O purgatório existe? - Parte 2


Há algumas semanas um católico me enviou na caixa de comentários deste blog um artigo do professor Felipe Aquino, da Canção Nova (RCC), onde ele tenta “provar” a existência do purgatório pelas Escrituras com a mesma competência que os kardecistas querem provar a reencarnação na Bíblia. O objetivo é simples: provar um Deus sádico, que não purifica todos os pecados pelo sangue de Jesus, mas deixa alguns para serem purgados no purgatório, um local de fogo e tormento, para depois entrar no Céu. Uma crença herética onde a pessoa expia seus próprios pecados e torna-se salvadora de si mesma, ao invés de ela própria ser plenamente expiada pelo sangue de Cristo.

Segue-se abaixo a refutação aos argumentos dele (que estão em vermelho).

1 - São Gregório Magno (†604), Papa e doutor da Igreja, explicava o Purgatório a partir de uma palavra de Jesus: “No que concerne a certas faltas leves, deve-se crer que existe antes do juízo um fogo purificador, segundo o que afirma aquele que é a Verdade, dizendo que se alguém tiver pronunciado uma blasfêmia contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado nem no presente século nem no século futuro (Mt 12,31). Desta afirmação podemos deduzir que certas faltas podem ser perdoadas no século presente, ao passo que outras, no século futuro” (Dial. 41,3).

Primeiro, é digno de nota que a única fonte patrística que ele possui é uma do sétimo século depois de Cristo, enquanto todos os demais Pais da Igreja que viveram nos séculos I, II, III, IV, V e VI diziam explicitamente o contrário. Ou seja, ele quer ignorar o testemunho de centenas de Pais da Igreja que viveram nos primeirosséculos, para adotar aquilo que diz um só Pai da Igreja que morreu no sétimoséculo. Pode isso, Arnaldo?

Mas o prof. Felipe Aquino não desiste, e passa a citar a Bíblia:

O pecado contra o Espírito Santo, ou seja a pessoa que recusa de todas as maneiras os caminhos da salvação, não será perdoado nem neste mundo, nem no mundo futuro. Mostra o Senhor Jesus, então, neste trecho, implicitamente, que há pecados que serão perdoados no mundo futuro, após a morte.

Não, o texto não mostra que haverão pecados que serão perdoados após a morte. Se existissem pecados a serem perdoados após a morte, seria totalmente inútil Paulo ter dito:

“Como cooperadores de Deus, insistimos com vocês para não receberem em vão a graça de Deus. Pois ele diz: No tempo aceitável te escutei e no dia da salvação te socorri; eis aqui agora o tempo aceitável, eis aqui agora o dia da salvação!”(2ª Coríntios 6:1,2)

Se o “tempo aceitável” para alguém ser salvo e o “dia da salvação” pudesse ser obtido em algum lugar após a morte, tais versos não fariam qualquer sentido, precisamente porque expressam que é aqui (na terra, e não depois da morte) o tempo aceitávelpor Deus para que os homens sejam salvos. Ou seja: Deus não aceitará nem concederá salvação a ninguém depois de morto. A mesma linguagem é aplicada pelo autor de Hebreus:

“Pelo contrário, encorajem-se uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama ‘hoje’, de modo que nenhum de vocês seja endurecido pelo engano do pecado” (Hebreus 3:13)

O tempo para sermos convencidos dos nossos erros, encorajados na prática da justiça e de não sermos endurecidos pelo engano do pecado é hoje, é nesta vida, e não em uma vida póstuma, como ensinam os espíritas (reencarnação) e os católicos (purgatório). Então não há salvação nem pagamento pelos pecados depois da morte para ninguém. Queira ou não, goste ou não. Mas e Mateus 12:32? Estaria contradizendo o claro ensinamento bíblico sobre a impossibilidade de pecados serem perdoados após a morte? É claro que não. O texto, em sua forma grega, é simplesmente um trocadilho para dizer que alguém não será perdoado nunca.

O original grego traz neste texto a palavra grega aion, cujo sentido primário, de acordo com a Concordância de Strong, é de “para sempre, uma idade ininterrupta, tempo perpétuo, eternidade”[1]. Mas é completamente sem sentido dizer que alguém não será perdoado nem no presente aion e nem no futuro aion. Seria como dizer: “você não será perdoado nem na eternidade presente, nem na eternidade futura”. Por isso, o sentido lógico do texto, diante do emprego do aion, é o de que Cristo estava apenas realçando o fato de que a pessoa não será perdoada nunca, isto é, para sempre (aion). É a mesma coisa de quando a Bíblia emprega várias vezes o termo “de eternidade em eternidade”, onde se repete duas vezes o aion, não porque exista mais do que uma eternidade, mas apenas para realçar o fato de que é eterno. Em português, seria como eu dizer: “eu não vou te perdoar para sempre, nem agora e nem nunca”.

Outra possibilidade para o texto – como sei que alguns católicos levantarão tal objeção – é de que o aion aqui esteja em seu sentido secundário. E qual é o sentido secundário de aion? A Concordância de Strong diz que são “os mundos, universo”[2]. Em outras palavras, o texto não estaria falando do aion em termos de eternidade, mas em termos de mundos. Estaria dizendo: “não será perdoado, nem neste mundo, nem no mundo que há de vir”. De fato, é desta forma que este verso é traduzido por algumas versões católicas, como a CNBB[3]e a Bíblia de Jerusalém em português e em espanhol[4].

Os católicos, então, podem estar a dizer: “Viu só, aí está a prova do purgatório”! Não tão cedo. Isso porque temos fortes razões para crer que esse “mundo por vir” não tem absolutamente nada a ver com o purgatório, primeiramente porque na única vez que a Bíblia fala de um mundo (ou Reino) vindo literalmente é em Apocalipse 21:2, que claramente fala da Jerusalém celestial, e não do purgatório:

“Vi a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, preparada como uma noiva adornada para o seu marido. Ouvi uma forte voz que vinha do trono e dizia: Agora o tabernáculo de Deus está com os homens, com os quais ele viverá. Eles serão os seus povos; o próprio Deus estará com eles e será o seu Deus” (Apocalipse 21:2-3)

Portanto, esse “mundo que há de vir” trata-se de um Reino que hoje se encontra em “outro mundo” (no Céu) e que virá se estabelecer sobre a nova terra por ocasião do fim do milênio e do início do estado eterno. É óbvio que não se trata do purgatório, mas do Paraíso celestial. Sobre isso eu escrevo largamente em este meu artigo cuja leitura é imprescindível para a compreensão deste entendimento, sobre o Reino que há de vir:


Em segundo, esse mundo que há de vir não pode ser uma referência ao purgatório simplesmente porque o purgatório não é algo que “há de vir”, pois ele já é. Para os católicos, o purgatório é algo que já está em atividade, portanto não é algo que virá, num futuro distante. Se a interpretação correta do aion em Mateus 12:32 for de “mundo”, ele estaria falando deste mundo presente (terra atual) e da nova terra prometida (Nova Jerusalém que descerá do Céu), e não deste mundo e do purgatório.

Mas o prof. Felipe Aquino não desiste, e passa agora a citar os livros apócrifos:      


2 - O ensinamento sobre o Purgatório tem raízes já na crença dos próprios judeus do Antigo Testamento; cerca de 200 anos antes de Cristo, quando ocorreu o episódio de Judas Macabeus. Narra-se aí que alguns soldados judeus foram encontrados mortos num campo de batalha, tendo debaixo de suas roupas alguns objetos consagrados aos ídolos, o que era proibido pela Lei de Moisés. Então Judas Macabeus mandou fazer uma coleta para que fosse oferecido em Jerusalém um sacrifício pelos pecados desses soldados. “Então encontraram debaixo da túnica de cada um dos mortos objetos consagrados aos ídolos de Jâmnia, coisas proibidas pela Lei dos judeus. Ficou assim evidente a todos que haviam tombado por aquele motivos… puseram-me em oração, implorando que o pecado cometido encontrasse completo perdão… Depois [Judas] ajuntou, numa coleta individual, cerca de duas mil dracmas de prata, que enviou a Jerusalém para que se oferecesse um sacrifício propiciatório. Com ação tão bela e nobre ele tinha em consideração a ressurreição, porque, se não cresse na ressurreição dos mortos, teria sido coisa supérflua e vã orar pelos defuntos. Além disso, considerava a magnífica recompensa que está reservada àqueles que adormecem com sentimentos de piedade. Santo e pio pensamento! Por isso, mandou oferecer o sacrifício expiatório, para que os mortos fossem absolvidos do pecado” (2Mc 12,39-45).   

Com certeza os judeus se desviaram da Verdade no período intertestamentário, quando ocorreu a Diáspora Judaica e eles foram espalhados pelo mundo grego (helenista) da época, sofrendo fortes influências platônicas que resultaram, entre outras coisas, na crença em uma “alma imortal” (adoção da heresia da imortalidade da alma) e em outros sofismas sobre a vida após a morte. A própria Enciclopédia Judaica atesta isso claramente, ao dizer: 

"A crença de que a alma continua existindo após a decomposição do corpo é uma especulação... que não é ensinada expressamente na Sagrada Escritura... A crença na imortalidade da alma chegou aos judeus quando eles tiveram contato com o pensamento grego e principalmente através da filosofia de Platão (427 - 347 a.C.), seu principal expoente, que chegou a esse entendimento por meio dos mistérios órficos e eleusianos, que na Babilônia e no Egito se encontravam estranhamente misturados"[5]

A Enciclopédia Bíblica Padrão Internacional também revela que os israelitas não criam na imortalidade da alma antes de serem tardiamente influenciados por Platão:

"Quase sempre somos mais ou menos influenciados pela ideia grega platônica, que diz que o corpo morre, mas a alma é imortal. Tal ideia é totalmente contrária à consciência israelita e não é encontrada em nenhum lugar do Antigo Testamento"[6]

Claro que Deus só deixou que tal fato se concretizasse depois do Antigo Testamento ter sido concluído, pois Ele cuida de não haver doutrinas falsas em Sua Palavra. Quando o último livro do Antigo Testamento foi escrito (que foi o livro de Malaquias, em 397 a.C), ainda não havia ocorrido esse sincretismo com o paganismo grego, que se deu a partir de 323 a.C, na diáspora. Sendo assim, podemos chegar à conclusão de que Deus guardou a Sua Palavra do paganismo, salvaguardando o Antigo Testamento de conter alguma filosofia imortalista de séculos posteriores, quando já estavam influenciados pela filosofia grega.

E isso explica o porquê que os livros apócrifos, que não foram inspirados por Deus, contêm tais ensinos estranhos sobre a vida após a morte: porque foram escritos neste período em que os judeus já haviam sido influenciados pelo paganismo de sua época. Em Sabedoria, que é outro livro aceito como canônico entre os católicos, há a clara ideia de reencarnação, ou pelo menos da pré-existência das almas:

“Eu era um menino vigoroso, dotado de uma alma excelente, ou antes, como era bom, eu vim a um corpo intacto (Sabedoria 8:19,20)

Por que os católicos não creem nisso, se eles consideram o livro de Sabedoria de Salomão como canônico e inspirado por Deus? Porque eles mesmos sabem como isso é herético e ridículo. Fruto do paganismo grego.

Mas, voltando a Macabeus, mesmo sabendo-se que se trata de uma obra apócrifa, sem valor canônico e sem ser inspirada por Deus, será que ela serve de “prova” do purgatório? É claro que não. Primeiramente, porque em lugar nenhum aquele texto de 2ª Macabeus fala de um purgatório. Ele simplesmente não fala nada sobre um suposto local de purificação entre a morte e a ressurreição. O que o texto diz é que aqueles judeus oraram pelos mortos. Mas por quê? Por que eles criam em um purgatório, num local de purificação com fogo após a morte e antes da ressurreição? Lógico que não. O próprio texto deixa bem claro que não se trata de um fantasioso estágio entre a morte e a ressurreição, mas por causa da própria ressurreição:

“Em seguida, fez uma coleta, enviando a Jerusalém cerca de dez mil dracmas, para que se oferecesse um sacrifício pelos pecados: belo e santo modo de agir, decorrente de sua crença na ressurreição, porque, se ele não julgasse que os mortos ressuscitariam, teria sido vão e supérfluo rezar por eles. Mas, se ele acreditava que uma bela recompensa aguarda os que morrem piedosamente, era esse um bom e religioso pensamento; eis por que ele pediu um sacrifício expiatório para que os mortos fossem livres de suas faltas” (2ª Macabeus 12:43-46)

Judas Macabeu não orou pelos mortos por causa da crença em um suposto “purgatório”, mas por causa da crença na ressurreição. Os judeus nunca creram no purgatório! Ademais, na própria continuação do verso há o relato de que, se ele achasse que os mortos nunca ressuscitariam, teria sido vão e supérfluo orar por eles. Em outras palavras, a oração pelos mortos – na visão daqueles Macabeus – só tinha sentido se existisse a ressurreição, pois sem ela aquilo seria inútil, vão, supérfluo. Isso é diametralmente opostoà crença no purgatório, onde a herança celestial (a vida eterna) independe da existência ou não de uma ressurreição, pois as “almas” ou “espíritos” já estariam no Céu, no inferno ou no purgatório em forma incorpórea. Assim, mesmo se não houvesse ressurreição, não seria vão orar por eles, pois eles já estariam em vivos em algum lugar em forma incorpórea.

Sendo assim, esses versículos de Macabeus são um golpe de morte na própria tese do purgatório católico. Ele prova que, para aqueles Macabeus, só existiria vida novamente na ressurreição, e por isso a oração pelos mortos só faria sentido caso aqueles mortos um dia ressuscitassem para poderem desfrutar dos benefícios e resultados que essas orações teriam, caso contrário (i.e, se não ressuscitassem) seria vão, supérfluo e inútil orar por eles. A passagem também deixa explícito que a recompensa só ocorre na ressurreição, pois diz que uma bela recompensa aguarda os que morrem piedosamente, e não que eles já estão recompensados, o que igualmente contradiz a crença católica de que a recompensa ocorre imediatamente após a morte e antes da ressurreição, como diz o Concílio de Trento:

“Quando morremos, experimentamos o que se chama o juízo individual. A Escritura diz que ‘aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois o juízo’ (Heb. 9:27). Somos julgados imediatamente e recebemos a nossa recompensa, para bem ou mal. Sabemos ao mesmo tempo qual será o nosso destino final. No fim dos tempos, quando Jesus voltar, virá o juízo geral ao qual a Bíblia se refere, por exemplo, em Mateus 25:31-32: ‘Quando o filho do homem vier na sua glória, e todos os anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória. Diante dele serão reunidas todas as nações; e ele separará uns dos outros, como um pastor separa as ovelhas dos cabritos.’ Neste juízo geral todos os nossos pecados serão revelados publicamente (Lucas 12:2-5)”[7]

Portanto, se os católicos quiserem fazer uso de uma obra apócrifa, não-canônica e não-inspirada para pautar sua reza aos mortos em função de uma não-existência de vida entre a morte e a ressurreição e unicamente pela esperança de os mortos ressuscitarem (o que nenhum católico crê ou ensina, pois acha que os que morreram já estão vivos em algum lugar) eu até poderia considerar tal argumento, mas ao usarem essa passagem para basear uma crença em um purgatório, e pior ainda: dizer que os judeus criam no purgatório (o que é ainda mais absurdo para qualquer um que estude um mínimo de história judaica) estão se passando por ridículos.

Mas o prof. Felipe Aquino não desiste:

3 - Com base nos ensinamentos de São Paulo, a Igreja entendeu também a realidade do Purgatório. Em 1Cor 3,10, ele fala de pessoas que construíram sobre o fundamento que é Jesus Cristo, utilizando uns, material precioso, resistente ao fogo (ouro, prata, pedras preciosas) e, outros, materiais que não resistem ao fogo (palha, madeira). São todos fiéis a Cristo, mas uns com muito zelo e fervor, e outros com tibieza e relutância. E S. Paulo apresenta o juízo de Deus sob a imagem do fogo a provar as obras de cada um. Se a obra resistir, o seu autor “receberá uma recompensa”; mas, se não resistir, o seu autor “sofrerá detrimento”, isto é, uma pena; que não será a condenação; pois o texto diz explicitamente que o trabalhador “se salvará, mas como que através do fogo”, isto é, com sofrimentos.

Este argumento, fundamentado totalmente no silêncio, busca trazer fundamento à ideia de que este “sofrer prejuízo” significa “ser queimado em um purgatório entre a morte e a ressurreição”. Só mesmo a imaginação fértil de apologistas católicos como ele é capaz de propor tal aberração teológica. A passagem simplesmente está falando de dois grupos de salvos, porém um que receberá maior galardão e outro que receberá menor galardão:

“Sua obra será mostrada, porque o Dia a trará à luz; pois será revelada pelo fogo, que provará a qualidade da obra de cada um. Se o que alguém construiu permanecer, esse receberá recompensa. Se o que alguém construiu se queimar, esse sofrerá prejuízo; contudo, será salvo como alguém que escapa através do fogo” (1ª Coríntios 3:13-15)

Ou seja: uns serão salvos e receberão grande recompensa (galardões), enquanto outros sofrerão prejuízo, isto é, não receberão galardão, mas serão salvos “como alguém que escapa através do fogo”, isto é, “por pouco”, “por um triz”. Sofrer prejuízo, portanto, não é sofrer no purgatório, mas é a perda da recompensa (v.14). E Paulo não fala que tal pessoa será salva passando pelo fogo (o que aí sim seria uma evidência do purgatório), mas comoalguém que escapa através do fogo. Como a própria nota textual da NVI explica, “trata-se de uma expressão proverbial grega com o sentido de ‘escapando por um triz’, sendo o trabalho da pessoa queimado pelo fogo da justiça e do juízo puro de Deus”[8].

O que fulmina de uma vez por todas com esses malabarismos eisegéticos católicos oriundos da tática do pombo enxadrista é o que Paulo fala sobre quando isso iria ocorrer, e diz que seria “no Dia” que trará tudo à luz, ou seja, no Dia do Juízo. Todas as vezes que o Novo Testamento se refere à “naquele dia” está se referindo ao Dia do juízo final, o que é ainda mais claro no contexto de 1ª Coríntios 3:13-15, pois fala do Dia em que tudo o que está encoberto será trazido à luz.

Mas quando é que ocorrerá esse Dia? Para os católicos, já deveria estar ocorrendo, pois eles pregam que o purgatório já está em atividade. Mas a Bíblia deixa claro que esse Dia do Juízo nãoé algo que já esteja em atividade, mas é algo que acontecerá, no futuro, por ocasião da segunda vinda de Cristo, e não antes. O julgamento só acontecerá “quando vier o Filho do Homem na sua majestade e todos os anjos com ele, então, se assentará no trono da sua glória”(Mt.25:31). Está claramente relacionado a um evento futuro, e não a algo que já esteja em andamento. Em Atos 17:31 vemos ainda mais claramente que esse Dia não chegou ainda:

“Porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do homem que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dentre os mortos” (Atos 17:31)

E Paulo termina com todas as dúvidas ao dizer:

“Na presença de Deus e de Cristo Jesus, que há de julgar os vivos e os mortos pela sua vinda e por seu Reino” (2ª Timóteo 4:1)

Clareza maior do que essa é impossível: “há de julgar... pela sua vinda”! "Há de julgar" denota que o juízo não aconteceu ainda, mas é um evento futuro, ao passo que "na sua vinda" mostra quando é que esse juízo acontecerá. Portanto, não há espaços para mais dúvidas: o Dia (do Juízo) é um evento futuro na segunda vinda de Cristo. Então, obviamente Paulo não estava falando de um purgatório em 1ª Coríntios 3:13-15, mas de um evento pós-ressurreição, após a volta de Jesus.

Mas o prof. Felipe Aquino não desiste:     


4 - Na passagem de Mc 3,29, também há uma imagem nítida do Purgatório: ”Mas, se o tal administrador imaginar consigo: ‘Meu senhor tardará a vir’. E começar a espancar os servos e as servas, a comer, a beber e a embriagar-se, o senhor daquele servo virá no dia em que não o esperar (…) e o mandará ao destino dos infiéis. O servo que, apesar de conhecer a vontade de seu senhor, nada preparou e lhe desobedeceu será açoitado com numerosos golpes. Mas aquele que, ignorando a vontade de seu senhor, fizer coisas repreensíveis será açoitado com poucos golpes.” (Lc 12,45-48). É uma referência clara ao que a Igreja chama de Purgatório. Após a morte, portanto, há um “estado” onde os “pouco fiéis” haverão de ser purificados. 

É impressionante a desonestidadedo prof. Felipe Aquino nessa passagem, o indivíduo corta metade do contexto da passagem, colocando três pontinhos (...) exatamente onde o texto diz que isso ocorreria na segunda vinda de Cristo! O sujeito é tão desonesto que corta a passagem bíblica em duas partes para que o povão ignorante que não lê a Bíblia (mas lê os artigos dele) pense que isso ocorre em um estado intermediário entre a morte e a ressurreição, pois a leitura natural dos versos nos mostra que isso só ocorrerá depois que Jesus voltar, e não antes. Então eu farei um favor aos discípulos do prof. Felipe Aquino e passarei o texto completo, sem cortes:

“O Senhor respondeu: Quem é, pois, o administrador fiel e sensato, a quem seu senhor encarrega dos seus servos, para lhes dar sua porção de alimento no tempo devido? Feliz o servo a quem o seu senhor encontrar fazendo assim quando voltar. Garanto-lhes que ele o encarregará de todos os seus bens. Mas suponham que esse servo diga a si mesmo: ‘Meu senhor se demora a voltar’, e então comece a bater nos servos e nas servas, a comer, a beber e a embriagar-se. O senhor daquele servo virá num dia em que ele não o espera e numa hora que não sabe, e o punirá severamente e lhe dará um lugar com os infiéis. Aquele servo que conhece a vontade de seu senhor e não prepara o que ele deseja, nem o realiza, receberá muitos açoites. Mas aquele que não a conhece e pratica coisas merecedoras de castigo, receberá poucos açoites. A quem muito foi dado, muito será exigido; e a quem muito foi confiado, muito mais será pedido" (Lucas 12:42-48)

O que o desonesto prof. Felipe Aquino se esquece de mencionar é que os “muitos” e “poucos” açoites não acontecem logo após a morte em algum estado intermediário entre a morte e a ressurreição, mas depois da segunda vinda de Cristo, isto é, quando ele voltar! Então, é óbvio que a passagem não está falando nada de um purgatório, que na visão católica é um lugar de purificação após a morte e antes da volta de Cristo (ressurreição), mas de um lugar onde os ímpios serão lançados DEPOIS da volta de Jesus.

Outro detalhe interessante é que essa passagem retrata um servo infiel, que bate nos seus servos e servas, que se embriaga, que não faz o que Deus desejava nem o realiza, ou seja, está falando de pessoas ímpias, e não de salvos. Mas o purgatório, na visão católica, é para salvos. Portanto uma coisa não tem nada a ver com a outra. A passagem em pauta nada fala sobre um purgatório, onde pessoas salvas são lançadas depois da morte e antes da volta de Cristo. Ela fala sobre um lugar onde os ímpios serão lançados apósa volta de Jesus, que é o geena.

Destruindo a tese do inferno eterno (pregada nos círculos imortalistas), Cristo está dizendo que a punição no inferno não é para sempre, mas que uns levarão “poucos” e outros “muitos” castigos, e é óbvio que por “poucos” nunca pode ser considerado “eterno”, ou seja, que ninguém será castigado para sempre, como ensina a Igreja Católica. Os ímpios serão castigados no infenro-geena pelo tempo correspondente aos seus pecados e em seguida aniquilados, como eu mostrei em mais de 150 passagens bíblicas neste artigo:


Mas o prof. Felipe Aquino não desiste:     


5 - Outra passagem bíblica que dá margem a pensar no Purgatório é a de (Lc 12,58-59): “Ora, quando fores com o teu adversário ao magistrado, faze o possível para entrar em acordo com ele pelo caminho, a fim de que ele não te arraste ao juiz, e o juiz te entregue ao executor, e o executor te ponha na prisão. Digo-te: não sairás dali, até pagares o último centavo.” O Senhor Jesus ensina que devemos sempre entrar “em acordo” com o próximo, pois caso contrário, ao fim da vida seremos entregues ao juiz (Deus), nos colocará na “prisão” (Purgatório); dali não sairemos até termos pago à justiça divina toda nossa dívida, “até o último centavo”. Mas um dia haveremos de sair. A condenação neste caso não é eterna. A mesma parábola está´ em Mt 5, 22-26: “Assume logo uma atitude reconciliadora com o teu adversário, enquanto estás a caminho, para não acontecer que o adversário te entregue ao juiz e o juiz ao oficial de justiça e, assim, sejas lançado na prisão. Em verdade te digo: dali não sairás, enquanto não pagares o último centavo”. A chave deste ensinamento se encontra na conclusão deste discurso de Jesus: “serás lançado na prisão”, e dali não se sai “enquanto não pagar o último centavo”. 

Essa passagem realmente fala de um local de condenação temporário e não eterno, mas não é uma referência ao purgatório, e sim ao geena. Se “o sangue de Jesus nos purifica de todoo pecado” (cf. 1Jo.1:7), e não apenas de alguns pecados, então não há qualquer necessidade de sobrar algum pecado para ser purgado no purgatório, a não ser que o sangue de Cristo não tenha sido suficiente para purificar tal pecador, mas o que o sangue de Jesus não pode fazer o purgatório pode!

Temos que ressaltar que, na visão católica, o purgatório é um local reservado para pessoas já salvas, mas não totalmente purificadas. Mas se a pessoa já é salva, já se presume que ela esteja purificada, pois o sangue de Jesus nos purifica de todo pecado, e o salvo é lavado e coberto nesse sangue de Cristo! Além disso, a afirmação católica de que o purgatório é para as pessoas que, “tendo sido formalmente culpadas de pecados menores, não deram plena satisfação deles a justiça divina”[9], entra em conflito com a teologia paulina, em que aqueles que praticam esses pecados menores, como “as inimizades, as contendas, os ciúmes, as iras, as facções, as dissensões, os partidos, as invejas, as bebedices, as orgias, e coisas semelhantes a estas, os que tais coisas praticam não herdarão o reino de Deus (Gl.5:20-21).

Ele não afirma que tais pessoas que cometem esses e outros “pecados menores” entrarão no Reino de Deus após passarem pelo purgatório, mas que não herdarão o Reino de Deus, o que é totalmente diferente. Portanto, tais pessoas que não se arrependeram de seus pecados menores não passarão pelo purgatório para entrarem depois no Céu, elas simplesmente não serão salvas, conforme diz Paulo. Não são pessoas que herdarão o Reino de Deus depois de passarem pelo purgatório, são pessoas que não herdarão o Reino de Deus!

Sendo assim, fica claro que esse texto de Lucas 12:59 não se refere ao purgatório, mas há algum outro lugar. Mas, se não é o purgatório, o que mais seria? Evidentemente não pode ser uma referência ao Céu, pois o texto fala de perdidos, e não de salvos. O texto só pode estar falando do inferno-geena. As pessoas não irão ficar lá para sempre, mas “até pagar o último centavo” (v.59). Isso está em concordância com o texto que vimos anteriormente, em Lucas 12:42-48, que fala de um local de condenação temporária que somente ocorre depois da volta de Jesus, e não antes.

Mas o prof. Felipe Aquino não desiste:     


6 - A Passagem de São Pedro 1Pe 3,18-19; 4,6, indica-nos também a realidade do Purgatório:”Pois também Cristo morreu uma vez pelos nossos pecados (…) padeceu a morte em sua carne, mas foi vivificado quanto ao espírito. É neste mesmo espírito que ele foi pregar aos espíritos que eram detidos na prisão, aqueles que outrora, nos dias de Noé, tinham sido rebeldes (…).” Nesta “prisão” ou “limbo” dos antepassados, onde os espíritos dos antigos estavam presos, e onde Jesus Cristo foi pregar durante o Sábado Santo, a Igreja viu uma figura do Purgatório. O texto indica que Cristo foi pregar “àqueles que outrora, nos dias de Noé, tinham sido rebeldes”. Temos, portanto, um “estado” onde as almas dos antepassados aguardavam a salvação. Não é um lugar de tormento eterno, mas também não é um lugar de alegria eterna na presença de Deus, não é o céu. È um “lugar” onde os espíritos aguardavam a salvação e purificação comunicada pelo próprio Cristo. 

A pergunta que não quer calar é: onde o prof. Felipe Aquino viu o “purgatório” ali? Se essa prisão é um local físico, ela poderia ser qualquer coisa. Poderia ser o Sheol, o Hades, o Seio de Abraão, o Tártarus, o Abismo, o Geena, ou qualquer outro lugar, alguns que existem de verdade e outros que existem na teologia imortalista. Como é que o prof. Felipe Aquino conseguirá provar que essa prisão não se trata de nenhum deles, mas exatamente do purgatório? Nunca, pois ele não fez exegese (onde se extrai o significado de um texto mediante legítimos métodos de interpretação), mas eisegese (onde se injeta ao texto alguma coisa que o intérprete quer que esteja ali, mas que na verdade não faz parte do texto). Por isso ele busca textos isolados na Escritura, manipulando interpretações tendenciosas, tentando fazer com que a passagem diga o que, na verdade, não está lá. Está apenas na cabeça de quem precisa crer que a Bíblia dá margens para tal aberração teológica.

A exegese correta do texto bíblico o leitor poderá conferir em meu outro blog:



CONCLUSÃO E CONSIDERAÇÕES FINAIS

Como vimos aqui e na parte 1 deste estudo, o purgatório é um lugar que existe, mas não em um estado intermediário entre a morte e a ressurreição, senão na imaginação fértil de pessoas que precisam crer na existência dele para aumentarem a arrecadação, arrebatarem o rebanho e enganarem as massas. Foi deste jeito que a Igreja Católica obteve uma ótima fonte de lucro ao vender a salvação para as “almas do purgatório”, o que levou Lutero a contestar e dizer em suas 95 teses:

“Certo é que, ao tilintar a moeda na caixa, podem aumentar o lucro e a cobiça; a intercessão da Igreja, porém, depende apenas da vontade de Deus. Deve-se ensinar aos cristãos que, dando ao pobre ou emprestando ao necessitado, procedem melhor do que se comprassem indulgências. E deve-se ensinar aos cristãos que quem vê um carente e o negligencia para gastar com indulgências obtém para si não as indulgências do papa, mas a ira de Deus”

“Por que o papa não evacua o purgatório por causa do santíssimo amor e da extrema necessidade das almas - o que seria a mais justa de todas as causas -, se redime um número infinito de almas por causa do funestíssimo dinheiro para a construção da basílica - que é uma causa tão insignificante? Por causa do dinheiro, permitem ao ímpio e inimigo redimir uma alma piedosa e amiga de Deus; porém, por que não a redimem por causa da necessidade da mesma alma piedosa e dileta, por amor gratuito? Por que o papa, cuja fortuna hoje é maior do que a dos mais ricos Crassos, não constrói com seu próprio dinheiro ao menos esta uma basílica de São Pedro, ao invés de fazê-lo com o dinheiro dos pobres fiéis?”

Mas, não obstante a toda a falta de qualquer evidência bíblica ou histórica nos primeiros séculos que baseie tal crença, os católicos continuarão buscando isolar versos, praticar eisegese, deturpar a Bíblia, achar testemunhos históricos de sete séculos depois de Cristo e continuar crendo na lenda de um purgatório.

Porque, afinal, eles não desistem.

Paz a todos vocês que estão em Cristo.

Por Cristo e por Seu Reino,
Lucas Banzoli (apologiacrista.com)


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[1]Concordância de Strong, 165.
[2]ibid.
[5] Enciclopédia Judaica, 1941, vol. 6, "A Imortalidade da Alma", pp. 564-566.
[6]Enciclopédia Bíblica Padrão Internacional, 1960, vol. 2, "Morte", p. 812.
[7] Concílio de Trento, Decreto sobre o Purgatório, Denzinger # 983.
[8]Nova textual da Nova Versão Internacional em 1ª Coríntios 3:15, p. 1957.
[9] Papa Pio IV, A Base da Doutrina Católica contida na Profissão de Fé.

Comentários

  1. Lucas permita-me tecer alguns comentários:

    Se os Católicos pensam, pelo fato de Jesus ter dito que o sujeito não será perdoado no futuro, Ele(Jesus) está dizendo que haverá pecados que serão perdoados no futuro(MUNDO VINDOURO), o que me impede tbm de pensar, que aqueles que foram perdoados aqui no presente, não serão perdoados no futuro? Nada. Ora, é claro e evidente que Jesus está dizendo, que naquele dia não haverá chichi minha nega. Jesus ja esta tirando todas as possibilidades de alguém pensar que, se alguém não for perdoado no presente, será perdoado no futuro. Se já estamos perdoado no presente tbm estamos nofuturo, se não estamos perdoado no presente, não estamos no futuro, o Cristão vaii pasar pelo tribunal de Cristo, não para ser julgado esim galardoado, pois para o Cristão, nenhuma condenação há. Este embuste, tira a eficácia do sangue de Cristo, o qual foi "um sacrifício perfeito".
    Não sei do que mais precisamos al´me daqueilo que foi "perfeito".

    O purgatório não poderia existir na mente desses dois pensadores, vejamos;

    Portanto, pode também "salvar perfeitamente" os que "por ELE se chegam a Deus", vivendo sempre para interceder por eles.
    Hebreus 7:25

    Porque também Cristo padeceu uma vez "pelos pecados", o justo pelos injustos, "para levar-nos a Deus"; mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado pelo Espírito;
    1 Pedro 3:18

    SALVAR PERFEITAMENTE: O que vem depois da perfeição?

    LEVAR-NOS A DEUS: O sangue de Cristo, já me leva a Deus, do que preciso mais?

    O purgatório é uma doutrina incredúla, pois os que creem nessa heresia, não creem no sacrifício perfeito de Cristo, anda atras de subterfúgios.

    Abração Lucas,

    Que Deus continue te abençoando.

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  2. Respostas
    1. http://www.ofielcatolico.com.br/2001/03/entendendo-inquisicao-e-as-inquisicoes.html#comment-form


      IRMÃO LUCAS, NÃO SEI SE CONHECE ESSA PÁGINA CATÓLICA. ANALISE-A PEÇO-TE E VEJA A TAMANHA ALIENAÇÃO DOS ROMANISTAS!

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    2. Olá, Túlio, vou escrever um artigo sobre a inquisição ainda neste mês, e então respondo a este artigo (e outros do gênero).

      Abraços.

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  3. Gente.... esse Felipe Aquino está pior que o Cris Macabeus para interpretar o Apocalipse.... como o cara consegue pegar várias passagens isoladas que nada tem a ver com a vida após a morte para falar de purgatório.... realmente esse cara deve ter uma visão RAIO X, pois ele conseguiu enxergar coisas nesses versículos que ninguém jamais percebeu kkkkkkkk é um absurdo até que ponto essa seita romana chega para provar suas heresias sem base bíblica alguma... eu nunca vi tanta barbaridade de interpretação em toda minha vida....

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    1. O Felipe Aquino realmente surtou bastante nesse artigo sobre o purgatório e escreveu um monte de sandices, mas não acho que ele já tenha chegado ao level epic de sandices do Macabeus, nesse quesito ele continua invencível :)

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  4. Deus é misericordioso, mandou seu único filho para nos salvar. Porque é tão difícil para vocês protestantes aceitarem uma coisas tão maravilhosa quanto esta, um ultima chance com o purgatório.
    Vocês acreditam ser melhores que os católicos e muitos não fazem nem ideia de que o real motivo para saírem da igreja católica fora para poder ter lucro e se beneficiar das "maravilhas" do capitalismo, uma vez que naquela época era condenado a usura.
    Vamos tentar contribuir para melhorar o que há de errado neste mundo e seguir dois mandamentos..
    "Amar a Deus sobre todas as coisas" e "Amar o próximo como a si mesmo"
    E parar com esta conversa de comadre e contribuir com o que é realmente importante,
    Abraço e fiquem com Deus!

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    1. Ah, entendi, então os reformadores se tornaram protestantes porque eram capitalistas? HSUAHSUAHSUAHSUAHSUASH (vai demorar muito até alguém inventar uma mais engraçada que essa!).

      Deus é misericordioso, mandou seu único filho para nos salvar. Por que é tão difícil para vocês romanistas aceitarem uma coisa tão maravilhosa quanto esta, uma VIDA ETERNA direta para os salvos ao invés de um lugar com fogo chamado purgatório, que segundo o catecismo católico é um lugar para onde somente os salvos vão? Que deus católico é esse que precisa queimar alguém por algum tempo para depois salvá-la, se pode salvá-la sem queimá-la? Qual sangue de Jesus é esse que só purifica de ALGUNS pecados, e que precisa de ajudinha do purgatório para purificar os outros? Que pouco poder este seu Jesus tem. Graças a Deus que este não é o Jesus da Bíblia. E graças a Deus também que biblicamente é só Jesus quem expia os nossos pecados, e não nós a nós mesmos, como inventa a doutrina do purgatório. Ainda bem que é Ele que nos salva, e não nós.

      Se você quer realmente acabar com conversas de comadre, deveria começar com o purgatório.

      Abraços e fique com Deus.

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  5. No Post sobre Irineu, você fez a citação:

    "Quando, porém, eles são refutados a partir das Escrituras, voltam atrás e acusam essas mesmas Escrituras, como se elas não fossem corretas e nem tivessem autoridade, (Contra as Heresias...)

    Depois você fez o seguinte comentário:

    “Católicos usam as Escrituras, mas quando são refutados por elas dizem que a Bíblia não é a única regra de fé”

    Eu lhe pergunto: o que tem a citação de Irineu a ver com esse seu comentário? A Igreja Católica jamais disse que as Escrituras não estão corretas, ou que não têm autoridade. Acreditamos sim que ela não é a única regra de fé, mas dizer que ela não está correta, jamais.

    Continuando, neste post sobre o Purgatório, você escreveu:

    “..os livros apócrifos, que não foram inspirados por Deus, contêm tais ensinos estranhos sobre a vida após a morte: porque foram escritos neste período em que os judeus já haviam sido influenciados pelo paganismo”

    Então, vocês protestantes sim, quando são refutados pelos apócrifos, é que dizem que estes livros não estão corretos, que não têm autoridade e que não são inspirados por Deus. A citação de Irineu serve para vocês, não para nós. Para nós, toda a Escritura é inspirada por Deus.

    Abs,

    Cláudia

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    1. O que eu quis dizer é que sempre quando um católico começa a "atacar" um evangélico por meio de versículos bíblicos e é refutado por este através de versículos bíblicos, ele CORRE do debate apelando ao fato de que "a Bíblia não é a única regra de fé" e se resguarda sob sua própria tradição. É igual o que os gnósticos faziam: eles citavam textos bíblicos, mas quando eram refutados pelos cristãos com a mesma Escritura, eles então corriam e apelavam para a autoridade de uma suposta "tradição oral" que lhes teria sido transmitida oralmente desde os apóstolos (qualquer semelhança NÃO é mera coincidência!).

      Veja o que Irineu diz sobre a tradição gnóstica:

      “Eles [gnósticos] alegam que a verdade não foi entregue por meio de documentos escritos, mas de viva voz" (Contra as Heresias, Livro III, 2:1)

      Se eu não tivesse colocado a palavra "gnósticos" entre colchetes até você iria dizer que se tratava de católicos!

      E quem disse que APÓCRIFO É ESCRITURA? Por que você (católica romana) aceita a canonicidade de 1 e 2 Macabeus, mas não vai em frente e aceita de uma vez a canonicidade de 3 e 4 Macabeus também, como seus irmãos católicos ortodoxos fazem?

      SERÁ QUE IRINEU TE SALVA NESTA QUESTÃO?

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    2. Essa Viva Voz. De quem é essa Viva Voz? Quem leu o Livro sabe que os gnósticos eram místicos e se consideravam mais espiritualizados do que os próprios apóstolos. Eles acreditavam que recebiam revelações do "Demiurgo" e que estas eram superiores às recebidas pelos apóstolos. Assim, negavam as Escrituras e a Tradição.

      "E quando, por nossa vez, os levamos à Tradição que vem dos apóstolos e que é conservada nas várias igrejas, pela sucessão dos presbíteros, então se opõem à tradição, dizendo que, sendo eles mais sábios que os presbíteros, não somente, mas até dos apóstolos, foram os únicos capazes de encontrar a pura verdade. " (Contra as Heresias, Livro III, 2, 2

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    3. E não, os gnósticos se assemelham com os protestantes, não com os católicos.

      "Tantas são as diferenças entre eles a respeito de só ponto e tantas as interpretações das mesmas Escrituras! Acaba-se de ler um único e mesmo texto e eis que todos franzem as sobrancelhas e meneiam a cabeça dizendo que tem doutrina muito profunda e que nem todos entendem o sentido que encerra...E assim todos eles, tantos quantos são e outras tantas opiniões sobre o mesmo texto, vão levando consigo, no mais profundo de si, as suas sutilezas. Portanto, quando se terão posto de acordo sobre o que foi predito nas Escrituras, também nós os refutaremos, porque neste mesmo tempo já se refutam a si mesmos pelo desacordo sobre as mesmas palavras. Nós, porém, seguindo o único Deus como verdadeiro Mestre e tendo como regra de verdade as mesmas palavras, todos dizemos sempre as mesmas coisas a respeito dos mesmos argumentos, reconhecendo um só Deus, criador deste universo," (Contra as Heresias , Livro IV, 35,4)

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    4. Errado. O demiurgo não revelava nada, porque ele era o "deus do mal" e não o Deus verdadeiro. Dizer que os gnósticos recebiam "revelações do demiurgo" seria tão ridículo quanto afirmar que os cristãos recebiam "revelações do diabo". O "viva-voz" é a tradição oral que os gnósticos diziam que havia sido transmitida oralmente desde os apóstolos chegando até eles, como concorda o erudito em patrística David S. Dockery:

      "Irineu afirmava não só que os gnósticos exploravam as Escrituras para seus próprios fins, mas também que uma de suas técnicas bem-sucedidas era a de recorrer, em apoio a seus posicionamentos, a uma suposta tradição apostólica secreta (a gnosis) à qual apenas eles tinham acesso" ("Hermenêutica Contemporânea à luz da Igreja Primitiva", p. 66)

      Percebi que você gosta de citar a tradição mencionada por Irineu. Você quer saber mesmo do que se trata essa tradição? Então veja o que o próprio Irineu se refere:

      ""Muitos povos bárbaros que creem em Cristo, se atêm a esta maneira de proceder; sem papel nem tinta. Levam a salvação escrita em seus corações pelo Espírito e preservam cuidadosamente a antiga tradição, acreditando em um único Deus, o Criador do céu e da terra, e todas as coisas nele, por meio de Cristo Jesus, o Filho de Deus, que por causa de Seu amor pela sua criação condescendeu em ser nascido da virgem, unindo o homem através de Si mesmo a Deus, e, depois de ter sofrido sob Pôncio Pilatos, subiu novamente aos céus, sendo recebido em esplendor, e virá em sua glória como o Salvador daqueles que são salvos, e como juiz daqueles que serão julgados, enviando para o fogo eterno aqueles que transformaram a verdade e desprezaram o Seu Pai e seu advento. Aqueles que na ausência de documentos escritos acreditam nessa fé, sendo bárbaros até no que diz respeito à nossa língua, mas no que dizem respeito à doutrina, moral e teor de vida são, por causa da fé, muito sábios, pelo favor de Deus, conversando em toda a justiça, castidade e sabedoria. Se alguém fosse pregar a esses homens as invenções dos hereges, falando com eles em sua própria língua, eles iriam tampar de uma só vez os ouvidos e fugiriam ao mais longe possível, não suportando até mesmo escutar tais blasfêmias. Assim, por meio da antiga tradição dos apóstolos eles não têm sua mente aberta para conceber qualquer doutrina sugerida por esses mestres" (Contra as Heresias, Livro III, 3:3)

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    5. Irineu diz que existiam povos bárbaros que não tinham nem papel nem tinta, mas que mesmo assim seriam salvos por meio daquilo que é pregado através da antiga tradição dos apóstolos. Esse seria o momento mais perfeito para que Irineu mostrasse que as Escrituras não são suficientes e que existem doutrinas fora da Bíblia que são igualmente necessárias para a salvação do homem, como prega a Igreja Romana. Contudo, tudo aquilo que ele ensina como sendo a tradição apostólica diz respeito àquilo que já está na Bíblia, tais como:

      • A existência de um Deus criador dos céus e da terra.
      • A existência de Jesus Cristo, o Filho de Deus.
      • A encarnação de Cristo através de uma virgem.
      • A mediação de Cristo.
      • A ascensão de Cristo.
      • A glorificação de Cristo.
      • A volta de Jesus em glória.
      • O juízo vindouro.
      • A condenação dos ímpios.
      • A salvação dos justos.

      Mais uma vez, todos os pontos que são considerados como "tradição apostólica", os quais Irineu diz que os povos bárbaros criam neles mesmo sem papel nem tinta (ou seja, apenas por meio do ensino ou tradição oral), diz respeito ao conteúdo das Escrituras, e não a algo que esteja fora ou escondido delas. É por isso que essa tradição tinha que ser confirmada por provas bíblicas, como o mesmo diz claramente:

      "Uma vez que a tradição dos apóstolos existe na Igreja e é permanente entre nós, vamos voltar para as provas bíblicas por aqueles apóstolos que também escreveram o Evangelho e que registraram a respeito de Deus, apontando que nosso Senhor Jesus Cristo é a verdade, e que nenhum mentira há nele" (Contra as Heresias, Livro III, 5:1)

      Pense duas vezes da próxima vez que quiser tirar uma frase de Irineu de seu contexto. O que os Pais chamavam de "tradição" não tem absolutamente nada, NADA a ver com o que vocês romanistas chamam hoje de "tradição". Confundir isso é misturar alhos com bugalhos, falhando no que há de mais primordial.

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  6. Argumento n° 6 do prof. Felipe: "Nesta “prisão” ou “limbo” dos antepassados, onde os espíritos dos antigos estavam presos, e onde Jesus Cristo foi pregar durante o Sábado Santo, a Igreja viu uma figura do Purgatório." Um erro teológico dentro de outro maior: Jesus ressuscitou no 2º dia então? O próprio Jesus estaria num estado intermediário? É distorcer o significado literal da palavra ressurreição, que significa reviver! E Jesus reviveu somente no 3° dia!

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    1. O pior é ele dizer que "A IGREJA VIU" uma figura do purgatório, quando os ortodoxos que existem há dois milênios e que também dizem guardar a tradição dos Pais desconhecem esta tal "figura" até hoje... uma piada.

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  7. Senhor, tem mais um texto bíblico que o prof.Felipe Aquino citou, mas não está nesta página. É 1Cor 3,10-15. Com a mesma inteligência que o senhor tem para acusar, use para analisar esse texto, que não é "apócrifo". Por sinal, os protestantes receberam suas bíblias das mãos dos católicos, apenas não aceitaram a tradução do grego, que era a língua usada pelos apóstolos para pregar o Evangelho.
    Cícero

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    1. É isso o que dá não ler o texto e vir direto postando comentários. O texto de 1Co.3:10-15 foi amplamente explicado durante o artigo, e você, sem refutar nada, vem aqui dizendo que "não está nesta página". Vou selecionar toda a refutação novamente para ver se desta vez você deixa de se fingir de cego:

      Este argumento, fundamentado totalmente no silêncio, busca trazer fundamento à ideia de que este “sofrer prejuízo” significa “ser queimado em um purgatório entre a morte e a ressurreição”. Só mesmo a imaginação fértil de apologistas católicos como ele é capaz de propor tal aberração teológica. A passagem simplesmente está falando de dois grupos de salvos, porém um que receberá maior galardão e outro que receberá menor galardão:

      “Sua obra será mostrada, porque o Dia a trará à luz; pois será revelada pelo fogo, que provará a qualidade da obra de cada um. Se o que alguém construiu permanecer, esse receberá recompensa. Se o que alguém construiu se queimar, esse sofrerá prejuízo; contudo, será salvo como alguém que escapa através do fogo” (1ª Coríntios 3:13-15)

      Ou seja: uns serão salvos e receberão grande recompensa (galardões), enquanto outros sofrerão prejuízo, isto é, não receberão galardão, mas serão salvos “como alguém que escapa através do fogo”, isto é, “por pouco”, “por um triz”. Sofrer prejuízo, portanto, não é sofrer no purgatório, mas é a perda da recompensa (v.14). E Paulo não fala que tal pessoa será salva passando pelo fogo (o que aí sim seria uma evidência do purgatório), mas comoalguém que escapa através do fogo. Como a própria nota textual da NVI explica, “trata-se de uma expressão proverbial grega com o sentido de ‘escapando por um triz’, sendo o trabalho da pessoa queimado pelo fogo da justiça e do juízo puro de Deus”[8].

      O que fulmina de uma vez por todas com esses malabarismos eisegéticos católicos oriundos da tática do pombo enxadrista é o que Paulo fala sobre quando isso iria ocorrer, e diz que seria “no Dia” que trará tudo à luz, ou seja, no Dia do Juízo. Todas as vezes que o Novo Testamento se refere à “naquele dia” está se referindo ao Dia do juízo final, o que é ainda mais claro no contexto de 1ª Coríntios 3:13-15, pois fala do Dia em que tudo o que está encoberto será trazido à luz.

      Mas quando é que ocorrerá esse Dia? Para os católicos, já deveria estar ocorrendo, pois eles pregam que o purgatório já está em atividade. Mas a Bíblia deixa claro que esse Dia do Juízo nãoé algo que já esteja em atividade, mas é algo que acontecerá, no futuro, por ocasião da segunda vinda de Cristo, e não antes. O julgamento só acontecerá “quando vier o Filho do Homem na sua majestade e todos os anjos com ele, então, se assentará no trono da sua glória”(Mt.25:31). Está claramente relacionado a um evento futuro, e não a algo que já esteja em andamento. Em Atos 17:31 vemos ainda mais claramente que esse Dia não chegou ainda:

      “Porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do homem que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dentre os mortos” (Atos 17:31)

      E Paulo termina com todas as dúvidas ao dizer:

      “Na presença de Deus e de Cristo Jesus, que há de julgar os vivos e os mortos pela sua vinda e por seu Reino” (2ª Timóteo 4:1)

      Clareza maior do que essa é impossível: “há de julgar... pela sua vinda”! "Há de julgar" denota que o juízo não aconteceu ainda, mas é um evento futuro, ao passo que "na sua vinda" mostra quando é que esse juízo acontecerá. Portanto, não há espaços para mais dúvidas: o Dia (do Juízo) é um evento futuro na segunda vinda de Cristo. Então, obviamente Paulo não estava falando de um purgatório em 1ª Coríntios 3:13-15, mas de um evento pós-ressurreição, após a volta de Jesus.

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    2. "Por sinal, os protestantes receberam suas bíblias das mãos dos católicos"... Na verdade os protestantes tiraram o monopólio que os catolicos faziam da bíblia, uma vez que, quem possuísse a bíblia era perseguido e morto. Se não fossem os reformadores precursores, como Wycliffe e Huss, darem o pontapé inicial, certamente ainda estaríamos na idade média, sem o conhcimento da Palavra, até hoje.

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  8. Lucas, você tem algum artigo seu ou poderia me indicar algum referente à oração pelos mortos? Os católicos citam alguns pais da Igreja (como Tertuliano) que supostamente teriam defendido essa prática, mas me parece que de uma forma um tanto quanto distorcida. Se puder me ajudar com alguma indicação, agradeço bastante.

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    1. O Hugo escreveu sobre isso neste artigo:

      http://conhecereis-a-verdade.blogspot.com.br/2011/03/o-purgatorio-e-os-padres-da-igreja.html

      Sobre o desenvolvimento da doutrina relacionada à consciência pós-morte e intercessão dos santos na Igreja antiga, veja o meu livro "Os Pais da Igreja contra a Imortalidade da Alma", que você pode baixar neste link:

      https://mega.nz/#!flZjxRZI!LcNs95Mourqdnl6TrKrmFDDFYOR9mkCVIDZx0MqjWJc

      O capítulo onde eu abordo mais especificamente este desenvolvimento é o cap. 23.

      Abs.

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  9. Eu coloquei um comentário a mais de uma semana, se você pudesse respondê-lo obrigado.

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  10. Olá, pelo o que eu entendi, para os católicos, me incluo, o purgatório existiria para tornar perfeita ( purificar ), preparar a pessoa à qual pela misericórdia de Deus irá pro Céu certo? Onde estaria o erro nisso? Pois para
    mim mesmo que se tivesse me confessado no dia anterior de minha morte, seria muito provável que voltasse a pecar no dia seguinte, devido nossa inclinação ao pecado, portanto como se não pela misericórdia entraria no Céu? E não seria essa misericórdia salvadora uma prova do purgatório, uma vez que para nós católicos aquele que vai para o purgatório, irá para o céu posteriormente. Concluo que não estaria limpo para chegar no céu, e uma vez que jamais posso limpar-me apenas por minhas ações, como discordar de que Cristo me limpará após minha morte? Portanto além de na minha visão ser bíblico, seria também lógico, pois nao somos dignos de entrar na casa do Pai se não por sua misericórdia, e essa misericordia além de vivenciada e sentida na Terra, seria necessária para logo antes de entrarmos na eternidade. Já que ao meu ver, é muito difícil alguém considerar-se pronto para entrar no céu, sem antes ser limpo por Cristo, por seu fogo que queimaria todo resto de pecado existente em nossa alma, ainda vinculado na Terra. Perdoe-me por algum equívoco que possa ter tido. A paz de Cristo!

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    Respostas
    1. "Olá, pelo o que eu entendi, para os católicos, me incluo, o purgatório existiria para tornar perfeita ( purificar ), preparar a pessoa à qual pela misericórdia de Deus irá pro Céu certo? Onde estaria o erro nisso?"

      Errado. Quem torna perfeito é o sangue de Jesus, não o purgatório:

      "Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado" (1 João 1:7)

      Se o sangue de Jesus já nos purifica de TODO o pecado, o que sobra para o purgatório expiar?

      Nada do que você disse é "bíblico", tudo não passa de especulações da tua cabeça. A única coisa decente que você disse é que a misericórdia de Deus nos leva para o Céu. Infelizmente, você bota um purgatório no meio deste processo. Pra você, a misericórdia de Deus significa um purgatório para queimar a pessoa e fazê-la sofrer para só depois ser salva de fato. Eu tenho medo de um deus Drácula e sádico como esse. O Deus da Bíblia manda a pessoa ao Céu sem precisar passar por este tal lugar de sofrimento e terror. ISSO SIM é a misericórdia divina, a verdadeira misericórdia, muito melhor que o terror e o sadismo do outro lado.

      A paz de Cristo.

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