A cidade das sete colinas (Dave Hunt)
A CIDADE DAS SETE COLINAS
(Dave Hunt)
A Mulher montada na besta é uma mulher numa cidade construída sobre sete colinas, que reina sobre os reis da terra. Será que uma declaração igual já foi feita em toda a história? João imediatamente aconselha a aceitação pelo leitor desta revelação, com “sabedoria”. Não nos atrevemos a negligenciar um esclarecimento. Ela merece nossa atenção cuidadosa e em oração.
Aqui não temos uma linguagem mística nem alegórica, mas uma nada ambígua declaração em palavras claras: “A mulher… é a grande cidade”. Não se justifica procurar uma outra significação oculta. Mesmo que se tenham escrito livros e pregado sermões insistindo em que “Mistério, Babilônia” se refere aos Estados Unidos, claramente não é este o caso, pois os Estados Unidos são um país e não uma cidade. Poder-se-ia justificar referindo-se aos Estados Unidos como a Sodoma, considerando-se a honra agora dada aos homossexuais, mas não é definitivamente a Babilônia que João vê em sua visão. A mulher é uma cidade.
Além do mais, ela é uma cidade construída sobre sete colinas. Isso elimina especificamente a antiga Babilônia. Só uma cidade com mais de 2.000 anos tem sido conhecida como a cidade das sete colinas. Essa cidade é Roma. A Enciclopédia Católica declara: “É dentro da cidade de Roma, chamada a cidade das sete colinas, que a área completa do Vaticano está agora confinada”.
Há certamente, outras cidades, tais como o Rio de Janeiro, que também foram construídas sobre sete colinas. Por conseguinte, João fornece pelo menos mais sete características para limitar a identificação de Roma somente. Examinaremos cada uma em detalhes, nos capítulos seguintes. Entretanto, como uma previsão do lugar para onde estamos indo, vamos listá-los agora e os discutiremos resumidamente. Como veremos, existe apenas uma cidade na terra, a qual, tanto na perspectiva histórica como na contemporânea, passa em todos os testes dados por João, inclusive em sua identificação como a “Babilônia, Mistério”. Essa cidade é Roma, e mais especificamente a Cidade do Vaticano.
Mesmo o apologista católico Karl Keating admite que Roma tem sido reconhecida há muito como a Babilônia. Keating afirma que a declaração de Pedro “Aquela que se encontra em Babilônia… vos saúda” (1 Pedro 5:13) prova que Pedro estava escrevendo de Roma. Ele ainda explica: “Babilônia é uma palavra em código para Roma. Ela é usada dessa maneira seis vezes no último livro da Bíblia (quatro das quais, nos capítulos 17 e 18) e obras extrabíblicas como “Os Oráculos de Sibélio” (5, 159F) , o Apocalipse de Baruque (ii, 1) e 4 Esdras (3:1). Euzébio Panfílio, escrevendo em cerca de 303, afirma que “é dito que a Primeira Epístola de Pedro… foi composta em Roma, e que isso indica que ele está se referindo à cidade em sentido figurado como Babilônia”.
Quanto ao “Mistério”, o nome impresso na fronte da mulher, é uma perfeita designação da Cidade do Vaticano. O mistério é todo o coração do Catolicismo Romano, das palavras “Mysterium Fide” pronunciadas na suposta transformação do pão e do vinho em literais corpo e sangue de Cristo às enigmáticas aparições de Maria ao redor do mundo. Cada sacramento, do Batismo até a Extrema Unção, manifesta o poder que o fiel deve acreditar ser exercido pelo padre, mas para o qual não há evidência alguma. O novo Catecismo de Roma explica que a liturgia “objetiva iniciar a alma no mistério de Cristo (isso é mitologia) e que toda a liturgia da Igreja é um mistério”.
Quem é a Meretriz?
A primeira coisa que nos contam sobre a mulher é que ela é uma “meretriz” (Apocalipse 17:1), “com quem se prostituíram os reis da terra” (verso 2) e que “e, com o vinho de sua devassidão, foi que se embebedaram os que habitam na terra” (verso 3). Porque seria uma cidade chamada de prostituta e praticaria fornicação com reis? Tal acusação jamais poderia ser dirigida a Londres ou Moscou ou Paris – ou qualquer outra cidade comum. Não faria sentido.
Fornicação e adultério são usados na Bíblia tanto em sentido físico como espiritual. Sobre Jerusalém, Deus diz: “Como se fez prostituta a cidade fiel” (Isaías 1:21). Israel, que Deus havia separado dos outros povos, para ser santo para os Seus propósitos, havia entrado na profanidade, alianças adúlteras com nações que adoravam deuses ao seu redor. “…Porque adulterou, adorando pedras e árvores (ídolos)” (Jeremias 3:9). “E com seus ídolos adulteraram” (Ezequiel 23:37). Todo o capítulo de Ezequiel 16 explica em detalhes o adultério espiritual de Israel, tanto com as nações pagãs, como seus falsos deuses, como é feito em muitas passagens.
Não há como uma cidade possa se engajar literalmente com a fornicação carnal. Então só podemos concluir que João, como os profetas do Velho Testamento, está usando o termo no sentido espiritual. Portanto, a cidade deve afirmar uma relação espiritual com Deus. De outro modo, tal alegação não teria significado. Embora construída sobre sete colinas, não haveria razão para se acusar o Rio de Janeiro de fornicação espiritual. Ela não faz afirmação alguma de ter uma relação espiritual com Deus. E embora Jerusalém tenha essa relação espiritual, ela não pode ser a mulher montada na besta, pois não é construída sobre sete colinas. Nem vai preencher outros critérios pelos quais essa mulher será identificada.
Contra uma única cidade na história poderia a acusação de adultério ser feita. Essa cidade é Roma, e mais especificamente a Cidade do Vaticano. Ela afirma ter sido o quartel general do Cristianismo, desde o início, e mantém essa afirmação até hoje. Seu papa entronizado em Roma afirma ser o único representante de Deus, o vigário de Cristo. Roma é o quartel general da Igreja Católica Romana, que afirma ser a única.
Numerosas igrejas, é claro, têm seus quartéis generais em cidades, mas apenas uma cidade tem seu quartel general como igreja. A Igreja Mórmon, por exemplo, tem o seu quartel general em Salt Lake City, mas existem muitas outras igrejas em Salt Lake City, além da Igreja Mórmon. Tal não acontece com a Cidade do Vaticano. Ela é o coração da Igreja Católica Romana e nada mais. Ela é uma entidade espiritual que poderia muito bem ser acusada de fornicação espiritual, se não permanecesse fiel a Cristo.
Na Cama Com os Governantes
Não somente o papa de Roma afirma ser o vigário de Cristo, mas a Igreja que ele encabeça afirma ser a única verdadeira e a noiva de Cristo. A noiva de Cristo, cuja esperança é se reunir ao noivo no céu, não pode ter nenhuma ambição terrestre. Contudo, o Vaticano tem obsessão por empresas terrestres, como prova a história, e em adição a esses objetivos que ela, exatamente como João previu em sua visão, tem se engajado em relações adúlteras com os reis da terra. Esse fato é reconhecido até mesmo pelos historiadores católicos.
Cristo disse aos seus discípulos: “Se vós fosseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; como, todavia, não sois do mundo, pelo contrário, dele vos escolhi, por isso, o mundo vos odeia” (João 1519). A Igreja Católica, contudo, é muitíssimo deste mundo. Seus papas têm construído um império mundial inigualável de propriedades, riqueza e influência. Nem é a construção desse império uma característica abandonada no passado. Já vimos que o Vaticano II estabelece claramente que a Igreja Católica Romana hoje ainda continua a tentar colocar sob o seu controle toda a humanidade e toda a sua riqueza.
O papa tem há muito exigido o domínio sobre o mundo e seus povos. A bula do papa Gregório XI, de 1372, (In Coena Domini) exige o domínio total sobre o mundo cristão, secular e religioso, e excomungou todos os que falharam em obedecer os papas e pagar-lhes seus impostos. In Coenafoi depois confirmada pelos papas subseqüentes e em 1568 o papa Pio V afirmou que essa permaneceria como lei eterna.
O papa Alexandre VI (1492-1503) afirmava que toda terra ainda não descoberta pertencia ao Pontífice Romano, para dela dispor como bem entendesse em o nome de Cristo, como seu vigário. João II de Portugal foi convencido de que em sua Bula Pontifícia Romana o papa havia concedido tudo que Colombo descobrira exclusivamente a ele e seu país. Fernando e Isabel da Espanha, entretanto, pensava que o papa havia dado as mesmas terras a eles. Em maio de 1493, Alexandre VI, nascido espanhol, emitiu três bulas para resolver a disputa.
Em o nome de Cristo, que não tinha onde reclinar a cabeça, este incrível papa Bórgia, afirmando ser o dono do mundo, desenhou uma linha de norte a sul no mapa mundial daquela época, dando tudo que havia no Oriente a Portugal e no Ocidente à Espanha. Desse modo, por concessão papal, “saindo da plenitude do poder apostólico”, a África foi para Portugal e as Américas para a Espanha. Quando Portugal “conseguiu chegar à Índia e Malásia, eles asseguraram a confirmação de tais descobertas por parte do papado…”.
Havia, contudo, uma condição: “Com a intenção de trazer os habitantes… a professar a fé Católica”. Foi exatamente por isso que a América Central e do Sul, as quais, em conseqüência dessa aliança profana entre a igreja e o estado, foram forçadas pelo Catolicismo, através da espada, a permanecerem católicas até os dias de hoje. A América do Norte (com exceção de Quebec e Louisiania) foi poupada do domínio do Catolicismo Romano porque foi amplamente colonizada pelos protestantes.
Nem podem os descendentes dos Astecas, Incas e Maias ter esquecido que os padres católicos romanos, auxiliados pela espada secular, deram aos seus ancestrais a escolha da conversão (que sempre significa escravidão) ou a morte. Eles fizeram tal protesto, quando João Paulo II, em recente visita à América Latina, propôs elevar Junípero Serra (o principal do século 18 que mais forçou o Catolicismo entre os índios) à santificação, que o papa teve de fazer a cerimônia em segredo.
Cristo disse: “O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus ministros se empenhariam por mim…”. Os papas, entretanto, têm lutado com exércitos e armadas em nome de Cristo para construir um vasto império, que é muitíssimo deste mundo. E para aumentar o seu império terrestre, eles têm repetidamente se comprometido em fornicação espiritual com imperadores, reis e príncipes. Afirmando ser a noiva de Cristo, a Igreja Católica Romana tem se refestelado na cama com governantes ímpios através de toda a história, e essa relação adúltera continua até hoje. A fornicação espiritual será comentada com detalhes mais tarde.
Roma Igual ao Vaticano
Alguns podem objetar que é Roma e não a pequena parte conhecida como Cidade do Vaticano, que está edificada sobre sete colinas e que o Vaticano dificilmente pode ser chamado uma “grande cidade”. Embora ambas as objeções sejam verdadeiras, as palavras “Vaticano” e “Roma” são universalmente usadas sem distinção. Exatamente como se alguém se referisse a Washington referindo-se ao governo que dirige os Estados Unidos, assim refere-se a Roma, designando a hierarquia que governa a Igreja Católica.
Tome-se por exemplo um cartaz feito para a divulgação de um encontro realizado em Novembro 15-18, 1993, em Washington D.C., da Conferência Nacional dos Bispos Católicos. Protestando contra qualquer desvio dos desejos do papa, ele dizia: “Roma é o caminho ou a estrada”. Obviamente por “Roma” entende-se o Vaticano. Esse é o uso comum. Roma e o Catolicismo estão tão interligados, que a Igreja Católica é conhecida como Igreja Católica Romana ou simplesmente Igreja Romana. Além disso, por mais de mil anos a Igreja Católica Romana exerceu tanto o controle religioso como o civil sobre toda a cidade de Roma e seus arredores. O Papa Inocêncio III (1198-1216) aboliu o Senado Romano secular e colocou a administração de Roma diretamente sob o seu comando. O Senado de Roma, que havia governado a cidade sob os Césares, havia sido chamado a Cúria Romana. Esse nome, conforme o Dicionário Católico de Bolso, é agora a designação de “de todo o conjunto de escritórios administrativos e judiciais, através dos quais o papa dirige as operações da Igreja Católica”.
A autoridade do papa se estende até mesmo aos grandes territórios fora de Roma, adquiridos no século 18. Naquele tempo, com a ajuda de um documento deliberadamente fraudado, fabricado pelos papas, conhecido como “A Doação de Constantino”, o Papa Estêvão III convenceu Pepino, rei dos francos e pai de Carlos Magno, de que os territórios recentemente tomados pelos Lombardos dos Bizantinos realmente haviam sido doados ao papado pelo Imperador Constantino. Pepino venceu os Lombardos e entregou ao papa as chaves de umas 20 cidades (Ravena, Ancona, Bolonha, Ferrara, Iesi, Gubbio, etc.), e a imensa nesga de terra a ele se juntou, ao longo da costa Adriática.
Datado de 30 de março de 315, a Doação declarava que Constantino havia doado essas terras, junto com Roma e o Palácio Laterano, perpetuamente, aos papas. Em 1454 este documento foi comprovado como sendo uma fraude, por Lorenzo Valla, um adido papal, e é assim considerado pelos historiadores até hoje. Ainda assim os supostos papas infalíveis continuaram durante séculos a asseverar que A Doaçãoera genuína e sobre essa base justificam sua pompa, poder, e possessões. Essa fraude ainda é perpetuada por uma inscrição no batistério da Igreja de São João Laterano em Roma, jamais tendo sido corrigida.
Desse modo, o Estado Papal foi literalmente roubado pelos papas dos seus legítimos proprietários. O papado controlava e taxava esses territórios e extraía grande riqueza deles, até 1848. Nesse tempo o papa, junto com os governantes da maior parte dos outros territórios divididos da Itália, foi obrigado a conceder aos seus súditos rebelados uma constituição. Em setembro de 1860, com protestos furiosos, Pio IX perdeu todos os estados papais para o novo, finalmente unido Reino da Itália, que ainda o deixou, no tempo do Concílio Vaticano I, em 1870, no controle de Roma e seus arredores.
O caso é que, exatamente como João previu em sua visão, uma entidade espiritual que afirmava ter uma relação especial com Cristo e com Deus tornou-se identificada com uma cidade que fora construída sobre sete colinas. Essa “mulher” praticou fornicação espiritual com os governantes da terra e eventualmente reinou sobre eles. A Igreja Católica Romana tem sido continuamente identificada como sendo essa cidade. Como “a mais definida Enciclopédia Católica, desde o Concílio Vaticano II”, declara: “…Daí por que o lugar central de Roma na vida da Igreja hoje e a significação do título Igreja Católica Romana, a igreja que é universal, ainda era o ponto de concentração do ministério do Bispo de Roma. Desde a fundação da Igreja aí por S. Pedro, Roma tem sido o centro de toda a Cristandade”.
Riqueza de Ganhos Mal Adquiridos
A incrível riqueza desta mulher atraiu logo a atenção de João. Ela se vestia de “púrpura e escarlata, adornada de ouro, de pedras preciosas e de pérolas, tendo na mão um cálice de ouro transbordante de abominações e com as imundícias da sua prostituição” (Apocalipse 17:4). As cores púrpura e escarlate uma vez mais identificam a mulher tanto com a Roma pagã como com a cristã. Eram essas as cores dos Césares romanos, com as quais os soldados zombaram de Cristo como Rei (Mateus 27:28 e João 19:2-3), e que o Vaticano tomou para si mesmo. As cores da mulher são ainda literalmente as cores do clero romano. A mesma Enciclopédia Católica acima mencionada declara:
“Cappa Magna. Uma capa com uma longa cauda e uma capa para cobrir os ombros… (ela) era de lã púrpura para os bispos; para os cardeais era de seda tingida de escarlate (para o Advento, Quaresma e Sexta Feira Santae o conclave, lã púrpura); e lã tingida de rosa para Gaudete e Domingos Laetare; e para o papa, era de veludo vermelho, para as Matinas de natal, sarja de seda vermelha em outras ocasiões. Batina (Também Sotaina), roupa até o calcanhar usada pelo clero católico como sua vestimenta oficial… A cor para os bispos e outros prelados é púrpura, para os cardeais é escarlate…”
O “cálice de ouro em sua mão” novamente identifica a mulher com a Igreja Católica Romana. A Edição Broderick da Enciclopédia Católica declara sobre o cálice: “(é) o mais importante dos vasos sagrados... (ele) pode ser de ouro ou de prata, e se desta, a parte interna deve ser folhada com ouro”. A Igreja Católica Romana possui muitos milhares de cálices de ouro maciço guardados em suas igrejas ao redor do mundo. Até mesmo a cruz sangrenta de Cristo foi transformada em ouro e cravejada de pedras preciosas, como reflexo da grande riqueza de Roma. A Enciclopédia Católica diz: “A cruz peitoral (pendurada numa corrente ao redor do pescoço e usada ao peito por abades, bispos, arcebispos, cardeais e o papa) deveria ser feita de ouro e… decorada com pedras preciosas…”.
Roma tem praticado o mal a fim de acumular sua riqueza, pois a “taça de ouro” está cheia de “abominações”. Muita da riqueza da Igreja Católica Romana foi adquirida através do confisco das propriedades das pobres vítimas da Inquisição. Até mesmo os mortos eram exumados para sofrer julgamento e suas propriedades eram confiscadas dos seus herdeiros pela Igreja. Um historiador escreve:
“As punições da Inquisição não acabavam quando as vítimas eram reduzidas a cinzas ou fechadas nas masmorras da Inquisição. Seus parentes eram reduzidos à miséria pela lei de que todas as suas possessões eram confiscadas. O sistema oferecia oportunidades ilimitadas para saques… Esta fonte de ganho largamente demonstra a revoltante prática do que tem sido chamado de ‘julgamento de cadáveres’ (…) Que a prática de confiscar propriedades dos hereges condenados era o produto de muitos atos de extorsão, rapinagem e corrupção não pode ser contestada por pessoa alguma que tenha qualquer conhecimento quer da natureza humana ou de documentos históricos… homem nenhum estava a salvo se a sua riqueza pudesse inflamar a cupidez, ou cuja independência pudesse provocar vingança”
A maior parte da riqueza de Roma tem sido adquirida através da venda de salvação. Incontáveis bilhões de dólares lhe têm sido pagos pelos que julgam estar comprando o céu, no plano de salvação deles e de seus entes amados. A prática continua hoje em dia – mormente quando o catolicismo está no controle, obviamente menos aqui nos Estados Unidos. Nenhum engano ou abominação maior poderia ser perpetrada. Quando o Cardeal Cajetan, estudioso dominicano do século 16, se queixou da venda de perdões e indulgências, a hierarquia da Igreja ficou indignada e o acusou de querer “tornar Roma um deserto inabitado, reduzir o papado à impotência, privar o papa… de fontes pecuniárias indispensáveis ao desempenho do seu ofício”.
A Igreja Católica Romana é de longe a instituição mais rica da terra. Sim, ouvem-se os pedidos periódicos de Roma exigindo dinheiro – apelos afirmando que o Vaticano não pode manter-se com suas limitadas reservas e necessita de assistência monetária. Tais pedidos não passam de conspirações absurdas. O valor de inumeráveis esculturas de mestres tais como Miguel Ângelo, pinturas dos maiores artistas do mundo, e incontáveis outros tesouros e documentos antigos que Roma possui (não apenas no Vaticano, mas nas catedrais ao redor do mundo) está além de qualquer avaliação. No Sínodo Mundial dos Bispos em Roma, o Cardeal Heenan da Inglaterra propôs que a Igreja vendesse alguns desses tesouros supérfluos e desse o resultado aos pobres. Sua sugestão não foi bem recebida.
Cristo e seus discípulos viveram em pobreza. Ele disse aos seus discípulos para não acumular tesouros sobre a terra, mas no céu. A Igreja Católica Romana tem desobedecido este mandamento e acumulado uma pletora de riquezas sem igual, das quais “o Pontífice Romano é o supremo administrador e mordomo…”. Não existe igreja nem cidade alguma que seja uma entidade, uma instituição religiosa passada ou presente, que já tenha pelo menos se aproximado da riqueza da Igreja Católica Romana. Um recente artigo de jornal descreveu apenas uma fração desse tesouro numa localidade:
“O fabuloso tesouro de Lourdes (França), cuja existência foi mantida em segredo pela Igreja Católica, por 120 anos, foi desvendado… Rumores têm circulado durante décadas sobre uma coleção de cálices de ouro sem preço, crucifixos cravejados de diamantes (uma pálida amostra da cruz sangrenta na qual Cristo morreu), prata e pedras preciosas doados por peregrinos agradecidos. Após uma observação indiscreta por seus homens de imprensa esta semana, as autoridades da Igreja concordam em revelar parte da coleção… (algumas) caixas abarrotadas foram abertas e revelaram 59 cálices de ouro, além de anéis, crucifixos, estatuas e broches de ouro maciço, muitos deles incrustados de pedras preciosas. Quase escondida no meio de outros tesouros, está a Coroa de Nossa Senhora de Lourdes, feita por um joalheiro francês em 1876 e cravejada de diamantes. As autoridades da Igreja dizem que é impossível avaliar a coleção. ‘Não tenho idéia alguma’, diz o Padre Pierre-Marie Charriez, diretor de Patrimônio e Santuário. ‘É de valor inestimável’. Através da estrada há uma construção guardando centenas de (antigos) ornamentos eclesiásticos, roupas, mitras, e paramentos – muitos em ouro maciço… ‘A Igreja ela mesma é pobre’, insiste o Padre Charriez. O ‘Vaticano ele mesmo é pobre’”
O tesouro aqui descrito é apenas parte do que se encontra guardado na localidade, na pequena cidade de Lourdes, na França!
A Mãe das Meretrizes e das Abominações
Quanto mais profundamente entramos na história da Igreja Católica Romana e suas práticas correntes, mais impressionados ficamos com a interessante exatidão da visão recebida por João, séculos antes que ela se tornasse uma lamentável realidade. A atenção de João é despertada para o título ousadamente colocado sobre a fronte da mulher: “Mistério, Babilônia a Grande, a Mãe das Meretrizes e Abominações sobre a Terra” (Apocalipse 17:5). Infelizmente, porém, a Igreja Católica Romana se adapta à descrição “mãe das meretrizes e abominações” exatamente como também se adapta a outras. Isto se deve em grande parte à exigência anti-bíblica de que seus sacerdotes sejam celibatários.
O grande apóstolo Paulo era um celibatário e recomendou essa vida a outros que desejassem se devotar inteiramente ao serviço de Cristo. Ele, porém, não fez disso uma condição para a liderança como a Igreja Católica tem feito, impondo, assim, um fardo desnaturado sobre todo o clero, o qual muito poucos conseguem suportar. Pelo contrário, ele escreveu que o bispo deveria ser “marido de uma só mulher” (1Timóteo 3:2), fazendo as mesmas exigências para os oficiais (Tito 1:5-6).
Pedro, que os católicos erroneamente afirmam ter sido o primeiro papa, era casado. Assim eram pelo menos alguns dos outros apóstolos. O fato não era o de terem eles se casado antes de Cristo os chamar, mas isso era aceito como uma norma corrente. O próprio Paulo dizia que ele tinha o direito de se casar como os outros: “E também o de fazer-nos acompanhar de uma mulher irmã, como fazem os demais apóstolos, e os irmãos do Senhor, e Cefas (Pedro)?” (1 Coríntios 9:5).
A Igreja Católica Romana, entretanto, tem insistido sobre o celibato, embora muitos papas, como Sérgio III (904-911), João X (914-928), João XII (955-963), Benedito V (964), Inocêncio VIII (1484-1492), Urbano VIII (1623-1644), e Inocêncio X (16441655), bem como milhões de cardeais, bispos, arcebispos, monges e padres através da história tenham violado estes votos. E como tornam em prostitutas aquelas com quem coabitam secretamente.
Roma é em verdade “a mãe das meretrizes”. Sua identificação como tal é inconfundível. Nenhuma outra cidade, igreja ou instituição na história do mundo com ela se rivaliza em praticar particularmente este mal. A história está repleta de dizeres que zombam do falso clamor da Igreja sobre o celibato e revelou sua verdade: “o eremita mais santo tem sua prostituta” e “Roma tem mais prostitutas do que qualquer outra cidade porque tem a maioria dos celibatários”, são exemplos. Pio II declarou que Roma era “a única cidade cheia de bastardos”(filhos de papas e cardeais). O historiador católico e ex-jesuíta Peter da Rosa escreve:
“Os papas tinham garotas com 15 anos de idade, eram culpados de incesto e perversões sexuais de toda sorte, tinham inumeráveis filhos, eram assassinados em atos de adultério (por maridos ciumentos que os encontravam na cama com suas esposas) […] Daí a velha frase católica, por que ser mais santo do que o papa?”
Em matéria de abominação, mesmo os historiadores católicos admitem que entre os papas estavam alguns dos mais degenerados monstros sem consciência da história. Seus inumeráveis crimes de violência, muitos dos quais estão além de qualquer crença, têm sido citados por muitos historiadores a partir de documentos reservados que revelam a profundidade da depravação papal, alguns dos quais a serem apresentados em capítulos futuros.
Chamar qualquer desses homens de “Sua Santidade, Vigário de Cristo”, é zombar da santidade de Cristo. Ainda assim o nome de cada um desses incríveis papas perversos – assassinos de massas, fornicadores, ladrões, alguns culpados do massacre de milhares – é decantado com louvores na lista oficial de papas da Igreja. Essas abominações que João previu não apenas ocorreram no passado, mas até em nossos dias, como veremos.
Embriagada com o Sangue dos Mártires
Em seguida João nota que a mulher está embriagada - e não com bebida alcoólica. Ela está embriagada com “o sangue dos santos e com o sangue das testemunhas de Jesus…” (Apocalipse 17:6). O quadro é horrível. Não são apenas suas mãos que estão tintas de sangue, mas está embriagada com ele. O assassinato de inocentes que por amor à consciência não concordariam com suas exigências totalitárias tanto a refrescaram e excitaram, que ela está em êxtase.
Logo pensamos nas Inquisições (Romana, Medieval e Espanhola) que durante séculos prenderam a Europa em suas garras terríveis. Em sua História da Inquisição, Canon Llorente, que foi o secretário da Inquisição em Madri de 1790 a 1792, e tinha acesso aos arquivos de todos os tribunais, calculou que somente na Espanha o número de condenados excedeu a 3 milhões, com cerca de 300.000 queimados na estaca. Um historiador católico comenta sobre os acontecimentos que conduziram à supressão da Inquisição Espanhola em 1809:
“Quando Napoleão conquistou a Espanha em 1808, um oficial polonês do seu exército, Coronel Lemanouski, registrou que os Dominicanos (a cargo da Inquisição) se trancaram em seu mosteiro em Madri. Quando as tropas de Lemanouski forçaram a entrada, os inquisidores negaram a existência de quaisquer câmaras de tortura. Os soldados revistaram o mosteiro e as descobriram sob os pisos. As câmaras estavam cheias de prisioneiros, todos nus, muitos loucos. As tropas francesas, acostumadas à crueldade e sangue, não conseguiram segurar seus estômagos diante da visão. Esvaziaram as câmaras de tortura, jogaram pólvora sobre o mosteiro e o explodiram”
Para conseguir as confissões dessas pobres criaturas, a Igreja Católica Romana usava torturas engenhosas, tão cruciantes e bárbaras, que ficaríamos doentes com a sua descrição. O historiador da Igreja, Bispo William Shaw Kerr, escreve:
“A abominação mais hedionda de todas era o sistema de tortura. A narração de suas operações a sangue frio faz-nos estremecer diante da capacidade de seres humanos em matéria de crueldade. E eram decretadas e reguladas pelos papas que afirmavam representar Cristo na terra. Cuidadosas anotações foram feitas não apenas de tudo que era confessado pelas vítimas, mas de seus protestos, gritos, lamentações, interjeições quebradas e apelos por misericórdia. A coisa mais comovente na literatura da Inquisição não é a narração de seus sofrimentos, deixada pelas vítimas, mas os frios memoranda guardados pelos oficiais dos tribunais. Ficamos chocados e estarrecidos, exatamente porque não havia a mínima intenção de chocar-nos”
Os remanescentes de algumas das câmaras de horror permanecem na Europa e podem ser visitados hoje. Elas permanecem como memorial para os zelosos seguidores dos dogmas católicos romanos, os quais permanecem com força total ainda hoje e para uma Igreja que afirma ser infalível e até os dias atuais justifica tais barbaridades. São também memoriais da espantosa exatidão da visão de João em Apocalipse 17. Em um livro publicado na Espanha em 1909, Emelio Martinez escreve:
“A esses três milhões de vítimas (documentados por Llorente), deveriam ser acrescentados milhares e milhares de Judeus e Mouros deportados de suas terras natais… Em apenas um ano, 1481, e apenas em Sevilha, o Santo ofício (da Inquisição) queimou 2.000 pessoas. Os ossos e retratos de outros 2.000… E outros 16.000 foram condenados a variadas sentenças”
Peter de Rosa reconhece que sua própria Igreja Católica “foi responsável por perseguir judeus, pela Inquisição, pelos extermínio dos hereges aos milhares, pela reintrodução da tortura na Europa como parte do processo judicial”. Mesmo assim a Igreja Católica Romana jamais admitiu oficialmente que tais práticas fossem más, nem se desculpou com o mundo nem com qualquer das vítimas ou seus descendentes. Nem podia o Papa João Paulo II se desculpar hoje, porque “as doutrinas responsáveis por essas coisas terríveis ainda estão em vigor”. Roma não mudou interiormente em nada, sejam quais forem as palavras melífluas que ela diga, quando servem aos seus propósitos.
Mais Sangue do que os Pagãos
A Roma pagã praticava os esportes de atirar aos leões, queimar ou de outra maneira matar milhares de cristãos e não poucos judeus. Ainda assim a Roma “cristã” exterminou muitas vezes esse número, tanto de cristãos como de judeus. Além das vítimas da Inquisição, houve os Huguenotes, Albigenses, Valdenses e outros cristãos que foram massacrados, torturados e queimados na estaca às centenas de milhares, simplesmente porque se recusaram a se alinhar com a Igreja Católica Romana e sua corrupção e aos seus dogmas e práticas heréticos. Por questão de consciência eles tentaram seguir os ensinamentos de Cristo independentes de Roma e por esse crime foram amaldiçoados, caçados, aprisionados, torturados e assassinados.
Por que iria Roma se desculpar ou mesmo admitir esse holocausto? Ninguém exige que ela preste contas hoje. Os Protestantes já esqueceram as centenas de milhares de pessoas queimadas na estaca por abraçar o simples evangelho de Cristo e recusarem se dobrar diante da autoridade papal. Incrivelmente, os Protestantes agora estão abraçando Roma como cristã, enquanto ela insiste em que os “irmãos separados” se reconciliem com ela aceitando os seus termos imutáveis.
Muitos líderes evangélicos pretendem trabalhar com os Católicos Romanos para evangelizar o mundo até o ano 2000. Eles não querem saber de nenhuma recordação “negativa” dos milhões de pessoas torturadas e assassinadas pela Igreja à qual eles agora prestam honra, ou ao fato de que Roma prega um falso evangelho de sacramentos e obras.
A Roma “cristã” exterminou judeus aos milhares - muito mais do que a Roma pagã jamais o fez. A Terra de Israel foi considerada como propriedade da Igreja Católica Romana, não dos judeus. Em 1096, o Papa Urbano II promoveu a primeira cruzada para retomar Jerusalém dos Muçulmanos. Com a cruz em seus escudos e armas defensivas, os cruzados massacraram os judeus por toda a Europa em seu caminho até a Terra Santa. Praticamente, o seu primeiro ato ao retomar Jerusalém “para a Santa Madre” foi apinhar todos os judeus numa sinagoga e os incendiar. Esses fatos históricos não podem ser varridos para debaixo do tapete do ajuntamento ecumênico, como se jamais tivessem acontecido.
Nem pode o Vaticano fugir da grande responsabilidade pelo Holocausto Nazista, o qual era inteiramente conhecido por Pio XII, apesar do seu silêncio completo durante toda a guerra sobre um dos assuntos mais importantes. O envolvimento do Catolicismo no Holocausto será examinado mais tarde. Se o papa tivesse protestado, como os representantes das organizações judaicas e as Forças Aliadas lhe pediram que o fizesse, ele teria condenado sua própria Igreja. Os fatos são inescapáveis: Em 1936 o Bispo Berning havia falado com o Fuehrer por quase uma hora. Hitler assegurou ao seu senhorio que não havia diferença fundamental entre o Nacional Socialismo e a Igreja Católica. Não tinha a Igreja que o interrogava considerado os judeus como parasitas e os trancado em guetos?
“Estou apenas fazendo”, ele se gabou, “o que a Igreja tem feito por quinze séculos, somente com mais eficiência”. Sendo ele próprio católico, disse a Berning que “admirava e pretendia promover o Cristianismo”.
Existe, certamente, outra razão pela qual a Igreja Católica Romana não tem se desculpado nem se arrependido destes crimes. Como poderia? A execução dos hereges (inclusive dos judeus) foi decretada pelos papas “infalíveis”. A própria Igreja Católica afirma ser infalível, portanto suas doutrinas não poderiam estar erradas.
Reinando Sobre os Reis da Terra
Finalmente, o anjo revela a João que a mulher “é a grande cidade que domina sobre os reis da terra”(Apocalipse 17:18). Sim, e novamente apenas uma: a Cidade do Vaticano. Os papas coroaram e depuseram reis e imperadores, exigindo obediência, amedrontando-os com excomunhão. No tempo do Primeiro Concílio Vaticano, em 1869, J. H. Ignaz von Dollinger, professor de História da Igreja em Munique preveniu que o Papa Pio IX forçaria o Concílio a fazer um dogma infalível fora “daquela teoria favorita dos papas - que eles podiam forçar reis e magistrados com excomunhão e suas consequências, para prosseguir com suas sentenças de confisco, prisão e morte…”.
Ele relembrou seus companheiros católicos romanos de algumas das más conseqüências da autoridade política papal:
“Quando, por exemplo, (o Papa) Martinho IV colocou o Rei Pedro de Aragão sob excomunhão e interdição… Prometendo em seguida indulgências de todos os pecados àqueles que o guerreassem e o (tirano) Carlos (I de Nápoles) foi contra Pedro, e finalmente declarou seu reinado falso… o que custou aos dois reis da França e Aragão suas vidas e ao francês a perda de seu exército…”
O Papa Clemente IV, em 1265, depois de vender milhões de italianos do Sul a Carlos de Anjou, em troca de um tributo anual de oitocentas onças de ouro, declarou que “ele seria excomungado se o primeiro pagamento fosse efetuado além do termo declarado e que na segunda negligência a nação inteira incorreria em interdição…”.
Embora João Paulo II não tenha mais o poder de fazer tais exigências brutais atualmente, sua Igreja ainda retém os dogmas que o autorizam a fazer isso. E os efeitos práticos de seu poder não são menores do que os dos seus predecessores, embora exercitados bem por trás da cena. O Vaticano é a única cidade que troca embaixadores com as nações e ele o faz com os países mais importantes da terra. Os embaixadores vêm ao Vaticano de todos os países importantes, inclusive dos Estados Unidos, não por mera cortesia, mas porque o papa é hoje o governante mais importante da terra. Até mesmo o Presidente Clinton viajou até Denver em Agosto de 1993 para saudar o papa. Ele se dirigiu a ele como o “Santo Padre” e “Sua Santidade”.
Sim, embaixadores de nações vieram a Washington D.C., a Paris ou a Londres, mas só porque o governo nacional tem sua capital lá. Nem Washington, Paris, Londres ou qualquer outra cidade enviaram embaixadores a outros países. Só a Cidade do Vaticano faz isso. Ao contrário de qualquer outra cidade na terra o Vaticano é reconhecido como estado soberano com seus próprios direitos, separado e distinto da nação da Itália que o rodeia. Não existe outra cidade na história em que isso tenha acontecido e esse ainda é o caso hoje.
Só do Vaticano se poderia dizer que é a cidade que reina sobre os reis da terra. A frase “a influência mundial de Washington” não significa a influência de uma cidade, mas dos Estados Unidos, cuja capital lá se encontra. Quando, porém, se fala da influência do Vaticano ao redor do mundo, é exatamente o que isso significa - a cidade e o poder mundial do Catolicismo Romano e do seu líder, o papa. O Vaticano é absolutamente único.
Alguns sugerem que o Vaticano se mudará para a Babilônia, no Iraque, quando ela for reconstruída. Mas por que o faria? O Vaticano tem preenchido a visão de João de sua localização em Roma durante os últimos quinze séculos. Além do mais, já mostramos a conexão com a antiga Babilônia, a qual o Vaticano tem mantido através de toda a história no Cristianismo paganizado que ela tem promulgado. Quanto à antiga Babilônia, ela nem existia durante os últimos 2.300 anos “para reinar sobre os reis da terra”. A Babilônia estava em ruínas, enquanto a Roma pagã e depois a Roma católica, a nova Babilônia, estava realmente reinando sobre os reis da terra.
Um historiador do século dezoito contou 95 papas que afirmavam ter o poder divino para depor reis e imperadores. O historiador Walter James escreveu que o Papa Inocêncio III (1185-1216) “tinha toda a Europa em sua rede”. Gregório IX (1227-1241) trovejava que o papa era o senhor e mestre de todos e de tudo. O historiador R. W. Southern declarou: “Durante todo o período medieval havia em Roma uma única autoridade temporal e espiritual (o papado), exercitando poderes que no fim excederam os que jamais haviam existido sob as garras do imperador romano”.
Que os papas reinaram sobre os reis é um incontestável fato histórico, o qual documentaremos inteiramente, mais tarde. Por causa disso, tão horríveis abominações foram cometidas, conforme João previu, é indiscutível. O Papa Nicolau I (858-867) declarou: “Só nós (os papas) temos o poder de prender e soltar, de absolver Nero e condená-lo, e os Cristãos não podem, sob pena de excomunhão, executar outro julgamento senão o nosso, o qual é infalível”. Ao mandar que um rei destrua um outro, Nicolau escreveu: “Nós o ordenamos, em nome da religião, a invadir seus estados, queimar suas cidades, e massacrar seu povo… “.
A informação qualificativa que João nos dá sob inspiração do Espírito Santo, para identificar a mulher, que é uma cidade, é específica, conclusiva e irrefutável. Não existe cidade sobre a terra, no passado ou no presente, que preencha todos esses critérios, exceto a Roma católica e agora a Cidade do Vaticano.
Por: Dave Hunt.
Extraído do livro: “A Mulher Montada na Besta”.
Traduzido por: Mary Schultze.
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Se a Igreja Católica é a meretriz do Apocalipse com quem se prostituíram os reis da terra, o que dizer disto?:
ResponderExcluir''Dizem por aí que a Igreja Católica sempre guiou suas decisões pelos interesses dos poderosos. Seria interessante que aqueles que afirmam isso explicassem por que o Papa Clemente VII se recusou a conceder o divórcio a Henrique VIII. O rei ficaria satisfeito, e não teria acontecido o cisma anglicano, não é mesmo? Mas a Santa Igreja preferiu perder toda a Inglaterra a trair o Evangelho.'' Fonte: O Catequista.
E muitos católicos foram perseguidos e mortos por causa disso. O Papa, se tiver de condenar os feitos das nações, fá-lo na cara dos governantes, que sempre espreitaram a Igreja Católica por causa de suas posturas. Vide as cristiadas pelo mundo e a perseguições contra os católicos, como na Guerra Civil Espanhola, onde os comunistas mataram 13 bispos, 4184 sacerdotes, 2365 frades e monges, 283 irmãs, e milhares de leigos foram assassinados "in odium fidei", a esmagadora maioria no decorrer dessa terrível guerra. Os reis da erra é que quiseram destruir a Igreja Católica, inclusive os príncipes que se aliaram aos protestantes. A ONU, e outras nações, isoladamente, não gostam nem um pouquinho da Igreja.
Respondido aqui:
Excluirhttp://heresiascatolicas.blogspot.com.br/2015/03/o-vitimismo-catolico-com-o-caso-do.html
Roma é a cidade das colinas, como diz o comentário acima. A escritura fala que a cidade está "sobre" 7 colinas. Roma tem 7 colinas, mas a cidade não está sobre as colinas. A Ilha de Manhattan queria dizer ilha das colinas. No século 19 houve uma grande terraplanagem para a construção da cidade de Nova York. Nova York está sobre colinas terraplanadas. Muitos Navios vêem Nova York de longe. Está sobre muitas águas e tem muitos povos ali morando e falam uma só língua, o Inglês. Pessoas saem do Brasil para comprar lá. Tem muito comércio lá....Pensem um pouco nessa minha esplanação!
ExcluirRoma não está sobre sete colinas? Então quer dizer que todos os escritores dos últimos 27 séculos estavam enganados?
ExcluirE o que Roma da época de João (século I) tem a ver com a ilha de Manhattan do século XIX? E o que os navios verem Nova York tem a ver com a profecia de João? E o que as pessoas do Brasil comprarem coisas em Nova York tem a ver com qualquer coisa tratada neste blog? Você lê aquilo que você escreve?
Lê apocalipse 18
ResponderExcluirJá li pelo menos 70 vezes, assim como todo o resto do Novo Testamento.
ExcluirEntão parabéns!
ResponderExcluirObrigado.
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