Cronologia histórica da vida de Pedro
[37 – 43 d.C]
1. Segundo a própria tradição católica, Pedro passa a ocupar o episcopado da igreja de Antioquia (HE, Livro III, 36:2). Os Pais da Igreja e os concílios cristãos nos ensinam que um episcopado era irrevogável; portanto, ele não poderia ter se transferido e se tornado bispo de uma outra diocese, o que é repudiado pelo Concílio de Niceia sob a pena de excomunhão (Cânon XVI de Niceia).
2. Pedro é citado estando em muitas cidades, tais como Jerusalém (At.8:1), Samaria (At.8:25), Lida (At.9:32), Cesareia (At.10:1), Jope (At.10:5) e Antioquia (Gl.2:11); porém absolutamente nada é nos dito sobre a estadia dele em Roma, até o momento de Lucas concluir o livro de Atos, já em plena década de 60 da primeira era cristã, quando Pedro supostamente estaria no episcopado de Roma invisivelmente há 18 anos!
3. Os apóstolos não foram dispersos junto aos demais no episódio de Atos 8:1. Portanto, Pedro não foi para Roma, mas continuava em Jerusalém.
4. Quando Pedro e João foram enviados para a Samaria (At.8:14), eles voltaram pregando o evangelho em “muitos povoados samaritanos” (At.8:25), sem passar por Roma.
5. Pedro não ocupava a “cátedra de Roma”, mas, ao contrário, “viajava por toda parte” (At.9:32)!
[44 – 45 d.C]
6. Por um bom tempo, os cristãos que foram dispersos não anunciavam o evangelho a ninguém, senão “apenas aos judeus” (At.11:19). Como os romanos não eram judeus, fica difícil conciliar a ideia de que rapidamente Pedro se instalou por lá, procurando algum judeu para pregar o evangelho!
7. Pedro não foi ocupar a catedral de Roma, pois ele é narrado em Jerusalém sendo preso por Herodes com a intenção de matá-lo, sendo liberto por intervenção divina (At.12:2-17).
8. Pouco tempo depois, Herodes é morto (At.12:23), sendo tal fato narrado por Flávio Josefo como tendo ocorrido no quarto ano do reinado do imperador romano Cláudio. Sabemos historicamente que este imperador romano começou a reinar em 41 d.C. Sendo que a morte de Herodes (que ocorreu na sequencia da libertação milagrosa de Pedro, em Jerusalém) ocorreu no quarto ano deste imperador, então se deu em 45 d.C. Logo, em 45 d.C Pedro permanecia em Jerusalém, e não em Roma.
9. Pouco tempo depois, Paulo se encontra com Pedro em Antioquia, tendo que repreendê-lo face a face por sua “atitude condenável” (Gl.2:11). Isso se deu após o seu encontro com ele em 44 d.C em Jerusalém (Gl.2:1), o que nos mostra que depois de 44 d.C Pedro continuava sendo bispo em Antioquia, e não sumido para ir ocupar a catedral de Roma! Antioquia fica no Oriente: muito, muito longe de Roma!
[48 – 52 d.C]
10. Em 48 d.C, Paulo vai a Jerusalém e se encontra com Pedro, Tiago e João. Pedro, portanto, ainda se encontra em Jerusalém, estendendo a mão direita a Paulo e Barnabé, para a missão evangelística deles, em sinal de comunhão (Gl.2:9).
11. Ainda nessa reunião, em 48 d.C, Paulo relata que ele e Barnabé deveriam se “dirigir aos gentios, e eles [Pedro, Tiago e João] aos circuncisos [judeus]” (Gl.2:9). Portanto, tendo em vista a decisão deles mesmos, fica claro que Pedro, Tiago e João permaneceriam tratando com os circuncisos (judeus), e não com os gentios (como os romanos). Essa decisão deve ter perdurado durante um bom tempo, de modo que depois de 48 d.C ficou decidido que Pedro continuaria se dirigindo aos judeus, e não aos romanos (gentios).
12. A conversão de Paulo ocorreu em 35 d.C, sendo que ele afirmou ter estado 14 anos depois em Jerusalém, onde diz ter se encontrado pessoalmente com Pedro (Gl.2:1). De 35 d.C a 49 d.C, temos exatamente estes 14 anos. Portanto, em 49 d.C Pedro continuava em Jerusalém.
13. No Concílio de Jerusalém, liderado por Tiago (At.15:13-21), todos os apóstolos, Paulo, Barnabé e alguns fariseus convertidos ao Cristianismo se reúnem em Jerusalém para tratar de questões acerca da lei para os gentios. Dois fatos são marcantes aqui: o primeiro, é que Pedro continua em Jerusalém, e não em Roma. E o segundo, é que, se Pedro fosse papa e Roma fosse a principal catedral da fé cristã (como hoje ocorre no catolicismo), tal Concílio ocorreria em Roma (a sede do papa), e não em Jerusalém, há muitos e muitos quilômetros de distância. Portanto, ou Pedro não era papa, ou ele não dirigia a igreja de Roma, ou as duas coisas.
[54 – 57 d.C]
14. O imperador Cláudio, que reinou de 41-54 d.C, expulsou todos os judeus de Roma (At.18:2), motivo pelo qual Áquila e Priscila foram obrigados a deixar Roma (At.18:1,2). Será que Pedro, um judeu, da circuncisão, iria ser deixado em liberdade em Roma, sozinho, pregando o evangelho? É claro que não! Suetônio, na biografia do imperador Cláudio, confirma que “o imperador Cláudio expulsou de Roma os judeus que viviam em contínuas desavenças por causa de um certo Cresto (Cristo)”. Sendo que eles foram expulsos de Roma por causa de Cristo, Pedro não teria continuado lá, ainda mais se fosse o líder máximo dos cristãos como os católicos alegam! Portanto, são mais vários anos em que era impossível Pedro estar em Roma sozinho, sendo o único judeu cristão que não foi expulso!
15. Lactâncio afirma que Pedro só veio a Roma quando Nero já estava reinando (Carta a Donatus, Cap.II). Sendo que Nero reinou de 54 d.C a 68 d.C, fica claro que ele não veio a Roma antes disso, como a Igreja Católica alega. Pedro só chegou a Roma no período daquele imperador romano que o martirizou quando ele lá chegou ao final de sua vida.
16. Pedro é mencionado como evangelista itinerante por Paulo (1Co.9:5). Foi neste período em que ele realizou as suas diversas viagens ao longo de toda a província da Ásia, no Ponto, na Galácia, na Capadócia e na Bitínia, a quem ele destinou a sua primeira carta (1Pe.1:1). Portanto, estava viajando por diversas partes da Ásia por um longo tempo, sem estar nem perto de Roma!
17. Entre 54-57 d.C, Paulo escreve a sua epístola aos romanos, não menciona Pedro ao longo de toda a carta, e no final saúda nominalmente pelo menos 27 pessoas, mas não faz nem menção de Pedro! Pessoas como Estáquis, Apeles, Aristóbulo, Trifena e Trifosa são lembradas por Paulo (Rm.16:10,12), mas o suposto “papa” infalível é simplesmente ignorado! Será mesmo que Paulo se lembrou de tanta gente e foi inventar de esquecer bem exatamente do suposto “papa”? É claro que não. Paulo se “lembraria” de Pedro, assim como se lembrou do trabalho de Apolo entre os Coríntios (1Co.3:6), do trabalho de Epafras entre os Colossenses (1Cl.1:5-7) e do trabalho de outros 27 irmãos de Roma (Rm.16). Paulo foi se “esquecer” bem de Pedro simplesmente porque este ainda não havia chegado a Roma!
18. Paulo escreveu Gálatas entre 55-60 d.C, e faz menção de que ele era “apóstolo aos gentios” e de que Pedro, em contraste, era “apóstolo aos circuncisos” (Gl.2:8). Ele afirma que a pregação do evangelho aos incircuncisos [não-judeus] lhe havia sido confiada, e a pregação aos circuncisos [judeus] havia sido confiada a Pedro (Gl.2:7). Tendo em vista isso, é óbvio que Pedro, como apóstolo aos judeus (“circuncisos”), iria se dirigir aos judeus, não apenas em Jerusalém, mas onde havia centros do judaísmo, tal como a província de Babilônia de onde ele escreve a sua primeira epístola (1Pe.5:13), e não em Roma que era predominantemente gentia, incircuncisa e pagã!
19. É importante vermos as palavras de Jesus ao apóstolo Paulo: “Importa que dês testemunho de Mim também em Roma” (At.23:11). Incrível! Onde será estava Pedro, que não tornava conhecido o nome de Jesus nesta cidade, a ponto de ser necessário Jesus levantar o apóstolo Paulo para que o seu nome tivesse testemunho ali? Se Pedro fosse essa liderança tão importante, já estando testemunhando do Senhor nesta cidade há mais de vinte anos (conforme os cálculos dos católicos), então o nome do Senhor já teria testemunho naquele lugar. Portanto, cabe pensar que em 54-57 d.C ainda não havia tal testemunho de Pedro.
[61 – 62 d.C]
20. Em 61-62 d.C, Paulo chega como prisioneiro a Roma, mas Pedro não é mencionado recebendo o seu colega de ministério. Considerando que era bem comum o gesto respeitável de receber os irmãos que estavam vindo à sua província, como Tiago fez com Paulo (At.21:18), é estranho que Pedro não tenha feito o mesmo com ele e recebê-lo em seu território. Mais estranho ainda é ver que durante dois anos em que Paulo esteve mantido em custódia em uma casa alugada em Roma, Pedro não o foi visitar nenhuma vez (At.28:30).
21. Os “Atos de Paulo” relatam que apenas Lucas e Tito estavam junto a Paulo em Roma (10:1). Até momentos antes de seu martírio, são apenas estes dois que o acompanham em Roma, sem qualquer menção de Pedro (10:5).
22. Ainda analisando a chegada de Paulo a Roma, quando Pedro já deveria estar tornando o evangelho conhecido naquela cidade, é nos dito que os que lá estavam não tinham conhecido o evangelho, ao ponto de terem de marcar um dia determinado com Paulo, para que este lhes expusesse o testemunho do Reino de Deus naquele lugar (At.28:23-25). Se Pedro já estivesse há mais de vinte anos pregando ali, eles já estariam doutrinados e não desconheceriam a doutrina que lhes era anunciada por Paulo.
23. As cartas de Efésios, Filipenses, Colossenses e Filemom foram escritas por Paulo no mesmo período (60-61 d.C), enquanto ele estava em território romano. Porém, em absolutamente nenhuma delas é relatado Pedro junto a ele, em Roma. Ao contrário, o que vemos é que:
---Na carta a Filemom, são relatadas cinco pessoas junto a Paulo em Roma: (1)Epafras; (2)Marcos; (3)Aristarco; (4)Demas; (5)Lucas – Fl.1:23-25. Misteriosamente, Pedro não aparece.
---Na epístola aos filipenses, Paulo menciona os do “palácio de César” (Fp.4:22), sem fazer qualquer alusão a Pedro ou dos da “cátedra de Pedro”.
---Na carta aos colossenses, são mencionados: (1)Tíquico; (2)Onésimo; (3)Aristarco; (4)Marcos; (5)Jesus; (6)Epafras; (7)Lucas; (8)Demas – Cl.4:7-14. Além de Pedro não ser mencionado aí de novo, também é nos dito que os cinco primeiros (de Tíquico a Jesus) eram “os únicos da circuncisão que são meus cooperadores em favor do Reino de Deus” (Cl.4:11). Sabemos que Pedro também era do grupo da circuncisão (Gl.2:7,8); porém, Paulo menciona estes cinco como sendo os únicos que estavam colaborando com ele em Roma pelo Reino de Deus. Portanto, Pedro não estava em Roma, muito menos como bispo!
[64 d.C]
24. Paulo escreve de Roma a sua segunda epístola a Timóteo, onde afirma expressamente que “só Lucas está comigo” (2Tm.4:11). Se Lucas era o único, então Pedro não estava com ele em Roma! Nessa mesma carta, ele envia saudações de vários irmãos, incluindo Êubulo, Prudente, Lino e Cláudia (2Tm.4:21,22), mas novamente não menciona Pedro.
25. Pedro escreve a sua primeira epístola, não de Roma, mas da Babilônia (1Pe.5:13). Alguns autores católicos tentam inutilmente sustentar a hipótese de que Babilônia era Roma (para salvar a tese do papado), mas falham miseravelmente ao não conseguirem conciliar diversos fatos incontestáveis, tais como:
---A linguagem enigmática com relação à cidade de Roma não aparece em nenhum lugar na história antiga senão no Apocalipse, escrito por João em 95 d.C. Antes disso, não há absolutamente nenhum relato de Roma como sendo a “Babilônia”!
---Em absolutamente todas as vezes em que algum autor bíblico ou secular fala acerca de Roma, o diz abertamente, sem rodeios. Foi assim ao longo de todo o livro de Atos, que foi escrito por esta mesma época, e que fala de Roma abertamente, sem “mistérios” ou “códigos” a serem desvendados através de “outros nomes” (At.28:14; At.28:16; At.19:21; At.23:11; At.18:2). Quando Paulo escreve aos romanos, alguns anos antes, ele não emprega “linguagem enigmática” e muito menos diz estar escrevendo “aos babilônicos”. Ao contrário, ele declara abertamente estar escrevendo aos romanos (Rm.1:15).
---O mesmo acontece também quando Paulo escreve nesta mesma época a sua segunda epístola a Timóteo, falando de Roma com transparência, sem mistérios (2Tm.1:17). Portanto, se os autores bíblicos que escreveram na mesma época de Pedro não usaram linguagem enigmática para tratar de Roma, mas falaram abertamente sobre ela, por que então Pedro iria trocar “Roma” por “Babilônia”? Não faz lógica alguma, além de mutilar e esquartejar o critério bíblico, a lógica textual e o bom senso. As regras de exegese simplesmente aniquilam as pretensões católicas “enigmáticas”.
---Um outro fator essencial e de profunda relevância é o fato de que, de acordo com a esmagadora maioria dos católicos, a “Babilônia” do Apocalipse é Jerusalém, e não Roma! Algum tempo atrás, um preterista católico negou que em 1Pe.5:13 Pedro estivesse se referindo a Roma. Para salvar a sua tese preterista de que Babilônia é Jerusalém, ele teve que admitir que era uma referência a Jerusalém, e não a Roma. O mesmo fazem os outros apologistas católicos que estão despertando neste sentido. Eles estão percebendo que a tese preterista deles do Apocalipse vai por água abaixo quando dizem que em 1Pe.5:13 a simbologia diz respeito a Roma, porque isso significaria que é Roma a Babilônia espiritual, o que eles não admitem em hipótese alguma.
---Portanto, os católicos têm que ser criteriosos aqui: se a referência é direta e clara, então é realmente da província da Babilônia que Pedro escreve a sua carta. Mas, se a linguagem é figurada e enigmática, então eles têm que seguir as suas crenças de que a Babilônia espiritual é Jerusalém, e não Roma. De um jeito ou de outro, a tese de que Pedro escrevia de Roma vai direto para o espaço sideral. Ou, senão, é o critério católico que vai para o espaço.
---Inúmeros eruditos católicos tem percebido a total ilógica desta tentativa frustrada de colocar Pedro em Roma, e tem voltado atrás em sua interpretação de que a “Babilônia” de onde Pedro escrevia tratava-se de Roma. Dentre eles, podemos destacar Pedro de Marca, João Batista Mantuan, Miguel de Ceza, Marsile de Pádua, João Aventin, João Leland, Charles du Moulin, Luís Ellies Dupin e Desidério (Gerhard) Erasmo. Dupin, um historiador eclesiástico, foi além e disse:
“A Primeira Epístola de Pedro é datada de Babilônia. Muitos dos antigos compreenderam este nome como significando Roma; mas não aparece nenhum motivo que pudesse induzir S. Pedro a mudar o nome de Roma para o de Babilônia. Como poderiam aqueles a quem escreveu entender que Babilônia significava Roma?”
---Diante do contexto, vemos que Pedro não estava retratando um cenário enigmático ou misterioso, como um código a ser desvendado pelos seus leitores. Sabemos que a “Babilônia” que João se refere no Apocalipse é enigmática porque todo o contexto apocalíptico é enigmático. Porém, o mesmo não se aplica no caso de 1Pe.5:13, que é simplesmente uma narração comum feita de modo simples, claro e direto, dizendo o nome [real] dos irmãos que estavam com ele, e da cidade [real] que ele estava escrevendo sua carta. Portanto, se os católicos querem enfiar goela abaixo que a Babilônia é Roma, terão além de tudo que distorcer o próprio contexto para favorecerem as suas teorias!
---Portanto, a Babilônia citada por Pedro diz respeito a uma cidade real, não uma enigmática a ser desvendada por um enigma que fere a lógica, o bom senso e o contexto, mas sim a cidade da Babilônia situada junto ao Eufrates. A evidência histórica nos mostra que foi de lá que Pedro escreveu, pois havia uma considerável população judaica na vizinhança da Babilônia, nos primeiros séculos da era cristã. A própria Enciclopédia “The International Standard Bible” diz:
“Babilônia permaneceu um foco do judaísmo oriental durante séculos, e, das discussões nas escolas rabínicas ali foi elaborado o Talmude de Jerusalém no quinto século de nossa era, e o Talmude de Babilônia, um século depois”
---Pedro quis dizer exatamente o que ele escreveu. Ele era o “apóstolo aos circuncisos” (Gl.2:8), pois a evangelização dos judeus foi confiada a Pedro, enquanto que a dos não-judeus foi confiada a Paulo (Gl.2:7-9). Paulo deveria se dirigir aos gentios, e Pedro aos judeus (Gl.2:9). Portanto, Pedro trabalhou neste centro do judaísmo, como era a Babilônia, durante algum tempo, em que ele esteve escrevendo a sua primeira epístola, dirigida àqueles a quem ele anteriormente havia pregado o evangelho extensivamente na província da Ásia durante muitos anos (1Pe.1:1).
---Desta forma, Pedro, ao pregar em um centro do judaísmo, estava cumprindo o seu papel de apóstolo aos judeus, diferentemente de Roma, em que ele estaria pregando aos pagãos, tarefa esta que era atribuição de Paulo (Gl.2:7-9). Pedro não escreveu nem de Roma, nem para os romanos!
26. De acordo com os Atos de Xantipas, Pedro só cria o desejo de ir a Roma depois que Paulo partiu para a Espanha, e depois que ele já havia estabelecido a igreja de Roma e dela ter sido ameaçada pelo mago Simão (Cap.24). Sendo que o primeiro fato se deu entre 63-64 d.C e o segundo por volta de 61-62 d.C (adicionando mais um tempo considerável até Simão ter quebrado aquela igreja com doutrinas estranhas), fica claro que no mínimo até 64 d.C Pedro não havia chegado a Roma. Foi somente por esta época que ele criou o sonho de ir um dia visitar Roma, o que se consumaria alguns anos depois com o seu martírio naquele lugar.
27. Eusébio faz uma lista dos lugares por onde Pedro mais pregou Cristo e transmitiu a doutrina do Novo Testamento aos que procediam da circuncisão, e não inclui Roma em momento algum, conquanto que tenha mencionado outras cinco diferentes províncias (HE, Livro III, 4:2).
[66 – 67 d.C]
28. Segundo relatos patrísticos, Pedro chega a Roma no final de sua vida (66-68 d.C) para ser martirizado, após ter pregado a palavra de Deus no Ponto, na Galácia e na Bitínia, na Capadócia e na Ásia, durante a maior parte de sua vida (HE, Livro III, 1:2).
Paz a todos vocês que estão em Cristo.
Por Cristo e por Seu Reino,
Lucas Banzoli (apologiacrista.com)
-Extraído de meu livro: "A História não contada de Pedro".
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So tem um jeito do Catolicismo colocar Pedro em Roma: Queimar o Novo Testamento!
ResponderExcluirO que eles já fizeram muitas vezes. Graças a Deus que não conseguiram destruir todas!
ExcluirLucas, como saber se realmente o ano [37 – 43 d.C] está certo? Por onde eu posso ter certeza se a data é essa mesma?
ResponderExcluirEstas datas são baseadas no registro de Lucas em Atos dos Apóstolos, e os estudiosos da área, tanto católicos como protestantes, costumam concordar quanto a estas datas, basta ver uma Bíblia de Estudo protestante e comparar com uma Bíblia de Estudo católica, quase sempre as datas batem, não há discordâncias significativas.
ExcluirFatality !!!! Agora a casa caiu de vez !!!
ResponderExcluirNão têm como refutar! Impossível!
ResponderExcluirhistoriadores atualmente acreditam que a tradição católica esteja correta; igualmente, muitas tradições antigas corroboram a versão de que Pedro esteve em Roma e que ali teria sido martirizado.
ResponderExcluirClemente, terceiro bispo de Roma e discípulo de Pedro, por volta de (96 d.C.), em sua Epístola aos Coríntios, faz clara alusão ao martírio deste e de Paulo em Roma:
Todavia, deixando os exemplos antigos, examinemos os atletas que viveram mais próximos de nós. Tomemos os nobres exemplos de nossa geração. Foi por causa do ciúme e da inveja que as colunas mais altas e justas foram perseguidas e lutaram até a morte. Consideremos os bons apóstolos. Pedro, pela inveja injusta, suportou não uma ou duas, mas muitas tribulações e, depois de ter prestado testemunho, foi para o lugar glorioso que lhe era devido. Por causa da inveja e da discórdia, Paulo mostrou o preço reservado à perseverança. Sete vezes carregando cadeias, exilado, apedrejado, tornando-se arauto no Oriente e no Ocidente, ele deu testemunho diante das autoridades, deixou o mundo e se foi para o lugar santo, tornando-se o maior modelo de perseverança. Inácio de Antioquia, bispo, mártir e também discípulo de Pedro, em cerca de (107 d.C.., em sua Epístola aos Romanos, a qual fora dirigida à comunidade cristã lá situada, refere-se nos seguintes termos ao martírio de Pedro e Paulo em Roma:
"Não vos dou ordens como Pedro e Paulo; eles eram apóstolos, eu sou um condenado. Eles eram livres, e eu até agora sou um escravo.
ormado como jurista Tertuliano (155-222 d.C.) falou da morte de Pedro em Roma:
A Igreja também dos romanos pública - isto é, demonstra por instrumentos públicos e provas - que Clemente foi ordenado por Pedro.
Feliz Igreja, na qual os Apóstolos verteram seu sangue por sua doutrina integral!" - e falando da Igreja Romana, "onde a paixão de Pedro se fez como a paixão do Senhor.
Nero foi o primeiro a banhar no sangue o berço da fé. Pedro então, segundo a promessa de Cristo, foi por outrem cingido quando o suspenderam na Cruz.
Eusébio (263-340 d.C.) Bispo de Cesareia, escreveu muitas obras de teologia, exegese, apologética, mas a sua obra mais importante foi a História Eclesiástica, onde ele narra a história da Igreja das origens até 303. Refere-se ao ministério exercido por Pedro:
Pedro, de nacionalidade galileia, o primeiro pontífice dos cristãos, tendo inicialmente fundado a Igreja de Antioquia, se dirige a Roma, onde, pregando o Evangelho, continua vinte e cinco anos Bispo da mesma cidade.
Refutado. Espero voltar sempre. rs
Mais um palhaço que repete um monte de texto copiado do Google, textos estes que eu já li trezentas vezes na vida, e acha que "refutou" alguma coisa aqui. O cara é tão descarado que ainda foi copiar da WIKIPÉDIA:
Excluirhttps://pt.wikipedia.org/wiki/São_Pedro
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
E ainda não sabe nem ler, porque no próprio artigo em questão eu afirmo que Pedro esteve em Roma no final de sua vida, ou seja, que ele foi martirizado ali. E aí você vem com uma pancada de texto repetido que mostra exatamente o que eu disse, ou seja, que Pedro foi martirizado em Roma! É mole?
E o pior é que esse tipo de demência é o que eu tenho que aturar TODOS OS DIAS.
Mais feio ainda é você adulterar a citação de Eusébio, dizendo que na História Eclesiástica há a citação de Pedro estando 25 anos(!) em Roma, que é uma adulteração tão descarada e medíocre que eu já refutei neste artigo:
http://heresiascatolicas.blogspot.com.br/2015/01/paulo-leitao-falsificando-textos.html
É esse tipo de gentalha que eu tenho que aturar aqui: gente que não lê o artigo, não refuta nada, daí digita no Google e vai pro Wikipédia copiar um monte de texto que eu já li trezentas vezes na vida e que não refutam porcaria nenhuma do meu artigo.
Em geral eu digo para um refutado "volte sempre", mas em se tratando de um pesquisador de Google como você, VOLTE NUNCA MAIS, não me encha mais a paciência nem desperdice meu tempo.
Dentre os apóstolos, só João viu a destruição de Jerusalém ?
ResponderExcluirSim. Ele viveu até próximo do ano 100.
ExcluirExcelente artigo!
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