O que é uma democracia?


Democracia. Do grego demo (=povo) e cracia (=governo), ou seja: governo do povo. Tal conceito tem sido tão constantemente deturpado, manipulado e distorcido que me obrigou a escrever um artigo sobre isso, uma vez sendo que muitas pessoas confundem a liberdade de expressão com libertinagem, onde qualquer um pode falar e fazer o que quiser, como quiser, onde quiser e do jeito que quiser, pensando que a sua falta de caráter é justificada por essa palavra, a “democracia”. Recentemente vimos toda a confusão que baderneiros e gente que não tem o que fazer armaram na Comissão de Direitos Humanos, contra o pastor e deputado Marco Feliciano.

Sem querer entrar no mérito da questão Feliciano (o que me exigiria escrever um outro artigo muito mais ampliado unicamente sobre isso), o que me surpreende são as atitudes baixas e a forma que os manifestantes se escondem por detrás da palavrinha mágica da “democracia”. Para eles, pode xingar, gritar, berrar e espernear a vontade, pode impedir o andamento e o prosseguimento dos trabalhos na Comissão, pode linchar, ofender, se colocar de pé em cima da mesa da Comissão, que não tem problema, “a democracia permite”. Mas será que isso é realmente uma expressão da “democracia”?

Óbvio que não. A sua liberdade termina quando começa a do outro. Você pode emitir sua opinião, fazer manifestos pacíficos e até acompanhar às reuniões da Comissão, mas a partir do momento que começa a vandalizar, fazer escândalo, xingar os deputados e impedir o andamento da Comissão, isso já não é mais democracia, é libertinagem. A democracia, neste contexto, se torna mero pretexto para se cometer atos de vandalismo que não seriam permitidos nem mesmo em um bordel.

Tome como exemplo uma partida de futebol disputada em um estádio público. Ainda que a entrada seja permitida a todos e a manifestação a favor do seu time ou contra a equipe adversária seja permitida, se algum torcedor invade o gramado e impede o andamento da partida os policiais são obrigados a entrarem também, tirarem o torcedor dali e o enviarem à delegacia. O jogo é parado, e só depois que o invasor é retirado de campo que a partida continua.

Ou tome como exemplo também uma sala de aula em uma escola pública. Todos os alunos são aceitos naquela escola, mas se alguns deles começarem a gritar, berrar ou xingar em voz alta dentro da sala de aula, impedindo o prosseguimento dela, o professor(a) é obrigado a parar a aula e mandar tais alunos para a direção (ou até mesmo suspendê-los), e isso não é nenhum crime contra a democracia, ao contrário, o professor está exercendo a sua própria liberdade de poder trabalhar livremente sem ser impedido por ninguém.

Mas na Comissão de Direitos Humanos, onde teoricamente deveria fazer valer as palavras de “Ordem e Progresso” expressas em nossa Bandeira, torna-se uma verdadeira baderna armada por um bando de desocupados que encontra no pastor Marco Feliciano a raiz de todos os males da humanidade e se veem no direito de atrapalharem e impedirem o andamento de toda a Comissão (que é muito mais do que Marco Feliciano), aos gritos, berros e xingamentos, coisa que não se faz em nenhum país sério, e ainda tem mídia e políticos dando apoio a este tipo de vândalos.

A ordem torna-se desordem, e a Comissão vira um palanque para revoltados e desocupados “se expressarem”. E se alguém ofende o deputado aos gritos de “racista” (que é crime por lei) e recebe ordem de prisão em cumprimento da lei, quem leva a culpa é quem manda prender e não quem cometeu o crime. Ou seja: ofender uma pessoa, caluniá-la, difamá-la chamando-a de “racista” em um lugar qualquer é crime, mas dentro da Comissão não é crime, é “democracia”!

Tais desocupados pensam que o crime deixa de ser crime por estar dentro da Câmara Federal, quando na verdade deveria ser exatamente o inverso: na Câmara, onde a lei é criada, é o primeiro lugar em que ela deveria ser cumprida. O que isso significa é uma completa distorção do verdadeiro significado de democracia, quando a democracia vira apenas um pretexto para continuar sendo um criminoso ou mau caráter, praticando e manifestando seus atos de vandalismo sob a máscara da “liberdade de expressão”.

O mesmo acontece em muito na própria internet, inclusive em meu próprio blog, onde certas pessoas ofendem, xingam, menosprezam, faltam com a educação, e depois em outro lugares começam a chorar, dizendo que “o Lucas Banzoli não responde/aceita os comentários e que isso é contra a democracia”. Como se a democracia fosse um convite aberto a vândalos expressarem seu desagrado com a vida e despejarem todo o seu ódio contra alguém que diz a verdade sem medo de dizer a verdade.

Como se um comentário que já começa dizendo: “Seu filho da [xingo] desgraçado, você é um [xingo], aceita meus comentários seu [xingo], vai se [xingo]”, tivesse que ser necessariamente aceito, sob a ameaça de eu estar sendo “antidemocrático”. Qualquer um que visite meu blog poderá constatar facilmente que dezenas de dezenas de comentários contrários e inclusive debates já foram travados nos artigos ou na caixa de comentários, como você pode constatar clicando aquiaquiaquiaquiaquiaquiaquiaquiaquiaquiaquiaquiaquiaquiaquiaqui e em tantos outros artigos.

Se eu não aceito algum comentário contrário, é porque este veio de algum mau caráter ou sem vergonha, que se camufla atrás do manto da “democracia” para poder ofender livremente – e não para poderem se expressar livremente com respeito. Tais pessoas, inconformadas por não serem nada e de não poderem fazer nada para poder mudar o fato de serem nada, se lançam com todas as forças contra aqueles são alguma coisa, sabendo que não podem refutá-las, se contentando, portanto, em ofendê-las.

Alguns já estão tão perturbados que eu nem leio mais as asneiras que escrevem, simplesmente ignoro. A mesma coisa se passava com os apóstolos e com o próprio Jesus Cristo. O apóstolo Paulo, por onde andava, era perseguido, caçado, zombado, desprezado, ofendido, escarnecido (2Co.11:23-29). Jesus, então, se tivesse uma conta Google na época seria o primeiro a receber ataques de tudo quanto é gente o caluniando, tramando contra ele e inventando mentiras sobre ele. E o pior: com todo o apoio daqueles que chamam a ofensa e a impiedade de “democracia”.

A sociedade moderna precisa urgentemente rever seus conceitos acerca de democracia e liberdade de opinião, antes que qualquer xingamento e vandalismo sejam considerados “liberdades de opiniões democráticas” e que aqueles que rejeitam o vandalismo sejam taxados de “monopolizadores da opinião”.

Paz a todos vocês que estão em Cristo.

Por Cristo e por Seu Reino,
Lucas Banzoli (apologiacrista.com)


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