Refutando astronauta católico (V): Teófilo cria na imortalidade da alma?



Chegamos agora à quinta parte da nossa refutação ao palhaço embusteiro mais conhecido como astronauta católico, desta vez sobre as distorções grosseiras do mesmo em torno de Teófilo de Antioquia, um bispo e escritor cristão de meados do segundo século. Se você ainda não conferiu as outras quatro refutações, sugiro que as leia antes de prosseguir lendo o presente artigo:


A refutação do astronauta católico nesta parte é tão podre que em todo o seu texto ele só cita uma passagem como a “prova” de que Teófilo cria no “tormento eterno”, que é uma em que ele fala sobre a linguagem do “fogo eterno” (a qual já expliquei exaustivamente neste artigo, na parte correspondente a Inácio, provando que a terminologia de “fogo eterno” não é, nunca foi e nunca será sinônimo de “tormento eterno”).

Se o astronauta católico não fosse apenas papagaio copiador de textos de internet e tivesse realmente lido uma vez na vida os escritos de Teófilo, teria notado que este bispo de Antioquia cria na mesma conflagração do mundo que alguns poetas pagãos também criam. Em seu segundo livro a Autólico, ele disse que esta parte da filosofia dos poetas pagãos estava em conformidade com o ensino dos profetas:

“Que Deus examinará todo juramento injusto e qualquer outro pecado, os poetas quase o disseram, assim como falaram, querendo ou sem querer, coisas concordes com os profetas sobre a conflagração do mundo, apesar de serem muito posteriores a estes e de terem tirado tudo isso da lei e dos profetas”[1]

O problema no colo do astronauta católico é que essa conflagração universal que Teófilo dizia que os poetas gregos afirmavam em conformidade com os profetas nunca teve nada a ver com um “tormento eterno”, mas sim com a destruição total do planeta pelo fogo, ocasião na qual as almas morreriam. Essa conflagração universal era crida naquela época pelos estóicos. Eles criam que depois da morte a alma ainda permanecia viva por algum tempo, embora não para sempre. Diógenes Laércio (200-250 d.C), historiador e biógrafo dos antigos filósofos gregos, afirmou:

“A alma... permanece [viva] depois da morte, e é, todavia, corruptível [mortal]”[2]

O famoso filósofo romano Cícero (106-43 a.C) declarou também:

“Os estóicos dizem que as almas durarão por muito tempo, mas não para sempre”[3]

Esses filósofos estóicos criam que o momento em que a alma seria aniquilada depois da morte é na conflagração universal, como disse o filósofo estóico Cleanto (331-232 a.C):

“As almas dos que morreram continuam a viver até a [próxima] conflagração”[4]

Em síntese, esta conflagração universal (momento em que o mundo seria destruído pelo fogo causando aniquilamento) era um ponto em comum entre Teófilo e os poetas pagãos (embora ele tivesse muito mais discordâncias do que concordâncias em geral). Teófilo obviamente não cria que os ímpios seriam atormentados conscientemente para todo o sempre (o que além de irracional e ilógico é também monstruoso), mas sim que eles passariam pela conflagração universal, momento este em que seriam abrasados pelo poder do fogo e deixarão de existir. Este abrasamento e consequente destruição é o que ele se referia no texto que o astronauta católico tirou grosseiramente do contexto (Livro I, c. 14), tentando dizer que ele cria no tormento eterno.

Na continuação do texto do Livro II (c. 37), Teófilo explica com mais detalhes o que é essa conflagração, citando dois textos clássicos do aniquilacionismo:

“Não importa se foram anteriores ou posteriores. O importante é que falaram de acordo com os profetas. Sobre a conflagração, por exemplo, o profeta Malaquias predisse: ‘Eis que chega o dia do Senhor como fornalha ardente e abrasará todos os ímpios’. E Isaías: ‘A ira do Senhor virá como granizo que cai com violência e como água no vale que arrasta tudo’”[5]

Primeiro ele diz que aqueles filósofos estóicos (que criam no aniquilacionismo na conflagração) falaram de acordo com os profetas, e logo em seguida confirma isso citando textos clássicos do aniquilacionismo bíblico, inclusive o de Malaquias, que diz:

“Pois certamente vem o dia, ardente como uma fornalha. Todos os arrogantes e todos os malfeitores serão como palha, e aquele dia, que está chegando, ateará fogo neles, diz o Senhor dos Exércitos. Nem raiz nem ramo algum sobrará (...) Depois esmagarão os ímpios, que serão como pó sob as solas dos seus pés no dia em que eu agir, diz o Senhor dos Exércitos” (Malaquias 4:1,3)

Alguém está vendo algum sinal de “tormento eterno” ali? Eu não! O que eu vejo é toda uma linguagem de aniquilacionismo: os ímpios sendo reduzidos a “palha”, o fogo que os consumiria totalmente até que não lhes sobrasse “nem raiz nem ramo”, até que eles virassem (cessação total de existência). Que belo “imortalista” era esse Teófilo!

Acabando com a mentira de que Teófilo cria no tormento eterno, o astronauta católico que jamais leu os livros de Teófilo ainda cita um último texto em seu favor, que é um em que Teófilo diz que a alma é “chamada” de “imortal”. O que o malandro esconde é a sequencia da obra, que deixa bem claro que essa “imortalidade” é uma imortalidade condicional (exatamente igual aquela aceita pelos mortalistas), e não uma imortalidade incondicional (conforme crida pelos imortalistas). Teófilo mostrou isso dezenas e dezenas de vezes, como nesse texto aqui:

“Ó homem, se compreenderes isso, e viveres de maneira pura, piedosa e justa, poderás ver a Deus. Antes de tudo, porém, entrem em teu coração a fé e o temor de Deus, e então compreenderás isso. Quando depuseres a mortalidade e te revestires da incorruptibilidade, verás a Deus de maneira digna. Com efeito, Deus ressuscitará a tua carne, imortal, juntamente com tua alma. Então, tornado imortal, verás o imortal, contanto que agora tenhas fé nele. Então reconhecerás que falaste injustamente contra ele”[6]

Este é o texto que mais claramente fala da vida póstuma se dar apenas na ressurreição, e não antes. Teófilo diz a Autólico que se ele começar a viver justamente ele poderá ver a Deus. Então ele explica quando que isso ocorreria. Na cabeça de astronautas católicos como Rafael Rodrigues, isso ocorreria logo após a morte, quando a tal alma imortal sairia do corpo em direção ao Céu. Mas antes mesmo que Autólico pudesse pensar nisso, Teófilo o desarma totalmente, dizendo que isso somente ocorreria quando ele se dispusesse da mortalidade e se revestisse da imortalidade. Quando é esse momento em que ele se tornaria imortal para poder ver a Deus? É o que ele responde em seguida:

“...Deus ressuscitará a tua carne, imortal, juntamente com tua alma. Então, tornado imortal, verás o imortal”

Primeiro: Deus não ressuscitaria apenas a carne, mas a alma também. Segundo: o homem não possui a imortalidade no presente momento (na forma de uma “alma imortal” presa dentro do corpo), mas será tornado imortal quando ressuscitar dos mortos. E terceiro: é só então, quando ressuscitarmos, que veremos o imortal (Deus)! Este texto de Teófilo simplesmente fulmina e destrói com todo o amontoado de falácias imortalistas, cuja doutrina faz com que o homem veja a Deus antes mesmo de ressuscitar. Para Teófilo, é somente depois de ressuscitarmos que veremos a Deus (logo, como podemos estar com Ele antes?).

Teófilo também afirma enfaticamente que o homem se tornou naturalmente mortal quando decidiu desobedecer a Deus:

“Como dissemos acima, Deus colocou o homem no jardim, para que o cultivasse e o guardasse, e mandou que ele comesse de todos os frutos, portanto também da árvore da vida, e mandou que só não experimentasse da árvore da ciência. E Deus o transportou da terra da qual fora criado para o jardim, dando-lhe ocasião de progresso, para que crescendo e chegando a ser perfeito e até declarado deus, subisse então até o céu, possuindo a imortalidade, pois o homem foi criado como ser intermédio, nem completamente mortal nem absolutamente imortal, mas capaz de uma e outra coisa, assim como seu lugar, o jardim, se considerarmos a sua beleza, é lugar intermédio entre o mundo e o céu. Quando a Escritura diz ‘trabalhar’, não dá a entender outro trabalho, mas a observância do mandamento de Deus, a fim de que o homem, violando-o, não se perca, como efetivamente aconteceu quando se perdeu pelo pecado[7]

Note que para Teófilo Deus não fez o homem naturalmente imortal, mas lhe deu a chance de ser imortal caso ele obedecesse a Deus. Se Adão não tivesse pecado, ele poderia “subir até o céu e possuir a imortalidade” (nas palavras de Teófilo), que é exatamente o que os imortalistas afirmam que nós somos hoje (i.e, que possuímos a imortalidade em nosso ser através da “alma imortal” e que iremos ao céu imediatamente após a morte). Mas tem um probleminha: o homem desobedeceu a Deus, ao invés de obedecê-lo!

Para Teófilo, Deus não fez o homem nem “completamente mortal” e nem “absolutamente imortal”, mas capaz de uma coisa e de outra. Em outras palavras, se o homem decidisse obedecer a Deus, ele seria “absolutamente imortal”, mas se o desobedecesse, ele seria “completamente mortal”. Qual foi a decisão do homem? Desobedecer. Como resultado da escolha do homem, qual foi a consequencia? Se tornar “completamente mortal”, como diz Teófilo. Essa é exatamente a mortalidade natural afirmada por nós mortalistas. O homem se tornou naturalmente mortal ao pecar, ao invés de possuir a imortalidade (que é o que ocorreria caso ele tivesse sido fiel a Deus).

Os imortalistas seguem a mentira da serpente, que disse que, mesmo se o homem pecasse, “certamente não morrereis” (Gn.3:4). Nós seguimos a Bíblia, que condiciona a imortalidade à obediência a Deus, do qual o homem se apartou. Embusteiros como Rafael Rodrigues permanecem no engano da serpente até hoje, pensando que, mesmo depois da decisão de Adão e do pecado vir a existir, ainda assim possuímos a imortalidade. Mais adiante, Teófilo volta a repetir o mesmo pensamento:

“Poder-se-á dizer: ‘O homem não foi criado mortal por natureza?’ De jeito nenhum. ‘Então foi criado imortal?’ Também não dizemos isso. ‘Então não foi nada?’ Também não dizemos isso. O que afirmamos é que por natureza não foi feito nem mortal, nem imortal. Porque se, desde o princípio, o tivesse criado imortal, o teria feito deus; por outro lado, se o tivesse criado mortal, pareceria que Deus é a causa da morte. Portanto, não o fez mortal, nem imortal, mas, como dissemos antes, capaz de uma coisa e de outra. Assim, se o homem se inclinasse para a imortalidade, guardando o mandamento de Deus, receberia de Deus o galardão da imortalidade e chegaria a ser deus; mas se se voltasse para as coisas da morte, desobedecendo a Deus, seria a causa da morte para si mesmo, porque Deus fez o homem livre e senhor de seus atos. O que o homem atraiu sobre si mesmo por sua negligência e desobediência, agora Deus o presenteou com isso, através de sua benevolência e misericórdia, contanto que o homem lhe obedeça. Do mesmo modo como o homem, desobedecendo, atraiu sobre si a morte, assim também, obedecendo à vontade de Deus que quer, pode adquirir para si a vida eterna. De fato, Deus nos deu lei e mandamentos santos, e todo aquele que os cumpre pode salvar-se e, tendo alcançado a ressurreição, herdar a imortalidade[8]

Mais uma vez, Teófilo reitera a Autólico (que, como pagão que era, cria na imortalidade natural, como creem os imortalistas) que Deus originalmente não fez o homem nem mortal nem imortal, mas capaz de uma coisa ou de outra. Assim, se o homem optasse pela obediência, eu estaria aqui ensinando a imortalidade natural, mas como Adão desobedeceu, estou ensinando a mortalidade natural, que foi a decisão que a humanidade tomou desde Adão. Mas Teófilo nos dá uma esperança: ele diz que nós ainda podemos adquirir para si a vida eterna. De que modo que isso se daria? Isso ele responde logo em seguida:

“...tendo alcançado a ressurreição, herdar a imortalidade”

Preciso dizer mais alguma coisa?

A crença de Teófilo era clara:

• O homem não foi criado naturalmente imortal nem mortal, mas podendo se tornar “completamente mortal” ou “absolutamente imortal”, dependendo de sua obediência a Deus.

• Mas o homem decidiu desobedecer a Deus, atraindo a “morte para si mesmo” (i.e, ele se tornou “completamente mortal”).

• Felizmente, ainda há uma chance de adquirirmos uma vida eterna, que é crendo em Jesus.

• Esta vida eterna nós desfrutaremos quando Jesus – que é a ressurreição e a vida (Jo.11:25) – nos ressuscitar no último dia, e assim herdaremos a imortalidade.

Como foi que o astronauta bobão que nunca leu Teófilo na vida rebateu estes argumentos? Da forma mais ridícula, risível, medíocre e patética que eu já vi alguém “refutar” algum texto em meu até hoje:

(Clique na imagem para ampliar)

Sim, acredite, não há mais nenhuma “refutação” ali presente além disso que ele escreveu (a não ser que ele decida editar o artigo e acrescentar mais sandices). Só há essa “refutação” decadente:

“Nenhum destas passagens mostra que ele cria que a alma morria ou era aniquilada, o que ele fala como ‘morrer’ da alma, deve ser entendido em conformidade com o que ele ensina sobre o inferno. Para ele a ‘morte da alma’ era como a eterna de condenação, o apartamento total da vida glóriosa com Deus e não uma aniquilação da alma como presumem os ‘desavisados’ que passam ao largo de seu ensinamento sobre o inferno eterno”

Ou seja: além de não refutar absolutamente nada dos textos e de não rebater absolutamente nenhuma das afirmações, o analfabeto ainda escreve “glóriosa” (isso mesmo, com acento no “o”, talvez para acentuar seu sotaque nordestino), corta as citações pela metade e ainda cita as referências totalmente erradas. Onde ele coloca como sendo “Livro III, capítulo 25” (referente à segunda citação) é na verdade “Livro II, capítulo 24”. Isso prova que o astronauta bobão sequer lê os textos que cita, ele copia sem ler as asneiras que escreve, não sabe nem em que livro ou em que capítulo se encontra o que ele está copiando. É difícil achar um apologista católico que seja tão vergonhoso e medíocre quanto esse Rafael Rodrigues.

Para piorar ainda mais a situação, o cidadão ainda adultera de forma grosseira os textos onde Teófilo fala explicitamente na mortalidade natural e não explica nenhum dos textos que dizem que nós só veremos a Deus e alcançaremos a vida eterna depois da ressurreição. Pelo contrário, ele “refuta” o que sequer foi argumentado, e ainda distorce de forma criminosa “o que Teófilo ensina sobre o inferno”, que, como vimos, em nada tinha a ver com um tormento eterno e consciente, mas com aniquilacionismo dos ímpios na conflagração universal, ponto este em que Teófilo estava de acordo com os filósofos estóicos, como o próprio Teófilo assevera.

O que o astronauta católico quer que seus leitores néscios engulam é que quando Teófilo diz que Deus não fez o homem nem “completamente mortal” e nem “absolutamente imortal”, mas capaz de uma coisa ou de outra, o que ele estava querendo dizer é isso:

“Deus não fez o homem completamente para ser atormentado para sempre em um lago de fogo do inferno, nem absolutamente imortal, mas capaz de uma coisa ou de outra”

Sério, quem ainda dá crédito a esse embusteiro?

Para piorar ainda mais as coisas, Teófilo ainda diz:

“Assim, foi a desobediência que acarretou ao primeiro homem ser expulso do jardim do Éden; não porque a árvore da ciência tivesse alguma coisa de mau, mas foi por causa de sua desobediência que o homem atraiu trabalho, dor, tristeza e caiu finalmente sob o poder da morte. Também foi um grande beneficio feito por Deus ao homem que este não permanecesse sempre em pecado, mas, de certo modo, como se tratasse de um desterro, o expulsou do paraíso, para que pagasse por tempo determinado a pena de seu pecado e, assim educado, fosse novamente chamado. Tendo sido o homem formado neste mundo, misteriosamente se escreve no Gênesis como se ele tivesse sido colocado duas vezes no jardim. A primeira vez se realizou quando foi aí colocado; a outra se realizaria depois da ressurreição e do julgamento. Podemos ainda dizer mais. Do mesmo modo como um vaso que depois de fabricado tem algum defeito, é novamente fundido e modelado para que fique novo e inteiro, assim acontece com o homem através da morte: de certo modo se quebra, para que na ressurreição surja sadio, isto é, sem mancha, justo e imortal[9]

Teófilo diz que o homem é chamado duas vezes ao Paraíso: a primeira foi com Adão e Eva (no relato do Gênesis), e a segunda será depois da ressurreição! Mesmo Teófilo sendo assim tão claro, o astronauta embusteiro ainda insiste que as almas estão no Paraíso entre a morte e a ressurreição! Se de longe um apologista católico ser obrigado a distorcer tão criminosamente os textos soa como decadência, de perto parece de longe.

Mas não termina por aqui. Teófilo compara ainda a situação do homem na morte com a situação de um vaso que se quebra e que é consertado. Aqui na terra somos um “vaso com defeito”, na morte somos um “vaso quebrado”, e na ressurreição seremos um “vaso modelado”, se tornando “novo e inteiro”. Deixo que o leitor decida se isso se parece com a descrição de uma alma imortal e incorruptível que habita dentro de nós e que na morte já está no Paraíso com Deus em perfeitas condições, ou se parece mais com a inexistência na morte e volta à vida na ressurreição.

Para terminar, Teófilo diz ainda:

“Portanto, a Sibila, os outros profetas, e até os filósofos e poetas falaram claramente sobre a justiça, sobre o julgamento e o castigo. Falaram também sobre a providência, que Deus cuida de nós não apenas enquanto vivemos, mas também depois de mortos, embora o dissessem contra a vontade, convencidos que foram pela própria verdade. Entre os profetas, Salomão disse sobre os mortos: ‘A carne será curada e os ossos serão cuidados’. E o próprio Davi: ‘Meus ossos humilhados se regozijarão’. De acordo com eles, disse Tímocles: ‘Para os mortos, a misericórdia é o Deus benigno’”[10]

Teófilo diz que Deus cuida de nós mesmo depois de mortos, mas, então, curiosamente não faz absolutamente referência nenhuma sobre isso consistir em estar sob os cuidados de Deus no Céu em forma de alma penada incorpórea e imortal. Ao contrário: ele se refere apenas à carne que será “curada”, aos ossos que serão “cuidados” e, novamente, aos ossos que “se regozijarão”, ou seja, todas elas figuras de linguagem para falar da ressurreição da carne. Para Teófilo, Deus cuidar de nós depois da morte não tinha nada a ver com nossa alma já estar com Deus no Paraíso, mas sim com o fato de Ele providenciar a nós uma ressurreição física dentre os mortos, para que estejamos na presença dEle.

Há muito mais coisas interessantes que eu poderia acrescentar ainda sobre Teófilo, mas um astronauta néscio e incauto como esse não merece mais aulas. Em vez disso, estou planejando um livro sobre o tema da imortalidade da alma nos Pais da Igreja, que deverá sair nas próximas semanas. Se o astronauta quer deixar de ser tão ignorante e mentiroso, que vá ler de fato um livro, se é capaz de fazer isso. Assim obterá conhecimento suficiente para admitir o óbvio: que os primeiros Pais da Igreja desconheciam completamente qualquer doutrina de imortalidade incondicional da alma. Se bem que para alguém tão desonesto não adianta: mesmo que eu cite caminhões de textos históricos e refute cada vírgula de argumentação leviana e néscia, ainda assim o charlatão preferirá continuar enganando a si mesmo e aos seus leitores burros do que reconhecer a verdade, porque “o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que não lhes resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo” (2Co.4:4).

Paz a todos vocês que estão em Cristo.

Por Cristo e por Seu Reino,
Lucas Banzoli (www.lucasbanzoli.com)


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[1] Teófilo a Autólico, Livro II, c. 37.
[2] Diógenes Laércio, VII, 156 (von Arnim, S.V.F., II, fr. 774).
[3] Cícero, Tusc. disp., I, 31, 77 (von Arnim, S.V.F., I, fr. 822).
[4] Diógenes Laércio, VII, 156 (von Arnim, S.V.F., I, fr. 522).
[5] Teófilo a Autólico, Livro II, c. 38.
[6] Teófilo a Autólico, Livro I, c. 7.
[7] Teófilo a Autólico, Livro II, c. 24.
[8] Teófilo a Autólico, Livro II, c. 27.
[9] Teófilo a Autólico, Livro II, c. 25-26.
[10] Teófilo a Autólico, Livro II, c. 38.

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