Os Pais da Igreja contra o culto às imagens



Na imaginação fértil dos papistas, a Igreja primitiva se reunia em templos enormes, luxuosos e deslumbrantes (além de extremamente caros), que estavam repletos de imagens de escultura dos “santos” canonizados pelo “papa” Pedro, e os primeiros cristãos se prostravam diante destes pedaços de pau e de pedra e cultuavam uma imagem morta, pedindo a intercessão do pai Abraão, rezando a Moisés, invocando a alma de Maria e venerando os defuntos.

Certo. Que os papistas são craques em fantasia, isso nós já sabemos. Mas que evidências temos (além da própria Bíblia, evidentemente) de que os primeiros cristãos não cultuavam imagens de escultura em seus templos? Há uma multidão de evidências, extraídas daqueles que são chamados “Pais da Igreja”, sim, aqueles mesmos que os papistas acham que eram católicos romanos (risos). Não há absolutamente nenhuma evidência patrística, nos primeiros três séculos de Igreja, de que os cristãos costumavam cultuar imagens de escultura em templos religiosos.

Eu já li muitos escritos dos Pais da Igreja, já consultei muitos sites católicos que tentam fazer mágica para distorcer textos simples e plantam até bananeira para provar o contrário, mas até hoje não vi um único texto – nada mesmo – que prove isso. Nada de nada. As “evidências” católicas são de data posterior à época em que o Cristianismo se tornou a religião oficial do império romano (trataremos disso em um segundo), mas, antes disso, há um verdadeiro arsenal de textos que contradizem esta prática pagã e, consequentemente, romana. Analisaremos alguns deles.

Comecemos com Irineu de Lyon (130-202), que, contra os gnósticos, dizia:

“Denominam-se gnósticos. Eles também possuem imagens, algumas delas pintadas, e outras formadas a partir de diferentes tipos de materiais; e afirmam que uma imagem de Cristo foi feita por Pilatos no tempo em que Jesus viveu entre eles. E coroam estas imagens e as expõem com as imagens dos filósofos do mundo, a saber, com as imagens de Pitágoras, de Platão, de Aristóteles e de outros. Eles têm também outras formas de honrar estas imagens, precisamente como os pagãos[1]

Irineu relata a honraria prestada pelos gnósticos às suas imagens não como algo comum ou já praticável pela igreja da época, mas, ao contrário, como algo inusitado, estranho, incomum. Ele inclusive condena os gnósticos por honrarem estas imagens, porque nisso fazem precisamente como os pagãos. Esta é, curiosamente, a mesma coisa que os cristãos vivem dizendo aos papistas: vocês fazem com as suas imagens as mesmas coisas que os pagãos fazem com as imagens deles. Irineu já enfrentava naquela época a mesma coisa que enfrentamos hoje!

Clemente de Alexandria (150-215) foi além e disse também que toda imagem ou estátua é um ídolo, e que os cristãos não têm nenhuma destas representações materiais:

Toda imagem ou estátua deve chamar-se ídolo porque não é outra coisa que matéria vil e profana, e por isso Deus, para arrancar pela raiz a idolatria, proibiu em seu culto qualquer imagem ou semelhança das coisas que estão no céu ou na terra, proibindo igualmente a sua fabricação; e é por isto que nós os cristãos não temos nenhuma daquelas representações materiais[2]

Note que ele não diz que “toda imagem ou estátua que é um ídolo...”; ao contrário, ele afirma que “toda imagem ou estátua é um ídolo”, mostrando desconhecer a distinção papista posterior que faz diferença entre “imagens de santos” e “imagens de ídolos”. Ele, além disso, faz questão de declarar que os cristãos não tinham nenhuma daquelas representações materiais (imagens ou estátuas). O católico fanático pode tentar fazer o malabarismo que quiser em torno destas palavras explícitas e cristalinas de Clemente, que mesmo assim não conseguirá negar a clareza com a qual ele afirma isso.

Tertuliano (160-220) escreveu um tratado inteiro “Sobre a Oração”, mas, curiosamente, não escreve em um só lugar para orarmos aos santos falecidos. Ao contrário, o que ele nos diz é que o homem só deve venerar a Deus, e a ninguém mais:

“Consideremos, pois, irmãos abençoados, a celeste sabedoria de Cristo, que se manifesta, em primeiro lugar, pelo preceito de orar em segredo (cf. Mt 6,6). Por aí Cristo induzia o homem a acreditar que o Deus Onipotente nos vê e nos escuta em toda parte, mesmo em casa e nos lugares mais escondidos. Ao mesmo tempo, ele queria que a nossa fé fosse discreta, de modo que, confiante na presença e no olhar de Deus em toda parte, reservasse o homem só a Deus a sua veneração[3]

Primeiro, Tertuliano diz que devemos orar em segredo. Essa seria a hora perfeita para ele dizer que os santos falecidos nos escutam mesmo depois de mortos, mas, em vez disso, eles nos diz que o Deus onipotente é quem “nos vê e nos escuta em toda parte, mesmo em casa e nos lugares mais escondidos”. Como se isso já não fosse suficientemente claro, ele prossegue afirmando que devemos venerar somente a Deus!

Orígenes (185-253), ao escrever contra Celso, chamou de “ignorantes” aqueles que se dirigiam a objetos sem vida, e ressaltou que nenhum cristão fazia o mesmo:

“São os mais ignorantes que não se envergonham de dirigir-se a objetos sem vida... e ainda que alguns possam dizer que estes objetos não são deuses mas tão-só imitações deles e símbolos, contudo se necessita ser ignorante e escravo para supor que as mãos vis de uns artesãos possam modelar a semelhança da Divindade; vos asseguramos que o mais humilde dos nossos se vê livre de tamanha ignorância e falta de discernimento[4]

O interessante é que Orígenes não apenas condena o ato de se dirigir às imagens, mas também condena a própria explicação que os papistas idólatras dão para a sua própria idolatria, que é a falácia de que “não estamos cultuando a imagem em si, mas sim aquilo que a imagem representa...”. Orígenes já conhecia este argumento, porque era exatamente assim que os pagãos agiam na época! Eles também diziam não cultuar a imagem em si, mas sim aquilo que ela representa. Orígenes então refuta também esta distinção que ele considera “ignorante” e declara que até o mais simples dentre os cristãos não faz o mesmo!

Imagine se os cristãos da época fizessem a mesma coisa que os romanistas fazem hoje, e também cultuassem imagens de “santos” sob o pretexto de que estão na verdade cultuando o que a imagem representa. Como é que Orígenes poderia rebater seu interlocutor pagão, se os próprios cristãos estariam usando um argumento idêntico para justificar o culto às suas imagens? Como é que Orígenes poderia honestamente refutar essa distinção, se os próprios cristãos também faziam tal distinção? Não poderia. Graças a Deus que Orígenes nunca foi papista!

Outro Pai da Igreja que condenou o culto às imagens foi Cipriano de Cartago (200-258), que disse:

“Para quê prostrar-se diante das imagens? Eleva os teus olhos ao céu e o teu coração; aí é onde deves buscar a Deus”[5]

Ironicamente, a forma que os católicos mais costumam cultuar as imagens é exatamente essa: prostrando-se. Cipriano rejeita isso e pede que elevemos os olhos para buscar somente a ele: Deus.

O escritor eclesiástico Lactâncio (240-320), por sua vez, tratou de colocar as imagens para fora da esfera da religião:

É indubitável que onde quer que há uma imagem não há religião. Porque se a religião consiste de coisas divinas, e não há nada divino a não ser nas coisas celestiais, segue-se que as imagens se acham fora da esfera da religião, porque não pode haver nada de celestial no que se faz da terra”[6]

E Eusébio de Cesareia (265-339), em sua epístola a Constância Augusta, escreveu que “é repugnante só a ideia de que possa haver pinturas nos lugares destinados ao culto”[7]. Em sua obra mais famosa, a “História Eclesiástica”, Eusébio deixa claro que as imagens de Pedro e de Paulo não eram um costume cristão, mas sim um costume pagão, vigente entre eles:

"E não é estranho que tenham feito isto os pagãos de outro tempo que receberam algum benefício de nosso Salvador, quando indagamos que se conservavam pintadas em quadros as imagens de seus apóstolos Paulo e Pedro, e inclusive do próprio Cristo, coisa natural, pois os antigos tinham por costume honrá-los deste modo, sem distinção, como a salvadores, segundo o uso pagão vigente entre eles"[8]

O Concílio de Elvira, reunido em 305 d.C, proclamou o seguinte em relação às pinturas na Igreja:

"Ordenamos que não haja pinturas na Igreja, de modo que aquele que é objeto de nossa adoração não será pintado nas paredes”[9]

Epifânio (320-403) foi um dos mais enfáticos contra o culto às imagens. Foi essa a reação que ele teve quando viu uma dentro da igreja:

“Eu encontrei um véu suspenso nas portas desta mesma igreja, o qual estava colorido e pintado, ele tinha uma imagem, a imagem de Cristo pode ser ou de algum santo; eu não recordo mais quem ela representava. Eu pois tendo visto este sacrilégio; que numa igreja de Cristo, contra a autoridade das Escrituras, a imagem de um homem estava suspensa, lacerei aquele véu[10]

Epifânio considerava aquilo: (a) um sacrilégio; (b) algo que contraria a autoridade das Escrituras; (c) algo que merecia ser destruído. Agora imagine uma igreja que já era acostumada, há três séculos ininterruptos, a ter várias imagens em todos os seus templos e em todos os lugares. Se fosse assim, será que Epifânio iria reagir desta maneira? Será que Epifânio, que já conhecia o Cristianismo perfeitamente bem e que já congregava na igreja há tanto tempo, iria reagir desta forma ao ver uma imagem em uma ocasião específica?

A reação que Epifânio teve se parece muito com a que um evangélico teria ao entrar em uma igreja evangélica e de repente se deparar com uma imagem ali. Ele certamente ficaria revoltado, por algo incomum e antibíblico. Mas imagine um católico, criado na igreja católica, que aprende desde cedo que imagens são legais e de repente decide agir desta forma ao entrar em um templo católico e ver uma imagem ali, que seria a coisa mais comum e normal do mundo! Não faz sentido. Mas, ironicamente, os católicos afirmam de pés juntos que Epifânio era um “católico romano”, e não um evangélico! E que toda a igreja da época também era! É uma pena que Epifânio ainda tenha dito isso sobre a tal imagem:

"Um homem da tua retido devia ser cuidadoso em suprimir uma ocasião de ofensa, indigna da Igreja de Cristo e dos cristãos que estão confiados a teu cargo"[11]

Indigna da Igreja de Cristo! E mesmo assim eles creem que a “Igreja de Cristo” é a Romana! Os papistas teriam um infarto se voltassem ao século III e vissem uma igreja “católica” sem imagem nenhuma!

Como, então, que a igreja da época passou a ter uma infestação de imagens? Simples: quando o Cristianismo se tornou a religião oficial do império romano, em 380 d.C, através do decreto do imperador bizantino Teodósio. Quando o Cristianismo se tornou a religião oficial do império, todos os cidadãos tinham que se tornar cristãos, pois o próprio Estado havia se tornado um Estado cristão. Na época não existia um “Estado laico”, onde o indivíduo pode escolher tranquilamente que religião seguir (ou nenhuma delas) sem ser coagido ou constrangido a adotar uma em particular.

O problema é que ninguém consegue mudar uma cultura inteira do dia pra noite. A multidão de pagãos que em um passe de mágica se tornaram “cristãos” trouxe consigo seus costumes e suas práticas pagãs para dentro da Igreja. Havia milhares de templos pagãos espalhados por todo o império, e estes templos não foram destruídos para dar lugar a “templos cristãos”, ao contrário: eles foram apenas modificados convenientemente, passando a ser, da noite para o dia, “templos cristãos”. Da mesma forma, os pagãos não destruíram todas as suas milhares de imagens espalhadas por todo o império: eles as mantiveram mudando-se apenas o nome.

Assim, as imagens dos deuses do paganismo romano viraram, em um passe de mágica, imagens de “santos” do Cristianismo (Ísis, por exemplo, virou a virgem Maria). O panteão de deuses do paganismo foi somente transformado no panteão de “santos” do catolicismo, para que a essência do paganismo permanecesse a mesma. Os pagãos também tinham um deus da paz, um deus da guerra, outro do amor, um da força, outro da sabedoria, e assim por diante, e da mesma forma na Igreja passou a haver um "santo" responsável por cada uma destas funções, além de muitas outras. Assim como muitas cidades romanas tinham um deus específico para ela, também a Igreja providenciou "santos padroeiros" para as cidades. 

Em momento algum o paganismo foi suplantado ou aniquilado, ele foi apenas modificado para uma carinha “cristã”. Agora não era mais paganismo puro, mas paganismo disfarçado de “Cristianismo”. É lógico que tudo isso não ocorreu da noite pro dia. Foram séculos de desvio que foram se acentuando até chegar ao ponto em que vemos hoje, onde já é impossível distinguir catolicismo romano de paganismo puro. Nem disfarçar eles disfarçam mais, como mostrei neste artigo. Como essa paganização foi gradual, ainda não vemos os Pais do século IV e V defendendo o uso de imagens com tanta ênfase como vemos, por exemplo, um João Damasceno defendendo no século VIII. O resultado final desta mistura de Cristianismo com paganismo é o que conhecemos hoje pelo nome de Catolicismo Romano – a mãe de todas as abominações da terra (Ap.17:5).

Paz a todos vocês que estão em Cristo.

Por Cristo e por Seu Reino, Lucas Banzoli (lucasbanzoli.com)

[1] Contra as Heresias, Livro I, 25:6.
[2] Strom. 7:5 (ANF 2:530). 
[3] Tratado sobre Oração, 1:4.
[4] Contra Celso, 6:14.
[5] Ad Demetr.
[6] Instituições Divinas 2:19.
[7] Epístola a Constância Augusta.
[8] História Eclesiástica, Livro VII, 18:4.
[9] Concílio de Elvira, Ano 305, Cânon 36.
[10] Preservado em Preservado em Jerônimo, Epístola 51.
[11] ibid.

Comentários

  1. Lucas ele vão alegar que nas catacumbas de Roma, bem no inicio do primeiro século, havia figuras de Jesus, de Maria, etc...

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    1. O católico que eventualmente afirmar isso prova que é definitivamente lesado. O que existiam nas catacumbas eram desenhos, vou repetir, DESENHOS dos personagens bíblicos, e não IMAGENS DE ESCULTURA dos mesmos, e em momento nenhum se provou que os primeiros cristãos CULTUAVAM aqueles desenhos! Ora, até os protestantes fazem desenhos de personagens bíblicos, representações teatrais, Bíblias ilustradas para crianças, etc, mas isso não tem NADA A VER (e não "nada haver", como costuma dizer um certo apologista católico iletrado) com cultuar imagens de escultura, como os católicos romanos fazem hoje.

      Ainda fica o desafio: que qualquer católico me prove, por QUALQUER escrito de QUALQUER pai da igreja até o século III, que os cristãos da época fabricavam imagens de escultura, as colocavam em seus templos e locais de adoração, e prestavam culto (de dulia ou latria, do que quer que seja) a elas.

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    2. Já ouvi esse argumento uma vez na TV, onde um tal de padre Paulo Ricardo, afirmava que por isso a igreja nasceu católica! No entanto, o fato de existir essas coisas e de serem antigas não podem validar esse argumento. Além das observações feitas pelo Lucas, temos que lembrar também que desde o início da igreja e principalmente após a morte dos apóstolos, heresias foram se infiltrando na cristandade, não é de se admirar que isso aconteceria com os romanos, cheios de herança de crenças estranhas a fé genuína cristã. Quem foram as pessoas que fizeram esses desenhos? Eram devidamente doutrinadas? Eram verdadeiramente convertidas? Os apóstolos praticavam isso?

      Se uma prática deve ser aceita como cristã por ser antiga, devemos aceitar muita coisa abominável na igreja! Ser antigo nem sempre é o critério mais confiável!

      Dionatan.

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    3. Bem colocado, Dionatan. E vale acrescentar também que os católicos ortodoxos, do Oriente, até hoje não aceitam imagens de escultura em seus templos, mas apenas ícones - isso se explica facilmente pelo fato da paganização do império ter atingido Roma de forma mais especial, por ser a capital. Mas os papistas são seletivos e arbitrários, eles pegam meia dúzia de bispos ocidentais de data posterior ao século III e então tentam convencer os zumbis de que "a Igreja primitiva sempre cultuou imagens". E tem gente leviana que ainda cai nessa lavagem cerebral, infelizmente.

      Abraços.

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  2. Faltou falar do São Longuinho, o Santo dos 3 pulinhos, como ele é conhecido (risos)...

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  3. Lucas, poderia me indicar seu arsenal de estudos?

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    1. Você se refere aos textos patrísticos contra as doutrinas católicas?

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  4. Lucas, encontrei um outro blog para refutar o catolicismo, vejahttp://catolicospornascimento.blogs.sapo.pt/quem-deu-a-biblia-ao-mundo-14564

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    1. É muito bom que haja mais blogs contra o catolicismo (ainda não conhecia esse), porque no momento há uma enorme desproporcionalidade entre sites evangélicos que refutam o catolicismo e sites católicos que atacam o protestantismo (que existem em bem maior número, sem comparação). No entanto eu confesso que não gostei do formato da letra que ela usa, é ruim de se ler e parece mais infantil, acaba ficando quase tão tosco quanto o site do Macabeus. Seria bom que alguém recomendasse a ela trocar o formato da letra, pode ser Verdana, Arial, Times ou qualquer outra, menos aquela!

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  5. Lucas, você poderia nos informar nomes de outros blogs que refutam o catolicismo.

    Sandro

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    1. "Conhecereis a Verdade":

      http://conhecereis-a-verdade.blogspot.com.br

      "Firme Fundamento":

      http://firmefundamento.comunidades.net

      "Resistência Apologética":

      http://resistenciaapologetica.blogspot.com.br

      "E-Cristianismo":

      http://e-cristianismo.com.br

      "A Grande Cidade":

      http://agrandecidade.com

      "Nascidos Católicos":

      http://catolicospornascimento.blogs.sapo.pt

      "O Novo Caminho":

      http://portoghese.lanuovavia.org/portoghese_conf_1_ccr_10_falsificazioni_imposture.htm

      "Cai a Farsa Romanista":

      http://www.caiafarsaromanista.comunidades.net/index.php

      "Arquivo Bíblico":

      http://arquivobiblicoestudos.blogspot.com.br

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  6. Lucas, achei um site católico de "alto nível" (kkkk) pra você refutar: http://www.programafalandodefe.com.br/2010/perguntas-a-que-nenhum-evangelico-consegue-responder

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    1. Esse artigo é velho. O autor (um orkuteiro chamado Evaldo Gomes, que diz ser professor de português) me enviou o artigo há alguns anos atrás, na época em que este blog nem existia ainda. Eu percebi imediatamente que o intuito dele nunca foi de criar um artigo para ser refutado, mas sim de escrever milhares de coisas sobre milhares de assuntos diferentes (em outras palavras: encher linguiça) para dificultar a refutação, é uma tática que ele sempre usa. Na época eu criei um artigo onde refuto a essencia do texto dele, os alicerces de onde todo o restante está dependente, que é o artigo "A Igreja Católica é a Igreja fundada por Cristo?", no Apologia Cristã:

      http://apologiacrista.com/index.php?pagina=1083930598

      Ele leu e até hoje (uns quatro anos depois) ainda não escreveu qualquer refutação.

      Vale ressaltar que os outros temas que ele cita no artigo dele (ele lista vários diferentes) já foram cada um deles respondido em artigos deste blog (este blog tem 250 artigos sobre os mais variados temas, que abrangem as 95 perguntas deles e ainda outras que ele não tocou no artigo).

      Abraços.

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  7. Lucas, o que é um gnóstico?

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  8. Lucas uma ajuda por favor:
    Um rapaz me mostrou essa suposta afirmação de Clemente contra as imagens, mas quando eu pedi para ele me mostrar o documento histórico confirmado pela história e arqueologia que confirme tal fato ele simplesmente abandonou a conversa.
    Poderia por favor postar a fonte histórica que tirou essa afirmação de Clemente?

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    1. Olá. Leia a minha resposta abaixo ao "Messiânico de Yeshua".

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  9. Lucas parabéns amigo pelo seu blog ele trás muita luz para muitos de nós cristãos evangélicos, me diga por favor voçe tem em pdf os escritos dos pais da igreja estou precisando por que uma católico me desafiou a apresentar a fonte do documento de clemente e dos outros pais da igreja que voçe postou aqui que combatiam a pratica de fazer imagens de esculturas para adora-las, se tiver me ajude, desde já te agradeço

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    1. Olá, a paz.

      Praticamente todas as referências podem ser encontradas no "New Advent":

      http://www.newadvent.org/fathers/

      Ou então no "Christian Classics Ethereal Library":

      http://www.ccel.org/fathers.html

      Outras referências são extraídas de livros referentes a patrística. Tal é o caso da citação de Clemente, que é citada no livro "A Las Fuentes del Cristianismo", escrito por Samuel Vila, e disponível na página 32, neste link:

      http://www.unionmedicaevangelica.com/wp-content/uploads/A-las-fuentes-del-cristianismo-Vila-Samuel.pdf

      A citação que ele atribui a Clemente é presumivelmente de Orígenes, já que a fonte é a obra "Contra Celso". Eu revisei o livro e embora não tenha localizado a citação exata, encontrei dezenas de citações semelhantes, onde o mesmo escreve com ainda mais ênfase contra as imagens. Segue algumas das citações que você pode encontrar neste link (http://www.newadvent.org/fathers/0416.htm):

      “Pois a maldade e a feitiçaria levaram uma nação inteira a subir não só acima dos ídolos e imagens erguidas por homens, mas também acima de todas as coisas cridas, para ascender à origem incriada do Deus do universo” (Contra Celso, Livro II, 51)

      “Nós manifestamos claramente a ilustre natureza de nossa origem, e não a escondemos – como Celso imagina – que imprimimos na mente dos nossos convertidos um desprezo para com todos os ídolos e todas as imagens de todos os tipos, e, além disso, não cultuamos coisas criadas em vez de Deus; ao contrário, nos elevamos ao Criador universal” (Contra Celso, Livro III, 15)

      “Mas se estas opiniões dos judeus e cristãos desagradam Celso (o qual não parece entender), e eles devem ser considerados vermes e formigas, diferentes do resto da humanidade, deixe-me analisar as opiniões reconhecidas de cristãos e judeus e compará-las com o resto da humanidade... [Celso] afirma que eles são como vermes e formigas, mas não nos afastamos de Deus para, sob uma vã aparência de piedade, adorarmos a animais irracionais, ou as imagens, ou outros objetos, que são obras de mãos humanas” (Contra Celso, Livro IV, 26)

      “Deus é reconhecido como sendo acima de todas as coisas, e entre eles [israelitas] nenhuma imagem de escultura foi permitida. Porque nem pintor nem santeiro existia em seu estado, e a lei expulsou tudo isso deles, porque não pode haver pretexto para a construção de imagens – uma arte que atrai a atenção dos homens tolos, e que arrasta para baixo os olhos do espírito de Deus para a terra” (Contra Celso, Livro IV, 31)

      “Ninguém que obedece a lei de Moisés vai se curvar aos anjos que estão no céu, da mesma maneira como não vai se curvar ao sol, a lua ou as estrelas” (Contra Celso, Livro V, 6)

      “Embora Celso diga que um judeu possa se curvar para o céu e para os anjos no céu, tal prática não é de todo judeu, mas é uma violação do judaísmo, como também é fazer reverência ao sol, a lua e as estrelas, assim como a imagens. Você vai encontrar pelo menos no livro de Jeremias as palavras onde Deus proíbe pela boca do profeta que os judeus fizessem reverência a esses objetos, ou que sacrificassem à rainha do céu, ou a qualquer ser celestial. Os escritos cristãos também proíbem os pecados cometidos pelos judeus, e por causa desses pecados (idolatria) Deus os abandonou, como vemos registrado nos Atos dos Apóstolos, e nos profetas, e nos escritos de Paulo, que foi cuidadosamente treinado nos costumes judaicos e convertidos posteriormente ao Cristianismo por uma milagrosa aparição de Jesus, e suas palavras podem ser lidas na Epístola aos Colossenses: ‘Ninguém vos domine a seu bel-prazer com pretexto de humildade e culto dos anjos, envolvendo-se em coisas que não viu; estando debalde inchado na sua carnal compreensão, e não retendo a Cabeça, que é Cristo, da qual todo o corpo, provido e organizado pelas juntas e ligaduras, vai crescendo com o aumento concedido por Deus’” (Contra Celso, Livro V, 8)


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    2. “Uma vez que o Evangelho exige que nós não nos ocupemos em estátuas e imagens, ou qualquer uma das obras criadas de Deus, os cristãos ascendem às alturas e apresentam a alma ao Criador” (Contra Celso, Livro V, 35)

      “O que precisamos dizer a respeito das magias para evitar o mal, ou da fabricação de imagens, ou a semelhança de demônio, ou os vários tipos de antídotos contra veneno encontrado na roupa, pedras, plantas, raízes ou, em geral, todos os tipos de coisas? Em relação a estas coisas, a razão não nos obriga a oferecer qualquer defesa, uma vez que não somos responsáveis nem no menor grau de suspeita de práticas de tal natureza” (Contra Celso, Livro V, 39)

      “E Deus será entendido como Espírito na medida em que o culto prestado a Ele é processado em espírito e com compreensão. Não é, no entanto, com imagens que estamos adorando o Pai, mas com a verdade, que veio por Jesus Cristo, após a promulgação da lei por Moisés” (Contra Celso, Livro V, 70)

      “Aqueles que foram ensinados na escola de Jesus Cristo rejeitaram todas as imagens e estátuas, e até mesmo todas as superstições dos judeus, e assim podemos olhar mais alto, através da Palavra de Deus” (Contra Celso, Livro VI, 41)

      E mesmo de Clemente de Alexandria, pra não dizer que ele também não descria em imagens, o próprio escreve:

      “As imagens construídas pelos artífices são feitas de matéria inerte, para a qual elas também são inertes, e materiais, e profanas... obras de arte não podem ser consideradas sagrado e divino” (Stromata, Livro VII, 5)

      Há várias outras citações semelhantes tanto em Orígenes quanto em Clemente, que eu pretendo traduzir em breve para escrever um outro artigo voltado exclusivamente a isso.

      Abraços.

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    3. Como os cristãos iriam fazer escultura nas catacumbas

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    4. Que argumento idiota, durante três séculos os cristãos se reuniam em casas e podiam perfeitamente ter imagens de escultura nessas casas, da mesma forma que muitos católicos possuem imagens em suas casas, mas há ZERO referências patrísticas afirmando isso, contra DEZENAS dizendo explicitamente o contrário. E o pior é que mesmo no período de liberdade religiosa quando os cristãos passaram a congregar em templos (a partir do século IV), ainda assim a patrística segue sem nenhuma referência a imagens e muitas contra. Só a partir do século sétimo começa a haver referências a imagens de escultura em templos cristãos para serem cultuadas.

      E ainda a culpa é das catacumbas... :/

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  10. Estou feliz por ter na internet um site como este tão claro quanto o sol do meio dia, que mostra a verdade se a rodeios. Parabéns Lucas Banzoli, pela obra que você tem feito através do poder de Deus. Continue assim! Um abraço querido amigo. DEUS SEJA LOUVADO PARA SEMPRE!

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    1. Muito obrigado! Que Deus lhe abençoe igualmente, abraços!

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  11. Olá. Meus parabéns por esse blog. Muito elucidativo. Me ajuda muito. É verdade que os ídolos são casas de demônios? Ocorreu uma manifestação maligna em uma determinada casa e ao lada desta manifestação tinha uma imagem (a mais famosa do Brasil) que não fez nada para deter. Isso não é brincadeira. Portanto, seriam as imagens de ídolos, casa de demônios?

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    1. Sim, Paulo falou sobre isso neste texto:

      “Portanto, que estou querendo dizer? Será que o sacrifício oferecido a um ídolo é alguma coisa? Ou o ídolo é alguma coisa? Não! Quero dizer que o que os pagãos sacrificam é oferecido aos demônios e não a Deus, e não quero que vocês tenham comunhão com os demônios” (1ª Coríntios 10:19-20)

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  12. Olá Lucas. Pelo que vi, não citou Santo Agostinho.
    Vi nos Apologistas Católicos algumas citações que eles mostram que Agostinho era à favor do culto aos santos. O que você acha? Confirma o que os Apologistas Católicos dizem? Agostinho era uma grande autoridade de sua época.

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    1. Há algumas citações de Agostinho que parecem induzir ao contrário, mas em outros momentos ele se expressa claramente contra o culto aos santos e anjos:

      “Que não seja a nossa religião o culto das obras feitas por mão de homem... que não seja a nossa religião o culto dos animais. Pois são melhores que elas os mais ínfimos homens aos quais, no entanto, não devemos prestar culto. Que não seja a nossa religião o culto dos defuntos, porque se viviam uma vida santa, é impossível crer que desejem tais honras, antes desejam que demos o nosso culto Àquele a quem devemos ser participantes com eles da salvação. Portanto, temos que prestar-lhes honra imitando-os, e não prestando-lhes culto religioso” (De vera Rel., LV, 108; ML 24,169)

      “De modo que o bom servo, como eu disse, que já pode ser chamado um filho, não deseja que ele mesmo, mas que o seu senhor seja venerado. Pensai um pouco, irmãos e irmãs, e recordai o que assistis todos os dias; o que é realmente vos ensinado na igreja? Os fiéis sabem em que estilo os mártires são comemorados nos mistérios, quando os nossos desejos e orações são dirigidas a Deus” (Sermão 198.12)

      “Se alguém lhe disser: ‘Invoque o anjo Gabriel desta forma, invoque Miguel dessa outra; ofereça este pequeno ritual antigo, ou este mais moderno’; não se deixe levar, não concorde. E não se deixe enganar por ele só porque os nomes desses anjos podem ser lidos nas Escrituras; observe antes qual o papel dos anjos que lá pode ser lido, se eles alguma vez exigiram de algum homem qualquer tipo de veneração religiosa pessoal para eles próprios, ou em vez disso sempre desejaram que a glória fosse dada ao único Deus, a quem eles obedecem” (Sermão 198.47)

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  13. Esse blog é excelente! Inclusive seus outros sites e blogs também são. Comecei a ler seu livro sobre Arminianismo e Calvinismo e também é ótimo! Quando leio seus artigos ou livros sou muito edificado e tenho informações para falar sobre a Fé Cristã.

    Passando apenas para dizer que seu trabalho é muito bom, o Reino de Deus ganha muito com isso.

    Deus te abençoe.

    Abraço,
    Abraão.

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  14. Paz e graça irmão, gostaria que eu irmão me
    Mandasse a referência onde extraiu a citação de Clemente de Alexandria , pois carta contra Celsum É da autoria de Origenes, obrigado

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    1. A citação em questão está presente no livro "A Las Fuentes del Cristianismo", de Samuel Vila. Ele cometeu um equívoco mesmo, porque "Contra Celso" é obra de Orígenes e não de Clemente. Eu procurei na obra em questão e não achei exatamente esta citação, mas encontrei diversas outras ainda mais enfáticas onde Orígenes rejeita o culto às imagens:

      “Pois a maldade e a feitiçaria levaram uma nação inteira a subir não só acima dos ídolos e imagens erguidas por homens, mas também acima de todas as coisas cridas, para ascender à origem incriada do Deus do universo” (Contra Celso, Livro II, 51)

      “Nós manifestamos claramente a ilustre natureza de nossa origem, e não a escondemos – como Celso imagina – que imprimimos na mente dos nossos convertidos um desprezo para com todos os ídolos e todas as imagens de todos os tipos, e, além disso, não cultuamos coisas criadas em vez de Deus; ao contrário, nos elevamos ao Criador universal” (Contra Celso, Livro III, 15)

      “Mas se estas opiniões dos judeus e cristãos desagradam Celso (o qual não parece entender), e eles devem ser considerados vermes e formigas, diferentes do resto da humanidade, deixe-me analisar as opiniões reconhecidas de cristãos e judeus e compará-las com o resto da humanidade... [Celso] afirma que eles são como vermes e formigas, mas não nos afastamos de Deus para, sob uma vã aparência de piedade, adorarmos a animais irracionais, ou as imagens, ou outros objetos, que são obras de mãos humanas” (Contra Celso, Livro IV, 26)

      “Deus é reconhecido como sendo acima de todas as coisas, e entre eles [israelitas] nenhuma imagem de escultura foi permitida. Porque nem pintor nem santeiro existia em seu estado, e a lei expulsou tudo isso deles, porque não pode haver pretexto para a construção de imagens – uma arte que atrai a atenção dos homens tolos, e que arrasta para baixo os olhos do espírito de Deus para a terra” (Contra Celso, Livro IV, 31)

      “Ninguém que obedece a lei de Moisés vai se curvar aos anjos que estão no céu, da mesma maneira como não vai se curvar ao sol, a lua ou as estrelas” (Contra Celso, Livro V, 6)

      “Embora Celso diga que um judeu possa se curvar para o céu e para os anjos no céu, tal prática não é de todo judeu, mas é uma violação do judaísmo, como também é fazer reverência ao sol, a lua e as estrelas, assim como a imagens. Você vai encontrar pelo menos no livro de Jeremias as palavras onde Deus proíbe pela boca do profeta que os judeus fizessem reverência a esses objetos, ou que sacrificassem à rainha do céu, ou a qualquer ser celestial. Os escritos cristãos também proíbem os pecados cometidos pelos judeus, e por causa desses pecados (idolatria) Deus os abandonou, como vemos registrado nos Atos dos Apóstolos, e nos profetas, e nos escritos de Paulo, que foi cuidadosamente treinado nos costumes judaicos e convertidos posteriormente ao Cristianismo por uma milagrosa aparição de Jesus, e suas palavras podem ser lidas na Epístola aos Colossenses: ‘Ninguém vos domine a seu bel-prazer com pretexto de humildade e culto dos anjos, envolvendo-se em coisas que não viu; estando debalde inchado na sua carnal compreensão, e não retendo a Cabeça, que é Cristo, da qual todo o corpo, provido e organizado pelas juntas e ligaduras, vai crescendo com o aumento concedido por Deus’” (Contra Celso, Livro V, 8)

      “Uma vez que o Evangelho exige que nós não nos ocupemos em estátuas e imagens, ou qualquer uma das obras criadas de Deus, os cristãos ascendem às alturas e apresentam a alma ao Criador” (Contra Celso, Livro V, 35)

      “O que precisamos dizer a respeito das magias para evitar o mal, ou da fabricação de imagens, ou a semelhança de demônio, ou os vários tipos de antídotos contra veneno encontrado na roupa, pedras, plantas, raízes ou, em geral, todos os tipos de coisas? Em relação a estas coisas, a razão não nos obriga a oferecer qualquer defesa, uma vez que não somos responsáveis nem no menor grau de suspeita de práticas de tal natureza” (Contra Celso, Livro V, 39)

      Excluir
    2. “E Deus será entendido como Espírito na medida em que o culto prestado a Ele é processado em espírito e com compreensão. Não é, no entanto, com imagens que estamos adorando o Pai, mas com a verdade, que veio por Jesus Cristo, após a promulgação da lei por Moisés” (Contra Celso, Livro V, 70)

      “Aqueles que foram ensinados na escola de Jesus Cristo rejeitaram todas as imagens e estátuas, e até mesmo todas as superstições dos judeus, e assim podemos olhar mais alto, através da Palavra de Deus” (Contra Celso, Livro VI, 41)

      E mesmo de Clemente de Alexandria, para não dizer que ele também não rejeitava o culto às imagens, o próprio escreve:

      “As imagens construídas pelos artífices são feitas de matéria inerte, para a qual elas também são inertes, e materiais, e profanas... obras de arte não podem ser consideradas sagrado e divino” (Stromata, Livro VII, 5)

      “Deus proibiu a realização de imagens de escultura” (Stromata, Livro V)

      “Viciando-se às imagens de escultura, serão julgados, a menos que se arrependam” (Stromata, Livro VI)

      Abs.

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  15. Há um vídeo de católico refutado alguns artigos( teus e do Alisson Freire) ele diz que vocês citam clemente de Alexndria de Alexandria -stromata livro IV , falando sobre ele condenar imagens sacras nos templo, tens algum artigo onde citaste este livro? Pois eu não vi

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    1. Eu não sei que vídeo é esse e nem sei que católico que é, mas todas as citações que eu fiz da Stromata de Clemente estão presentes no site "New Advent", a maior coleção de escritos patrísticos online e produzida por católicos, inclusive:

      http://www.newadvent.org/fathers/0210.htm

      Você pode conferir citação por citação e constatar todas elas:

      “As imagens construídas pelos artífices são feitas de matéria inerte, para a qual elas também são inertes, e materiais, e profanas... obras de arte não podem ser consideradas sagrado e divino” (Stromata, Livro VII, 5)

      “Deus proibiu a realização de imagens de escultura” (Stromata, Livro V)

      “Viciando-se às imagens de escultura, serão julgados, a menos que se arrependam” (Stromata, Livro VI)

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  16. Este é o link do vídeo : https://www.youtube.com/watch?v=2ESHW9Jk3mQ

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    1. Hahahahahaha nunca vi um vídeo mais tosco e engraçado do que esse! Fica ainda mais divertido sabendo que o animal que fala no vídeo é um famoso drogado, bastante conhecido nas redes sociais por escrever tudo em caixa alta xingando as mulheres evangélicas de vagabundas e prostitutas, e os homens então nem se fala, o animal é uma máquina de ódio, um verme imundo e desprezível que não merece nada além de desprezo e pena. Você pode ver no artigo abaixo um print do sujeito, para ter ideia de como o animal é:

      http://heresiascatolicas.blogspot.in/2015/01/o-que-explica-tanto-odio-intolerancia-e.html

      Mas depois deste vídeo escroto ele não é mais apenas um animal que vomita impropérios de sua própria cabeça imoral, mas também um pobretão completamente endividado, pois prometeu pagar 50 mil reais se provasse que Clemente de Alexandria era contra o culto às imagens.

      Então que comece a pagar os 50 mil:

      "The law itself exhibits justice, and teaches wisdom, by abstinence from sensible images" (The Stromata, 2:18)

      Mais 50 mil:

      "Familiarity with the sight disparages the reverence of what is divine; and to worship that which is immaterial by matter, is to dishonour it by sense" (The Stromata, 5:5)

      Mais 50 mil:

      "Works of art cannot then be sacred and divine." - Clement of Alexandria (The Stromata, 7:5)

      Mais 50 mil:

      "For, in truth, an image is only dead matter shaped by the craftsman’s hand. But we have no sensible image of sensible matter, but an image that is perceived by the mind alone: God, who alone is truly God" (Exhortation to the Heathen 4)

      Mais 50 mil:

      “But it is with a different kind of spell that art deludes you… it leads you to pay religious honor and worship to images and pictures” (Exhortation to the Heathen 5)

      Mais 50 mil:

      “And let our seals be either a dove, a fish, a ship scudding before the wind, or a musical lyre, which Polycrates used, or a ship’s anchor, which Seleucus got engraved as a device. Then, if someone is fishing, he will remember the apostle and the children drawn out of the water. For we are not to delineate the faces of idols, we who are prohibited to cleave to them; nor a sword, nor a bow, since we follow peace; nor drinking cups, being temperate [meaning avoiding drunkenness, not drinking, as Clement recommends wine for those older than youth]” (The Instructor III:11)

      Mais 50 mil:

      “The law itself exhibits justice and teaches wisdom by abstinence from sensible images and by calling out to the Maker and Father of the universe” (Miscellanies II:18)

      Mais 50 mil:

      “And again, ‘Don’t wear a ring, nor engrave on it the images of the gods’, enjoins Pythagoras. This is as Moses ages before enacted expressly, that neither a graven, molten, molded, nor painted likeness should be made, so that we may not cleave to tangible things, but instead move on to intellectual objects. For familiarity with the sight disparages the reverence of what is divine. And to worship that which is not material with matter is to dishonor it by sensation. Therefore the wisest of the Egyptian priests decided that the temple of Athene should be hypaethral [open air, roofless], just as the Hebrews constructed the temple without an image” (Miscellanies V:6)

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    2. Mais 50 mil:

      “He who prohibited the making of a graven image would never himself have made an image in the likeness of holy things [i.e., by creating an image of them here on earth]. Nor is there at all any composite thing or creature endowed with sensation [made by God here on earth] like those in heaven. But the face is a symbol of the rational soul, the wings are the lofty ministers and energies of powers right and left, and the voice is delightful glory in endless contemplation” (Miscellanies V:6)

      Mais 50 mil:

      “Now the images and temples constructed by mechanics are made of inert matter, so that they too are inert, material, and profane. Even if you perfect the art, it partakes of mechanical coarseness. Works of art cannot then be sacred and divine” (Miscellanies VII:5)

      Mais 50 mil:

      “As imagens construídas pelos artífices são feitas de matéria inerte, para a qual elas também são inertes, e materiais, e profanas... obras de arte não podem ser consideradas sagrado e divino” (Stromata, Livro VII, 5)

      Mais 50 mil:

      “Deus proibiu a realização de imagens de escultura” (Stromata, Livro V)

      Mais 50 mil:

      “Viciando-se às imagens de escultura, serão julgados, a menos que se arrependam” (Stromata, Livro VI)

      Bom, nas minhas contas, o animal já está me devendo 650 mil reais. Estou rico!

      Mas uma coisa o dinheiro não compra: a piada dele de que Clemente era a favor do culto às imagens por causa de uma passagem onde ele diz que o homem foi criado à IMAGEM e semelhança de Deus!!!

      kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

      Depois que eu digo que esse povo é tudo retardado e palhaço de circo, acham que eu estou exagerando...

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  17. Salve, Lucas!

    Um católico veio com as seguintes citações de pais da Igreja para querer justificar o culto às imagens:

    “Apenas as partes mais duras de suas relíquias sagradas foram deixadas, as quais foram transportadas para Antioquia e envoltas em linho, como um tesouro inestimável deixado para a santa Igreja, pela graça que estava no mártir.” (Martírio de Santo Inácio de Antioquia – Capítulo VI).
    “Vendo a rixa suscitada pelos judeus, o centurião colocou o corpo no meio e o fez queimar, como era de costume. Desse modo, pudemos mais tarde recolher seus ossos, mais preciosos do que pedras preciosas e mais valiosos do que o ouro, para colocá-los em lugar conveniente. Quando possível, é aí que o Senhor nos permitirá reunir-nos, na alegria e contentamento, para celebrar o aniversário de seu martírio, em memória daqueles que combateram antes de nós, e para exercitar e preparar aqueles que deverão combater no futuro.” (O martírio de São Policarpo de Esmirna - CAPÍTULO XVIII)
    "Novamente, o reino dos céus é semelhante a uma rede que, lançada ao mar. Tal como no caso de imagens e estátuas, as semelhanças não são semelhanças em todos os aspectos das coisas em relação às quais elas são feitos, mas, por exemplo, a imagem pintada com cera sobre a superfície plana de madeira tem semelhança da superfície juntamente com a cor, mas não preserva melhor as cavidades e protuberâncias, mas apenas a sua aparência externa e na moldagem de estátuas um esforço é feito para preservar a semelhança no que respeita às cavidades e proeminências, mas não no que diz respeito à cor, e, se o molde for formado de cera, que se esforça para preservar tanto, quer dizer tanto da cor, e também as depressões e as saliências, mas não é de fato uma imagem das coisas na relação de profundidade, de modo a conceber também que, no caso das similitudes no Evangelho, quando o reino dos céus é semelhante a qualquer coisa, a comparação não se estende a todas as características do que o reino é comparado, mas apenas aos elementos que são necessários pelo argumento na mão.” (Comentário do Evangelho Segundo Mateus Livro X, 11).

    E agora, como refuto ele?

    Abs!

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    1. NENHUMA dessas citações passadas fala de CULTO às imagens, portanto não há absolutamente nenhuma razão para se preocupar com elas. Nenhuma delas diz que os cristãos da época tinham imagens de escultura dentro de seus templos ou que prestassem culto a essas imagens, fazendo preces e prostrando-se diante delas, etc. As duas primeiras dizem apenas que os cristãos (pelo menos aqueles citados ali) tinham o costume de guardar relíquias dos mártires, isso era apenas para lembrança, não há nada no texto que diga que essas relíquias eram CULTUADAS ou que servissem a essa finalidade. Sem falar que os ossos de uma pessoa NÃO são uma imagem de escultura, e portanto usar um texto desses que não fala nem de culto e nem de imagens para sustentar o culto às imagens é completamente ridículo.

      Quanto ao terceiro texto, chega a ser piada usá-lo em fazer do culto às imagens, quando Orígenes foi justamente o que mais combateu tal coisa e disse EXPLICITAMENTE que os cristãos não tinham imagem alguma em seus templos. Veja as seguintes passagens por exemplo:

      “São os mais ignorantes que não se envergonham de dirigir-se a objetos sem vida... e ainda que alguns possam dizer que estes objetos não são deuses mas tão-só imitações deles e símbolos, contudo se necessita ser ignorante e escravo para supor que as mãos vis de uns artesãos possam modelar a semelhança da Divindade; vos asseguramos que o mais humilde dos nossos se vê livre de tamanha ignorância e falta de discernimento” (Contra Celso, 6:14)

      “Pois a maldade e a feitiçaria levaram uma nação inteira a subir não só acima dos ídolos e imagens erguidas por homens, mas também acima de todas as coisas cridas, para ascender à origem incriada do Deus do universo” (Contra Celso, Livro II, 51)

      “Nós manifestamos claramente a ilustre natureza de nossa origem, e não a escondemos – como Celso imagina – que imprimimos na mente dos nossos convertidos um desprezo para com todos os ídolos e todas as imagens de todos os tipos, e, além disso, não cultuamos coisas criadas em vez de Deus; ao contrário, nos elevamos ao Criador universal” (Contra Celso, Livro III, 15)

      “Mas se estas opiniões dos judeus e cristãos desagradam Celso (o qual não parece entender), e eles devem ser considerados vermes e formigas, diferentes do resto da humanidade, deixe-me analisar as opiniões reconhecidas de cristãos e judeus e compará-las com o resto da humanidade... [Celso] afirma que eles são como vermes e formigas, mas não nos afastamos de Deus para, sob uma vã aparência de piedade, adorarmos a animais irracionais, ou as imagens, ou outros objetos, que são obras de mãos humanas” (Contra Celso, Livro IV, 26)

      “Deus é reconhecido como sendo acima de todas as coisas, e entre eles [israelitas] nenhuma imagem de escultura foi permitida. Porque nem pintor nem santeiro existia em seu estado, e a lei expulsou tudo isso deles, porque não pode haver pretexto para a construção de imagens – uma arte que atrai a atenção dos homens tolos, e que arrasta para baixo os olhos do espírito de Deus para a terra” (Contra Celso, Livro IV, 31)

      “Ninguém que obedece a lei de Moisés vai se curvar aos anjos que estão no céu, da mesma maneira como não vai se curvar ao sol, a lua ou as estrelas” (Contra Celso, Livro V, 6)

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    2. “Embora Celso diga que um judeu possa se curvar para o céu e para os anjos no céu, tal prática não é de todo judeu, mas é uma violação do judaísmo, como também é fazer reverência ao sol, a lua e as estrelas, assim como a imagens. Você vai encontrar pelo menos no livro de Jeremias as palavras onde Deus proíbe pela boca do profeta que os judeus fizessem reverência a esses objetos, ou que sacrificassem à rainha do céu, ou a qualquer ser celestial. Os escritos cristãos também proíbem os pecados cometidos pelos judeus, e por causa desses pecados (idolatria) Deus os abandonou, como vemos registrado nos Atos dos Apóstolos, e nos profetas, e nos escritos de Paulo, que foi cuidadosamente treinado nos costumes judaicos e convertidos posteriormente ao Cristianismo por uma milagrosa aparição de Jesus, e suas palavras podem ser lidas na Epístola aos Colossenses: ‘Ninguém vos domine a seu bel-prazer com pretexto de humildade e culto dos anjos, envolvendo-se em coisas que não viu; estando debalde inchado na sua carnal compreensão, e não retendo a Cabeça, que é Cristo, da qual todo o corpo, provido e organizado pelas juntas e ligaduras, vai crescendo com o aumento concedido por Deus’” (Contra Celso, Livro V, 8)

      “Uma vez que o Evangelho exige que nós não nos ocupemos em estátuas e imagens, ou qualquer uma das obras criadas de Deus, os cristãos ascendem às alturas e apresentam a alma ao Criador” (Contra Celso, Livro V, 35)

      “O que precisamos dizer a respeito das magias para evitar o mal, ou da fabricação de imagens, ou a semelhança de demônio, ou os vários tipos de antídotos contra veneno encontrado na roupa, pedras, plantas, raízes ou, em geral, todos os tipos de coisas? Em relação a estas coisas, a razão não nos obriga a oferecer qualquer defesa, uma vez que não somos responsáveis nem no menor grau de suspeita de práticas de tal natureza” (Contra Celso, Livro V, 39)

      “E Deus será entendido como Espírito na medida em que o culto prestado a Ele é processado em espírito e com compreensão. Não é, no entanto, com imagens que estamos adorando o Pai, mas com a verdade, que veio por Jesus Cristo, após a promulgação da lei por Moisés” (Contra Celso, Livro V, 70)

      “Aqueles que foram ensinados na escola de Jesus Cristo rejeitaram todas as imagens e estátuas, e até mesmo todas as superstições dos judeus, e assim podemos olhar mais alto, através da Palavra de Deus” (Contra Celso, Livro VI, 41)

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    3. Com todas essas passagens de Orígenes falando explicitamente contra as imagens, alguém dizer que ele era a favor do culto às imagens, ainda mais usando um texto daqueles, tem que ter no mínimo um pedaço do cérebro fora da cabeça, não é possível. No texto ridiculamente distorcido usado por eles Orígenes NÃO estava falando de imagens de escultura colocadas em templos cristãos e cultuadas, estava apenas fazendo uma ANALOGIA, para dizer que quando o evangelho compara o Reino dos céus com alguma coisa é SEMELHANTE a quando alguém pinta algo, que não fica exatamente igual ao que está sendo representado pela pintura, mas sim algo próximo. O texto não está falando nada de estátuas, nem de imagens cristãs colocadas em templos, muito menos de prestação de culto ou de qualquer coisa do tipo. Tem que ser um mestre da picaretagem para usar um texto desses em favor do culto às imagens!

      Sobre o artigo que você me passou abaixo, novamente não tem NENHUMA prova de culto a imagens de escultura, apenas mostra desenhos que os cristãos faziam nas catacumbas, por acaso algum evangélico proíbe que se desenhe alguma coisa? kkkkkkkkkkkkkk

      Sério mesmo, quem usa coisas assim pra justificar a aberração do culto às imagens, no mínimo tem sérios problemas cognitivos. A Bíblia nunca proibiu desenhar algo, quer desenhar desenhe, os evangélicos desenham um monte de coisa também igual os cristãos primitivos faziam, até o Smilinguido é um desenho, mas isso é TOTALMENTE DIFERENTE de se criar uma imagem de escultura, colocá-la em um templo religioso, se prostrar diante dela e cultuá-la, o que nenhum Pai da Igreja jamais admitiu, e nenhum apologista católico jamais foi capaz de provar o contrário com citações, e muito menos de refutar todas as provas históricas contra o culto às imagens que eu citei neste artigo e em outros.

      Abs!

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  18. Lucas, dê uma olhada neste link:

    http://www.apologistascatolicos.com.br/index.php/apologetica/imagens/541-o-uso-das-imagens-no-cristianismo-primitivo

    Fiquei um pouco confuso com essa questão das imagens, por isso quero estar bem respaldado para refutar os católicos.

    Abs!

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  19. O maior argumento contra a adoração de imagens já foi dito. Como algo feito por mãos humanas pode ser divino? Como ele adquire características divinas? Tudo, absolutamento tudo que o homem faz, por mais tecnologia que se tenha, é imperfeito, pela própria impossibilidade de se obter algo perfeito nesse mundo. Como, portanto, algo imperfeito pode tomar o lugar de um Ente que representa a própria perfeição, como Deus? Esse costume de adorar imagens é bizarro. Qualquer um que note uma deterioração na peça já deveria abandonar a adoração.

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    1. Penso parecido, não faz sentido nenhum um artesão humano qualquer fazer uma estátua imitando um ser em sua mente e do nada ela passe a ser divina, é ridículo. A não ser, é claro, que a ICAR passe a alegar que os "santinhos" em miniatura que os fiéis católicos costumam ter em casa (Nossa Senhora Aparecida por exemplo) já caem feitos do Céu, não feitos por mãos humanas (que como eu expliquei antes não têm poder para fazer um objeto de artesanato subitamente passar a ser algo divino).

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  20. Oi Lucas,
    Aqui é o João Felipe mais uma vez

    Vi no site "apologistas católicos" um relato do martírio de Inácio de Antioquia usado como desculpa para justificar a veneração de relíquias e como sempre, fiquei com um "soco no estômago" por não saber refutar, o relato diz: "Apenas as partes mais duras de suas relíquias sagradas foram deixadas, as quais foram transportadas para Antioquia e envoltas em linho, como um tesouro inestimável deixado para a santa Igreja, pela graça que estava no mártir.” (Martírio de Santo Inácio de Antioquia – Capítulo VI)", aí eu tenho umas duvidas: porque chamam suas relíquias de sagradas e tesouro inestimável, e o que quer dizer com "pela graça que estava no mártir"?
    Eu conto com você (meu amigo Lucas Banzolli) para ficar livre dessas três dúvidas (e curado do "soco no estômago)

    Abraços
    João Felipe

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    1. Há sérias objeções à autenticidade deste livro e ao que tudo indica ele é uma criação medieval, tendo em vista que ele NUNCA é mencionado por ninguém ao longo de todos os seis primeiros séculos de Igreja. Nem Eusébio, que faz um panorama geral dos autores e obras escritas por e sobre os Pais anteriores a ele, menciona esta obra ou faz qualquer citação dela. Compare por exemplo com Policarpo, que viveu na mesma época e a respeito do qual existe uma obra falando do seu martírio, a qual Eusébio não apenas menciona sua existência mas também a cita integralmente em seu livro dada a sua importância. Mas quanto a Inácio, nada dessa suposta obra é mencionado.

      Há ainda outros estudiosos, como Usher e Grabe, que acreditam que a obra possa ser autêntica mas que os últimos capítulos são espúrios (enxertados posteriormente). Você pode ver um panorama aqui:

      http://www.biblestudytools.com/history/early-church-fathers/ante-nicene/vol-1-apostolic-with-justin-martyr-irenaeus/ignatius/introductory-note-martyrdom-of-ignatius.html#P3070_499192

      Ou seja, não há como afirmar que essa obra foi mesma escrita no século II por seguidores de Inácio, há fortes evidências de que ela é uma criação posterior ao século VI e também a possibilidade de que, mesmo com partes autênticas, tenha tido um final acrescentado posteriormente. Portanto, usar uma parte questionável numa obra questionável é dar um atestado de falta de credibilidade que não serve de prova alguma para nada.

      E mesmo se essa obra fosse autêntica, e se essa parte também fosse, isso ainda não serviria para provar a doutrina católica em torno das relíquias. O que os católicos creem quanto às relíquias não é apenas a conservação do corpo, mas principalmente a sua adoração ou veneração, que é a essência e o propósito disso tudo. Mas não há nada nessa citação ou em outras citações patrísticas que mostre alguém cultuando um defunto como relíquia. Uma coisa é preservar o corpo de alguém em respeito à história do mesmo (assim como fazem com peças e artefatos antigos preservados em um museu), outra coisa totalmente diferente é a adoração ou veneração que se preste a esta "relíquia". Vale lembrar que esse tipo de coisa inexiste completamente nas Escrituras e que Deus não deixou que os israelitas soubessem o lugar onde Moisés foi enterrado justamente para que não venerassem o seu corpo depois de morto. E nos textos bíblicos sobre a morte de Tiago e João Batista, nada é dito quanto aos seus seguidores piedosos terem guardado como relíquia e venerado após a morte, mas apenas que foram sepultados (Mc 6:29).

      Abs!

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  21. O problema é que Nossa Senhora, a Mulher Apocalíptica, que estava esperando Jesus e em luta com o dragão, está em todos os cantos do mundo, e os videntes a descrevem como tendo 12 estrelas sobre a cabeça, a lua a seus pés, do jeitinho que está no Apocalipse de seu filho dado em adoção por Jesus e vice-versa. Ela mesma pede para que se faça imagens e até descreve como em algumas aparições. Portanto precisamos entender que não estamos mais no tempo de Cipriano, mas na Nova Aliança ou no Evangelho do Espírito Santo e sabemos que Deus continue se comunicando com sua Igreja. Jesus quando pegou a moeda que continha o rosto de Cesar, não disse que era um ídolo, mas que se referia a Cesar.

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    1. Obrigado por abrir os nossos óleos para o que esses videntes tão importantes falaram, agora finalmente sabemos que Maria é onipresente, que alívio!

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  22. Gostei do artigo amigo, mas as obras Stromata e Contra Celso não são de Clemente de Roma, Stromata é de Clemente de Alexandria e Contra Celso é de Orígenes. Parabéns pelo trabalho apologético!

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  23. Se imagens são proibidas, me diga o porquê que Deus mandou fazer querubins de ouro (Êxodo) e serpente de bronze (Número) e me explique também porque o templo de Salomão era repleto de imagens??

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    1. “Se imagens são proibidas...”

      Ninguém aqui disse que “imagens são proibidas”, mas sim que é proibido SE CULTUAR uma imagem.

      “me diga o porquê que Deus mandou fazer querubins de ouro (Êxodo)...”

      Os israelitas cultuavam os querubins de ouro? Não!

      “e serpente de bronze (Número)...”

      Os israelitas cultuavam a serpente de bronze? Não!

      “e me explique também porque o templo de Salomão era repleto de imagens?”

      Os israelitas cultuavam as imagens no templo de Salomão? Não! Essas imagens eram apenas ornamentos decorativos, não eram cultuadas como na ICAR.

      Se você quer mesmo “refutar os protestantes”, é simples: basta pegar um texto bíblico onde alguma pessoa justa se dobra diante de imagens de escultura para a cultuar, como fazem os católicos hoje com suas imagens. Você pode nos fazer isso, por favor?

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    2. Pelo visto amigo, vc não conhece a diferença entre o culto de Dulia e o culto de latria

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    3. Bem como eu esperava: não teve como provar pela Bíblia o culto às imagens, nem como mostrar o exemplo de alguém se prostrando aos pés de uma imagem, ou rezando a uma imagem, e então vem com uma falácia sofista típica de "dulia e latria", que sequer é plausível pela própria etimologia dos termos:

      “A palavra ‘latria’ deriva do verbo grego latreuo, servir (do qual deriva latreia, culto ou serviço, João 16:2). A palavra ‘dulia’, por sua vez, provém do grego doulos, servo ou escravo. Assim, a latria consiste em prestar culto e a dulia em escravizar-se a alguém. No entanto, em nenhuma parte da Bíblia se ensina que devamos escravizar-nos aos santos defuntos, aos anjos ou a alguma outra criatura. Paulo, Tiago, Pedro e Judas se declararam ‘servos de Jesus Cristo’, não de nenhum santo defunto (clarifico isto porque o chamado a ser servos uns dos outros aqui na terra é um ensino neotestamentário; mas não se trata aqui de culto). Portanto, crendo na Igreja de Roma, os seus fiéis "servem" a Deus e são "escravos" dos santos e ‘superescravos’ de Maria (já que ela recebe ‘hiperdulia’). Se realmente existe diferença, eu diria que é em favor de Maria e dos santos”

      http://conhecereis-a-verdade.blogspot.com.br/2011/01/nos-nao-adoramos-mas-veneramos.html

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