O protestantismo é o pai do comunismo e do ateísmo?


A palhaçada de circo mais conhecida como “apologética católica” no Brasil não se cansa de cair cada vez mais no ridículo: quando pensamos que não tem como afundar mais, tem sim. Se já não bastasse a jogada de marketing travestida de “história” para dizer que “a Igreja Católica construiu a civilização”, os catoleigos conseguiram superar o próprio Thomas Woods, e agora dizem aquilo que nem mesmo ele chegou a afirmar: que o protestantismo gera o ateísmo. Sério, essa gente já perdeu o senso do ridículo.

Essa alegação foi feita na caixa de comentários do meu artigo "A Igreja Católica criou as universidades!!!!!", por um católico anônimo, mas provavelmente seguidor de velhos astrólogos ou de jumentos com cara de bolacha trakinas que passam o dia todo fazendo vídeo no YouTube por não terem mais o que fazer, que alegou que o protestantismo é o pai do ateísmo, do socialismo, do comunismo e do capitalismo[1]. Sim, na cabeça do papista fanático e descerebrado, o protestantismo é o “pai” de tudo o que ele acha ruim no planeta. Assim, qualquer desgraça na história da humanidade é automaticamente atribuída ao protestantismo por aqueles que jamais abriram um livro de história na vida.

Vamos logo aos fatos: se alguém está mais perto de ser o pai de todos estes males, este alguém é a Igreja Católica Romana, e não o protestantismo. O historiador católico Ivan Lins, em sua obra “A Idade Média – A Cavalaria e as Cruzadas”, atribui às cruzadas a divulgação do ateísmo. Ele escreve:

“Só começa a divulgar-se o ateísmo, na Europa medieval, no século XII, em consequencia das cruzadas”[2]

Lins está certo, e isso é fácil de explicar. Pela época da primeira cruzada, o povo católico era mais fanático do que nunca, estando convicto de que Deus era católico e estaria entregando Jerusalém nas mãos dos cristãos, tirando desses “infieis”, que eram chamados de “cães”. Este fanatismo aumentou após a vitória na primeira cruzada, quando os muçulmanos estavam desunidos internamente para vencer o inimigo em comum. Contudo, não demorou muito para que os árabes se unissem e tirassem Jerusalém das mãos dos cristãos, sem muita dificuldade. Assim, a segunda e a terceira cruzada foram um fracasso total.

A Igreja tentou se recuperar deste abalo com outras várias cruzadas: cruzada que atacava a Constantinopla cristã em vez de Jerusalém, cruzada que massacrava os “hereges” albigenses em vez de Jerusalém, cruzada que atacava o Egito em vez de Jerusalém, até cruzada de crianças teve, para serem vendidas como escravas (em vez de Jerusalém). Quanto mais cruzadas eram feitas, maior era o fracasso obtido, e mais a instituição do papado ia sendo colocada em descrédito na opinião popular. Durante as cruzadas, são muitos os relatos históricos de cristãos renunciando para o lado dos muçulmanos por pensarem que Deus estava do lado dos seguidores de Maomé, já que os cristãos perdiam as batalhas.

Em vez do mar se abrir e do maná cair do céu, eles sofriam com a fome, praticando canibalismo e matando uns aos outros. Não demorou muito para que aquele êxtase inicial se transformasse em frustração completa, de tal modo que depois da oitava cruzada eles não mais se reanimaram para uma outra cruzada, deixando Jerusalém definitivamente nas mãos dos “infieis”. Ao mesmo tempo, a palavra do papa foi colocada em dúvida, bem como sua posição de representante de Deus na terra. Afinal, o papa os tinha metido em um empreendimento fracassado, que resultou não apenas em fracasso militar, mas também econômico e moral.

Para piorar ainda mais a situação, havia a venda de indulgências para o perdão dos pecados, mediante vendedores profissionais. Na prática, estavam vendendo a salvação a dinheiro, como nos conta o renomado historiador Geoffrey Blainey, em seu best-seller “Uma Breve História do Mundo”:

“A Igreja reuniu cobradores de impostos profissionais e, assim como as pessoas que hoje ajudam a angariar fundos nas instituições de caridade, eles se encarregaram de vender indulgências. Como a Igreja medieval acreditasse em castigo eterno, bem mais que a maioria dos grupos cristãos de hoje, a venda de isenções e suspensões de penas estava se contrapondo a um dos principais dogmas de sua teologia; praticamente, estava vendendo a Igreja por algumas moedas de ouro”[3]

Havia ainda, na época, a famosa e inescrupulosa venda de supostas relíquias sagradas, das quais Ivan Lins nos conta um pouco mais:

“Orgulhavam-se várias localidades de possuir sapatos, camisas e, o que mais é, o próprio leite da Virgem Maria[4]! Adorava-se, em Vendôme, uma lágrima de Cristo, e, em Corbie, nada menos do que a barba de Noé[5]! Guibert, abade de Nogent, que era discípulo do grande santo Anselmo, um dos fundadores da escolástica, escreveu em meados do século XII, a propósito de um dente de leite de Nosso Senhor Jesus Cristo, um tratado que impressiona pela solidez da argumentação. Insurge-se, de fato, nesse tratado, contra o dente e o umbigo do menino Jesus, por achar – dizia com alto bom senso – que a Virgem não havia de guardar tais coisas, e nem ainda o seu próprio leite, adorado em Laon[6]. Não era, porém, só o povo, ou a parte mais atrasada do clero, que aceitava a autenticidade das mais inverossímeis relíquias. O mais alto clero não nutria, também, a menor sombra de dúvida sobre a procedência delas, como o prova o papa Alexandre II ao remeter, de presente, a Guilherme, o Conquistador, pouco antes de subjugar a Grã-Bretanha, um estandarte, ornado com um agnus Dei de ouro, contendo um fio de cabelo de São Pedro[7]!”[8]

É claro que todas essas sandices e aberrações morais da Igreja Romana medieval foram tirando cada vez mais a fé das pessoas menos ingênuas. É óbvio que ninguém seria tão burro ao ponto de se auto-proclamar “ateu” em uma época em que a Igreja matava qualquer não-católico que fosse. Isso seria suicídio, e nenhum ateu teria razões para querer ser um mártir – bastava manter as aparências, para que ninguém ficasse sabendo disso.

Foi a Reforma Protestante que deu um novo ânimo espiritual no coração daqueles que já tinham desacreditado na instituição papal. É o descrédito que a Igreja já tinha na época (antes de Lutero surgir) que explica o quão rapidamente as ideias da Reforma foram prontamente aceitas em muitos países. Ora, o descrédito que a Igreja tinha na época em que Lutero ainda era católico obviamente não era culpa de Lutero: era dela mesma. Foram os próprios erros da Igreja que a fizeram cair no ridículo aos olhos da elite intelectual da época, a qual estava apenas esperando a primeira oportunidade de se livrar desta peste. Lutero, portanto, não “criou” o ateísmo cada vez mais crescente antes dele: ele apenas deu um novo ânimo espiritual para aqueles que já haviam perdido as esperanças na Igreja Romana, e por boas razões.

Mas para “provar” que o protestantismo gera o ateísmo, os fanáticos católicos usam geralmente dados adulterados, vindos de organizações ateístas sem nenhuma credibilidade, para tentar mascarar e falsear a realidade. Dentre os países protestantes citados como exemplos de “predominância do ateísmo” pelo site de mentirosos e picaretas do "catequista", constam Noruega, Suécia, Alemanha, dentre outros. O bando de malandros consegue ser tão descarado e sem escrúpulos que não citam nem um único dado em todo o artigo, ou seja, não mostram de onde vieram essas estatísticas – talvez porque tenham vindo do focinho deles. O blog “Neo-Ateísmo Delirante” já rebateu essa baboseira neste artigo, onde refuta completamente as falsas fontes utilizadas pelos neo-ateus (e também pelos fanáticos católicos do artigo).

Ele prova que, em realidade, as fontes oficiais da Suécia atestam que 94% são luteranos, o que torna a Suécia um dos países mais crentes em Deus, em vez de um dos mais descrentes. A Noruega, por sua vez, tem 77% de luteranos, enquanto a Alemanha tem 75% de cristãos (de várias denominações), a Dinamarca tem 79% de luteranos, a Finlândia tem 76% de luteranos, a Islândia tem 76% de luteranos e a Inglaterra tem 59% de anglicanos. Ou seja: em vez destes serem os países mais ateus, estão entre os mais religiosos!

O maior número de ateísmo nos países citados por eles são justamente dos países católicos: Portugal (historicamente católico) tem 6,5% de ateus, mais do que qualquer país historicamente protestante. Ainda podem-se mencionar outros dois países historicamente católicos que hoje tem mais ateus do que Portugal e do que qualquer país protestante, sendo eles: Uruguai (6,3% de ateus) e Cuba (7,2% de ateus). Deve ser por isso que o site de picaretas não citou nenhuma referência: porque eles sabem que as “fontes” que eles têm são de organizações seculares ateístas, e nenhuma de fontes oficiais do próprio país, ou qualquer uma que seja confiável.

Para confirmar estes dados oficiais, fiz questão de perguntar a um amigo que vive na Noruega há mais de vinte anos, que confirmou as minhas suspeitas de que os neo-ateus/católicos estavam usando dados adulterados. A resposta dele foi:


O pior de tudo é que o site mentiroso ainda joga toda a culpa do cientificismo em Kant (um luterano), quando muito antes de Kant já havia o católico René Descartes, o pai do relativismo, sem o qual não existiria Immanuel Kant e nem teologia liberal. Mas é claro que a plateia de palhaços do site de picaretas, sem saber de nada disso, aplaude este monte de desinformação, mentira, desonestidade e canalhice típica da apologética católica inescrupulosa.

Na medida em que avançamos na história e vemos os frutos da Reforma Protestante, vai ficando cada vez mais claro como que o protestantismo não tem nada a ver com ateísmo, mas com progresso e resistência ao mal. Os países reformados não apenas foram os que mais se desenvolveram e os que mais venceram o analfabetismo predominante na época, mas foram ainda os que mais conseguiram oferecer resistência às ameaças comunista e fascista predominantes no século XX. Os países católicos, em contrapartida, mergulharam nestes sistemas ditatoriais e infames até o pescoço.

Basta um olhar simples na História para constatar que:

A França católica foi o primeiro país a passar por uma “revolução” (1789).

A Itália católica foi a primeira a afundar no fascismo (1922).

A Espanha católica foi outra a mergulhar no fascismo (1936).

Portugal, outro país católico, também foi dominado pelo fascismo (1932).

A Argentina católica também se atolou no fascismo (1946).

A Cuba católica se tornou comunista (1959).

A Polônia católica se tornou comunista (1944).

A Angola católica se tornou comunista (1975).

Argentina, Brasil, Colômbia, Venezuela, Peru, Cuba, Chile e Nicarágua (todos com esmagadora maioria católica) passaram por ditaduras recentes (ou ainda estão).

Países católicos latinos (como Bolívia, Colômbia, Equador, Panamá, Peru e Venezuela) adotam ainda hoje o bolivarianismo, um irmão gêmeo do socialismo.

A Argentina precisou de mais de cem anos para finalmente eleger um presidente conservador de direita (nas eleições atuais), depois de atravessar os séculos com ditaduras, fascismo e socialismo que afundaram o país que antes era um dos maiores do mundo.

O exemplo do Brasil é um dos mais interessantes, pois é de conhecimento público. Além de atravessar por uma ditadura militar (1964), depois disso foi tomado pelo marxismo cultural, com um governo socialista reinando soberanamente por 13 anos (completará 16 nas próximas eleições, e não se sabe quando vai acabar). O que a Igreja Católica fez para combater este governo? Vejamos: tem os teólogos da libertação (petistas), tem os bispos da CNBB (petistas), tem o Leonardo Boff (petista), e sim, também tem meia dúzia de padres contrários, que não seriam nada se não tivessem o apoio maciço da comunidade evangélica, de pastores conservadores no congresso e na televisão, que são praticamente a única força de resistência real à ameaça comunista, como os próprios petistas admitem (veja aqui).

É justamente porque o número de evangélicos cresceu na década de 90 para cá, que nosso governo não está tão afundado no socialismo quanto o da Venezuela e da maioria dos outros países sul-americanos, cujo número de evangélicos é irrelevante, ou seja, onde os comunistas não encontram nenhuma resistência que deva ser levada a sério. A esmagadora maioria dos votos que Dilma recebeu foi, é claro, de católicos. O fato de estes católicos serem em sua maioria de não-praticantes não suaviza essa realidade, apenas mostra que o catolicismo romano sequer tem potencial para manter seus próprios fieis na igreja, provavelmente em função de missas monótonas, frias e sem Deus, que não atraem ninguém que queira a presença dEle.

Seja lá por que razão que o catolicismo é tão desagradável aos próprios católicos, o fato é que ele tem potencial para formar legiões de não-praticantes, os quais constituem a base de todos os regimes mais lastimáveis que existem. É necessário substituir este modelo arcaico e ultrapassado de religião por uma que funcione – que pelo menos sirva para manter seus próprios fieis na igreja e serem ali educados. No Nordeste, onde o número proporcional de evangélicos e a influência do protestantismo ali é insignificante, o PT está sentado em um trono de ouro, junto com toda a esquerda. Nas regiões onde o número de evangélicos é mais significativo, curiosamente, os votos em Dilma despencam.

A razão pela qual os países católicos quase sempre formam algum tipo de governo totalitarista é porque a própria Igreja Romana é em si mesma uma forma de totalitarismo, onde um único homem (o papa) governa como um ditador, que possui poder pleno, total, supremo e absoluto sobre a Igreja, dotado até de “infalibilidade”. Em outras palavras, o próprio catolicismo romano já é uma forma de totalitarismo, absolutismo e ditadura, o que por sua vez explica o porquê que um sistema tirânico como esse forme outros tipos de autoritarismos por onde se instala.

Compare tudo isso com os países protestantes, como os Estados Unidos. Todos os imigrantes são obrigados a jurarem não ser comunistas para poderem entrar nos Estados Unidos, e um candidato se expor abertamente como “socialista” é um verdadeiro tiro no pé, um suicídio eleitoral. Recentemente, o socialista Bernie Sanders ingressou nas primárias do Partido Democrata, causando o maior escândalo nacional e sendo notícia no mundo todo por ser o primeiro candidato à presidente abertamente socialista na história dos Estados Unidos. Ou seja: enquanto lá o escândalo é ser socialista, aqui o escândalo é não ser socialista. A diferença entre os países majoritariamente protestantes para os países católicos não é apenas visível: é assustadora, é gritante, é de saltar aos olhos.

Os países protestantes – Estados Unidos, Inglaterra, Grã-Bretanha, Canadá, Holanda, Noruega, Suécia e Dinamarca – são os que mais bravamente resistiram às ditaduras, ao fascismo, ao comunismo, ao bolivarianismo, ao ateísmo. São os que mais e melhor representam a democracia no mundo, os que têm a economia mais estável, os que apresentam os maiores índices de desenvolvimento, os que encabeçam a lista de países do 1º mundo. Graças a eles não vivemos hoje em um mundo dominado pelo mal – o mesmo em que os países católicos sempre se meteram. Isso é fato. Isso é história. O resto é chororô de fanáticos que simplesmente não suportam a realidade e por isso criam um mundo paralelo de fantasia para enganar a si mesmos, onde vivem encerrados numa torre de marfim, totalmente desconectados do mundo real em que vivemos.

O catolicismo, por seus próprios defeitos internos, não tem força nenhuma para combater o marxismo, e insistir nele para derrotar a doutrinação esquerdista é como querer usar o cadáver de um monstro morto para ajudá-lo a vencer um monstro vivo.

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[1] Outros católicos afirmam ainda que o protestantismo é o pai do nazismo, o que já foi refutado pelo Elisson Freire neste artigo onde ele explode o Fakenando Nascimento em pedacinhos: <http://www.resistenciaapologetica.com/2015/08/demolindo-as-mentiras-do-fernando-nasicmento-sobre-lutero-e-o-protestantismo.html>.  Ou seja, para os católicos, o protestantismo é o pai do: (1) capitalismo; (2) comunismo; (3) socialismo; (4) ateísmo; (5) nazismo. E a Igreja Católica, em contrapartida, é a maravilhosa força do bem, que luta incansavelmente contra todos estes filhos malvados do protestantismo... (e depois não querem ser alvos de chacota!).
[2] LINS, Ivan. A Idade Média – A Cavalaria e as Cruzadas. 2ª ed. Rio de Janeiro: Pan-Americana, 1944, p. 149.
[3] BLAINEY, Geoffrey. Uma breve história do mundo. 1ª ed. São Paulo: Fundamento Educacional, 2010, p. 180.
[4] Vide: LEGRAND D’AUSSY: “Fabliaux Ou Contes Du XIIe Et Du XIIIe Siécle”, t. V, pg. 38 da ed. de Paris, 1781.
[5] Vide: SEIGNOBOS: “Histoire de la Civilisation Au Moyen Age”, pg. 65 da 7ª ed..
[6] Apud Abade FLEURY: “Histoire Ecclesiástique”, 1. 67, c. 36, pg.480 do 5º vol. da ed. de 1844.
[7] Vide: MICHELET: “Histoire de France”, t. II, pg. 196 da 1ª ed. e VILLE-MAIN: “Histoire de Grégoire VII”, t. I, pgs. 366 e 367 da 2ª ed.
[8] LINS, Ivan. A Idade Média – A Cavalaria e as Cruzadas. 2ª ed. Rio de Janeiro: Pan-Americana, 1944, p. 233-234.

Comentários

  1. Nossa Lucas.Acertou em cheio.Tava esperando um escrito sobre o tema.Há quem diga que Lutero é o pai das Revoluções kkkkkkkkkk.Depois dessa vou até comer bolacha

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  2. Lucas, pq você acha que o Ateísmo cresceu tanto no mundo ?

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    1. Debatendo com ateus vejo sempre as mesmas razões, basicamente:

      1) Cruzadas.

      2) Inquisição.

      3) Pastores ladrões.

      4) Padres pedófilos.

      5) Cientificismo (pressupostos naturalistas).

      6) As guerras em nome de Deus.

      7) Por ter uma ideologia comunista/marxista (essencialmente ateísta).

      8) Por defender pautas anticristãs (como aborto e agenda gay).

      9) Por ter vontade de viver do jeito que quiser (pecar à vontade) sem ter que prestar contas a ninguém.

      10) Por causa da doutrina do inferno eterno.

      Essas são as dez principais razões, pelo menos as que eu mais vejo nos debates com ateus. Mas existem outras também. Nenhuma com fundamento sólido, ao meu ver.

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  3. ''protestantismo não é fruto do catolicismo, porque a Igreja Católica é a Esposa de Jesus, e sua doutrina é toda pura, pois vem da boca do próprio Deus Encarnado. '' Lendo os comentários desse link do catequista, e vejo isso...

    Ótimo artigo, Lucas

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    1. É um dos blogs católicos piores que tem. Acho que consegue ser pior até do que o do Macabeus e do astronauta católico, quando muito são do mesmo nível...

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    2. Um dos poucos que eu levo a sério é o Padre Paulo Ricardo, e olha q fala besteira tbm

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    3. Lucas, olha isso que eu encontrei deles falando sobre intercessão dos santos :
      http://ocatequista.com.br/archives/11796

      KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK t

      Leia e vc vai garantir boas risadas

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    4. Pois é, são sempre os mesmos argumentos esdrúxulos. Eles pegam casos de intercessão de um vivo por outro vivo, e querem aplicar isso a um morto intercedendo por um vivo. Canalhice e picaretagem é pouco pra esses caras...

      Mas esse artigo conseguiu se superar na mediocridade, citando cura física e recebimento do Espírito Santo como "provas" de intercessão de defuntos. Chega a ser cômico de tão ridículo que é. E pra fechar com chave de ouro, dizem que "os santos (vivos ou mortos) realizam milagres", sem citar absolutamente nenhum "milagre" feito por um morto, porque isso obviamente NÃO EXISTE, exceto na imaginação fértil deles.

      É difícil saber quem é pior, mas ainda acho que o Leitão mantém a primazia nos malabarismos:

      http://heresiascatolicas.blogspot.com.br/2015/06/paulo-leitao-pagando-mico-ao-tentar.html

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  4. Tudo antibiblico o que escrevem, sem exceção. Usam a Patristica para contradizer a Bíblia e usam a Bíblia para contradizer a própria Bíblia.

    Apologistas cegos guiando outros cegos e levando todos para o abismo.

    Nunca vi uma religião mentir tanto contra Deus como a Igreja Católica Romana. É bom que saibam que estão indo todos para a perdição. Quanto mais escrevem mais pioram o estado espiritual deles mesmos e de todos os católicos que tem e esperanca em seus escritos.

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  5. Excelente artigo, Lucas. Parabéns

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  6. Lucas, vc deu block nos comentários do artigo da ICAR e as universidades, então vou publicar meu comentário aqui :

    Você disse que os Patriarcas Ortodoxos são sucessores do apóstolos. Mas a Igreja ortodoxa diz que o Papa de roma é sucessor de Pedro ? E eles tem essa arrogância de ''Só há salvação na Igreja ortodoxa'' igual a igreja de roma?

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    Respostas
    1. Os ortodoxos creem que o bispo de Roma é sucessor de Pedro, mas também que eles mesmos também o são, visto que Pedro teria sido bispo de Antioquia antes de virar bispo de Roma. Ou seja, o bispo de Antioquia é tão sucessor de Pedro quanto o bispo de Roma, pela ótica ortodoxa. E os ortodoxos ainda tem em seu favor o fato de que os outros 11 apóstolos fundaram igrejas no Oriente, cuja sucessão está com eles hoje. Em resumo: os romanos teriam a sucessão de Pedro somente, enquanto os ortodoxos teriam a sucessão de Pedro e mais onze. É claro que para este argumento ter peso seria necessário provar que sucessão apostólica é algo imprescindível, o que não ocorre, visto que o bispo de Constantinopla era um dos maiores bispos da Igreja, mesmo sem ter sucessão nenhuma.

      Eu nunca vi um ortodoxo afirmar que fora da Igreja dele não há salvação. Só a Igreja de Roma tomou essa frase de Agostinho em sentido particular e estrito, fazendo isso no Concílio de Trento. Até onde eu sei, a Igreja Ortodoxa nunca definiu o mesmo em um concílio particular.

      Excluir
  7. Minha resposta ao católico que inspirou este artigo

    “Hierarquia no protestantismo? Não existe isso, na verdade no protestantismo o pastor e o leigo não difere em nada um do outro. O pastor é como alguém que presta um serviço à comunidade, e depois vai pra casa levar uma vida como um leigo qualquer. No protestantismo as pessoas se auto intitulam bispos e pastores da noite para o dia. E se eu não gostar daquela denominação, fundo a minha própria e me intitulo pastor na mesma hora. Esses cargos de bispos e pastores são apenas simbólicos no protestantismo, não tem significado algum, totalmente diferente do Bispo, dos Sacerdotes e Diáconos da igreja.”
    Hierarquia no romanismo? Não existe isso. Se eu não gostar do atual estado da Igreja e concluir que os atuais papas são hereges ilegítimos, eu sigo bispos sedevacantistas auto-ordenados. Se eu for um bom tradicionalista, deixo de frequentar a paróquia do Padre comunista e passo a assistir a missa em latim em outra paróquia que ainda resiste aos terríveis ensinos do Concílio Vaticano II.

    Vejamos o que diz a Confissão de Westminster:

    II. Aos sínodos e concílios compete decidir ministerialmente controvérsias quanto à fé e casos de consciência, determinar regras e disposições para a melhor direção do culto público de Deus e governo da sua Igreja, receber queixas em caso de má administração e AUTORITATIVAMENTE decidi-las. Os seus decretos e decisões, sendo consoantes com a palavra de Deus, devem ser recebidas com reverência e submissão, não só pelo seu acordo com a palavra, mas também pela AUTORIDADE pela qual são feitos, visto que essa AUTORIDADE é uma ordenação de Deus, designada para isso em sua palavra.
    At. 16:4, e 15:27-31.

    I. O Senhor Jesus, como Rei e Cabeça da sua Igreja, nela instituiu um governo nas mãos dos oficiais dela; governo distinto da magistratura civil.
    Isa. 9:6-7; I Tim. 5:17; I Tess. 5:12; At. 20:17, 28; I Cor. 12:28.

    (http://www.monergismo.com/textos/credos/cfw.htm)

    ResponderExcluir
  8. (cont..)

    E a Confissão Belga diz:

    O governo da igreja
    Cremos que a verdadeira igreja deve ser governada conforme a ordem espiritual que o nosso Senhor nos ensinou em Sua Palavra.1 Deve haver ministros ou pastores para pregarem a Palavra de Deus e para administrarem os sacramentos;2 deve haver também presbíteros3 e diáconos4 para formarem com os pastores o conselho da igreja. Assim preservam eles a verdadeira religião e zelam para que a sã doutrina siga o seu curso, para que os maus sejam disciplinados de forma espiritual e sejam contidos e também para que os pobres e todos os aflitos sejam socorridos e consolados segundo as suas necessidades.6 Assim tudo será bem feito e com boa ordem quando tais homens fiéis são escolhidos7 segundo a regra que o apóstolo Paulo deu a Timóteo.8
    1. At 20.28; Ef 4.11, 12; 1Tm 3.15; Hb 13.20, 21. 2. Lc 1.2; Lc 10.16; Jo 20.23; Rm 10.14; 1Co 4.1; 2Co 5.19, 20; 2Tm 4.2. 3. At 14.23; Tt 1.5. 4. 1Tm 3.8-10. 5. Fp 1.1; 1Tm 4.14. 6. At 6.1-4; Tt 1.7-9. 7. 1Co 4.2. 8. 1Tm 3.

    Os oficiais da igreja
    Cremos que os ministros da Palavra de Deus, os presbíteros e os diáconos devem ser escolhidos para os seus ofícios me- diante eleição legítima pela igreja, com oração e em boa ordem, como estipula a Palavra de Deus.1 Por isso, cada um deve cuidar para não se intrometer no ofício de modo impróprio; pois deve esperar pelo momento quando ele seja chamado por Deus, para obter o testemunho da sua vocação, por ser certo e seguro que esta é do Senhor.2 Os ministros da Palavra têm igual poder e autoridade onde quer que estejam, pois todos eles são servos de Jesus Cristo,3 o único Bispo universal e o único Cabeça da igreja.4 E para que essa sagrada ordenança de Deus não seja violada nem desprezada, instamos a todos para que nutram especial estima pelos ministros da Palavra e presbíteros da igreja em razão da obra que realizam,5 e que estejam em paz com eles, o tanto quanto possível, sem murmurações ou contendas.
    1. At 1.23, 24; At 6.2, 3. 2. At 13.2; 1Co 12.28; 1Tm 4.14; 1Tm 5.22; Hb 5.4. 3. 2Co 5.20; 1Pe 5.1-4. 4. Mt 23.8, 10; Ef 1.22; Ef 5.23. 5. 1Ts 5.12, 13; 1Tm 5.17; Hb 13.17.

    (http://www.igrejasreformadasdobrasil.org/doutrina/confissao-belga)

    Como vê, está equivocado ao dizer que os cargos são simbólicos. Eles têm funções definidas e autoritativas:
    (1) Ministrar a palavra de Deus;
    (2) Administrar os sacramentos (ceia e batismo);
    (3) Exercer a disciplina eclesiástica;
    (4) Reunir-se em assembleias/concílios para definirem questões concernentes à Igreja.

    A diferença para o romanismo é que nossa hierarquia é funcional, mas não espiritual. Uma das grandes contribuições da reforma foi resgatar a doutrina bíblica do sacerdócio de todos os crentes. O crente tem acesso direto a Deus através do único mediador – Jesus Cristo. Ele não precisa de uma absolvição sacerdotal para ser perdoado, nem precisa estar subordinado a nenhuma autoridade humana específica para ser parte da verdadeira Igreja de Cristo, embora seja recomendável fazer parte de uma Igreja Local.

    ResponderExcluir
  9. (cont..)

    Você também comete um equívoco muito comum entre os romanistas – a ideia de que uma autoridade necessariamente deve ser infalível e inquestionável. O fato de o Protestante poder questionar a autoridade de uma Igreja específica não implica que não haja autoridade estabelecida. Para nós, a única autoridade infalível e final é a Escritura. Igreja e Tradição têm autoridade falível e podem ser submetidas ao crivo da Palavra de Deus.

    A atitude dos bereanos foi elogiada em Atos 17:11:

    “Ora, estes foram mais nobres do que os que estavam em Tessalônica, porque de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim.”

    Os bereanos julgaram os próprios Apóstolos pela Escritura. Você jamais poderá fazer isso com o Papa, felizmente os Apóstolos não eram romanistas. Assim como os bereanos, os Protestantes julgam a doutrina de uma Igreja (seja ela qual for) pelas Escrituras.

    Em Romanos 13, Paulo fala sobre a autoridade do magistrado civil. O Governo foi estabelecido por Deus e nós devemos obedece-lo. Mas nem de longe, isto significa obediência irrestrita e infalibilidade. O próprio Apóstolo foi contra o magistrado civil muitas vezes, pagando com a própria vida por sua desobediência. O que isto quer dizer? Quer dizer que mesmo que uma autoridade tenha sido estabelecida por Deus como o Governo e a Igreja, eles não são inquestionáveis e podem ir contra o fim para o qual foram criados, cabendo aos crentes não se submeterem quando Estado e Igreja agem contra os mandamentos do Senhor.

    Em Atos 20:28-32, Paulo diz:

    “Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue.
    Porque eu sei isto que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não pouparão ao rebanho;
    E QUE DE ENTRE VÓS MESMOS SE LEVANTARÃO HOMENS QUE FALARÃO COISAS PERVERSAS, para atraírem os discípulos após si.
    Portanto, vigiai, lembrando-vos de que durante três anos, não cessei, noite e dia, de admoestar com lágrimas a cada um de vós.
    Agora, pois, irmãos, encomendo-vos a Deus e à palavra da sua graça; a ele que é poderoso para vos edificar e dar herança entre todos os santificados.”

    O Apóstolo se despedia dos bispos da Igreja de Éfeso que ele próprio nomeou. O que ele nos diz? Diz-nos que estes homens são inquestionáveis ou inerrantes, que devemos obedecer ao bispo irrestritamente? Obviamente não. Ele diz que entre os próprios homens que ele escolheu, surgiriam falsos mestres que perverteriam o rebanho. A recomendação de Paulo é lembrar do que ele pregou e não se apegar irrestritamente ao que os Bispos iriam dizer, pois assim muitos cairiam no erro.

    Esta foi a prática da Igreja Primitiva. Diferente da Igreja Romana, os membros da Igreja participavam da eleição do bispo e também podiam depô-lo caso o considerassem reprovado. Assim testemunha Cipriano:

    “De cujo relato um povo obediente aos preceitos do Senhor, e temendo a Deus, DEVE SE SEPARAR DE UM PRELADO PECAMINOSO, e não se associar com os sacrifícios de um sacerdote sacrílego, ESPECIALMENTE DESDE QUE ELES MESMOS POSSUEM O PODER OU DE ESCOLHER SACERDOTES DIGNOS OU DE REJEITAR OS INDIGNOS.” (Epístola 67 - http://www.ccel.org/ccel/schaff/anf05.iv.iv.lxvii.html)

    Portanto, o fato de os Protestantes julgarem seus pastores segundo as Escrituras é uma prática bíblica que foi mantida pela Igreja Primitiva. Isto, não implica que não há autoridade constituída, mas apenas que esta autoridade não é inquestionável como o Papa declara ser.

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  10. (cont..)

    “Agora, falando sobre o ateísmo, em todas as épocas existiram pessoas que duvidaram da existência de Deus, mas isso era casos e lugares isolados. De modo geral a sociedade em toda a idade média foi crente em Deus, foi uma época marcada por uma Europa que cria piamente em Deus. O que estou querendo dizer é que o ateísmo entrou com força no século XIX, grande culpa do capitalismo protestante.”

    Você diz que a causa principal do ateísmo foi o capitalismo protestante. Parece ter mudado de ideia, no outro post, havia afirmado que o causador do ateísmo é o comunismo. A questão é como você pode afirmar que duas coisas opostas podem gerar o mesmo efeito – ateísmo. E qual a relação entre capitalismo e ateísmo? Imaginemos o silogismo:

    (1) Liberdade econômica
    (2) Propriedade privada
    Resultam:
    (3) Não existe nenhum Deus

    Como pode perceber, uma coisa não tem nada a ver com a outra. Como bem respondeu o Lucas, foi em países comunistas que o ateísmo ganhou mais propulsão como Cuba que era predominantemente católica antes da revolução. Aliás, quase todos os países onde o socialismo e a esquerda tem hegemonia são católicos e não protestantes.

    “Sobre isso Daniel Rops disse o seguinte:
    A religião impõe-se aos espíritos como absoluto que ninguém discute. Não se vê o menor traço de indiferentismo e menos ainda de ateísmo. Do mais humilde ao mais importante, é uma sociedade inteira que crê. (Daniel Rops, Vol III, pag. 43)”

    Você esqueceu de citar qual é a obra. Trata-se da História da Igreja de 10 volumes. Não duvido que isto seja verdade, embora os motivos alegados pelo Lucas devam ser considerados. Estamos falando de um período em que havia pouca liberdade religiosa e se declarar ateu publicamente poderia levar à morte, perda de bens e outras penas. Sem contar que o homem da idade média era crédulo em geral, não apenas em Deus. Era bastante supersticioso.

    “Prosperidade sempre foi uma busca dos protestantes históricos. Mas ao mesmo tempo que se orgulham os protestantes em ver que a tradição protestante traz prosperidade material para um país, por outro lado poderíamos apontar que a ideologia do aborto e da agenda gay que está sendo encabeçada e imposta pelos países mais protestantes do mundo, especialmente os Estados Unidos, que é a nação mais protestante do mundo. Sem falar no satanismo que cresce assustadoramente também por lá.”

    Você se esquece que outros países de maioria católica como a França já haviam legalizado o aborto e o casamento gay antes dos Estados Unidos. Na Espanha, o casamento gay é legalizado desde 2004. Em 2010 foram Portugal e Argentina. Então se o fato do casamento gay ter sido legalizado em 2015 pela Suprema Corte nos EUA é por causa do Protestantismo, que dirá então do catolicismo romano? Da mesma forma que estes movimentos são evidentes nos EUA, os contrários também são. O que há de melhor na tradição cristã conservadora e liberal vem de lá. Eles são o país que mais enviam missionários cristãos ao exterior (http://ocontornodasombra.blogspot.com.br/2012/02/eua-enviam-mais-missionarios-ao.html). O País que mais faz doações (http://economia.terra.com.br/operacoes-cambiais/pessoa-fisica/estados-unidos-e-o-pais-que-mais-doa-segundo-pesquisa,c7e3a52e508e2410VgnVCM3000009af154d0RCRD.html). E ainda são o país mais cristão do mundo (http://noticias.gospelmais.com.br/pesquisa-brasil-segundo-pais-cristao-mundo-28475.html). Quanto ao satanismo, não conheço nenhum dado oficial a respeito, você tem alguma a oferecer?

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  11. “O espírito do capitalismo foi justamente plasmado pela ética protestante, que valoriza a poupança e a avareza. A ética ateísta está ligada ao espírito do capitalismo, e o protestante, como bem disse Emanuel Swedenborg, rejeitou a religião de si, sendo uma “religião” puramente secular, onde até o seu líder se veste como executivo de empresa, e onde não há os símbolos da religião, nem festas e costumes cristãos.”

    Você continua a correlacionar a ética protestante a uma “ética” ateísta sem apresentar nenhuma argumentação em favor. Começo a acreditar que você sequer entende o que é capitalismo. E a alegação de que a ética protestante valoriza avareza é falsa. Avareza é o apego demasiado aos bens materiais e ao dinheiro. A não ser que você considere os círculos neopentecostais que não fazem parte da tradição protestante, estará cometendo engano. O protestante apenas vê a riqueza adquirida através do trabalho honesto como algo bom desde que esta riqueza não se torna sua senhora e seja utilizada para fins bondosos como dar qualidade vida a sua família, ajudar pessoas necessitadas, missionários, Igrejas. O ponto é que é possível ser rico e ser um bom cristão. Vejamos o que Calvino tinha a dizer:

    "Tudo quanto a Igreja possui, seja em propriedade, seja em dinheiro, é patrimônio dos pobres. E assim freqüentemente ali é entoada esta cantilena aos bispos e diáconos: que se lembrem que estão a manejar não valores próprios, mas os destinados à necessidade dos pobres; valores que, se de má fé são suprimidos ou dilapidados, se constituem réus de sangue. Daí serem admoestados a que, com sumo tremor e reverência, como à vista de Deus, os distribuam, sem acepção de pessoas, àqueles a quem se devem. Daqui também aquelas sérias reiterações em Crisóstomo, Ambrósio, Agostinho e outros bispos como eles com as quais diante do povo asseveram sua integridade." (João Calvino, em Institutas, Livro IV, Capítulo XIII).

    E John Wesley:

    “I. Convém ganharmos tudo que pudermos ganhar, mas isto é certo que não devemos fazer; nós não devemos ganhar dinheiro pelo preço da vida, nem pelo preço de nossa saúde.
    II. Não atire seus dons preciosos no mar.
    III. Tendo, primeiro, adquirido tudo que você pôde; economize tudo que você puder; e, então, ‘DISTRIBUA TUDO QUE FOR POSSÍVEL’.”
    O uso do dinheiro – John Wesley - http://metodistabacacheri.com.br/site/wp-content/uploads/2011/07/O-uso-do-dinheiro-John-Wesley.pdf)

    Perceba o raciocínio. Ganhe o máximo que puder para distribuir tudo o que for possível. Suas críticas ao capitalismo e protestantismo nascem de uma visão esquerdista de mundo. Você acha que o acúmulo de riquezas necessariamente leva a uma vida avarenta. Isto não pode ser verdade para o cristão, ele sabe como usar seus bens para glorificar à Deus.

    Você ainda cita algo dito por Emanuel Swedenborg, mas não dá fonte alguma. O mais interessante são os motivos pelos quais o protestantismo é uma religião secular – vestes do Pastor, costumes e festas religiosas. Lamento que o seu julgamento sobre a secularidade de uma religião se baseiem em critérios tão insignificantes. A realidade diz o oposto. Quando tomamos o Brasil como exemplo, vemos um índice de prática religiosa muito maior entre os protestantes, enquanto a maioria dos católicos é bem secularizada. Veja a pesquisa feita por um Padre que aponta que somente 10% dos católicos brasileiros são praticantes:

    http://www.dgabc.com.br/Noticia/31302/bispos-estao-assustados-com-queda-do-n-de-catolicos

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  12. (cont..)

    “Vc está sendo contraditório, ao mesmo tempo que reconhece que a idade média não foi período de trevas, vc diz agora que as pessoas não se declaravam ateias por medo de serem perseguidas e mortas. Essa historinha inventada pelos iluministas, de que a igreja mandava matar já caiu por terra a muito tempo, vc não vai nem encontrar nenhum escritor da época que dizia que a igreja mandava matar. Muito pelo contrário, em todos os concílios medievais a igreja sempre enviava cartas aos imperadores pedindo que parassem com a matança, pois eram eles que começaram a fazer mal uso da inquisição a seu favor.”

    O Lucas já apontou que a Igreja tinha poder considerável sobre o poder secular. Se ela quisesse, a matança não teria acontecido. Pelo contrário, a matança aconteceu por que a Igreja incentivou e estimulou. Você pede que citemos um historiador da época, o que seria fácil de fazer. Mas esquecemos das fontes secundárias, e vamos às primárias. O Papa Inocêncio IV na Bula Ad Extirpanda:

    “§.26. Além disto, a Autoridade ou Dirigente seja obrigado a forçar todos hereges, os que tiver capturado, a confessar seus erros expressamente, assim como verdadeiramente ladrões, e homicidas de almas, e surrupiadores dos sacramentos de Deus e da Fé Cristã, e a acusar outros hereges, os que conhecem, e os crentes e os receptadores, e os defensores deles, assim como são forçados os surrupiadores e os ladrões das coisas temporais, a acusar seus cúmplices, e a confessar os malefícios que fizeram, ATÉ O LIMITE DA DIMINUIÇÃO DE MEMBRO E PERIGO DE MORTE.
    (http://jus.com.br/artigos/34779/bula-ad-extirpanda-traducao#ixzz3tCVPKn6O)”

    E você pode nos dar fontes primárias destas cartas que alega existir? Até agora você não citou uma fonte corretamente. Nos diga que cartas são essas e qual o conteúdo delas, pois até agora não mostrou nada.

    “Daniel Rops disse:
    O Papa São Gregório VII, censurou o rei da Dinamarca (Hoakan) por ter mandado queimar mulheres acusadas de bruxaria. Em 1280, a pedido do bispo de Valência, na Espanha, Arnaldo Villeneuve redigiu um tratado contra essas aberrações. (Daniel Rops, vol III, pág. 52).”

    Mais uma citação sem dizer a obra. É provável que esteja se referindo à História da Igreja de Daniel Rops. Tomei o cuidado de pesquisar o vol. III desta obra em Inglês e não encontrei nada do que foi citado. Ao jogar o seu texto no google, ele está em vários blogs católicos, mas em nenhum deles é citada a obra do Rops como referência:

    http://cleofas.com.br/o-papa-sao-gregorio-vii-censurou-o-rei-da-dinamarca-por-ter-mandado-queimar-mulheres-na-fogueira/

    http://mirdea.blogspot.com.br/2013/10/porque-as-bruxas-foram-perseguidas-pela.html

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  13. (cont..)

    “A Inquisição adquiriu a sua deplorável reputação devido a uma ação semelhante DOS PODERES LAICOS, desviando esse instrumento em seu favor, para fazer das medidas da Igreja um instrumento de dominação – por vezes, entende-se, com a cumplicidade de certos eclesiásticos isolados. Contudo, ela só teve um caráter verdadeiramente sangrento e feroz na Espanha imperial do início do século XVI. Durante toda a Idade Média, é apenas um tribunal eclesiástico destinado a “exterminar” a heresia, quer dizer, expulsá-la para fora dos limites (ex terminis) do reino. As penitências que impõe não saem do âmbito das PENITÊNCIAS ECLESIÁSTICAS, ORDENADAS EM CONFISSÃO: ESMOLAS, PEREGRINAÇÕES, JEJUNS. Somente nos casos graves o culpado é entregue ao braço secular, o que significa que incorre em penas civis, como a prisão ou a morte, pois o tribunal eclesiástico não tem o direito de pronunciar ele próprio semelhantes penas. Ela (Inquisição) apenas fez “poucas vítimas”. Esta é a expressão de Lea, escritor protestante traduzido em francês por Salomon Reinach (Histoire de l’inquisition, t. 1, p. 489). (REGINE PERNOUD, Luz da idade média, página 58)”

    Dizer que as penas eram apenas disciplinas eclesiásticas é uma inverdade histórica enorme. Leia a Bula Ad Extirpanda e verá que as penas incluíam: tortura, perda de bens, humilhação pública, desterro, pagamento de multas e morte.

    “E só pra finalizar, achei muito hilário vc chamar de gênios os Bispos Católicos, como Agostinho, Jerônimo, Atanásio, Basílio e Crisóstomos, que ensinavam o que a igreja ensina hoje, como intercessão dos santos, oração pelos mortos, os 7 sacramentos e tudo mais que a tradição cristã transmite intacto desde o 1º século como palavra de Cristo.”

    Duvido que todos eles ensinassem os sete sacramento como hoje ensina a Igreja Romana. E definitivamente eles não eram católicos romanos. Eles não criam nos dogmas fundamentais da sua Igreja como: Primado Jurisdicional do Bispo de Roma, Transubstanciação, Imaculada Conceição de Maria, Assunção de Maria, Infalibilidade Papal, Indulgências, Purgatório e diversas outras. Estes homens estão muito mais próximos do Protestantismo ao defenderem a Escritura como única autoridade final e infalível da Igreja do que do romanismo, cujas doutrinas basilares, eles não defendiam.

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  14. Vc ja ouviu falar do Francisco Razzo? Se sim, oq acha dele?

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    1. Até já ouvi falar, mas nunca me empolguei para ler algo dele...

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  15. Lucas como eu refuto a suposta intercessão dos ossos de Eliseu?

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    1. Como pode um OSSO interceder???

      Os católicos usam o termo "intercessão" no sentido de "orar" ou "rogar" por alguém diante de Deus. Mas um OSSO é apenas uma parte material e sem consciência no corpo, ele não pode praticar qualquer tipo de mediação ou intercessão. Foi DEUS que quis, naquele momento, que aquela pessoa ressuscitasse ao tocar nos ossos de Eliseu ocasionalmente, e não os ossos de Eliseu que tinham um poder mágico de intercessão para ressuscitar qualquer morto que se chocasse com eles. Se fossem os ossos de Eliseu que tivessem em si mesmos um poder vivificador, para começo de conversa eles teriam ressuscitado O PRÓPRIO Eliseu, o que não foi capaz de fazer. Eliseu estava morto, na sepultura, aguardando a ressurreição dos mortos, e continua nesta condição até hoje.

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    2. Eliseu não está no seio de Abraão ?

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    3. Seio de Abraão não existe, é um mito criado pela pseudo-teologia popular. Não é um lugar, mas uma EXPRESSÃO utilizada uma única vez na Bíblia, e em uma PARÁBOLA (a do rico e Lázaro). Ao dizer que "Lázaro foi para o seio de Abraão" nada mais estava dizendo senão que Lázaro foi para JUNTO de Abraão, e não que existisse um suposto compartimento em outra dimensão com o nome de "O Seio de Abraão".

      Traduções mais modernas, como a NVI, já traduzem aplicando ao português o significado que o "seio" tinha na linguagem semítica: "com Lázaro AO SEU LADO..." (Lc.16:23).

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    4. Os mortos estão aonde então ? dormindo ?

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    5. Não existe "aonde". Mortos estão mortos. Não existem "mortos-vivos", a vida real não é como um filme de zumbis.

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    6. Se tiver mesmo que apontar um "lugar", a resposta é simples: sepultura (ou Sheol, como queiram chamar).

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  16. Maçonaria judaica=cátaros=líderes hereges=reforma protestante=iluminismo=ateísmo=
    revolução francesa=pré-comunismo.

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    1. =um louco lunático e fanático conspiracionista maluco como você.

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  17. Os católicos estão ficando cada vez mais patéticos.

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