; alguns negam a trindade, outros os sacramentos, outros a própria inspiração da Bíblia, outros são liberais na questão do pecado, e assim por diante. Quanto a esses não preciso nem falar nada.

      (3) Desigrejados que apenas congregam em casas, mas com um evangelho puro. Já fiz parte de um grupo desses, do qual me orgulho muito, pois o pregador no caso em questão era um rapaz que era profundamente apaixonado por Deus e com uma visão de evangelho que dava um banho em qualquer pastor conhecido de igreja. Neste caso, a mudança era de um templo para uma casa, algo irrelevante, mas o que mais importava – o conteúdo – era autêntico, tanto quanto o das melhores igrejas ou até mais. E quanto a esse tipo específico de desigrejados, tem todo o meu apoio, da mesma forma que tem o meu apoio aqueles igrejados que congregam em igrejas decentes, pois para mim o importante não é o aspecto “exterior” da coisa, se está num templo ou numa casa, se usa terno ou camisa, se é formal ou informal, mas sim se o evangelho da graça é pregado ou não.

      Abs!

      Excluir
    2. Obrigado, muito boa a resposta. Um adendo: sobre o terceiro grupo eu não os considero "desigrejados", mas sim uma pequena e nova denominação/congregação. Abs.

      Excluir
    3. Eu também não considero, mas incluí na lista porque eles geralmente se consideram desigrejados, por não fazerem parte de nenhum sistema denominacional. Abs!

      Excluir
  19. Lucas, eu estive pensando: se existe a possibilidade de todas as pessoas indistintamente usar o livre-arbítrio de forma errada e perder a salvação, então existe a possibilidade de todas as pessoas se perderem e ninguém ser salvo. Não acha? Nesse caso, o sacrifício de Jesus na cruz seria um fracasso total. Ele morreria por uma infinidade de pessoas, e no final ninguém iria para o céu.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Bom, tecnicamente sim, havia a possibilidade de todos rejeitarem Jesus, mas Deus na sua presciência sabia que isso não aconteceria, e que portanto a morte de Jesus não seria em vão.

      Excluir
  20. E aí Lucas. Quando vai haver outro hangout sobre catolicismo?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Por mim poderia ser a qualquer momento, o problema é que o Elisson até a última vez que falei com ele estava sem computador, e o Bruno também estava com uns problemas técnicos e com falta de tempo, por isso não deu pra fazer outro até agora, mas foi bom você mencionar, assim eu já aproveito e importuno o Elisson de novo sobre isso hehe

      Excluir
  21. Lucas você é desigrejado? O que acha desse movimento?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Não sou, mas sobre esse tema comentei acima na resposta ao Rob.

      Excluir
  22. Conheces o pr Leandro Vieira? Vi um pouco dele sobre escatologia e me pareceu ter uma linha de interpretação parecida com a tua.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Não conheço, mas vai ser difícil achar alguém com uma visão igual à minha haha

      Excluir
  23. Lucas como se faz bolo de chocolate?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Tem, sim! Tem cara inclusive de quem colocaria um campeão do Masterchef no chinelo.

      Excluir
    2. Eu posso ter fé para mover montanhas, mas não para isso hahaha

      Excluir
  24. Lucas o que vc me diz dessa citação de um católico:

    Registros das comunidades cristãs primitivas, especialmente das catacumbas romanas, indicam que estes representavam Jesus com imagens e iconografias, como um Peixe, Cordeiro Pascal e um Bom Pastor, e outros ícones representando santos e anjos.[1] Desde o século II os cristãos preservavam relíquias de mártires,[2] oravam pelos mortos e acreditavam na intercessão dos santos,[3][4] essas práticas eram conhecidas por alguns antigos grupos judeus, e especula-se que o cristianismo pode ter tomado a sua prática similar. Diversos Padres da Igreja atestam esta doutrina.[5] Por exemplo, em 156 em Smyrna (atual Esmirna na Turquia), após a morte de São Policarpo, seus discípulos recuperaram os ossos e acolheram-nos como objetos sagrados.[6] Muitas catacumbas em Roma estão conservadas imagens feitas pelos primeiros cristãos, como as catacumbas de Santa Priscila, pintadas na primeira metade do século II, que possuem imagens de Maria[7] e Jesus. Os cristãos primitivos não consideravam a confecção de imagens como idolatria.

    1 - Catholic Encyclopedia, artigo Simbolismo
    2 - Hippolyte Delehaye SJ, Les origines du culte des martyrs 2nd ed. (Brussels) 1933:50ff.
    3 - Gerald O' Collins and Mario Farrugia, Catholicism: the story of Catholic Christianity (Oxford: Oxford University Press, 2003) p. 36; George Cross, "The Differentiation of the Roman and Greek Catholic Views of the Future Life", in The Biblical World (1912) p. 106; cf. Pastor I, iii. 7, also Ambrose, De Excessu fratris Satyri 80
    4 - George Cross, "The Differentiation of the Roman and Greek Catholic Views of the Future Life", in The Biblical World (1912) p. 106
    5 - Gerald O'Collins and Edward G. Farrugia, A Concise Dictionary of Theology (Edinburgh: T&T Clark, 2000) p. 27.
    6 - Cave, Primitive Christianity: or the Religion of the Ancient Christians in the First Ages of the Gospel. 1840, revised edition by H. Cary. Oxford, London, pp. 84-85).
    7 - Reardon, Wendy J. 2004. The Deaths of the Popes. Macfarland & Company, Inc. ISBN 0786415274

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Tudo isso daí já foi refutado exaustivamente em artigos próprios de cada tema.

      1) Sobre o culto às imagens na Igreja antiga:

      http://heresiascatolicas.blogspot.com.br/2015/03/os-pais-da-igreja-contra-o-culto-as.html

      http://respostascristas.blogspot.com.br/2016/03/agostinho-e-o-catolicismo-romano-parte_17.html

      http://conhecereis-a-verdade.blogspot.com.br/2009/09/o-culto-as-imagens_20.html

      http://conhecereis-a-verdade.blogspot.com.br/2014/04/kallistos-ware-sobre-o-desenvolvimento.html

      http://conhecereis-a-verdade.blogspot.com.br/2013/12/agostinho-de-hipona-era-contra-as.html

      http://conhecereis-a-verdade.blogspot.com.br/2013/03/os-padres-da-igreja-e-o-culto-as-imagens.html

      2) Sobre as relíquias:

      http://respostascristas.blogspot.com.br/2017/08/a-veneracao-de-reliquias-e-evidencia.html

      3) Sobre intercessão dos santos:

      http://respostascristas.blogspot.com.br/2016/02/os-pais-ante-nicenos-e-oracao-santos-e.html

      (e também meu livro “Os Pais da Igreja contra a Imortalidade da Alma”)

      Quanto às catacumbas de Roma, não haviam imagens de escultura sendo cultuadas ali, apenas desenhos, desde quando os evangélicos são contra fazer desenho? Se fosse assim até o “Smilinguido” seria errado. O que a Bíblia se opõe é à criação de imagens de escultura para serem cultuadas, como ocorre no catolicismo hoje, e como os Pais da Igreja repugnavam.

      Excluir
    2. É engraçado ele citar a Enciclopédia Católica nas referências, quando essa própria Enciclopédia diz isso:

      "Diferente da admissão de imagens é a questão do modo em que eram tratadas. Que sinal de reverência davam os primeiros cristãos às imagens de suas catacumbas se é que davam algum? Para o primeiro período não temos informação. Há tão poucas referências às imagens na literatura cristã primitiva que dificilmente suspeitaríamos de sua ubíqua presença se não estivessem realmente ali nas catacumbas como o argumento mais presente. Mas estas pinturas das catacumbas não podem nos dizer como eram tratadas. Podemos dar por certo, por um lado, que os primeiros cristãos entendiam perfeitamente que as pinturas não tinham parte alguma na adoração a Deus. O seu monoteísmo, a sua insistência no fato de que serviam somente ao todo-Poderoso e invisível Deus, o seu horror perante a idolatria de seus vizinhos, a tortura e morte que sofriam os mártires em vez de derramar um grão de incenso diante da estátua do númen do do imperador é suficiente para convencer-nos de que não estavam construindo filas de ídolos próprios. Por outro lado, o lugar de honra que dão aos seus símbolos e pinturas, o cuidado com o que decoram,indica que tratavam as representações de suas crenças mais sagradas com pelo menos uma decente reverência. É a partir desta reverência que toda a tradição de venerar as imagens sagradas se desenvolveu gradual e naturalmente.”

      (s.v. Images, Veneration of. Em The Catholic Encyclopedia, Volume VII, 1910, ênfase acrescentada)

      Excluir
  25. Lucas. Você parece que ler bastante. Que dicas você me dá pra que eu me torne um bom leitor?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Infelizmente, não existe uma "fórmula mágica" (se houvesse, seria muito fácil e eu mesmo iria querer saber o mistério). A gente aprende a gostar de ler lendo. Da mesma forma que aprende a orar orando. Quanto mais a gente pratica uma coisa, mais pega o jeito e se torna uma prática comum, e não algo forçado. É claro que a qualidade do livro, a forma com que o autor expressa suas ideias e o tema escolhido também vão influenciar bastante. Os livros de Machado de Assis que eu não suportava na época da escola provavelmente não suportaria hoje também, porque não são do meu tipo. Busque os livros que são mais do seu gosto, e com o tempo tudo vai ficando mais fácil.

      Excluir
    2. Anônimo - Existem vários livros que podem te ajudar na leitura. Como por exemplo: "Como ler livros", "A Arte de Ler", "Anáfora e leitura", "Da Arte de Ler", "Para Ler Como um Escritor", "Você Sabe Mesmo ler". Esses são os títulos das obras voltadas à leitura. Devo lembrar que o uso de um dicionário é indispensável, ou seja, toda vez que vc não sabe o significado de uma determinada palavra... use o dicionário Aurélio ou o que vc tiver em casa. Afinal de contas, vc só irá entender um texto se vc saber o significado de cada palavra. Depois de tudo disso, espero tê-lo ajudado!

      Excluir
    3. Ok. Obrigado pelas dicas.

      Excluir
  26. Uma pergunta Lucas. O arminianismo acredita que a salvação é por mão dupla (sinergismo), e isso é o justo. Então qual é o destino das pessoas que não receberam a "mão de Deus"?
    O calvinismo, ao menos, já parte do princípio que todos a priori já rejeitaram a "mão de Deus", logo Deus não é injusto em salvar ninguém ou ter graça sobre algumas pessoas.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Se por "mão de Deus" você se refere à graça preveniente, então no arminianismo todos recebem a "mão de Deus", por isso a pergunta não faz sentido. Todos tem uma oportunidade de corresponder pelo menos à lei moral de sua consciência que Deus implantou no coração de cada pessoa, no caso daqueles que nunca ouviram falar de Jesus. Ninguém vai ser condenado ao inferno sem ter tido uma oportunidade de ir pro céu.

      Excluir
  27. Lucas, eu sou imortalista e gostaria que você fizesse uma síntese (resumindo e enumerando) acerca de suas objeções contra a Imortalidade da Alma. Esperarei o seu comment. Abs!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Comece com as minhas "206 provas contra a imortalidade da alma":

      https://desvendandoalenda.blogspot.com.br/2012/12/206-provas-contra-imortalidade-da-alma.html

      Excluir
  28. Um rapaz em um post ali acima levantou uma interessante questão:Onde estava a verdadeira Igreja de Cristo antes de Lutero?Porque foram mais de 1000 anos com o total domínio da Igreja Romana,eu sei que houveram grupos que tentavam se separar dela,como os valdenses,os cátaros,mas isso era complicado,já que a maior parte da população era analfabeta e a leitura da Bíblia era proibida,e só haviam Bíblias em latim,e praticamente só o clero sabia latim durante a Idade Média,eu penso que muitos desses humildes católicos camponeses foram salvos pela misericórdia de Deus,já que eram idólatras por ignorância e não por maldade,já que não liam a Bíblia,não tinham acesso a educação,então acreditavam em tudo que os padres diziam,também pensas isso,que muitos podem ter sido salvos,porque Deus não leva em conta o tempo da ignorância?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Um detalhe a acrescentar é que HOJE ainda existem pessoas nessa situação de ignorância, seja por indolência, fideísmo e até conjuntural.

      Excluir
    2. O caso dessa gente mantida na ignorância por tanto tempo não é muito diferente do caso dos povos não-alcançados, que nunca ouviram falar de Jesus (sobre os quais eu escrevi no artigo abaixo):

      http://ateismorefutado.blogspot.com.br/2015/04/o-destino-dos-povos-nao-alcancados.html

      Excluir
    3. A Igreja estava onde ela desde o princípio esteve, está hoje e estará no futuro, nas pessoas que compõem a Igreja. A Igreja não é o templo, não é a instituição, não é a doutrina, a Igreja de Deus é o conjunto de pessoas que sinceramente buscam a Deus. Onde dois ou mais estiverem em meu nome, ali estarei, disse Cristo. Portanto, a Igreja de Cristo é a somatória de todas as pessoas que o buscam de verdade.

      Excluir
    4. Portanto, quando havia perseguição de Roma, no início do Cristianismo, os cristãos viviam escondido, porém buscavam, e ali havia a Igreja. Posteriormente, quando a perseguição abrandou, havia a Igreja. Quando o cristianismo foi oficializado, possivelmente na direção da Igreja não havia cristãos sérios, e apenas usavam o poder. Porém pessoas buscavam a Cristo sinceramente em suas casas, em seu trabalho, e ali havia a Igreja. E é assim até hoje. A religião nunca salvará ninguém. A vida com Deus sim.

      Excluir
  29. Lucas, vc acredita que se uma pessoa buscar saber diretamente de Deus a resposta sobre se uma doutrina específica é correta ou não (por exemplo, pedobatismo), ou ao menos buscar de todo coração sabedoria para interpretar corretamente o texto bíblico, porque não quer errar, ele vai responder ou direcionar a pessoa ao mandamento correto, como deve ser?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Lucas, desculpa a intromissão, mas acredito que a pergunta (válida) do amigo reflete um erro muito corriqueiro que eu observo há tempos entre os cristãos: a crença que a fé cristã BASICAMENTE consiste em acumular conhecimento. Paulo, em 1 Coríntios 13, descarta por completo tal pressuposto. Ele, no final do capitulo 12, escreveu '... passo agora a mostrar-lhes um caminho ainda MAIS EXCELENTE". No capítulo 13 ele descreve esse caminho afirmando que CONHECEMOS IMPERFEITAMENTE. E ainda acrescenta que esse conhecimento CESSARÁ. Digo isso porque eu era assim, fazia das décadas de conhecimento que eu tinha um deus. Era orgulhoso e me sentia superior aos demais, até o dia que Jesus, o verdadeiro conhecimento, na sua infinita misericórdia me libertou dessa armadilha do diabo. Paulo, ao conhecer a Verdade (Cristo), viu que todas as suas credenciais (cidadão romano, doutor da lei, fariseu, israelita, etc.) nada significavam ante a excelência do amor de Cristo. A busca pela ortodoxia é árida, fatigante e muitas vezes frustrante como foi pra mim. A busca por Cristo é mansa, suave, refrigério para o corpo e alma, se renova a cada manhã.. Como disse o saudoso erudito Jonh Stott, precisamos urgentemente substituir o evangelho do acúmulo de conhecimento pelo evangelho de Cristo, simples e básico. Obrigado amigo. Que Deus continue lhe abençoando.

      Excluir
    2. Respondendo à questão acima, eu não penso que basta orar a Deus para saber se uma doutrina é correta que automaticamente irá acertar com certeza absoluta. Mais do que isso, é preciso estudar a questão a fundo, meditar nas Escrituras, avaliar os argumentos para cada lado, etc. E fazer isso com honestidade intelectual e desprovido de pressupostos que criam tendências naturais para um lado em detrimento de outro (que é a parte mais difícil da história). Não é simplesmente "Deus, me revele toda a verdade bíblica" e pronto, está tudo revelado, isso seria cair no mesmo erro da infalibilidade papal pois na prática o tornaria um "papa infalível" com verdades absolutas e infalíveis que lhes foram divinamente reveladas.

      O que o amigo de baixo colocou também é verdade; por mais que a doutrina não seja algo irrelevante, principalmente em se tratando das doutrinas centrais, muito mais importante do que ficar batendo cabeça com cada ponto doutrinário que já causou polêmica na história cristã é ter uma vida de comunhão com Deus em integridade e pureza. O que, mais uma vez repito, não significa que a doutrina não seja importante, ainda mais quando doutrinas falsas podem ser semeadas na Igreja justamente com a finalidade de desviar este nosso foco de Cristo e nos levar a focar em outras coisas (como o apego ao dinheiro, a devoção a gente morta, a tolerância ao pecado, etc):

      http://heresiascatolicas.blogspot.com.br/2016/08/qual-importancia-da-teologia-e-da.html

      Excluir
  30. lucas e minhas 10 citações dos pais da igreja sobre a intercessão dos santos vc não vai comentar. Eu ainda estou curioso pra aprender a refutar todas elas. Se vc nao as tem ainda, me avisa que eu te mando de novo. obrigado

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Ué, o Bruno me disse que você entrou em contato com ele a respeito dessas benditas citações, e então ele me pediu para que eu não respondesse nada porque ele iria fazer um artigo inteiro sobre essas citações no blog dele. Inclusive ele disse que já tinha avisado você sobre isso quando você veio falar com ele, por que então ainda insiste nisso comigo?

      Excluir
    2. Então. Eu debati com um católico sobre isso faz mais de 1 mês, eu passei as citações pro mateus carrel, pois ele estava no debate na mesma comundade e ele disse que não domina esse assunto e me pediu para passar pra vocês dois e eu passei no blog dos dois o qual ele me passou o endereço. Vocês não responderam e dai eu disse ao mateus que ninguem me respondeu. Dai o Mateus foi falar com o Bruno inbox pois eu nem conhecia ele e ele disse pro Mateus que ia já fazer naquela mesma semana um artigo sobre isso, dai o Mateus me avisou que o artigo ia sair, mas até agora não saiu. Ou o mateus não falou com o Bruno inbox coisa alguma ou os 2 ignoraram o que eu escrevi, pois o Bruno não escreveu nada sobre isso e o Mateus disse que o artigo dele ia sair até sábado da semana retrasada.

      Excluir
    3. Há uma semana atrás o Bruno me disse para não responder porque haviam entrado em contato com ele sobre essas perguntas e ele iria responder no blog dele. Como ele não escreveu esse artigo ainda (embora ele tenha dito que metade daquelas citações já haviam sido respondidas em outros artigos já publicados no blog dele), vou ver com ele se ele ainda vai fazer, e se tiver desistido por falta de tempo ou outra razão, aí eu respondo aqui mesmo.

      Excluir
    4. O Bruno já publicou a primeira parte do artigo de refutação:

      http://respostascristas.blogspot.com.br/2017/10/origenes-contra-oracao-aos-santos-e.html

      Excluir
  31. Concordas que os padres católicos que por maldade omitiam o evangelho do povo medieval humilde,do camponês analfabeto,esses sim devem ter ido para o Inferno,porque o Senhor não tem misericórdia dos que adulteram o evangelho,o próprio Cristo sempre confrontou os fariseus e falsos mestres,mas acreditas que aquele camponês humilde enganado,que não teve acesso ao real evangelho pode ter sido salvo?

    ResponderExcluir
  32. E uma curiosidade pessoal Lucas,espero que não se importe de eu perguntar,vc é paulistano criado no Paraná?Pergunto isso porque torces para o SPFC,eu sei que os times paulistas possuem muita torcida no estado do Paraná principalmente no interior do estado,porque a maioria na região metropolitana torce para o Coritiba e o Atlético,além do Paraná Clube.Eu sou carioca,mas desde os 12 anos moro no bairro da Vila Sônia,São Paulo e não abandonei meu Fluzão,embora ele esteja tão mal quanto o seu SPFC,espero que nossos times não caiam para a série B rss

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Eu nasci em São Paulo capital, só me mudei para cá com sete anos, embora a razão pela qual eu torço pelo São Paulo não tenha nada a ver com isso, é até engraçada, porque quando eu tinha uns quatro ou cinco anos e nem entendia nada de futebol e nem gostava do esporte eu vi dois times jogando na TV, achei a camisa de um desses times muito bonita, foi "amor à primeira vista", perguntei ao meu pai que time era aquele e ele respondeu que se chamava "São Paulo". Como ele e toda a família dele era ferrenhamente palmeirense e minha mãe e toda a família por parte dela era ferrenhamente corinthiana, ninguém realmente pensou que eu fosse levar a sério essa coisa de torcer pro São Paulo, mas acabou que aquela paixão pelo clube continuou durante a infância e a adolescência, época em que eu me tornei inclusive um tanto fanático, hoje não sou mais fanático graças a Deus, mas continuo torcendo (se bem que na época em que ganhava libertadores, mundial e três brasileiros seguidos era difícil não ser fanático xD).

      Moral da história: sorte minha que naquele dia na TV não estava sendo transmitido um jogo do ASA de Arapiraca!

      Excluir
  33. Lucas eu gostaria de agradecer ao Senhor pela sua vida . A algum tempo atrás eu estava na onda do catolicismo e quaseb minha fé foi por água abaixo mas, eu encontrei seu blog e comecei a ler artigo por artigo , livro por livro e hoje minha fé está mais forte que nunca porém ainda encontro muita oposição de amigos e familiares por permanecer no protestantismo . Obrigado lucas eu não conheço você pessoalmente mas não tenho palavras para agredecer você , você também me fez repensar minha postura em relecão a imortalidade da alma ( estou um passo de virar aniquilacionita) . Que Deus abençoe você !

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, na verdade o seu testemunho sozinho já valeria a pena todo o esforço desse blog até aqui. Quanto à oposição de familiares e amigos, isso é bastante comum pois estamos no país que ainda é o mais católico do mundo, é a mesma pressão que alguém no Oriente Médio sofreria por não ser muçulmano, ou que alguém na Índia sofreria por não ser hindu, e assim por diante. E infelizmente, muitos acabam cedendo à pressão e abandonando a fé (ou continuando em uma fé errada) simplesmente porque amam mais a "glória dos homens" do que a de Deus (Jo 12:43), e onde vivemos é indiscutivelmente mais fácil ser católico do que ser parte de uma minoria religiosa (ainda que uma minoria crescente). Enfim, torço para que se mantenha firme, e qualquer dúvida é só entrar em contato. Deus lhe abençoe!

      Excluir
    2. Ola Lucas. Gostaria de tornar público que sua dedicação a este blog tem alcançado a minha vida também. Mesmo sendo filho de protestantes e o evangelho nunca tenha sido algo estranho na minha vida, seus artigos contribuíram bastante no meu crescimento como cristão. Eu creio, sinceramente, que muitas outras pessoas também pensam assim. Portando, acredite: Seu trabalho não é vão.

      Excluir
  34. Cremos nas escrituras por causa de Cristo ou cremos em Cristo por causa das escrituras ?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Todo o Universo existe em função de Cristo, "nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele" (Cl 1:16). Por outro lado, não teríamos este conhecimento se não fosse registrado em algum lugar, e este lugar é a Bíblia. Por isso os povos não-alcançados, que nunca ouviram falar de Jesus na vida, não tem este conhecimento e essa consciência, não porque Jesus não seja isso tudo, mas porque eles não tem uma fonte que lhes traga essa informação.

      Em resumo: não apenas as Escrituras, mas TUDO existe em função de Cristo; todavia, é graças às Escrituras que podemos hoje ter acesso a essa informação e crer nos seus ensinamentos, doutro modo Jesus seria ignorado por nós, como se não existisse e não fizesse diferença.

      Excluir
  35. Achei dois erros na tradução do trechinho da "Confissão de Fé escocesa": 1. "Jerusalém tinha precedência sobre todos os outros lugares da terra, pois nela os sacerdotes descendiam linearmente de Arão," No original, não há termo equivalente a "pois", está escrito "Jerusalem had prerogative above all places of the earth,[6] where also were the priests lineally descended from Aaron", "onde também" ("where also"), ao invés de "pois" (e não é um erro, mas acho que seria melhor dizer "descendiam diretamente" ao invés de "linearmente"). E 2. "Portanto, nós cremos, confessamos e declaramos que as marcas da verdadeira Palavra de Deus, na qual mesmo Deus mesmo se revelou a nós, como nos declaram os escritos dos profetas e apóstolos;" Como pode ver, a frase não faz sentido, tem um oração sem predicado, "confessamos que as marcas da verdadeira Palavra de Deus" o quê? No original, faz sentido: "The notes, therefore, of the true kirk of God we believe, confess, and avow to be: first, the true preaching of the word of God, into the which God has revealed himself to us, as the writings of the prophets and apostles do declare". Eu também disputaria "para reprimir o vício e estimular a virtude.", pois no original está escrito "[8] last, ecclesiastical discipline uprightly ministered, as God's word prescribes, whereby vice is repressed, and virtue nourished"; "whereby" eu acho que seria melhor traduzido "por meio da qual".

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Apenas lembrando que a tradução aqui não foi minha, eu apenas peguei dos livros em que já vinham traduzidas, só a de Lutero que eu tive que traduzir e a qual você acharia muito mais erros como esses porque fiz na pressa e preservando mais o sentido do texto do que uma tradução literal palavra por palavra, mas agradeço suas observações, vou modificar no artigo para deixar as citações mais próximas do original.

      Excluir
    2. "a qual você acharia muito mais erros como esses porque fiz na pressa e preservando mais o sentido do texto do que uma tradução literal palavra por palavra," Eu não apresentei traduções corretas porque literais (nem nenhuma dessas duas correções são traduções literais em contraposição a traduções por sentido independente da forma verbal), portanto não me coloque como um defensor da tradução literal.

      Excluir
  36. "Seguramente, com este arrazoado, os israelitas de outrora devem constituir a sede do primado no deserto," A tradução certa é "deveriam ter constituído".

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Na verdade, como não é voz passiva, não se usa três verbos, sendo o correto "deveriam constituir." Mas ficar corrigindo toda hora é uma chatice, deixa assim mesmo.

      Excluir
    2. "In this way the Israelites of old must have placed the seat of the primacy in the wilderness, where Moses, the chief teacher and prince of prophets, discharged his ministry and died." A tradução correta de "must have placed" não é "deveriam constituir", é "deveriam ter constituído" (ou algum sinônimo de constituído nesse contexto, como "posto" ou "colocado". Note que é algo que está no passado, especialmente para um cristão.

      Excluir
    3. Gustavo, não sei quem está com a razão, nem se diferença faz "constituir" ao invés de "ter constituído". Sei que "deveriam ter constituído" é suficiente para entender corretamente o texto.
      Se essa questão lhe interessa, veja no original (não leio latim):
      http://www.ccel.org/ccel/calvin/institutio2/Page_248.html
      "Nempe hac ratione sedem primatus debuerunt olim Israelitae constituere in deserto, ubi Moses summus doctor et princeps Prophetarum ministerio suo functus erat, et mortuus."

      Excluir
    4. Eu só sei que já cansei de corrigir...

      Excluir
    5. kkkkkkkkkk, larga a mão, deixa do jeito que está, todo mundo entendeu o texto, que é o que importa.

      Excluir
  37. Olha isso Banzoli. Mais uma confirmação da existência de gigantes:

    https://www.ancient-code.com/a-38-centimeter-long-finger-found-in-egypt-evidence-of-the-nephilim/?utm_content=social-y6di6&utm_medium=social&utm_source=SocialMedia&utm_campaign=SocialPilot

    ResponderExcluir
  38. Lucas, o inferno é um lugar ou um estado?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. É um lugar, mas não um lugar que exista já agora, e nem um que dure eternamente. A palavra grega que traduzem erroneamente como "inferno" (que vem do latim "infernus", que não tem na Bíblia, mesmo porque o latim não é um idioma bíblico) é "geena", que é o local de condenação futura dos ímpios após a ressurreição, pelo tempo proporcional aos seus pecados. Eu discorro amplamente sobre isso no meu livro sobre o tema, disponível na página dos livros:

      http://www.lucasbanzoli.com/2017/04/0.html

      Excluir
  39. Lucas a expressão SOLA SCRIPTURA no conceito dos reformadores eles estavam querendo dizer que a base para a gente fazer a teologia, ou seja,construir os conceitos e a estruturar o pensamento é a Escritura...no qual devemos julgar todas as teologias a partir das Escrituras?Abs!

    ResponderExcluir
  40. Lucas, você já pensou em escrever algo em relação a Lutero e os dogmas Marianos?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Já tem muito artigo escrito sobre isso por outras pessoas, veja as listas desses artigos:

      http://heresiascatolicas.blogspot.com.br/2015/12/refutando-calunias-contra-martinho.html

      http://heresiascatolicas.blogspot.com.br/2015/01/refutando-calunias-contra-martinho.html

      Excluir
  41. Lucas, paz e graça irmão. Primeiramente, parabéns por mais um excelente artigo.

    Eu gostaria de saber como você responderia a seguinte falácia apresentada por um apologista católico:

    "Paz e graça servo, quero pedir que analises este poste do Católico :

    OUTRA FALÁCIA

    -------

    Em Seminário realizado numa cidade aqui próxima, fui interpelado por um pastor batista que me alegou estar surpreso com o que ele chamou de "incoerência católica".

    É que, baseado na tradição que afirma ter sido Pedro o primeiro bispo de Antioquia, o pastor não conseguia entender porque o bispo de Roma, e não o de Antioquia, é o detentor do Primado, qual sucessor de Pedro.

    O argumento é capcioso, e se observarmos com atenção os sites e blogs protestantes, o veremos algumas vezes.

    É assim que, imbuído desse pensamento, escreve Lucas Banzoli, no seu blog:

    ---------

    "Vale acrescentar ainda que, de acordo com a tradição antiga, Pedro teria sido bispo de Antioquia antes mesmo de pisar os pés em Roma. Mas, paradoxalmente, os papistas rejeitam por completo o primado dos bispos de Antioquia, sucessores de Pedro por sucessão apostólica, porque implicaria em reconhecer a supremacia da Igreja Ortodoxa, que é "cismática" e "herética"...

    ---------

    O argumento, como disse, é capcioso.

    Mas não se sustenta.

    O argumento é falso!

    E demonstrei a fragilidade dele, do argumento, ao pastor que me abordara.

    O fiz mais ou menos nos termos que seguem.

    É certo que Pedro foi primeiramente bispo de Antioquia e que só posteriormente foi bispo de Roma.

    Mas há que se compreender que, em Pedro, tanto em Antioquia como em Roma, temos o bispo da cidade e TAMBÉM o chefe da Igreja.

    Ao deixar a cátedra antioquena, Pedro providenciou, evidentemente um sucessor, que a Tradição diz ter sido Evódio. Mas, tal sucessor de Pedro é sucessor do bispo da cidade e não do chefe da Igreja, visto que a sucessão NÃO SE DEU PELA MORTE DO APÓSTOLO.

    Pedro , enquanto chefe da Igreja,ainda vivia e continuou a viver por muitos anos quando Evódio o sucedeu.

    Evódio herdou, então, o episcopado de Antioquia.

    Não herdou a liderança sobre toda a Igreja de Cristo.

    Porque Pedro, que detinha tal liderança, CONTINUAVA VIVO.

    Evódio, portanto, sucedeu a Pedro SOMENTE
    NO EPISCOPADO.

    Chefe da Igreja, Pedro assumiu a cátedra romana. Era, então, igualmente o bispo de Roma e o chefe da Igreja, como o fora em Antioquia.

    Só que, morrendo Pedro enquanto bispo de Roma e chefe da Igreja, o seu sucessor, é óbvio, não o foi apenas do bispo, mas igualmente do chefe da Igreja, que acabara de morrer.

    Porque a sucessão se deu pela morte do apóstolo, que era o chefe da Igreja.

    EM ROMA!

    Não em Antioquia.

    Em Antioquia, pois, apenas o bispo foi sucedido.

    Em Roma, o foram o bispo e o chefe da Igreja.

    Daí a preeminência do bispo de Roma qual sucessor legitimo do chefe da Igreja e não apenas do bispo, como foi Evódio.

    Essa explicação é clara.

    O dito pastor a compreendeu.

    É um homem razoável.

    Todavia, muitos protestantes continuarão esperneando.

    Que o façam.

    Mas a evidência está aí...

    -------------------

    Por Maria,

    Fábio Morais."

    Deus abençoe Lucas.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Nunca vi explicação tão ruim. Nem sei o que é pior: essa tentativa patética de malabarismo para defender o indefensável, ou o picareta que escreve o texto, falsificando um suposto “debate” com um suposto “pastor” que ninguém sabe quem é, como se ele fosse capaz de debater com quem quer que seja sem levar uma surra.

      Vamos lá:

      1) É óbvio que o bispo de Antioquia não recebe um primado jurisdicional sobre toda a Igreja, mas isso porque Pedro não exercia um primado jurisdicional sobre toda a Igreja, e consequentemente nenhum de seus “sucessores” o receberiam. Essa é a razão pela qual nem o bispo de Antioquia nem o de Roma exerciam governo como chefes sobre toda a Igreja.

      2) A explicação bizarra que ele deu para rebaixar o cargo dos bispos de Antioquia mas não dos de Roma é o exemplo mais claro e notório de como os palhaços da apologética católica são capazes de qualquer malabarismo de circo para impor suas convicções (devaneios). Ele é incapaz de citar um único documento patrístico antigo que exponha esta convicção como a crença de toda a Igreja, e nem mesmo como a crença particular da Igreja de Roma, e nem mesmo como a crença pessoal de um único indivíduo da época. É meramente uma saída pela tangente que ele arrumou vinte séculos depois de Cristo para poder contornar o problema de maneira sofista e sem lógica alguma. Não possui base histórica e nem fundamento lógico.

      3) Além de não ter fundamento patrístico algum, que ele cite qualquer parte das Escrituras que mostre que toda a autoridade da Igreja recaía sobre os ombros de Pedro e que para ter sua autoridade por sucessão apostólica só valia se Pedro tivesse morrido naquele lugar, e que os outros sucessores não detém a mesma autoridade se Pedro continuasse ainda vivo. Capítulo e versículo, por favor.

      Excluir
    2. 4) Mesmo que Pedro tivesse sido bispo de Roma no final da vida (o que contraria todas as evidências históricas), isso não tiraria dos bispos antioquenos a sucessão petrina, da mesma forma que não tiraria dos bispos romanos. A autoridade da Sé romana, para os teólogos católicos, reside unicamente na suposição de serem sucessores de Pedro, o que os bispos de Antioquia também seriam. O fato de Pedro ter morrido em Roma e não em Antioquia é completamente irrelevante; Inácio de Antioquia morreu em Roma e não em Antioquia, e nem assim mudou algo em relação à sua identificação com Antioquia e em relação ao fato dos bispos antioquenos serem seus sucessores, nem tampouco fez dele um “chefe da Igreja” por ter morrido em Roma. Por décadas os papas reinaram em Avinhão (na França) e não em Roma, e nem por isso a igreja passou a ser a “Igreja de Avinhão” nem a igreja francesa passou a ter mais autoridade que a romana. Ou seja, a autoridade não tem nada a ver se “continuava vivo” ou não, mas unicamente se havia ocupado tal posto em alguma igreja ou não. Uma vez que ocupou, seus sucessores são seus sucessores independentemente se o dito cujo continua vivo ou não, e a autoridade procede da sucessão, não de outro fator.

      5) Em síntese, tudo o que ele faz é chorar e espernear buscando qualquer pretexto vagabundo e ilusório para justificar a contradição; “com Antioquia não vale porque estava vivo, com Roma vale porque já tinha morrido” – o que nunca foi critério nenhum nem na Bíblia, nem na história da Igreja, muito menos pela lógica e razão. É apenas um pretexto pobre e superficial para salvar a lógica da igreja dele. Se os antioquenos fossem tão malandros quanto ele, poderiam sustentar um primado jurisdicional exclusivo de Antioquia com base em sofismas invertidos, como, por exemplo, que em Antioquia há mais autoridade porque o próprio Pedro em pessoa ordenou seus sucessores, o que não teria acontecido em Roma. Ou então que tem mais autoridade porque foi a PRIMEIRA sede de Pedro, e portanto a primaz (no mínimo os papistas teriam que admitir que durante todos os anos em que Pedro esteve em Antioquia o primado era da igreja de Antioquia e não da de Roma, embora façam depois contorcionismo mental para explicar como ela perdeu toda autoridade depois, mas nem isso eles aceitam).

      Abs.

      Excluir

Postar um comentário

ATENÇÃO: novos comentários estão desativados para este blog, mas você pode postar seu comentário em qualquer artigo do meu novo blog: www.lucasbanzoli.com