A Primeira Cruzada (Cruzada Popular)



Introdução

Um estudante das Cruzadas pode se surpreender com o fato dos cruzados terem obtido tanto sucesso na Primeira Cruzada, sucesso este que não se repetiu em nenhuma outra das que fizeram contra os muçulmanos. A razão que justifica isso é que, durante a Primeira Cruzada, os muçulmanos “não eram uma força homogênea, mas uma liga de príncipes cujos interesses são frequentemente contraditórios”[1]. Até a jihad, no século XI, “nada mais era além de um slogan utilizado por príncipes em dificuldades. Para que um emir aceite socorrer outro, é preciso que encontre nisso algum interesse pessoal. Só então ele concebe invocar, por sua vez, os grandes princípios”[2].

Runciman escreve:

A maior vantagem franca era a falta de unidade do mundo islâmico. Fora graças às rivalidades entre seus líderes e à recusa destes a trabalhar juntos que a Primeira Cruzada atingira seu objetivo. Os muçulmanos xiitas, liderados pelo califa fatímida do Egito, detestavam os turcos sunitas e o califa de Bagdá quase tanto quanto abominavam os cristãos. Entre os turcos havia conflitos permanentes entre seljúcidas e danishmends, entre ortóquidas e a casa de Tutush, e até entre os dois filhos do próprio Tutush. Atabegues individuais, omo Kerbogha, concorriam para a confusão com suas ambições pessoais, ao passo que dinastias árabes menos importantes como os Banu Ammar, de Trípoli, e os munquiditas, de Shaizar, aproveitavam a desordem para manter uma precária independência. O êxito da Cruzada só fez recrudescer esse caos improdutivo.[3]

Por essa razão, “os cruzados tiveram que lutar com uma série de inimigos turcos isolados, em vez de enfrentar a força unida do sultão”[4]. Por diversas vezes, príncipes turcos se recusaram a ajudar seu companheiro que estava sendo atacado, e, mais bizarro ainda, houve muçulmanos que fizeram alianças com os cruzados para conseguir alcançar seus propósitos em rivalidades pessoais contra outros príncipes muçulmanos. Foi neste contexto que ocorreu a Primeira Cruzada, e essa divisão no Islã foi decisiva para o êxito do movimento.


Em Clermont

A Cruzada foi pregada pela primeira vez em Clermont, num concílio realizado em 1095 d.C. Na época, não se utilizavam ainda o termo “cruzada”; se referiam ao movimento apenas como “peregrinação” à Terra Santa. Já vimos no capítulo 3 o discurso do papa Urbano II, que apelou para uma suposta opressão que os cristãos em Jerusalém estavam passando, o que vimos que não possui suporte na História comparada, vindo a ser presumivelmente um mito criado pelo papa a fim de dar razão à sua cruzada pessoal por objetivos maiores.

O que resta a ser averiguado é se o imperador bizantino Aleixo I pediu as Cruzadas – como alguns revisionistas afirmam – ou se as Cruzadas partiram do papa e de ninguém mais, como os fatos apontam. Tentando responder esta questão, Brooke escreve:

É muito provável que Aleixo tenha pedido a ajuda de Urbano II, e igualmente provável que fosse a chamada de Aleixo o que provocou a primeira cruzada. Mas é menos provável que Aleixo tivesse pedido algo mais do que uma força de mercenários: mercenários ocidentais, da Inglaterra e Escandinávia, haviam formado durante muito tempo seu corps d’élite, a guarda varegue.[5]

Ele afirma que “podemos estar bastante seguros de que Aleixo pediu mercenários, e que foi a iniciativa do papa o que os tornou na bárbara irrupção que Ana Comnena e seu pai presenciaram com fascinado horror em 1096”[6]. O imperador bizantino, como já vimos, tinha o costume de pedir a ajuda de mercenários contratados a dinheiro especificamente com a finalidade de auxiliar seu exército em alguma campanha, às vezes contratando mercenários entre os turcos e às vezes entre os cristãos. Foi o papa que decidiu que, em vez de atender ao pedido de Aleixo por mercenários, iria enviar uma tropa esmagadoramente maior para seus próprios propósitos, que se diferiam das intenções do basileu.

Foi por isso que Jacques Le Goff escreveu que “a tentativa de Urbano II de organizar uma expedição de desvio para a Terra Santa não correspondia em definitivo aos desejos do basileus Aleixo Comneno, e as dificuldades entre gregos e latinos se agravaram desde a Primeira Cruzada”[7]. Cécile Morrisson diz que “é claro que Bizâncio não apelou para a organização de nenhuma cruzada; a luta contra os árabes e depois contra os turcos se limitava à defesa do império, sem que fosse qualquer tipo de guerra santa”[8].

Embora alguns afirmem que Aleixo I pediu mercenários para se defender dos turcos, a verdade é que ele estava procurando mercenários para atacar os turcos. Walker sustenta que Aleixo I, um governante mais forte do que seus predecessores imediatos em Constantinopla, vislumbrou nas brigas separatistas entre os chefes seljúcidas uma oportunidade para tomar a ofensiva[9]. A divisão entre os chefes turcos era o momento propício para Aleixo reconquistar os territórios perdidos com a ajuda de alguns mercenários. Nada disso deu certo, porque o papa quis convocar as Cruzadas para seu objetivo pessoal na Terra Santa, que em nada tinha a ver com ajudar o imperador ortodoxo contra os turcos seljúcidas.


A Cruzada Popular

Após a pregação da Cruzada em Clermont, a multidão foi tomada pelo entusiasmo e a uma só voz gritava Deus lo Vult (“Deus o quer”). O papa ainda esperaria um ano a procura de um exército forte e bem preparado, mas antes que essa Cruzada oficial fosse realizada um padre conhecido como Pedro, o Eremita, se adiantou e começou a pregar a Cruzada por conta própria. Luiz Nazario diz que “o papa não esperava mais que um exército controlável de 10 a 20 mil soldados. Mas apenas o pregador Pedro, o Eremita, reuniu, de abril a junho de 1096, cerca de 70 mil voluntários e voluntárias. No total, aderiram à primeira Cruzada cerca de 300 mil pessoas”[10].

Ivan Lins escreve sobre o eremita:

Compensando a falta de arte e de eloquencia por suspiros, lágrimas e transportes de fervor, supria à fraqueza de seus argumentos, apelando continuamente para Cristo, a Virgem, os Santos e os Anjos do Paraíso (...) Os mais famosos oradores da Grécia podiam invejar os rápidos triunfos de sua eloquencia, porquanto o fanatismo, que o inflamava, instantaneamente se comunicava à massa dos ouvintes.[11]

Pedro o Eremita, que incendiou o ânimo das massas, reuniu uma multidão “sem experiência nem armamento”[12], e tomou o caminho de Jerusalém. Embora estivessem embutidos de um grande espírito religioso, não tinham armas nem tática militar para enfrentar os turcos seljúcidas[13]. Eram basicamente um “bando de pobres, destituídos de recursos”[14], frequentemente chamados de mendigos, aos quais Lins descreve como uma “multidão grosseira e desordenada, formada pela escória social de quase toda a Europa da época”[15]. Michaud diz que eles levavam consigo suas esposas e filhos, velhos e doentes, e esperavam que “os rios se abrissem diante de seus batalhões e que o mesmo maná caísse do céu para alimentá-los”[16].

Entregues à superstição, tinham como guia uma cabra e um ganso, aos quais atribuíam algo de divino. O cônego Albert d’Aix, contemporâneo dos acontecimentos, relatou que a multidão considerava os bichos inspirados pelo Espírito Santo[17]. Michaud escreve que “esses animais, à frente dos batalhões, eram como seus chefes e participavam do respeito e da confiança da multidão e dos que davam exemplo dos mais horríveis excessos”[18]. A multidão que seguia Pedro arrancava os pelos de sua mula, a fim de guardá-los como relíquia[19]. Eles pensavam encontrar Jerusalém em cada cidade por onde passavam[20].

Mas as superstições eram, de longe, o mal menor. O problema mesmo é que essa multidão estava embutida de ódio antissemita e de uma mentalidade apocalíptica igualmente preconceituosa. Brooke diz que “as noções apocalípticas da época associavam a conversão ou eliminação dos judeus com a libertação de Jerusalém, como um prelúdio necessário para o fim do mundo”[21]. Uma vez que Paulo, o apóstolo, havia dito que todo o Israel seria salvo antes da volta de Jesus (Rm.11:26), e eles acreditavam que Jesus voltaria logo, tentavam converter os judeus à força, e os que se recusavam eram sumariamente assassinados.

Tornell escreve:

Aquelas hordas de fanáticos e foragidos começou sua atuação cometendo horrorosas pilhagens e matanças; antes de entrar na Alemanha, atacaram as ricas colônias de judeus estabelecidos nas cidades comerciais de Mosela e do Rin, saqueando-as e matando a milhares de judeus. Verdún, Tréveris, Maguncia, Espira e Worms foram o palco de tais horrores. Depois destas façanhas, continuaram sua marcha, percorrendo mais de 1.500 km através da Hungria e Bulgária, entre as fronteiras da Áustria e Constantinopla. As depredações cometidas por esses cruzados levantaram contra eles os húngaros e búlgaros, que, com sua inata ferocidade, deram conta da maior parte dos expedicionários. Só uma pequena parte da expedição pôde cruzar o Bósforo de Constantinopla, sendo o resto exterminado pelos turcos da Ásia Menor.[22]

Michaud descreve o terror vivido pelos judeus frente aos cruzados encolerizados nas seguintes palavras:

Emicon e Volkmar deram o sinal e o exemplo. À sua voz uma multidão furiosa espalhou-se pelas cidades vizinhas do Reno e do Mosela; massacrou impiedosamente a todos os judeus que encontrou em sua passagem. No seu desespero, um grande número dessas vítimas preferia suicidar-se, antes que receber a morte das mãos dos inimigos. Muitos encerraram-se em suas casas e morriam no meio das chamas, que haviam mesmo ateado; alguns amarravam grandes pedras às vestes e precipitavam-se com seus haveres no Reno e no Mosela. As mães sufocavam seus filhos ao seio, dizendo que preferiam mandá-los ao seio de Abraão, do que vê-los entregues ao furor dos cristãos. As mulheres, os velhos, solicitavam a piedade para ajudá-los a morrer. Todos esses infelizes imploravam a morte, como os outros homens pediam a vida.[23]

Para os cruzados, era incoerente “fazer guerra aos muçulmanos, que tinham sob suas leis o túmulo de Jesus Cristo, enquanto se deixava em paz um povo que tinha crucificado seu Deus”[24]. Os judeus eram os alvos de “horror e de ódio”[25], e até os cristãos que se encontravam com eles pelo caminho “temiam também ser suas vítimas”[26]. Le Goff diz que Pogroms (ataque violento maciço a judeus) foram realizados no tempo das Cruzadas pelas massas em busca de bodes expiatórios das calamidades[27], e Heers afirma que “os bandos de pobres, destituídos de recursos, cometem terríveis excessos ao longo de todo o percurso, pilham as aldeias, massacram os judeus nas cidades alemãs”[28].

Os cronistas da Primeira Cruzada afirmam que os cruzados sob o comando de Pedro o Eremita “apoderavam-se das crianças, cortavam-nas em pedaços para cozinhá-las ou assá-las em espetos, passando a devorá-las”[29]. Morrisson diz que “foi a partir dessa época que a opinião do povo comum europeu começou a considerar os judeus como inimigos de Cristo e blasfemadores da Cruz. As Cruzadas marcam o início da degradação da situação jurídica e prática dos judeus do Ocidente, que até essa época eram tolerados e relativamente integrados na população em geral”[30].

É interessante notar que, embora a Cruzada popular não tivesse sido oficialmente organizada pela Igreja, não houve ninguém da Igreja que reprimiu as atitudes deles ou que tenha proibido movimento. Alguns sustentam que era a intenção se livrar das massas de mendigos e desocupados que eram um peso para a Europa. O papa poderia ter abertamente se pronunciado contra essa Cruzada caso quisesse, mas nada fez. A Cruzada aconteceu e ninguém se levantou contra ela.

Antes de chegarem a Constantinopla, os cruzados se meteram em guerra com cristãos ortodoxos no meio do caminho. Na tentativa de roubar recursos, muitos deles foram mortos pelos húngaros. Lins afirma que “tais as depredações, a que os cruzados populares se entregaram, em seu trajeto da Europa à Ásia, que essa mesma cruz, que lhes assinala o fervor, se tornou para os húngaros, búlgaros e demais povos por onde passaram, um símbolo de banditismo”[31]. Após três meses e dez dias de marcha forçada, avistou os muros de Constantinopla, em 30 de Julho de 1096[32].

Quando Aleixo I viu o exército liderado pelo padre Pedro, o Eremita, ficou horrorizado. Segundo Vara, “a Cruzada popular de Pedro o Eremita surpreendeu e horrorizou aos cosmopolitas bizantinos, que os mandaram embora o quanto antes possível, para fora do território imperial”[33]. Duché diz que “Aleixo se livrou desta praga de gafanhotos fazendo-os atravessar o Bósforo”[34]. Mas antes de atravessar o Bósforo, os cruzados “saquearam as casas, os palácios e até mesmo as igrejas dos arrabaldes de Bizâncio”[35]. Finalmente, “tomaram o rumo de Niceia, atravessando alguns vilarejos, todos cristãos, e apossaram-se das safras que acabavam de ser estocadas em celeiros, nesse período de colheita, massacrando sem piedade os camponeses que tentavam resistir. Crianças de colo teriam sido queimadas vivas”[36].

A grande maioria dos cruzados foi morta pelos turcos, que só precisaram lançar flechas para abater o exército despreparado e sem escudos de Pedro Eremita. Mas o próprio Pedro, junto a alguns poucos soldados que sobreviveram, conseguiu voltar a Constantinopla, aonde iria se reunir aos cruzados da Cruzada oficial.

Paz a todos vocês que estão em Cristo.

- Extraído do meu livro: "Cruzadas - O Terrorismo Católico".

Por Cristo e por Seu Reino,


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[1] MAALOUF, Amin. As Cruzadas Vistas Pelos Árabes. 4ª ed. São Paulo: Brasiliense, 2001, p. 42.
[2] Ibid, p. 32.
[3] RUNCIMAN, Steven. História das Cruzadas, Volume II: O Reino de Jerusalém e o Oriente Franco, 1100-1187. 1ª ed. Rio de Janeiro: Imago Ed., 2002, p. 19.
[4] BROOKE, Christopher. Europa en el centro de la Edad Media (962-1154). 1ª ed. Madrid: Aguilar, 1973, p. 376.
[5] ibid, p. 362.
[6] ibid.
[7] LE GOFF, Jacques. La Baja Edad Media. 1ª ed. Madrid: Siglo XXI, 1971, p. 126.
[8] MORRISSON, Cécile. Cruzadas. 1ª ed. São Paulo: L&PM Pocket, 2009.
[9] WALKER, Wiliston. História da Igreja Cristã. 3ª ed. São Paulo: ASTE, 2006, p. 328.
[10] NAZARIO, Luiz. Autos-de-fé como espetáculos de massa. São Paulo: Associação Editorial Humanitas: Fapesp, 2005, p. 39
[11] LINS, Ivan. A Idade Média – A Cavalaria e as Cruzadas. 2ª ed. Rio de Janeiro: Pan-Americana, 1944, p. 307.
[12] BALLESTEROS, Manuel; ALBORG, Juan Luis. Historia Universal Hasta el Siglo XIII. 4ª ed. Madrid: Editorial Gredos, S. A., 1967, p. 430.
[13] VARA, Julián Donado; ARSUAGA, Ana Echevarría. La Edad Media: Siglos V-XII. 1ª ed. Madrid: Editorial universitaria Ramón Areces, 2010, p. 302.
[14] HEERS, Jacques. História Medieval. 1ª ed. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1974, p. 163.
[15] LINS, Ivan. A Idade Média – A Cavalaria e as Cruzadas. 2ª ed. Rio de Janeiro: Pan-Americana, 1944, p. 309.
[16] MICHAUD, Joseph François. História das Cruzadas – Volume Primeiro. 1ª ed. São Paulo: Editora das Américas, 1956, p. 116.
[17] Apud LINS, Ivan. A Idade Média – A Cavalaria e as Cruzadas. 2ª ed. Rio de Janeiro: Pan-Americana, 1944, p. 308.
[18] MICHAUD, Joseph François. História das Cruzadas – Volume Primeiro. 1ª ed. São Paulo: Editora das Américas, 1956, p. 132.
[19] LINS, Ivan. A Idade Média – A Cavalaria e as Cruzadas. 2ª ed. Rio de Janeiro: Pan-Americana, 1944, p. 308.
[20] BROM, Juan. Esbozo de historia universal. 21ª ed. México: Grijalbo, 2004, p. 107.
[21] BROOKE, Christopher. Europa en el centro de la Edad Media (962-1154). 1ª ed. Madrid: Aguilar, 1973, p. 372.
[22] TORNELL, Ricardo Vera. Historia de la Civilización – Tomo I. 1ª ed. Barcelona: Editorial Ramón Sopena, 1958, p. 587-588.
[23] MICHAUD, Joseph François. História das Cruzadas – Volume Primeiro. 1ª ed. São Paulo: Editora das Américas, 1956, p. 131-132.
[24] ibid, p. 131.
[25] ibid, p. 132-133.
[26] ibid.
[27] LE GOFF, Jacques. A bolsa e a vida: economia e religião na Idade Média. São Paulo: Brasiliense, 2004, p. 33.
[28] HEERS, Jacques. História Medieval. 1ª ed. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1974, p. 163.
[29] Apud LINS, Ivan. A Idade Média – A Cavalaria e as Cruzadas. 2ª ed. Rio de Janeiro: Pan-Americana, 1944, p. 310.
[30] MORRISSON, Cécile. Cruzadas. 1ª ed. São Paulo: L&PM Pocket, 2009.
[31] LINS, Ivan. A Idade Média – A Cavalaria e as Cruzadas. 2ª ed. Rio de Janeiro: Pan-Americana, 1944, p. 311.
[32] ibid, p. 309.
[33] VARA, Julián Donado; ARSUAGA, Ana Echevarría. La Edad Media: Siglos V-XII. 1ª ed. Madrid: Editorial universitaria Ramón Areces, 2010, p. 283.
[34] DUCHÉ, Jean. Historia de la Humanidad II – El Fuego de Dios. 1ª ed. Madrid: Ediciones Guadarrama, 1964, p. 375.
[35] MICHAUD, Joseph François. História das Cruzadas – Volume Primeiro. 1ª ed. São Paulo: Editora das Américas, 1956, p. 136-137.
[36] MAALOUF, Amin. As Cruzadas Vistas Pelos Árabes. 4ª ed. São Paulo: Brasiliense, 2001, p. 19.

Comentários

  1. Lucas voce podia me explicar porque que todo pais onde o catolicismo romano predomina e atrasado voce pode me indicar bons livros e artigos que tratam disso mais a fundo abraços.

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    Respostas
    1. Veja aqui:

      http://heresiascatolicas.blogspot.com.br/2015/04/as-diferencas-entre-paises-protestantes.html

      http://heresiascatolicas.blogspot.com.br/2015/06/protestantismo-desenvolvimento.html

      http://heresiascatolicas.blogspot.com.br/2016/02/como-era-inquisicao-na-cabeca-de-um.html

      Abs.

      Excluir
  2. "A Cruzada aconteceu e ninguém se levantou contra ela." Lucas, mostre mais evidências de que toda vez que o papa queria ele tinha o poder de evitar ou provocar algum acontecimento.

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    1. Inversão do ônus da prova. É você quem tem que provar que o papa NÃO QUERIA essa cruzada e que efetivamente SE LEVANTOU contra ela, mesmo sem sucesso.

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  3. Lucas, o que vc achou das críticas a respeito da matéria da Revista Veja
    sobre a mulher "bela, recatada e do lar"?
    A bíblia diz que a mulher deve ser assim ou ela pode trabalhar?
    Será que a bíblia permite uma inversão de deveres conjugais, como a mulher
    trabalhar e o homem ficar em casa cuidando dos filhos e cozinhando?
    Quando der comente o versículo de 1 Coríntios 14:34-35...
    Tem algumas na bíblia que eu não entendo...obrigada!

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    1. Achei as críticas exageradas. Não tem nenhum problema ser "bela, recatada e do lar". Cada um é o que quer ser.

      A Bíblia não proíbe a mulher de trabalhar, mas você não encontrará muitas mulheres trabalhando na Bíblia porque os costumes e valores da época eram bastante diferentes. Na época a mulher costumava ser "do lar" mesmo, mas a Bíblia em momento nenhum a proíbe se quiser trabalhar. Teve uma mulher chamada Débora que inclusive chegou a ser líder (juíza) de todo o Israel antigo.

      Para entender 1 Coríntios 14:34-35 é necessário compreender o contexto que Paulo tratava. Os melhores comentaristas e estudiosos bíblicos tem dito que as mulheres daquela igreja estavam atrapalhando o culto falando em voz alta com seus maridos, o que acabava interrompendo a reunião e causando um mal estar generalizado. Para que o culto não virasse uma baderna, Paulo diz para as mulheres esperarem chegar em casa para perguntar ali aos seus maridos, ao invés de atrapalhar o culto falando em voz alta. É este o "silêncio" em questão. Não é de não falar nada, pois a Bíblia (incluindo o próprio apóstolo Paulo) apresenta muitas vezes mulheres que profetizavam na igreja, e não é possível profetizar estando em silêncio.

      Sobre isso, eu já escrevi aqui:

      http://ocristianismoemfoco.blogspot.com.br/2015/08/o-pastorado-feminino-e-correto.html

      Abs.

      Excluir

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