Desmascarando Itard e sua ridícula interpretação de Lucas 23:43
Introdução
Quem me conhece sabe que eu não
saio por aí refutando todo mundo que me ataca pela internet
indiscriminadamente. Eu sou muito seletivo.
Se quem me atacou é conhecido e usou argumentos, eu não perco tempo e faço
logo uma elaborada refutação ponto por ponto. Se quem me atacou é conhecido mas
não tem argumentos, eu não faço contra-argumentação nenhuma, pois não há nada
para ser refutado e também não há a mínima chance de que o artigo em questão
venha a mudar a opinião de alguém sobre algo. E se quem me atacou não tem
argumentos e nem é conhecido, é aí que eu não ligo mesmo. Não dou a mínima.
Pois bem: desta vez abrirei uma
exceção a um certo Itard Victor Camboim de Lima, que é disparado o autor da
pior tentativa de refutação a mim desde que eu entrei na apologética (e também
não é nada conhecido). Quem é Itard? Bem, é difícil dizer. Basicamente, ele é o
autor de um blog chamado “apologia7biblica”(?), onde ele usa toda a sua
inteligência para bater nos adventistas dia e noite, incansavelmente. Para ele,
existe uma entidade maligna que é a responsável por todos os males na história
da humanidade, e esta entidade chama-se Igreja Adventista do Sétimo Dia. Itard
provavelmente tem algum trauma de infância com algum adventista, porque
direciona 100% do seu arsenal para atacar esses “hereges” dessa “seita
satânica”. Ele nunca escreveu sobre outra coisa que não fosse sobre a IASD.
Talvez seja uma doença ou um trauma de infância, porque ele vê adventistas por
todos os lados. E mesmo eu nunca tendo colocado o pé em uma igreja adventista em
toda a minha vida, eu passei a estar no alvo da fera, porque defendo uma
doutrina que o rei da ortodoxia entende que é uma “heresia adventista”.
Desnecessário seria dizer que
pelo menos 95% do conteúdo do blog dele é tudo copiado de outros sites ou de
livros apologéticos anti-adventistas. Ele não possui nenhum tipo de
originalidade. É um copia e cola (e ainda cola errado). Mesmo eu já tendo
tomado conhecimento da existência deste artigo desde os primeiros dias de sua
escrita (em 20/11/2014), eu deliberadamente me recusei a escrever uma refutação
a um texto tão horrível, tão mal escrito, tão mal argumentado e tão tosco como
esse, e não toquei no assunto por meses. Só decidi escrever essa refutação
depois de muita insistência, atendendo a pedidos de leitores, e principalmente
porque o autor não parava de vomitar soberbamente estes links pelas redes
sociais como se tivesse “me refutado”, estufando o peito de orgulho.
A “refutação” ao meu texto sobre os Pais da
Igreja contra a imortalidade da alma
Cabe ressaltar que essa não foi
a primeira tentativa de refutação dele a mim. Poucos dias após a “refutação” de
meu artigo sobre Lucas 23:43, ele lançou outro, que ele chamou de refutação ao
meu artigo sobre os
Pais da Igreja e a imortalidade da alma (a “refutação” dele pode ser vista clicando
aqui). Essa foi de fato a primeira vez na vida que eu vejo alguém tentar
refutar um texto que não leu. Eu nunca havia visto algo semelhante em toda a
minha vida. Itard se propôs a “refutar” o meu texto sobre os Pais. Pois bem. Em
meu artigo, eu citei aproximadamente 40
textos dos Pais da Igreja do século I até meados do século II negando a
imortalidade da alma. Quantos destes 40 textos foram refutados? Nenhum. Ele
sequer fez uma releitura dos textos. Fingiu que eles não existiam, e ainda teve
a vergonha na cara de chamar aquilo de “refutação”! Foi a primeira “refutação”
da história da escrita a não refutar absolutamente nada de um texto
contrário. Que lástima.
Mas isso não é o pior. O pior é
que o indivíduo, que não refutou nenhum texto passado por mim em meu artigo,
copiou da internet textos pró-imortalidade da alma e colou ali. Isso não seria
problema, se não fosse por um detalhe: todos os textos citados por ele, à
exceção de um único de Inácio (que fala do “fogo eterno”, que já foi
exaustivamente explicado por mim neste
artigo, que está até hoje sem refutação), são de depois de meados do século II d.C, e em meu artigo eu deixei
explicitamente claro que foi depois de meados do século II d.C que os Pais
passaram a crer na imortalidade da alma! Ou seja: o cidadão fez uma “refutação”
que, além de não refutar absolutamente nada dos textos passados por mim, ainda confirma o que eu mesmo havia
escrito no meu artigo! Eu agradeceria a ele, se não soubesse que isso não foi
proposital, mas somente porque o sujeito realmente não leu uma única linha do
meu artigo, e mesmo assim foi voando fazer a tal “refutação”.
Itard também tem um senso de
humor muito apurado. Em seu artigo recém-mencionado, ele situa João Crisóstomo
na lista de “Pais medievais”, ainda que Crisóstomo tenha nascido
aproximadamente 150 anos antes do início da era medieval. Isso já mostra o
quanto que o sujeito entende mesmo de história e patrística:
E para provar que ele é mesmo um
bom comediante, ele cita crentes como Armínio (1560-1609), Wesley (1703-1791) e
Spurgeon (1834-1892) em seu artigo que tem por título “Os Pais da Igreja e a imortalidade da alma”. E para acabar
com tudo de uma vez, o camarada cita ainda Tomás de Aquino e Anselmo (dois
católicos-romanos que discordavam de 99% das crenças do Itard) entre as suas
“provas da imortalidade da alma”. É realmente rir pra não chorar. O nível de
desespero para colocar esta doutrina pagã na cabeça das pessoas chega a ser
alarmante, realmente cômico.
A honestidade intelectual do indivíduo
Mas Itard não é somente uma
figura cômica. Ele tem um lado negro também. Em um recente debate que eu tive
com ele em uma rede social, percebi que o sujeito desce até o nível mais sujo
para “vencer um debate”. Ele não apenas faz amplo uso das técnicas de
intimidação e ad hominem já
denunciadas por mim em um apêndice do meu último livro (intitulado "Como
debater com um sofista"), mas também tem uma técnica peculiar que eu,
confesso, nunca havia visto antes (na verdade, eu nunca sequer havia pensado na
ideia). A técnica é a seguinte: você debate com alguém naturalmente, e, se
estiver perdendo, é simples – depois que o debate terminar, edite todas as suas
falas no debate para fazer parecer para o público que você “deixou o oponente
sem palavras”.
Fantástico!
Se eu não tivesse o costume de
reler pelo menos uma vez os meus debates, não teria notado a malandragem do
sujeito. Quando eu notei, fiz a seguinte constatação:
Segue abaixo alguns prints das
edições do sujeito, que ora acrescentava argumentos e “desafios” onde antes não
tinha nada, ora adicionava provocações para fazer parecer que ele estava
“botando moral” no oponente, e ora inseria contra-argumentos em momentos em que
ele havia ficado sem resposta:
Ou seja: o malandrão editou todo
o debate, para depois chegarem os zumbis batendo palmas para os “argumentos” da
criatura. E se não fosse desmascarado, iria ter obtido sucesso. Mas fica a
pergunta: que tipo de cristão que precisa apelar tão baixo para “vencer” um
debate? Sério, eu preferiria virar ateu e manter a honestidade, do que fingir
um “Cristianismo” desonesto.
Depois de eu dizer exatamente
isso para ele, adivinhem só, o malandro apelou para a técnica da
vitimização(!), copiando a minha fala e dizendo:
Sim, é isso mesmo. Ele é desleal
o tempo todo, joga sujo o tempo inteiro e depois que é finalmente desmascarado
ainda tem a cara de pau de se fazer de “vítima” (oh, pobre coitadinho!). O cara
simplesmente engoliu um manual de falácias, é impressionante! O que mais eu
tenho a falar de um sujeito desses? Nada. Então passemos a comentar a “refutação”
do cidadão.
Textos que ele fingiu que não leu
Itard tem mais uma tática
peculiar: ele elege arbitrariamente as partes do texto que ele quer refutar, e
deixa totalmente sem refutação as partes que ele não soube refutar. Faça você
mesmo o teste. Leia primeiro o meu texto sobre Lucas 23:43 (clicando
aqui), e depois leia a “refutação” dele. O meu texto completo possui 39.330 caracteres. O texto dele completo possui 18.118 caracteres.
Isso significa que o meu texto tem
mais de o dobro de tamanho que o dele. Que o leitor me responda uma
coisa: onde foi que você já viu uma refutação a um texto que não tem nem
a metade do tamanho desse texto?
Em lugar nenhum, porque o comum
é que a refutação seja sempre maior do
que a argumentação, uma vez que se tem que explanar e refutar cada um dos
pontos já tratados anteriormente (muitas vezes com citações diretas, que
aumentam o volume). Mas o do Itard tem menos da metade que o meu, porque ele não refutou quase nada do que
foi tratado por mim no meu texto. Por sinal, aquele que eu particularmente
considero o argumento mais forte contra a interpretação imortalista de Lucas
23:43, ele deixou completamente de fora. Trata-se do seguinte argumento, que já
estava lá e eu repetirei aqui:
Jesus
desceu, não subiu – Outro fator de clareza fundamental para
concluirmos que Cristo realmente não subiu ao Pai no dia em que morreu é o fato
de que, nos três dias em que ele esteve morto, ele esteve no Sheol, e não no
Paraíso. Tal fato é relatado no livro de Atos, quando Pedro falava a respeito
da ressurreição de Jesus: “Porque não deixarás
a minha alma no Sheol, nem permitirás que o teu Santo veja
corrupção” (cf. At.2:27). Pedro na realidade usou a passagem do
livro dos Salmos em que Davi citava tal passagem, que diz: “Pois não abandonarás a minha alma no Sheol,
nem permitirás que o teu santo veja a corrupção” (cf. Sl.16:10). De
acordo com o léxico da Concordância de Strong, a palavra traduzida por
"deixar" vem do grego "egkataleipo", que tem o
sentido de abandonar:
1459
εγκαταλειπω
egkataleipo
de 1722 e 2641;
v
1) abandonar, desertar.
1a) deixar
em grandes dificuldades, deixar abandonado.
1b) totalmente
abandonado, completamente desamparado.
2) deixar para trás, desistir de sobreviver, falecer.
Como vemos,
a alma de Jesus foi retirada do Sheol ao ser ressuscitado, e
não do Paraíso. Ele não viu a corrupção pois não foi deixado
abandonado no Sheol, onde esteve enquanto morto, mas foi retirado
de lá apenas três dias depois. Aqui vemos mais uma vez que Sheol significa
sepultura, a "cova da corrupção" (cf.
Is.38:17), e o detalhe é que Pedro e o salmista declaram que foi o local para
onde a alma de Cristo — e não apenas o
corpo — esteve na morte.
No grego de
Atos 2:27:
"oti
ouk egkataleipseis tên psuchên mou eis a=adên tsb=adou
oude dôseis ton osion sou idein diaphthoran" - Atos 2:27
No hebraico
do Salmo 16:10:
"iy
lo'-tha`azobh naphshiy lish'ol lo'-thittênchasiydhkha
lir'oth shâchath" - Salmos 16:10
O próprio
Cristo afirmou que esse Sheol (transliterado ao grego como "Hades")
fica nas regiões inferiores da terra, em oposição ao
Paraíso: “E tu, Cafarnaum, será elevada até
ao céu? Não, você descerá até o Hades! Se os
milagres que em você foram realizados tivessem sido realizados em Sodoma, ela
teria permanecido até hoje” (cf. Mt.11:23; ver também: Ef.4:9;
Mt.12:40).
Portanto,
vemos que a alma de Cristo passou os três dias em que esteve
morto no Sheol, que não é o Paraíso, muito pelo contrário,
está em um local em oposição a ele (cf. Mt.11:23). O
Filho do homem estaria “três dias e três
noites no coração da terra” (cf. Mt.12:40), não apenas de forma
corporal, mas como alma, conforme diz a profecia do salmista (cf. Sl.16:10) e a
confirmação do apóstolo Pedro (cf. At.2:27), e não no Paraíso. Tendo isso em
mente, até aqui podemos perceber que:
• O ser
racional de Cristo não passou pelo Paraíso nos três dias em que esteve morto
(cf. João 20:17).
• A alma de
Cristo não esteve no Paraíso nos dias em que este esteve morto, mas no Sheol
(cf. At.2:27; Sl.16:10), que fica nas regiões inferiores da terra (cf. Ef.4:9;
Mt.12:40), em oposição ao Paraíso (cf. Mt.11:23), e não no
próprio Paraíso.
Tudo isso já
nos mostra que Jesus não pode ter dito que o ladrão estaria com Ele naquele
mesmo dia no Paraíso, se nem o próprio Cristo esteve no Paraíso nos
dias de sua morte. A interpretação correta de Lucas 23:43 deve estar de
acordo com as regras da hermenêutica, que afirma que a Bíblia explica a própria
Bíblia. Sendo que é tão nítido biblicamente que Cristo não esteve no Paraíso
quando morreu, a interpretação correta de Lucas 23:43 é contrária à oferecida
pelos imortalistas.
O que o Itard refutou sobre esta parte
do artigo, que eu considero o meu melhor e mais importante argumento contra a
interpretação imortalista de Lucas 23:43? Nada. Ele fingiu que não leu. Nem
citou os textos, nem os argumentos, nem ousou uma interpretação diferente,
nada, nada, nada. Eu teria vergonha de chamar aquilo de “refutação”!
A adição do “QUE”
Itard argumenta:
Mais uma vez, ele mostra que não
entendeu bulhufas do argumento. Onde foi que eu disse que o acréscimo do “QUE”
no texto significa obrigatoriamente que a interpretação mortalista é a certa?
Em lugar nenhum. Eu apenas argumentei que algumas
traduções acrescentam o “QUE” no meio do texto para dar uma ligação e
sentido à tese imortalista, e por esta razão seria útil informar ao leitor
leigo que este acréscimo não era parte dos originais (senão alguém poderia
pensar que a tradução imortalista é a certa em função da suposta existência do
“QUE”). Itard faz um espantalho do meu argumento e arremata contra ele.
E se por um lado o acréscimo do
“QUE” não seria uma adulteração no texto se
estivesse comprovado que a tradução imortalista é a certa (o que não está,
obviamente), por outro lado qualquer tradutor mortalista poderia também acrescentar
o “QUE” no texto segundo a sua própria
leitura, como por exemplo:
ACRÉSCIMO
IMORTALISTA DO “QUE”
|
ACRÉSCIMO
MORTALISTA DO “QUE”
|
“Em
verdade te digo que hoje estarás
comigo no Paraíso”
|
“Em
verdade te digo hoje que estarás
comigo no Paraíso”
|
E no caso da tradução da NVI,
houve apenas a opção dos tradutores pela colocação da vírgula antes do “hoje”,
mas, da mesma forma, qualquer outro tradutor poderia colocar a vírgula depois
do “hoje”, visto que no original grego não havia vírgulas e portanto a vírgula
se torna uma opção do tradutor:
A VÍRGULA NA
TRADUÇÃO IMORTALISTA
|
A VÍRGULA NA
TRADUÇÃO MORTALISTA
|
“Em
verdade te digo, hoje estarás comigo no Paraíso”
|
“Em
verdade te digo hoje, estarás comigo no Paraíso”
|
Portanto, na questão das
vírgulas e dos “quês”, nós não saímos do zero a zero. Como o ônus da prova está
com ele (pois não sou eu que argumento que este texto prova a mortalidade da
alma, e sim ele que tenta provar o contrário), cabe a ele provar que a tradução
dele é definitivamente a única opção plausível e correta. O que ele não fez em
parte nenhuma da “refutação” dele.
O argumento de Geisler e Rhodes
Itard tira um print de um
argumento de Geisler e Rhodes que dizem:
Não há qualquer necessidade de
se refutar isso, porque isso já foi explicado no meu último texto, na parte de
“REFUTANDO OBJEÇÕES” (clique
aqui).
Jesus não subiu, mas subiu sim
Esta é uma das partes mais risíveis
do texto dele. Observe como ele “refuta” o meu argumento:
Jesus disse: “eu não subi ao Pai”. Itard diz: “ele subiu sim”. Se isso não é um flagrante e gritante
caso de eisegese (para não dizer “exejegue”), eu não sei mais o que é. Itard
tenta nos passar a ideia de que Jesus estava falando apenas de sua ascensão. De
que raios ele tirou isso? Do texto bíblico é que não foi. Ele não diz isso em
lugar nenhum. Itard tirou isso dos pressupostos imortalistas que tomam conta da
cabeça dele. Em outras palavras: de um malabarismo pseudo-exegético feito
propositalmente para negar o óbvio. Jesus disse “eu
não subi ao Pai”, mas Itard corrige Jesus, que deveria ter dito: “eu subi sim, só que não corporalmente, apenas a minha
divindade, e daqui a pouco eu vou subir completo, com corpo e divindade...”.
Eu estou começando a pensar que não é somente os textos dele que ele edita. Ele
quer editar as palavras de Jesus também. Que lástima. Que o leitor decida por
si mesmo quem está fazendo exegese e quem está fazendo eisegese aqui.
O ladrão também estava enganado
Mais uma parte da “refutação” do
sujeito:
Deus do céu, eu não acredito que
li isso! Quer dizer agora que não era apenas Jesus que estava enganado quando disse
que não subiu ao Pai, agora também o ladrão estava enganado! Eu sou forçado a
concluir que para o Itard todo mundo está enganado: Jesus, o ladrão, eu, a
Bíblia... o único que está certo é ele mesmo e sua interpretação imortalista, é
claro!
A verdade é que o ladrão não
dizia nada de novo que os judeus daquela época não soubessem: eles esperavam a
ressurreição do último dia, para então entrar na vida eterna. O ladrão
expressou esta crença tradicional. Se ele estava enganado, é a crença
tradicional (=AT) que está errada, e neste caso Jesus não estava apenas
corrigindo o ladrão, mas sim o próprio Antigo Testamento, de onde foi extraída
aquela crença judaica!
E quanto ao argumento dele sobre
a palavra “Paraíso”? Essa eu estou até agora tentando entender a “lógica” da
coisa. Que o Paraíso já existia e que Paulo foi até ele em visão ou corporalmente,
isso eu já sabia desde sempre. Eu quero saber de que forma que isso prova que o ladrão foi para o Paraíso
naquele mesmo dia! O que Itard quer nos convencer é o seguinte: o ladrão foi
para o Paraíso naquele mesmo dia, porque o Paraíso já existia! Uau! Que argumento
bombástico! Cômico, se não fosse trágico. É óbvio que o fato do Paraíso existir
naquela época não implica necessariamente
que o ladrão tenha ido para lá naquele mesmo dia. O Paraíso continuará
existindo quando Jesus voltar, que é quando a promessa feita ao ladrão da cruz
irá se cumprir.
O ladrão morria no mesmo dia
Itard também argumenta:
Pura mentira!
Mais uma distorção histórica
grosseira! Para Itard, a razão pela qual os soldados romanos praticavam o crurifragium era porque eles queriam
matar os crucificados! Ora, mas que soldado romano seria tão estúpido ao ponto
de quebrar uma perna para matar alguém, quando poderia perfeitamente matar
alguém direto, de uma vez só, acabando com o problema de forma muito mais
prática e fácil? Isso não é apenas questão de lógica, é questão de Bíblia
também. Veja o que os soldados romanos fizeram com Jesus quando desconfiavam
que ele já estava morto:
“Os
judeus, pois, para que no sábado não ficassem os corpos na cruz, visto como era
a preparação (pois era grande o dia de sábado), rogaram a Pilatos que se lhes
quebrassem as pernas, e fossem tirados.
Foram, pois, os soldados, e, na verdade, quebraram as pernas ao primeiro, e ao
outro que como ele fora crucificado; mas, vindo
a Jesus, e vendo-o já morto, não lhe quebraram as pernas. Contudo um
dos soldados lhe furou o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água”
(João 19:31-34)
Veja só que interessante: como
eles criam que Jesus já tivesse morrido, eles foram lá para confirmar esta
morte. Mas de que forma? Quebrando as pernas? Não. Simplesmente furando seu
lado com uma lança, cujo resultado era obviamente morte imediata. Se a intenção
era matar os outros crucificados, por que não lhes furaram o lado também? Se
eles tivessem certeza absoluta de que Jesus já estivesse morto, não precisariam
ter feito o que fizeram. Eles só fizeram para confirmar a morte. Portanto, a
lança no lado era a forma simples e prática que os soldados romanos matavam um
crucificado. Mas nenhum deles fez isso com os outros crucificados. Mesmo assim,
Itard continua achando que eles queriam matá-los!
A intenção óbvia pela qual
quebravam as pernas dos crucificados não era para matá-los logo, mas somente para tirá-los da cruz no dia de sábado,
para depois recolocá-los à cruz após o fim do dia de sábado. As pernas eram
quebradas para que ninguém tentasse fugir. Note que João é claro: eles
quebravam as pernas do crucificado para
que os tirassem da cruz. Vou passar o texto mais uma vez:
“Os
judeus, pois, para que no sábado não ficassem os corpos na cruz, visto como era
a preparação (pois era grande o dia de sábado), rogaram a Pilatos que se lhes
quebrassem as pernas, e fossem tirados. Foram,
pois, os soldados, e, na verdade, quebraram as pernas ao primeiro, e ao outro
que como ele fora crucificado; mas, vindo a Jesus, e vendo-o já morto, não lhe
quebraram as pernas. Contudo um dos soldados lhe furou o lado com uma lança, e
logo saiu sangue e água” (João 19:31-34)
Este “e fossem tirados” não caiu
no texto de paraquedas. Ele mostra claramente que a intenção dos soldados
romanos ao quebrar as pernas dos crucificados não era para matá-los, e sim para tirá-los da cruz! E se eles não
estavam mais na cruz, não faz sentido nenhum falar em morte por asfixia! Itard
faz uma completa confusão em seu artigo para enganar incautos e trouxas. Ele
não conhece um mínimo de Bíblia, sequer fez questão de ler o próprio texto que
citava indiretamente, pois era justamente o texto que o refutava!
Mas para matar esta questão de
uma vez, temos ainda a expressão de Pilatos quando lhe disseram que Jesus já
havia morrido:
“José
de Arimatéia, membro de destaque do Sinédrio, que também esperava o Reino de
Deus, dirigiu-se corajosamente a Pilatos e pediu o corpo de Jesus. Pilatos ficou surpreso ao ouvir que ele
já tinha morrido. Chamando o centurião, perguntou-lhe se Jesus já tinha
morrido” (Marcos 15:43-44)
Pilatos ficou surpreso ao ouvir
que Jesus tinha morrido naquele mesmo dia!
Para a desgraça de Itard,
Pilatos não era um zé ninguém que não sabia nada das coisas. Ele era o prefeito
da província romana da Judeia, e estava totalmente
acostumado com as crucificações. Pilatos era experiente. Se o crurifragium fosse praticado na intenção
de matar rapidamente os crucificados, Pilatos acharia normal esta morte
precoce. Ele só se espantou porque isto
não era nem um pouco normal! Ele sabia que o crurifragium não matava ninguém, mas apenas tirava os crucificados
da cruz para começar tudo outra vez quando acabasse o sábado. Ao invés de
adiantar a morte, ele atrasava a
morte, pois pelo menos por mais um dia inteiro não haveria como um crucificado
morrer se nem na cruz estava! O argumento mata a tese imortalista de que o
ladrão esteve com Jesus no mesmo dia!
A versão Reina Valera de 2000
Itard alega:
Itard de fato precisa fazer
urgentemente um curso primário da língua portuguesa (eu iria recomendar um
curso de exegese bíblica, mas aí estaria pedindo demais a alguém que não
terminou o primário). No meu texto, eu fiz
questão de ressaltar que me referia à versão impressa, vou
repetir, VERSÃO IMPRESSA da Reina Valera.
Toma o print:
Para que ninguém pense que eu
sou desonesto igual ele e que fui lá agorinha há pouco editar esta parte para
refutá-lo, basta àqueles que possuem em mãos a versão impressa do meu livro "A
Lenda da Imortalidade da Alma" (que foi publicado desde 2013, anos
antes do artigo do Itard) irem até a página 363, ou aqueles que possuem a
versão digital irem até a página 196, e vocês verão exatamente a mesma
transcrição, com uma ênfase no fato de eu estar me referindo à versão impressa da Reina Valera
de 2000, e não à versão digital. E o que o “refutador” fez? Foi lá e pegou a
versão digital. É dose?
Por sinal, um desses sites
anti-adventistas do qual o Itard é fã de carteirinha argumentou a mesma coisa,
e na caixa de comentários do mesmo apareceu um leitor dizendo:
O que foi que o “refutador”
respondeu? Nada. Porque enquanto nós argumentamos “A”, eles refutam “B”. Estão
falando em outro idioma. Daqui a pouco eu vou ter que desenhar para o Itard
entender. Tomara que não precise chegar a tanto.
O Siríaco
Itard ainda argumenta:
Este seria um bom argumento se a
Peshitta tivesse sido escrita em inglês. É uma pena que não, e que a vírgula
antes do “hoje” tenha sido apenas fruto dos pressupostos do tradutor
imortalista, assim como fazem com o texto grego. Aliás, há alguns meses eu
postei aqui uma outra tradução da Peshitta, desta vez em português, que
colocava a vírgula depois do “hoje”, e não antes (veja
aqui).
Não percamos tempo com falsas
demagogias. Vamos ao óbvio: nem eu nem o Itard dominamos o idioma siríaco. De
nada adianta alguém fingir que sabe, quando não sabe. Neste ponto, nós dois
dependemos das autoridades (i.e, dos estudiosos que compreendem bem o idioma). O
Dr. Bruce M. Metzger, um teólogo e erudito evangélico mundialmente respeitado e
internacionalmente reconhecido, afirmou:
“O
Siríaco Curetoniano rearranja a ordem das palavras juntando semeron [hoje] não com met emou ese [estará], mas com amen soi lego [em verdade eu te digo] – ‘Em
verdade eu te digo hoje que comigo estarás…’”
O interessante é que Metzger não
era nem adventista nem testemunha de Jeová – ele era presbiteriano!
O Códice Vaticano
Itard alega também:
Vejam até que ponto que a
apelação imortalista chega: eles vêem um ponto no códice Vaticano, bem justamente no mesmíssimo lugar que os
mortalistas o colocam, mas ainda assim a cegueira espiritual deles não lhe
permitem concluir outra coisa senão que esta pontuação “não é de muita
relevância” e pode ser “irregular” (erro ortográfico). Mas se este mesmo ponto
estivesse antes e não depois do “hoje”, eles estariam todos alardeando isso
como se fosse um argumento bombástico contra o aniquilacionismo! É este o duplo
critério que eles usam: se um texto antigo concorda com eles, é fenomenal; se
não, é só algo “irregular”, que não precisamos dar relevância. É uma apelação
total, que chega a dar dó.
O mais claro sintoma de que eles
não estão nem aí com o critério e o bom senso é ele dizer em seguida:
Por que ele não diz que nestes
casos também foi apenas um erro ortográfico, que não devemos dar muita atenção?
Simples: porque este caso favorece a tese deles. Este é o único critério
imortalista conhecido pelo homem: se uma evidência concorda com eles, é acatada
com alegria; se discorda, não é relevante.
Cabe ressaltar aqui que os
outros manuscritos mencionados por Willker, que supostamente favorecem a
tradução imortalista, não são nem de longe comparáveis à importância do códice
Vaticano (quem entende um mínimo de Crítica Textual sabe bem disso). Eles são
apenas mais um dentre a multidão de milhares de manuscritos gregos antigos. Então,
quando manuscritos de pouca importância favorecem a interpretação deles, isso é
uma “prova incontestável” a favor da interpretação imortalista (ainda que estes
manuscritos datem do século XI em diante), mas quando se trata de um
importantíssimo códice do século IV, que é um dos mais relevantes na Crítica
Textual, e este códice apresenta algo que desfavorece a visão deles, não
importa nada. It’s ok.
O PhD Wilson Paroschi, professor
de grego e Novo Testamento, que também possui livros voltados à Crítica
Textual, acrescentou:
“Outro
exemplo é o manuscrito minúsculo grego 339, a partir do século XIII, que não só
tem um ponto após o semeron, mas
também deixou espaço suficiente antes da próxima palavra, de modo a fazer a
tese de um acidente praticamente impossível. Além disso, existem vários outros
manuscritos medievais pontuados que simplesmente deixam esta passagem como ela
é, sem qualquer sinal de pontuação, embora a regra fosse colocar um ponto ou
vírgula antes do advérbio. A leitura alternativa (‘em verdade te digo hoje...’)
também é encontrada no curetoniano siríaco, uma das primeiras tradições do NT
cujo texto remonta ao século II”[1]
Westcott aniquilacionista?
Mas Itard não desiste. Ele ainda
esbraveja:
Mas da onde foi que ele leu eu
dizer que Westcott era aniquilacionista??? O cara está mais perdido do que cego
em tiroteio. Eu não disse em lugar nenhum que Westcott era aniquilacionista,
mas sim que ele considerava o códice Vaticano o melhor de todos os códices!
Será que esse cidadão não sabe nem ler?
Vejamos de novo o que foi que eu
argumentei:
Fica a pergunta: onde foi que o
sujeito viu eu dizendo que Westcott era aniquilacionista, meu Deus do céu??? Isso
não é nem problema de interpretação, é de leitura
mesmo. A coisa é pior do que eu pensava! Eu falo uma coisa, o cidadão vai
lá e ataca algo totalmente diferente daquilo que eu disse. Fica parecendo que
eu estou discutindo com um alienígena.
Para deixar claro de uma vez: eu
apenas citei Westcott para fundamentar o argumento de que o códice Vaticano é
importante, não significa que Westcott seja aniquilacionista, nem que ele
concorde com essa ou com aquela tradução.
A “conclusão” dele
Depois deste show de piadas, de
um verdadeiro festival de malabarismos eisegéticos, de hermenêutica de
cambalhota e de interpretações de circo, o sujeito ainda se vê na condição
moral de terminar o artigo dele desta forma:
Além de trabalhar em cima de
mais sofismas, ele ainda se vê no direito de falar em nome da ortodoxia! Quem
ele pensa que é? Deus que me livre do dia em que eu for contaminado pelo vírus
da soberba e pense em falar em nome de toda a ortodoxia. Eu sou apenas mais um
ser humano falho, caído e pecador, que de vez em quando decido refutar as
pilhérias dos autointitulados guardiões da ortodoxia.
Apêndice 1: E se a pontuação correta for a imortalista?
Decidi escrever este apêndice
por pensar ser importante trabalhar em cima da outra possibilidade. Embora as
chances de a tradução correta ser a imortalista (com a vírgula antes do “hoje”)
seja de virtualmente zero, ainda assim seria totalmente precipitado e errôneo
concluir que a doutrina da imortalidade condicional estaria em risco caso a
pontuação correta fosse a outra. Vamos supor que Jesus realmente tenha dito ao
ladrão da cruz:
“Em
verdade te digo, hoje estarás comigo no Paraíso”
Isso significaria que, no nosso parâmetro temporal, o
ladrão estaria necessariamente naquele
mesmo dia com Jesus no Paraíso? Lógico que não. Para entender isso dentro da
ótica mortalista seria importante ler este
artigo que eu escrevi sobre um outro texto bíblico, e que também faz parte
do meu livro sobre o tema. É importante entender que, na concepção mortalista, não
existe passagem de tempo entre a morte e a ressurreição. Isso significa
que, na perspectiva de quem morre,
ele estará com Deus tão rápida e prontamente quanto estaria caso a alma fosse
imortal e deixasse o corpo na morte. Essa passagem do tempo só é algo
perceptível para quem ainda continua vivo.
Para nós, alguém que morreu
ainda não alcançou o Céu, porque só depois da ressurreição é que herdaremos a
vida póstuma (neste
artigo eu explico mais aprofundadamente essa temática). Mas essa é a nossa perspectiva. Na perspectiva de
quem morre, a ressurreição é um acontecimento iminente, automático e imediato,
que se segue ao mesmo momento da morte. Isso por uma razão muito simples: o
tempo para de contar na perspectiva de alguém que já voltou a ser pó. Só há
perspectiva de passagem de tempo para quem está consciente. Para a parede que
está na minha frente enquanto eu escrevo isso, não há “tempo”. Para alguém que
já morreu, também não. A ressurreição, portanto, é em um abrir e fechar de
olhos. Aliás, muito antes que você possa piscar uma vez, a pessoa que morrer se
verá com Deus na ressurreição.
Se esta é a realidade espiritual
(e é, de acordo com a concepção holística bíblica), então não haveria nenhuma
desarmonia se Jesus dissesse que o ladrão estaria naquele mesmo dia no Paraíso.
Se o ladrão realmente morresse naquele mesmo dia, na sua concepção a
entrada no Paraíso (onde Cristo também estaria) se daria naquele mesmo momento,
ou naquele mesmo “dia”. Em Hebreus lemos um conceito menos fixo da palavra “dia”
do que temos geralmente em mente. O autor escreve:
“Por
isso Deus estabelece outra vez um determinado dia, chamando-o ‘hoje’, ao declarar muito tempo
depois, por meio de Davi, de acordo com o que fora dito antes: ‘Se hoje vocês ouvirem a sua voz,
não endureçam o coração’” (Hebreus 4:7)
“Assim,
como diz o Espírito Santo: ‘Hoje,
se vocês ouvirem a sua voz, não endureçam o coração, como na rebelião, durante
o tempo de provação no deserto’” (Hebreus 3:7-8)
“Pelo
contrário, encorajem-se uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se
chama ‘hoje’, de modo que
nenhum de vocês seja endurecido pelo engano do pecado” (Hebreus 3:13)
Desnecessário seria dizer que
nestas passagens o “hoje” não é um dia fixo. O autor de Hebreus não estava
falando do dia em que ele estava escrevendo a carta naquele instante, como se
nós, ao lermos no século XXI a palavra “hoje”, tivéssemos que pensar que já
perdemos o bonde há dois mil anos atrás. Ao contrário: ela é intercambiável, e
depende apenas da perspectiva do leitor.
Se eu ler o texto hoje, o “hoje” é pra mim. Se eu voltar a ler daqui 50 anos, o
“hoje” continua sendo pra mim. O que importa é a perspectiva. Na perspectiva do
ladrão, este “hoje” se consumaria ainda que para a nossa perspectiva este
tempo ainda não tenha chegado ainda. O hoje
do dia em que o autor de Hebreus escrevia a carta é diferente do hoje que nós a lemos, mas o princípio
ainda é válido. O hoje do ladrão não
é o mesmo hoje nosso, mas o princípio
ainda é válido.
Não sei se pode ajudar, mas
recomendo a todos o filme “Interestelar”, que não apenas é um excepcional filme
(em minha opinião, o melhor depois da trilogia do Senhor dos Aneis), mas também nos ajuda muito a compreender como o
tempo é relativo. O ator principal, Cooper (Matthew McConaughey), é deixado em
um planeta muito distante, cujo tempo era relativo: duas horas ali eram o equivalente
a sete anos na Terra. Ele fica algumas horas ali, mas, quando volta, percebe
que já se passaram décadas em relação ao nosso planeta (não vou contar mais
para não dar spoilers). Se você
quiser mesmo um spoiler, veja este
vídeo em que estes três rapazes comentam sobre a lógica do mesmo:
A verdade é de que o tempo, por
mais duro que seja para nós admitirmos isso, e por mais difícil que seja este
conceito de entrar na mente, não é um conceito fixo e imutável – ele é
absolutamente relativo. O Paraíso, de acordo com a crença tradicional
(inclusive a imortalista) fica em outra dimensão. Como obrigar que o tempo dali
seja o exato equivalente do tempo daqui? Por que um dia não pode ser como mil
anos, e mil anos como um dia, como nos disse Pedro (2Pe.3:8)? Se para eles um
dia é como milhares de anos daqui, então o ladrão, mesmo chegando lá após a
ressurreição, ainda estaria vivenciando o mesmo “dia”, sob a sua perspectiva.
O ponto em questão é a
perspectiva. Qual é a perspectiva que deve ser levada em conta? A nossa, a de
Jesus ou a do ladrão? A de Jesus não é, pois ele estava apenas dirigindo a
palavra, não era o receptor. A nossa também não, pois Lucas apenas descreveu o acontecimento em seu
evangelho. A única perspectiva que deve ser levada em conta aqui é a do
receptor, e o receptor, neste caso, é o ladrão da cruz, e mais ninguém além
dele. E sob a perspectiva deste receptor, ele poderia estar naquele “dia” com
Jesus, ainda que para a nossa perspectiva
este dia não chegue até a ressurreição da vida eterna.
Apêndice 2: Comentando os Comments:
Eu deveria ter acabado este post
aqui, mas não consigo terminá-lo enquanto não comentar algo sobre os
comentários pífios e infames do Paulo Sérgio de Araújo, que conseguiu em poucas
linhas ser mais caluniador do que o Itard em seu texto inteiro. Desde que o Itard
publicou aquele texto, ele só havia recebido comentários negativos (críticas),
como esses comentários aqui:
Se eu não estou enganado, antes tinham
outros mais, que ele deve ter apagado. Mas não importa. O que importa é que
ele, desesperado com sua “refutação” frustrada já antes mesmo de eu decidir
escrever este texto derrubando parte por parte das patifarias escritas por ele,
foi chamar o seu amiguinho Paulo Sérgio de Araújo, que é um velho conhecido meu
(um freguês, na verdade). O Paulo Sérgio então postou isso:
Como entender tanto ódio e
calúnia dentro de um espaço tão pequeno numa caixa de comentários? É simples.
Basta entender toda a história.
Há alguns anos (em meados de
2011, para ser mais exato) armaram um debate entre mim e este senhor (veja a
prévia do debate clicando
aqui). Então lá veio o Paulo Sérgio, cheio de graça, achando que podia me
refutar com os jargões baratos dele, e levou uma refutação completa (disponível
aqui). Não satisfeito, ele voltou com mais uma “contra-argumentação”, só
que apanhou de novo (veja
aqui). Depois de tanto apanhar, ele preferiu ir embora e voltar com um fake
chamado José Carlos, que escrevia exatamente igual ele (nem disfarçar ele
sabe). Mas este fake dele também foi refutado quatro vezes seguidas (veja aqui,
aqui,
aqui
e aqui).
De tanto que o fake apanhou, ele
também se cansou e desistiu. Desde então, ele nunca mais voltou a entrar em
contato direto comigo. No lugar disso, ele despeja o ódio e a inveja que tem
por mim em comentários idiotas em blogs lixo da internet, sempre caluniando e
difamando. Essa não foi a primeira vez que ele calunia, mas é a primeira em que
eu mostro isso. Eu não preciso nem perder tempo rebatendo as acusações
infundadas lançadas por ele, porque nem ele próprio acredita mesmo naquilo que
disse. Ele sabe que é um caluniador
barato, que ao lhe faltar a capacidade de me calar através de argumentos, tenta
manchar minha imagem no lugar disso. Mesmo assim, eu faço o seguinte desafio ao
Paulo Sérgio de Araújo:
- Eu te dou dez mil reais se você achar um parágrafo do meu livro que
seja plágio.
Se ele não puder provar,
colocando lado a lado o conteúdo do meu livro e o link do site do Azenilto onde
ele diz a mesma coisa, então que cale a boca e nunca mais volte a vomitar suas
calúnias, injúrias e difamações novamente.
Quanto à minha obra ser um livro
mesmo ou não, é mais uma dor de cotovelo. Paulo Sérgio não consegue sobreviver
com o fato de que o meu livro, em menos de dois anos desde a sua publicação,
tenha tido muito mais sucesso e abrangência do que o livro dele, que já existe
há décadas e que ninguém nunca leu e nem sabe qual é. Paulo Sérgio também não
consegue sobreviver frente ao fato de que os livrecos dele até hoje nunca
conseguiram tornar uma única pessoa mortalista em imortalista, enquanto o meu
livro, em bem menos tempo, já livrou centenas da heresia pagã da imortalidade
da alma.
Eu poderia argumentar que desde
o momento em que o meu livro esteve publicado no Clube dos Autores e que tem
sua versão impressa vendida por todo o país ele já pode ser considerado um “livro”
propriamente dito, mas eu prefiro que ele continue pensando que é somente mais
um estudo bíblico na internet, um estudinho de mais de 800 páginas que acabou
com todos os argumentos ultrapassados dele e dos outros imortalistas. Prefiro
ser autor de um estudo bíblico decente, do que ser um embusteiro, caluniador e mau-caráter,
que não pensa duas vezes antes de lançar mão de toda a sua riqueza de sofismas
e lixo moral para defender uma doutrina pagã, antibíblica, falida e que perde
cada vez mais adeptos no mundo inteiro. Que seja um estudo. Está de bom tamanho.
Paz a todos vocês que estão em
Cristo.
Por Cristo e por Seu Reino,
Lucas Banzoli (apologiacrista.com)
-Meus livros:
-Veja uma lista completa de livros meus clicando aqui.
- Acesse o meu canal no YouTube clicando aqui.
-Não deixe de acessar meus outros sites:
- Apologia Cristã (Artigos de apologética cristã sobre doutrina e moral)
- O Cristianismo em Foco (Reflexões cristãs e estudos bíblicos)
- Estudando Escatologia (Estudos sobre o Apocalipse)
- Desvendando a Lenda (Refutando a Imortalidade da Alma)
[1]
Disponível em: https://www.ministrymagazine.org/archive/2013/06/the-significance-of-a-comma:-an-analysis-of-luke-23:43.
Recomendo entusiasticamente, para os mais interessados, a leitura completa do
artigo em questão, que é mais um golpe de morte na tradução imortalista de
Lucas 23:43.
Lucas, como esses caras querem ser cristãos transgredindo a isto?
ResponderExcluirNão dirás falso testemunho contra o teu próximo. (Êxodo 20:16)
Esse pessoal é doente!
É realmente lamentável...
ExcluirAbraços!
Lucas, fica patente que Jesus não subiu mesmo ao céu no dia de sua morte, isso é ridiculo. Ele não subiu em espírito logo depois que foi tirado morto da cruz, não subiu três dias depois, mas sim quase 50 dias após sua ressurreição. Ta na cara que essa vírgula deve ficar mesmo é depois do hoje, e pronto!
ResponderExcluirO ladrão da cruz tornou-se um daqueles que creu em Cristo. A Bíblia diz que os que “são de Cristo” ressuscitarão na sua Vinda: “Mas cada um por sua ordem: Cristo as primícias, depois os que são de Cristo, na sua vinda”, 1 Coríntios 15:23. Ou seja, Cristo foi o primeiro a ressuscitar e entrar no Céu - o resto não ressuscita, e, portanto, não entram ainda.
Na ocasião da ressurreição é que o ladrão vai estar com Cristo. Basta lembrar o que o apóstolo João disse, que apenas veremos o Senhor como ele é quando ele voltar, e não antes:
1 João 3:2, Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos.
Esse cidadão aí ta parecendo católico. Quer empurrar pro céu mais gente sem corpo.
Francamente!
Muito boa sua defesa
Muito bem colocado, Alon. E vale ressaltar também que quando o apóstolo Paulo consolou os tessalonicenses pelos seus entes queridos que já haviam falecido, ele em momento nenhum faz a consolação-padrão dos imortalistas, de que eles já estavam no Céu com Jesus. Ao contrário: alude somente à ressurreição dos mortos como o fundamento da consolação dos cristãos:
Excluir“Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança. Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com ele. Dizemo-vos, pois, isto, pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem. Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras” (1ª Tessalonicenses 4:13-18)
Abraços.
Lucas!
ResponderExcluirAcompanhei seu debate com o 'ilustre' Itard, notei algumas gafes dele nos comentários mas jamais imaginei que a "refutação" dele ao seu artigo (que ele não parava de ressaltar com orgulho) fosse esse desastre contínuo, isso porque você pegou apenas alguns trechos, me imagino eu lendo por completo, não tem construção, só demolição!
Confesso que em partes não consegui conter os risos devido a péssima argumentação da pessoa e conclusões concluindo .... ???? //// ???
Espero ansiosa pela contra-resposta dele à seu texto.
Tenho aprendido muito com você Lucas à respeito da palavra de Deus, que Ele te abençoe grandemente pelo tempo que você dedica à Ele . Você não tem trazido apenas conhecimento para seus leitores, traz também nesses artigos esclarecimentos acerca de varias interpretações errôneas que vemos sendo ensinado por aí.
A paz de Cristo esteja conosco. Amém!
Obrigado, Lígiah. Deus lhe abençoe!
ExcluirLucas, teria como voce se prolongar mais um pouco no argumento sobre o fato de os soldados romanos quebrar as pernas dos ladrões. O texto sugere que eles seriam tirados da cruz logo após terem as pernas quebradas. Segundo sua defesa, voce diz que eles seriam colocados de volta na cruz logo que passase o sabado. O texto diz claramente que eles não ficam na cruz para morrer, como se quebrando as pernas fizesse com que o perdessem o apoio e de alguma forma ficassem sufocados ou pudessem morrer mais rápido por outro motivo.
ResponderExcluir"Os judeus, pois, para que no sábado não ficassem os corpos na cruz, visto como era a preparação (pois era grande o dia de sábado), rogaram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas, E FOSSEM TIRADOS. Foram, pois, os soldados, e, na verdade, quebraram as pernas ao primeiro, e ao outro que como ele fora crucificado; mas, vindo a Jesus, e vendo-o já morto, não lhe quebraram as pernas. Contudo um dos soldados lhe furou o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água” (João 19:31-34)
SÓ TEM UM MORTO AÍ: JESUS
Eu achei por demais interessante essa argumentação sua, que provaria definitivamente que os ladrões não morreram no mesmo dia que o Senhor Jesus.
Tem mais alguma informação sobre isso?
Alon, veja aqui um artigo do Arnaldo Christianini sobre isso:
Excluirhttp://biblia.com.br/perguntas-biblicas/morte/se-os-mortos-estao-dormindo-aguardando-a-segunda-vinda-porque-jesus-disse-ao-ladrao-na-cruzhoje-estaras-comigo-no-paraiso/
Abraços!
Lendo o debate com o Paulo Sérgio, me deparei com essa pérola:
ResponderExcluir“Como eu deixo bem claro em meu estudo sobre 1Timóteo 6.16 (que se encontra disponível em meu site), NENHUMA criatura possui ou possuirá essa “imortalidade” aludida por Paulo nesse versículo, uma vez que a mesma é um atributo incomunicável de Deus (afinal, se o texto diz que Deus é “o ÚNICO que possui imortalidade”, então eu só posso afirmar que ninguém mais a possui ou a possuirá)”
Como que o sujeito afirma que ninguém possuirá a imortalidade em pauta no debate e crer na existência de uma alma IMORTAL ? Não estaria assim uma pessoa possuindo a imortalidade já ? Não iremos ressuscitar para a vida ETERNA ? Esse posicionamento é a coisa mais contraditória que já li, além de negar o óbvio e estuprar a lógica, não precisa ser teólogo,ser filósofo, ser doutor em grego e em português ou hebraico, a coisa é muito simples!!!! Imortal é aquilo que não morre, simples assim, e de acordo com a promessa, iremos obter vida eterna, ressuscitaremos, o corruptível se tornará incorruptível! Será que o tal Paulo Sérgio anda querendo revogar a promessa de DEUS? Hilário demais, kkkkkk!
Abraço Lucas!
É esse o nível do cara que o Itard idolatra... só podia dar nisso.
ExcluirAbraço!
kkkkkkkk essa do tal Itard foi de amargar!
ExcluirO Itard já foi tard
kkkkkkkkk
ExcluirOlá, lucas. Li o seu artigo em resposta ao Itard. Tenho duas perguntas a lhe fazer:
ResponderExcluir1. Qual editora publicou o seu livro? (Dá pra comprar aqui no RJ?)
2. Eu estava acompanhando o debate lá no face do marlon marques. O Itard lhe fez um desafio para vcs debaterem no Vejam Só, frente a frente. Vc aceitaria?
Jaime, o livro está publicado no Clube dos Autores e você pode comprar a versão impressa somente online no endereço abaixo (eles distribuem para qualquer parte do Brasil):
Excluirhttps://clubedeautores.com.br/book/151320--A_Lenda_da_Imortalidade_da_Alma#.VVWXnak9lHg
E o livro de continuação ("A Verdade sobre o Inferno") aqui:
https://clubedeautores.com.br/book/151925--A_VERDADE_SOBRE_O_INFERNO#.VVWXm6k9lHg
Se quiser ler o e-book completo do livro, pode baixar gratuitamente em um destes dois endereços:
http://www.mediafire.com/download/vj4yjx53cfbjubj/A+Lenda+da+Imortalidade+da+Alma.docx
http://www.4shared.com/file/KZrugRV3/A_Lenda_da_Imortalidade_da_Alm.html
O Itard fala como se ele fosse o dono da RIT TV e pudesse aparecer por lá quando bem entendesse e contra quem quisesse. Na verdade, ele nunca apareceu por lá e dificilmente vai aparecer, e são os produtores do programa que escolhem quem eles querem ver debatendo (geralmente são os mesmos de sempre). Para que isto se concretize, teria primeiro que os produtores do programa aceitarem e fazerem um convite formal a ambos. Depois, teria que saber o dia que vai ser, e se tem algum compromisso neste dia. Depois, teria que saber onde que é, e se teria condições financeiras de sair daqui (em outro estado) para lá apenas para um debate. Depois teria que saber o formato do debate, se é aquele onde só um fala e monopoliza o tempo, ou se é o mais organizado, com limite para cada debatedor. Fora várias outras coisas que precisam ser organizadas adequadamente. O Itard infelizmente fala e pensa como uma criança, que vê um brinquedo na vitrine da loja e já sai berrando para a mãe comprar o brinquedo, sem pensar antes se a loja está aberta, se o brinquedo tem boas condições, se vale a pena, se custa caro, etc. Ele quer fazer as coisas do jeito dele, na base do "auê". Eu levo as coisas a sério, racionalmente. Primeiro organiza tudo, e depois que todas as condições estiverem claras eu debato com ele.
Lucas, como vc responderia a este site: http://www.gotquestions.org/Portugues/aniquilacionismo.html
ResponderExcluirVou fazer um vídeo nestes próximos dias tratando sobre o aniquilacionismo e aproveitarei a ocasião para refutar este artigo.
ExcluirOlá lucas. Olhei no site do Itard e vi que ele colocou algumas declarações dos Pais da igreja e colocou as fontes. Você já viu?
ResponderExcluirEu vi. Não tem nada ali que refute qualquer vírgula do que foi escrito por mim neste meu artigo:
Excluirhttp://heresiascatolicas.blogspot.com.br/2012/12/os-pais-da-igreja-criam-na-imortalidade.html
O que tem "de mais" ali são dois textos de data antiga, um de Clemente e outro de Policarpo, que dizem que certos crentes mortos "partiram para a presença de Deus". Ora, isso não é absolutamente prova nenhuma de imortalidade da alma, porque os autores em questão estavam meramente falando da perspectiva humana dos que partiram, e não sob a nossa perspectiva terrena. É óbvio que na perspectiva de quem morreu, o encontro com Cristo é instantâneo, ele já está lá, embora isso se dê apenas na ressurreição em um parâmetro terreno. O problema é que ele se mete a fazer interpretações de coisas que já foram devidamente explanadas por mim no meu artigo, e que ele nem leu. Nenhum dos textos citados por ele fala de uma alma imortal, de um estado intermediário, de vida consciente antes da ressurreição ou de almas saindo do corpo. O único texto que PODERIA efetivamente provar algo do tipo seria a interpretação dele em cima de um texto de Inácio, que diz:
“Meu espírito se sacrifica por vós, não somente agora, mas também quando eu chegar a Deus. Eu ainda estou exposto ao perigo, mas o Pai é fiel, em Jesus Cristo, para atender minha oração e a vossa. Que sejais encontrados nele sem reprovação"
Mas só na cabeça dele é que esse "chegar a Deus" se dá através de um estado intermediário sem corpo. Inácio não estava se contradizendo com as outras passagens em que ele fala sobre obter vida póstuma somente na ressurreição. Se a expressão "se sacrificar por vós também depois que chegar a Deus" significa um estado intermediário, então Itard está nada a mais do que dando fundamento à ridícula crença católica na intercessão dos santos! E o malandro ainda tem a cara de pau de se dizer "evangélico"! Mas o texto é perfeitamente bem entendível dentro do conceito bíblico da vida pós-ressurreição e do "servir uns aos outros" que Paulo tanto falava como sendo algo JÁ PRESENTE e não algo que aconteça depois da morte (veja Gl.5:13, por exemplo). O texto que mais lança luz a este conceito é o de Inácio a Policarpo, onde ele diz:
”Uma vez que a Igreja de Antioquia da Síria está em paz, como fui informado, graças à vossa oração, fiquei mais confiante na serenidade de Deus, se com o sofrimento eu o alcançar, para ser encontrado NA RESSURREIÇÃO como vosso discípulo” (Carta de Inácio a Policarpo, 7:1)
Inácio não diz que se encontraria com Policarpo depois da morte antes da ressurreição, em forma de alma incorpórea ou em um estado intermediário, mas sim que se encontraria com ele QUANDO FOSSE RESSUSCITADO. Portanto, na visão de Inácio, ele "chegaria a Deus" na ressurreição, no mesmo momento em que seus destinatários crentes também seriam ressurretos, e nesta vida póstuma também se esforçaria em servi-los, assim como ele fez enquanto ainda estava vivo na terra. É essa a interpretação simples do texto, que nada tem a ver com intercessão de santos falecidos, que é a crença católica que o Itard pateticamente quer defender, colocando-a para dentro dos escritos de um bispo do século I (e o sem vergonha ainda tem a audácia de se dizer "evangélico" na frente dos outros... por que não tira essa máscara de uma vez?).
Abraços!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirOlá, Bruno, obrigado. Gostei bastante do seu blog, inclusive o acrescentei na lista de "Sites e Blogs Recomendados", no canto à direita. Abraços!
ExcluirGostaria de ver vc debatendo com Paulo Romeiro,Augustus Nicodemus,Ezequias Soares,Vejam So! quebra o Galho so leva teólogos não adventista la de 2 linha, vc pega esses merdinhas ai e fica tirando onda,vou propor um debate seu com Paulo Romeiro.
ResponderExcluirIsso não depende de mim, depende deles chamarem.
ExcluirEu pensei que "ITARD" era o nome de alguma Igreja ou Instituição rs
ResponderExcluirHahahaha parece mesmo...
Excluir"ICAR"
"IASD"
"ITARD"
=)