Como funciona a Sola Scriptura de forma simples e prática
Os ataques mais comuns
e frequentes à Sola Scriptura são, por ironia, os mais bobocas e sem sentido. O
que eu mais vejo bombando na apologética católica é justamente o argumento do
silêncio. Eu já tinha comentado sobre ele em meu artigo "Princípios
básicos para uma boa exegese", onde escrevi:
Um dos “melhores” argumentos desta apologética papista moderna é
o do silêncio: se a Bíblia declara que Jesus disse muitas coisas que não foram
escritas (Jo.20:30; 21:25), conclui-se imediatamente que estas coisas eram
justamente todas as doutrinas católicas que não constam em parte nenhuma
daquilo que foi escrito! Ao invés de
agir com prudência e cautela sobre o que não foi dito, ficando com aquilo que foi dito, eles descem o pé no acelerador
e pisam fundo no campo das suposições, hipóteses, devaneios e delírios. Não é à
toa que os mórmons, os espíritas, os muçulmanos e praticamente todas as seitas
apostam na mesma cartada: entre essas “muitas outras coisas que não foram
escritas” os mórmons presumem que está a ida de Jesus à América, os espíritas
concluem que está a reencarnação, os muçulmanos acham que estão profecias sobre
Maomé, e assim por diante. O eisegeta
vai sempre se basear mais naquilo que nunca foi dito, mas que ele quer que tenha sido dito, do que naquilo
que realmente foi dito –
principalmente se o que foi dito é um golpe de morte em suas próprias invenções
eisegéticas.
Que Jesus disse e fez
muitas coisas que não foram escritas, isso é a coisa mais óbvia do mundo.
Nenhum evangélico discorda disso. O próprio João escreveu que tudo o que Jesus
fez não caberia nem em todos os livros do mundo (Jo.21:25). Só a Biblioteca de
Alexandria já continha nada a menos que 700 mil rolos de papiro e pergaminhos. Se juntássemos a isso todos os outros livros de todos
os outros lugares do mundo, o número chegaria à faixa dos milhões. Nem se
juntássemos tudo aquilo que é aceito oficialmente pela Igreja Romana como
fazendo parte da “tradição” e colocássemos aquilo tudo em um livro chegaria
perto deste volume.
Ou
seja: se a Escritura não é suficiente porque nela não há tudo o que Jesus disse, então a tradição católica também não é,
porque ela também não tem tudo o que
Jesus disse. A grande questão não é se tudo o que Jesus disse está na Bíblia,
porque se os discípulos registrassem cada palavra e cada ato de Jesus enquanto
esteve na terra teriam que escrever milhões de livros, muito mais do que a
Bíblia e a tradição romana sustentam. A grande questão é: de que forma podemos saber hoje o
que Jesus disse na terra?
Os
evangélicos respondem que é a partir daquilo que foi conservado por escrito,
e os católicos respondem que a maior parte está na “tradição oral”. Mas o
grande problema é que os papistas não tem nenhum
fundamento histórico para aquilo que eles afirmam supostamente ter sido
dito por Jesus. A tradição dos ortodoxos é bastante distinta da tradição
romana; nenhum Pai da Igreja considerava a tradição oral como um conjunto de
doutrinas extrabíblicas; os bispos romanos e os concílios entraram em
contradição uma dezena de vezes; entre as práticas consideradas provenientes de
tradição estavam coisas como orar virado para o oriente e imergir três vezes
durante o batismo (entre outras coisas não praticadas por Roma); e a tradição
dos bispos orientais muitas vezes prevaleceu sobre a dos bispos romanos nos
primeiros séculos.
Para
piorar, os católicos não tem um compêndio de tradições dizendo o que chegou
pela Bíblia e o que chegou apenas oralmente. Nenhum Pai da Igreja jamais fez um
“cânon da tradição”, isto é, jamais delimitou a extensão daquilo que é
“tradição apostólica” e aquilo que não é. Nunca houve qualquer conjunto de
doutrinas ou dogmas observados pela Igreja que pudesse se comprovar ter sido oriundo
exclusivamente da autoridade da “tradição”, e jamais houve qualquer interesse
em listar essas tradições – o que seria imprescindível se ela realmente
constituísse uma segunda regra de fé, paralela às Escrituras. Resumidamente: a
tradição papista não passa de puro engodo, uma tradição fantasma, sem
credibilidade histórica, sem nada que não possa ser comparado a um chapéu de
mágico, que pode tirar dali qualquer coisa que ele quiser.
Vamos
expor a questão de outra forma. Suponhamos que você deseja seguir à risca toda
a doutrina de Sócrates, o famoso filósofo grego. Quais as fontes que você
poderia usar? Embora o próprio Sócrates não tenha escrito nada, você poderia
usar os escritos de seu discípulo
Platão, ou os escritos de
Aristóteles, discípulo de Platão. Se você procurasse por aquilo que “disseram
[oralmente] sobre ele”, não iria encontrar nada, exceto ditos populares de
séculos mais tarde sem nenhuma credibilidade. O testemunho oral só vira história quando é passado à forma escrita.
O
mesmo raciocínio se aplica a qualquer outra pessoa ou coisa que remonte a uma
época em que não havia outro método de registro histórico senão a escrita. Se
Sócrates vivesse hoje, poderíamos usar seus vídeos e áudios gravados, mas como
ele viveu na antiguidade, só temos a escrita. Portanto, embora Sócrates
certamente tenha dito e feito muito mais coisas do que o que escreveram sobre
ele na época, é somente através deste conteúdo conservado por escrito que
podemos ter acesso mais seguro às coisas que ele ensinou.
Se
isso não ficou claro, mudemos a analogia. Eu estou escrevendo uma tese de
dissertação no mestrado chamada “A Bíblia e a Escravidão” (disponível aqui, embora
ela ainda esteja em construção e eu ainda tenha que revisar e adicionar muita
coisa). O propósito é estudar a temática da escravidão à luz da Bíblia e também
à luz da história secular. Quais as fontes que eu poderia usar para o meu
trabalho? Obviamente, fontes escritas. Eu
posso usar a própria Bíblia, o Códice de Hamurabi e outros registros dos outros
povos, assim como eu posso estudar os escritos de pessoas como Abraham Lincoln,
John Wesley e William Wilberforce, que foram fundamentais para o fim da
escravidão no mundo. Todas fontes escritas, obviamente.
No
entanto, imagine qual seria a minha nota na dissertação se eu dissesse alguma
informação sem prová-la, e como pretexto alegasse que “isso chegou aos meus
ouvidos”. Imagine qual seria a cara do meu orientador se eu escrevesse alguma groselha
sem nenhum fundamento histórico e me justificasse sob o argumento de que “nem
tudo o que aconteceu na história da escravidão foi escrito”. Imagine a vergonha
que eu passaria se deixasse de lado o que foi escrito para ficar com aquilo que supostamente foi dito oralmente, mas que eu não tenho a menor
condição de provar que foi mesmo. Sem dúvidas, a minha nota seria zero e eu seria
expulso da faculdade, pois meu registro não teria nenhuma credibilidade.
Isso
é exatamente o mesmo que os papistas fazem ao tentar impugnar a Sola Scriptura,
sem, contudo, provar que aquilo que eles dizem
ter vindo de tradição oral realmente veio de tradição oral. Como eu disse
em meu artigo mais recente, nenhum evangélico discorda de qualquer tipo de tradição, só não
aceitamos estória de pescador mascarada sob o nome de “tradição apostólica”. A
coisa é simples: prove que algo vem mesmo da tradição, que era aceito
universalmente na Igreja dos primeiros séculos, e cremos. O problema é que até
hoje nenhum católico foi capaz de fazer isso, porque esta prova histórica cabal
simplesmente não existe. Então o papista é obrigado a atacar a Sola
Scriptura sem oferecer nada de sério no lugar dela, tal como eu se deixasse meu
trabalho sobre a escravidão repleto de “ouvi falar” e de achismos não-escritos.
O
resultado, neste caso, também é óbvio: nota zero para a apologética católica.
Paz
a todos vocês que estão em Cristo.
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Belo artigo, Lucas.
ResponderExcluirEu tenho uma pergunta : Pelo fato dos TJ não crerem na divindade de Cristo, eles não serão salvos?
Obrigado.
ExcluirO fato dos TJ não crerem na divindade de Cristo faz deles não-protestantes, visto que o protestantismo sempre teve isso como dogma de fé, no entanto não faz deles necessariamente não-salvos, visto que a salvação implica em um todo muito maior que envolve crer em Cristo como salvador pessoal, único e suficiente, em sua obra de redenção na cruz, em sua ressurreição para a nossa justificação, e em uma vida pessoal de consagração a Deus, santidade, que gera boas obras, etc. Ou seja, eu não chego ao ponto de afirmar que todo mundo que não creia na doutrina "x" já está automaticamente condenado ao inferno, só posso dizer que crer na doutrina "x" é importante, e deixar que Deus julgue a vida de cada um no grande dia do juízo.
Abraços.
E o que você acha dos Judeus Messiânicos ?
ExcluirSão um grande avanço em relação aos "judeus ortodoxos", mas ainda assim infelizmente eu percebo que muitos deles colocam o Midrash acima da Escritura, ou a Torá acima dos evangelhos, ou seja, eles invertem a ordem das prioridades e assim formam um evangelho que podemos chamar de "judaizante", parecido com aquele que Paulo repreendeu na carta aos Gálatas. Mas não dá para colocar tudo no mesmo balaio, já que existem diferentes vertentes de pensamento dentro do judaísmo messiânico, e alguns são bem mais moderados que outros.
ExcluirMais um post de quem nao entende nada da teologia catolica e depois vem dizer que sao os catolicos que fabricam espantalhos.A TRADIÇAO ORAL É TODO O CONJUNTO TEOLOGICO QUE ESTA REGISTRADO NOS ESCRITOS PATRISTICOS.E NAO APENAS NOS ESCRITOS DOS PAIS,MAS TBM DOS TEOLOGOS AO LONGO DO TEMPO.BASTA TER ACESSO AOS ESCRITOS DELES E SE ENCONTRARA A TRADIÇAO ORAL.
ResponderExcluirRetardado. Quando Gregório Magno rejeitou o título de “bispo universal” e o chamou de “título de blasfêmia”, ele fez isso baseado na tradição oral?
Excluir“Os próprios mandamentos de nosso Senhor Jesus Cristo são transtornados pela invenção de uma certa orgulhosa e ostensiva frase, que seja o piedosíssimo senhor a cortar o lugar da chaga, e prenda o paciente remisso nas cadeias da augusta autoridade. Pois ao atar estas coisas justamente alivias a república; e, enquanto cortas estas coisas, provês o alargamento do teu reinado (...) O meu companheiro sacerdote João, pretende ser chamado bispo universal. Estou forçado a gritar e dizer: Oh tempos, oh costumes! (...) Os sacerdotes, que deveriam chorar jazendo no chão e em cinzas, buscam para si nomes de vanglória, e se gloriam em títulos novos e profanos (...) Quem é este que, contra as ordenanças evangélicas, contra os decretos dos cânones, ousa usurpar para si um novo nome? O teria se realmente por si mesmo fosse, se pudesse ser sem nenhuma diminuição dos outros – ele que cobiça ser universal (...) Se então qualquer um nessa Igreja toma para si esse nome, pelo qual se faz a cabeça de todo o bem, segue-se que a Igreja universal cai do seu pedestal (o que não permita Deus) quando aquele que é chamado universal cai. Mas longe dos corações cristãos esteja esse nome de blasfêmia, no qual é tirada a honra de todos os sacerdotes, no momento em que é loucamente arrogado para si por um só” (Epístola XX a Maurício César)
Quando Agostinho rejeitou a transubstanciação e disse que era uma “expressão simbólica” de algo espiritual, ele fez isso baseado na tradição oral?
“‘Se não comerdes a carne do Filho do homem e não beberdes o seu sangue, não tereis vida em vós’ (Jo 6,54). Aqui, parece ser ordenada uma ignomínia ou delito. Mas aí se encontra expressão simbólica que nos prescreve comungar da paixão do Senhor e guardar, no mais profundo de nós próprios, doce e salutar lembrança de sua carne crucificada e coberta de chagas por nós” (A Doutrina Cristã, 3,24)
“Entenda espiritualmente o que eu disse; não é para você comer esse corpo que você vê; nem beber aquele sangue que será derramado por aqueles que irão me crucificar. Recomendei-lhes um certo mistério; espiritualmente compreendido, vivificará. Embora seja necessário que isso seja visivelmente celebrado, contudo precisa ser espiritualmente compreendido” (Agostinho, contra Adimante)
Quando Cipriano negou a existência de um “bispo dos bispos”, ele fez isso baseado na tradição oral?
“Pois nenhum de nós coloca-se como um bispo de bispos, nem por terror tirânico alguém força seu colega à obediência obrigatória; visto que cada bispo, de acordo com a permissão de sua liberdade e poder, tem seu próprio direito de julgamento, e não pode ser julgado por outro mais do que ele mesmo pode julgar um outro. Mas esperemos todos o julgamento de nosso Senhor Jesus Cristo, que é o único que tem o poder de nos designar no governo de Sua Igreja, e de nos julgar em nossa conduta nela” (Sétimo Concílio de Cartago)
Quando Cirilo de Jerusalém pregou o batismo por imersão, ele fez isso baseado na tradição oral?
“Depois disto fostes conduzidos pela mão à santa piscina do divino batismo, como Cristo da cruz ao sepulcro que está à vossa frente. E cada qual foi perguntado se cria no nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. E fizestes a profissão salutar, e fostes imersos três vezes na água e em seguida emergistes, significando também com isto, simbolicamente, o sepultamento de três dias de Cristo. E assim como nosso Salvador passou três dias e três noites no coração da terra , do mesmo modo vós, com a primeira imersão, imitastes o primeiro dia de Cristo na terra, e com a imersão, a noite. Como aquele que está na noite nada enxerga e ao contrário o que está no dia tudo enxerga na luz, assim vós na imersão, como na noite, nada enxergastes; mas na emersão, de novo vos encontrastes no dia” (Segunda Catequese Mistagógica, Cap.4)
Quando Taciano negou a imortalidade da alma, ele fez isso baseado na tradição oral?
Excluir“Com efeito, do mesmo modo como, não existindo antes de nascer, eu ignorava quem eu era e só subsistia na substância da matéria carnal – mas uma vez nascido, eu, que antes não existia, acreditei em meu ser pelo nascimento – assim também eu, que existi e que pela morte deixarei de ser e outra vez desaparecerei da vista de todos, novamente voltarei a ser como não tendo antes existido e portanto nasci. Mesmo que o fogo destrua a minha carne, o universo recebe a matéria evaporada; se me consumo nos rios ou no mar, ou sou despedaçado pelas feras, permaneço depositado nos tesouros de um senhor rico. O pobre ateu desconhece esses depósitos, mas Deus, que é rei, quando quiser, restabelecerá em seu ser primeiro a minha substância, que é visível apenas para ele” (Discurso contra os Gregos, c. 6)
Quando Cirilo de Jerusalém disse que todas as doutrinas tinham que ser provadas na Escritura, ele fez isso baseado na tradição oral?
“Com respeito aos mistérios divinos e salvadores da fé, nenhuma doutrina, mesmo trivial, pode ser ensinada sem o apoio das Escrituras divinas... pois a nossa fé salvadora deriva a sua força, não de raciocínios caprichosos, mas daquilo que pode ser provado a partir da Bíblia” (Das Divinas Escrituras)
Quando Beda pregou a justificação somente pela fé, ele fez isso baseado na tradição oral?
“Por isso, é errado interpretar Paulo de modo a sugerir que não importava se Abraão colocou a sua fé em prática ou não. O que Paulo queria dizer era que não se obtém o dom da justificação com base em méritos derivados de obras realizadas de antemão, porque o dom da justificação vem somente pela fé” (Super Divi Jacobi Epistolam, Caput II, PL 93:22)
Quando Lactâncio disse que onde há imagem não há religião, ele fez isso baseado na tradição oral?
“É indubitável que onde quer que há uma imagem não há religião. Porque se a religião consiste de coisas divinas, e não há nada divino a não ser nas coisas celestiais, segue-se que as imagens se acham fora da esfera da religião, porque não pode haver nada de celestial no que se faz da terra (...) não há religião nas imagens, mas uma simples imitação de religião” (Instituições Divinas, 2:19)
Quando Eusébio esmagou a tese de que os irmãos de Jesus eram primos, ele fez isso baseado na tradição oral?
“Naquele tempo também Tiago, o chamado irmão do Senhor- porque também ele era chamado filho de José; pois bem, o pai de Cristo era José, já que estava casado com a Virgem quando, antes que convivessem descobriu-se que havia concebido do Espírito Santo, como ensina a Sagrada Escritura dos evangelhos -; este mesmo Tiago pois, a quem os antigos puseram o sobrenome de Justo, pelo superior mérito de sua virtude, refere-se que foi o primeiro a quem se confiou o trono episcopal da Igreja de Jerusalém” (História Eclesiástica, Livro II, 1:2)
Quando Agostinho disse que a pedra era Cristo e não Pedro, ele fez isso baseado na tradição oral?
“Mas eu sei que em seguida expus, muito frequentemente, as palavras de Nosso Senhor: ‘Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a Minha Igreja’, da forma seguinte: que a Igreja seria edificada sobre Aquele que Pedro confessou, dizendo: ‘Tu és o Cristo, o Filho de Deus Vivo’. Assim Pedro (Petrus) que teria tomado o seu nome desta pedra (Petra), simbolizaria a Igreja que é construída sobre esta pedra e que recebeu as chaves do Reino dos Céus. Com efeito, não lhe foi dito: Tu és a pedra (Petra), mas: Tu és Pedro (Petrus), pois a Pedra (Petra) era o próprio Filho de Deus, Cristo. Simão Pedro, ao confessar Cristo como a Igreja inteira O confessa, foi chamado Petrus (Pedro)” (Retractações, Cap. 21)
Quando João Crisóstomo disse que Maria pecou, ele fez isso baseado na tradição oral?
Excluir"Nas bodas de Caná, Maria foi molesta e ambiciosa" (Homília sobre Mt 12:48)
Quando Jerônimo disse que os apócrifos não podiam fundamentar doutrina nenhuma, ele fez isso baseado na tradição oral?
"E assim da mesma maneira pela qual a igreja lê Judite, Tobias e Macabeus (no culto público) mas não os recebe entre as Escrituras canônicas, assim também sejam estes dois livros [Sabedoria e Eclesiástico] úteis para a edificação do povo, mas não para estabelecer as doutrinas da Igreja" (Prefácio dos Livros de Salomão)
Quando Papias, Irineu, Lactâncio e Tertuliano pregaram o pré-milenismo, eles fizeram isso baseados na tradição oral?
“Ele [Papias] divulgou uma segunda vinda de Nosso Senhor ou Milênio. Irineu, Apolinário e outros dizem que após a ressurreição do Senhor, ele irá reinar em carne com os santos. Também Tertuliano, em sua obra ‘Sobre a Esperança dos Fieis’, Vitorino de Petau e Lactâncio seguem este ponto de vista” (Jerônimo, De Viris Illustribus, 18)
Quando João Crisóstomo disse que só devemos orar a Deus, ele fez isso baseado na tradição oral?
“Não fazes oração aos homens, mas a Deus” (Homilias sobre São Mateus, 19:3)
Deixa eu dar um palpite: não, né? Acho que você se faz de cego e não considera nada disso parte da “tradição”. E deixa eu ver se eu ganho nessa nova aposta: você deve pegar textos isolados de outros Pais da Igreja dizendo coisas diferentes. Acertei? Isso é exatamente o que eu expus no artigo que você não leu: vocês selecionam arbitrariamente na patrística o que “vale” e o que “não vale”, como uma cartola de um mágico, que tira dali quantos e quais coelhos quiser. Só um retardado mental pra acreditar que essa seleção arbitrária – que ignora completamente o que os Pais disseram em contrário e se agarra nas poucas coisas que disseram em favor – é o bastante para fundamentar uma suposta “tradição oral” romanista da qual estes mesmos Pais nunca falaram.
Vá estudar, burrão.
Nossa,o irmão não brinca em serviço rsrs.Depois de tantas referências ele ficou bem enrascado.Aliás,se a tradição oral está escrita,mesmo que fora da biblia como ele disse,ainda é tradição ...oral??
ExcluirKKKKKKKKKKKKKKKK Tomou na Cara o Tridentino.Lógica Católica Romana:Vamos adorar um panteão de santos,acreditar em purgatório,assunção de Maria e um bocado de pataquada romanista com base na infalível '' tradição'' mesmo que as escrituras condenem tais práticas.Ferre-se a lógica
ExcluirEssa foi boa. Por favor, nunca deixe de nos informar.
ExcluirCaro Lucas, se uma pessoa salva pode perder a salvação, como você interpreta as passagens abaixo :
ResponderExcluir"As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem; e dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará das minhas mãos. Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las das mãos de meu Pai.” Jo 10:27-29.
a Bíblia é enfática em afirmar a segurança dos crentes. Para as Sagradas Escrituras, não é possível com que o verdadeiro crente afaste-se definitivamente da graça de Deus, até porque, as doutrinas bíblicas quanto a garantia da salvação são extremamente claras.O crente que nasceu de novo, nunca há de perecer. Junta-se a isso o fato de que ninguém é poderoso suficientemente para arrancar os salvos das mãos do Senhor. É indispensável também que entendamos que o fato de alguém acreditar que o cristão pode jogar fora a salvação que o Pai lhe deu, aponta efetivamente para o desconhecimento das doutrinas bíblicas. Além disso, foi o próprio Senhor Jesus quem disse: “Todo o que o Pai me dá, virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora”. (Jo 6:37) Vale também a pena ressaltar de que o Senhor Jesus ao ascender aos céus, deixou-nos o Espírito Santo como garantia da nossa salvação. A presença do Espírito em nós é a esperança e convicção da vida eterna. O Espírito Santo é o penhor, o qual nos garante irrevogavelmente a eternidade com Deus.
Emerson Tancredo
Olá, Emerson. Eu não discuto calvinismo vs arminianismo neste blog, que é voltado a outra área. Mas se você quiser ler o que eu penso sobre o assunto, inclusive sobre esses dois textos que você citou, veja este meu artigo abaixo:
Excluirhttp://apologiacrista.com/e-possivel-perder-a-salvacao
Abs.
Lucas, os católicos se vangloriam pq graças a Igreja Católica o islamismo não é tão forte. Procede essa informação ? ou há um exagero deles ?
ResponderExcluirHá um exagero sim. Eles afirmam isso por causa das cruzadas, mas colocadas numa balança as cruzadas foram um fracasso total. Os cruzados perderam a batalha pela conquista de Jerusalém, e foram expulsos de todos os territórios que haviam tomado dos árabes na base da espada. Elas também pioraram profundamente a relação entre o Cristianismo ocidental e o judaísmo, visto que os cruzados assassinavam judeus e queimavam sinagogas, mal distinguindo judeus e árabes. Elas também pioraram ainda mais a relação com a Igreja do Oriente, principalmente após o saque de Constantinopla, ocorrido na quarta cruzada, quando os cruzados aproveitaram para arruinar essa que era a principal cidade dos cristãos ortodoxos.
ExcluirE, por fim, serviu para arruinar ainda mais a relação com os muçulmanos, visto que os "cristãos" cruzados assassinavam crianças, estupravam mulheres e cometiam todos os tipos de abominação, mesmo quando os atos eram completamente desnecessários. Para piorar mais ainda, houve até "cruzadas das crianças", que levou à morte e à escravidão milhares de crianças inocentes. E sob a ilusão da vida eterna garantida pelo papa a qualquer um que matasse um muçulmano, milhares de camponeses pobres se juntaram para serem massacrados por completo na primeira cruzada. É sinceramente difícil entender por que ainda tem gente imbecil que glorifica as cruzadas em pleno século XXI, e pior ainda, que acha que se não fosse pelas cruzadas nós seríamos "muçulmanos".
O islamismo não é uma "herança do judaísmo" mais do que o Cristianismo o é:
Excluir"Pois eu até desejaria ser amaldiçoado e separado de Cristo por amor de meus irmãos, os de minha raça, o povo de Israel. Deles é a adoção de filhos; deles é a glória divina, as alianças, a concessão da lei, a adoração no templo e as promessas. Deles são os patriarcas, e a partir deles se traça a linhagem humana de Cristo, que é Deus acima de tudo, bendito para sempre! Amém" (Romanos 9:3-5)
"Que vantagem há então em ser judeu, ou que utilidade há na circuncisão? Muita, em todos os sentidos! Principalmente porque aos judeus foram confiadas as palavras de Deus. Que importa se alguns deles foram infiéis? A sua infidelidade anulará a fidelidade de Deus? De maneira nenhuma!" (Romanos 3:1-4)
E muito antes que surgisse qualquer grupo de "judeu ortodoxo radical" de tempos recentes, os cristãos já perseguiam os judeus de todas as formas possíveis:
http://www.resistenciaapologetica.com/2015/08/demolindo-as-mentiras-do-fernando-nasicmento-sobre-lutero-e-o-protestantismo.html
E mesmo que os cristãos da época fossem totalmente bonzinhos e os judeus fossem todos malvados, isso justifica queimar sinagogas e assassinar pessoas indefesas, incluindo crianças e mulheres, e de forma totalmente desnecessária? Me desculpe, mas o evangelho ensinado por Jesus Cristo, até onde eu sei, é o de guardar a espada, de dar a outra face e de amar os inimigos. A não ser que você tenha descoberto outro evangelho.
No antigo testamento, deus manda matar os inimigos do "povo escolhido". Então usar a bíblia para tentar passar a imagem de um deus bonzinho é estranho.
ExcluirNos tempos do AT, o conceito de moralidade era totalmente diferente do que é hoje, e Deus tratava com o povo de acordo com a limitação dele. Isso eu abordei mais detidamente neste artigo:
Excluirhttp://ateismorefutado.blogspot.com.br/2015/04/a-pena-de-morte-na-lei-do-antigo.html
"Nos tempos do AT, o conceito de moralidade era totalmente diferente do que é hoje, e Deus tratava com o povo de acordo com a limitação dele."
ExcluirEntão o mesmo argumento pode ser usado nos vários períodos da história. Para justificar as mortes no AT, muitas mandadas por Deus, é essa a resposta?
As cruzadas ocorreram entre dez e doze séculos DEPOIS de Jesus já ter vindo e nos trazido a moral mais avançada, caso você ainda não saiba. Você está realmente querendo comparar a moralidade de 1400 a.C com a de 1100 d.C?
ExcluirQuem disse que eu quero saber sobre as cruzadas? Sou ateu.
ExcluirA questão que eu levantei foi: "Para justificar as mortes no AT, muitas mandadas por Deus, é essa a resposta?"
Isso justifica a matança, muitas mandadas por deus?
Estude sobre os povos que Deus mandou conquistar, e você verá que eles sacrificavam crianças para deuses pagãos e cometiam todo o tipo de impiedade possível. Deus ainda lhes deu 400 anos para eles se arrependerem, e eles não se arrependeram. Por isso passaram pelo juízo. Se nenhum povo ímpio nunca pode ser combatido, então os nazistas deveriam continuar sendo livres para matar os judeus, e os Aliados não poderiam fazer nada além de ficar olhando.
ExcluirOs judeus no AT também não é flor que se cheire.
ExcluirO AT é um livro dos vencedores (os judeus), e como todo documento que é escrito pelos vencedores, é obvio que irá valar bem dos vencedores.
Essa objeção não é falseável enquanto você não passar o "livro dos perdedores", para efeito de comparação ou esclarecimento da verdade.
ExcluirLucas,
Excluirhttp://desatracado.blogspot.com.br/2013/10/ester-rainha-espia-do-pogrom.html
Basta ler o texto bíblico para descobrir que os exércitos do império estavam preparados para EXTERMINAR os judeus naquele dia, e tudo o que Ester pediu ao rei foi o direito de SE DEFENDER deste extermínio, o que levou à guerra, e consequentemente à morte de 75 mil guerreiros que queriam matar os judeus.
ExcluirLucas, a história judaica está repleta de casos assim!
ExcluirO imperador Nero era casado com Popeia Sabina (em latim: Poppaea Sabina), uma cripto-judia. Ela funcionava junto ao governo romano no mesmo esquema de esposa/amante/prostituta/intrigante/espiã/sabotadora como fora Ester antes com o rei Assuero da Pérsia. Existem centenas de casos assim.
E por causa de Popeia Sabina vamos odiar todos os judeus?
ExcluirDe onde você tirou que Ester era uma "prostituta"?
Lucas, repito o que disse mais acima:
ExcluirA história judaica está repleta de casos assim!
Quem dera se o caso de Popeia Sabina fosse o único.
ExcluirPessoas imorais ao longo da história você encontra em todas as raças e em todas as religiões de todas as épocas. Eu sinceramente não entendi o seu ponto, nem o por que que você insiste tanto em "demonizar" os judeus. Mesmo que se conceda que os judeus tiveram muitas "Popeias Sabinas", o que é que isso implica para nós nos dias de hoje? Que devemos odiar os judeus por causa de Popeia? Que os cruzados estavam certos em exterminar crianças e mulheres judias inocentes? Que os concílios tinham razão quando privavam os judeus dos direitos civis mais básicos? Que Hitler estava certo quando liquidou seis milhões deles em campos de concentração, no holocausto, incluindo tortura e trabalhos forçados?
ExcluirSe o seu objetivo é apenas mostrar que os judeus não são sempre "mocinhos", isso não precisava fazer, pois qualquer um que estude história sabe que em função da natureza humana naturalmente corrompida não existem "mocinhos". Mas se o seu objetivo é maior, no sentido de pintar os judeus como os "monstros" da humanidade, em contraste aos povos "do bem", aí não tem como levar uma discussão saudável adiante...
Lucas, você poderia refutar esse "argumento" de um católico tridentino pra mim? Gosta de ver suas respostas e esses tipos de espantalhos.
ResponderExcluirEle disse: o Magistério da Sucessão Apostólica na Igreja Católica (isto é, a origem da doutrina contida no Catecismo da Igreja e tudo que vem a se tornar ponto inabalável de Fé e Doutrina na Igreja Católica) tem um ENSINAMENTO ÚNICO ! Qualquer coisa que diverge da SÃ DOUTRINA CATÓLICA é heresia ... simplesmente porque a Verdade interpretativa e doutrinária é uma só : não há duas verdades ! JESUS não tem duas Noivas ! Ok, vc dissertou me dando dados sobre a SOLA SCRIPTURA (coisa que já conheço através dos meios heréticos protestantes ! ) ... então, vamos admitir por um momento que eu enlouqueça e admita que a SOLA SCRIPTURA é a Verdade ... LOGO, ME RESPONDA POR QUE ENTÃO EXISTIRIA VÁRIAS DOUTRINAS DIFERENTES NAS MILHARES DE "IGREJAS" PROTESTANTES , SE A VERDADE É UMA SÓ E SE TODAS (EU DISSE : TODAS ! ) FALAM QUE SEGUEM A MESMA ESCRITURA INSPIRADA E A SOLA SCRIPTURA ???? (será que é pelo fato de estas "igrejas" serem Seitas então ? Se for isso, qual dentre as milhares de seitas é a "igreja real" ? Isto é, dentre elas, onde eu encontraria a Sola Scriptura intocada e doutrina correta para congregar lá e me salvar ?) ENTENDEU OU QUER QUE EU DESENHE ?
Bom, em primeiro lugar, eu não debateria com um sujeitinho desses, que não se esforça em ter o mais mínimo da educação. Jesus disse para não jogar pérolas aos porcos (Mt.7:6), o que eu creio que se aplica aqui. Gente deste nível merece ser simplesmente ignorada, desprezada, responder-lhes é entrar no jogo e se rebaixar ao nível deles.
ExcluirSobre os argumentos em si, é apenas o velho e bom repeteco de sempre, ou seja, as mesmas falácias postas juntas, as quais já foram refutadas milhares e milhares de vezes. Sobre sucessão apostólica, por exemplo, os mesmos Pais da Igreja de data tardia que criam que Pedro foi bispo de Roma também diziam que ele foi bispo de ANTIOQUIA antes disso. Inclusive você pode ver neste site ortodoxo a lista de sucessão de bispos antioquenos, que tem Pedro como o primeiro da sucessão:
http://sor.cua.edu/patriarchate/patriarchschronlist.html
Ou seja: se a Igreja de Roma é a primaz, a que tem a autoridade, a que manda em todo mundo, a infalível, etc, etc, etc, porque tem Pedro como seu primeiro bispo, ENTÃO A IGREJA DE ANTIOQUIA TAMBÉM DEVERIA SER. Mas a sucessão de Antioquia preserva-se hoje no domínio da Igreja Ortodoxa, e não da Romana. E a mesma sucessão que ele diz que ocorreu em Roma também ocorreu nas demais igrejas – Antioquia inclusa – e mesmo assim ele crê que essas outras igrejas caíram na apostasia pelo menos a partir do cisma de 1054 d.C. Isso já é o bastante para provar que “sucessão apostólica” NÃO GARANTE a apostolicidade da doutrina, pois duas doutrinas contraditórias não podem ser “apostólicas” ao mesmo tempo.
Também é falsa a afirmação que a Igreja Romana possui um “ensinamento único”. Se você duvida, pode entrar neste site católico abaixo, que mostra estas divisões e admite isso abertamente:
http://www.catolicismoromano.com.br/content/view/3778/29/
A conclusão que é a autora católica trouxe é que:
“Como podem ver caros amigos, de una a Igreja passou a ser variada. Se você se identifica com um determinado grupo ou associação, procure conhecer, no entanto, o Corpo de Cristo vai ficando cada vez mais desfigurado e irreconhecível. E quem tem a mais árdua das missões para fazer este Corpo voltar a ser um só não é mais o Papa, e sim um colégio de Bispos, cada um com sua sentença. É complicado irmãos conviver desta maneira, mas não é impossível se observarmos as regras de ouro: respeitar, ouvir e amar o próximo como ele é”
Se ainda há alguma dúvida sobre as divisões, veja este artigo:
http://heresiascatolicas.blogspot.com.br/2015/03/o-ufc-catolico.html
Portanto, se a Bíblia não pode ser o único guia porque pessoas tiram conclusões diferentes a partir da sua leitura, então pela mesma razão a tradição e o magistério católico também não podem, PELA MESMA RAZÃO. E, como bem destacou o Bruno Lima em um comentário recente, nenhum texto no mundo poderia ser considerado suficiente, pois bastaria alguém discordar do consenso, e pronto, declararíamos sua insuficiência. Ou seja: essa lógica é absurda, um nonsense total.
E o católico ainda mostra que não conhece nada de teologia protestante quando diz que uma única denominação tem que estar certa e as outras tem que estar todas erradas. Essa dicotomia chega a ser ridícula. Nenhuma igreja é perfeita, e nenhuma que eu conheça é totalmente errada sobre tudo. O que existem são igrejas melhores (ou seja, mais próximas da verdade) e igrejas piores (ou seja, mais distantes da verdade), dentre as quais está incluso o catolicismo romano. Era assim na igreja primitiva também, que tinha uma única Igreja invisível (no sentido de Corpo místico de Cristo), mas várias igrejas visíveis, e que tinham ensinos diferentes. Eu escrevi sobre isso nestes dois artigos, cuja leitura considero imprescindível para entender a questão:
http://heresiascatolicas.blogspot.com.br/2015/02/a-igreja-invisivel-perfeita-e-igreja.html
http://heresiascatolicas.blogspot.com.br/2015/09/o-protestantismo-e-do-diabo-porque-e.html
Grande abraço.
Fala da Sola Scripura, mas comemora o Natal. Na bíblia só fala para comemorarmos a morte de Cristo. Eis o erro da Sola Scriptura : O natal e feriados católicos
ResponderExcluirNatal e feriados "católicos" não são PONTOS DOUTRINÁRIOS, e, portanto, não tem qualquer relação com o princípio da Sola Scriptura. Você está precisando se informar melhor sobre o que os protestantes entendem pelo termo, o artigo abaixo já é um bom começo:
Excluirhttp://heresiascatolicas.blogspot.com.br/2015/06/respondendo-perguntas-catolicas-sobre.html
Lucas, como você responderia a este argumento de uma católico chamado Lávio Pareschi?
ResponderExcluirEle diz:
Jesus nos deixou Sua Igreja e não uma Bíblia.
Se ele quisesse nos deixar uma Bíblia, teria vindo no séc. 16, depois da invenção da imprensa.
Ou até bem mais tarde, pois a maioria nem sabia ler.
É fantástico o raciocínio protestante atual de que a Bíblia é mais importante que a Igreja. Já vi até protestante afirmar que a Bíblia é anterior à Igreja.
Nem Lutero disse tamanha imbecilidade.
A ignorância predomina. E muitos pastores se aproveitam disso.
Como dialogar com essas pessoas?
Só razão não adianta nada.
Mesmo assim só posso exercer a razão aqui por meio de palavras que o protestante provavelmente ou não vai entender ou vai deturpar.
Sem Igreja haveria Bíblia?
E sem Bíblia, haveria Igreja?
A história não se pode negar como alguns pretendem.
Sempre será: Jesus -> Igreja -> Bíblia.
A jogada por detrás dessa afirmação é sua inferência a priori de que a Igreja é uma instituição religiosa, mais especificamente, a Igreja Católica Romana. Ou seja, o cidadão parte do pressuposto de que “Igreja = Igreja Romana”, e então tenta dar algum sentido para as suas tapeações, mediante joguinho de palavras copiado do padre Paulo Ricardo.
ExcluirClaro que a Igreja veio antes da Bíblia, DESDE QUE se tenha em mente o conceito verdadeiro de Igreja, ou seja, Igreja como o corpo de Cristo (ekklesia). Sobre isso eu já abordei neste artigo:
http://heresiascatolicas.blogspot.com.br/2015/02/a-biblia-e-filha-da-igreja.html
Como são PESSOAS que escrevem a Bíblia, então é óbvio que a ekklesia (no AT Israel, no NT o povo de Deus chamado de “Igreja”) precede a Bíblia. Mas isso não tem absolutamente nada a ver com a instituição Católica Romana, e de fato fica até pitoresco dizer que a Igreja Romana é anterior aos escritos bíblicos, como se Moisés fosse católico-romano e fizesse uma ou outra missa enquanto escrevia o Pentateuco...
Sobre o conceito de Igreja à luz da Bíblia, recomendo-lhe estes artigos:
http://heresiascatolicas.blogspot.com.br/2012/08/o-que-e-a.html
http://heresiascatolicas.blogspot.com.br/2014/05/o-que-significa-parte-1.html
http://heresiascatolicas.blogspot.com.br/2015/07/o-que-significa-igreja-parte-2.html
http://heresiascatolicas.blogspot.com.br/2015/02/a-igreja-invisivel-perfeita-e-igreja.html
E sobre a Igreja ser a “coluna e sustentáculo da verdade”, aqui:
http://heresiascatolicas.blogspot.com.br/2015/06/a-igreja-e-coluna-e-sustentaculo-da.html
Abs.
Entendi a Sola Scriptura. Quer dizer que todas as doutrinas de uma Igreja tem que estar na bíblia, certo ? Então, me explique : Onde está a teologia da prosperidade na bíblia ?
ResponderExcluirE quem disse que eu creio na teologia da prosperidade?
Excluirhttp://apologiacrista.com/a-teologia-da-prosperidade-e-biblica
Viu. Isso mostra que vocês são divididos.
ExcluirVerdade, quem é unido mesmo é a RCC com o padre Jonas ensinando o povo católico a falar em línguas, enquanto os tridentinos infartam só de ouvir que esse dom ainda existe. Quem também é unido pra caramba são os padres "comunistas" da CNBB, que estão em total fraternidade com os católicos tradicionalistas (especialmente os olavetes). E outro que é super unido são os católicos sedevacantistas, que concordam em todas as coisas com os veterocatólicos, os liberacionistas, os carismáticos, os episcopais, os modernistas e os ortodoxos.
ExcluirSó paz. Só love. Um show de unidade, capaz de gelar o sangue nas veias.
http://heresiascatolicas.blogspot.com.br/2015/03/o-ufc-catolico.html
Sola Scriptura = Todas as doutrinas tem que ser provadas pela bíblia.? Qual a base Bíblica para os apóstolos abolirem a circuncisão?
ResponderExcluirSE Sola Scriptura = Todas as doutrinas tem que ser provadas pela bíblia. DA onde o Jesus tirou de trabalhar no sábado que segundo as escrituras era proibido por Deus?? Por esse motivo, os judeus perseguiam Jesus, porque fazia esses milagres no dia de sábado. (São João 5, 16)
SE Sola Scriptura = Todas as doutrinas tem que ser provadas pela bíblia. porque - Cristo nos fala para submetermo-nos à autoridade da Igreja ?
Poderia refutar isso, Lucas ? Obrigado
O que esse cara disse não tem pé nem cabeça, é a mesma coisa que alguém perguntar ao escritor de Josué "onde está na Bíblia" (ou seja, apenas nos cinco livros de Moisés que já haviam sido escritos até então) aquilo que ele escreveu. Ora, a revelação não havia acabado ainda, e portanto é óbvio que coisas novas surgiriam, de modo que Josué poderia acrescentar em seu livro coisas que não estavam nos livros de Moisés (Pentateuco). Da mesma forma, a revelação não terminou no AT, nós não somos judeus, nós cremos que a revelação avançou no NT de modo que boa parte do que Jesus disse vai além das páginas do AT. Isso em nada abala o conceito de Sola Scriptura, pois a "Scriptura" dos cristãos é = AT+NT, não só o AT.
ExcluirOu seja: a Sola Scriptura é afirmar, na prática, que somente através daquilo que foi escrito é que podemos saber o que os profetas, Jesus e os apóstolos ensinaram originalmente. E isso compreende toda a revelação final (completa), e não apenas a revelação parcial (i.e, não só o AT). Para refutar isso seria necessário provar que a revelação não cessou, mas ela continuou depois da morte do último dos apóstolos (João). Quem crê nisso não é cristão, é espírita ou muçulmano. Os espíritas creem que a revelação avançou com Alan Kardec, e os muçulmanos com Maomé. Nem a Igreja Romana afirma que a revelação prosseguiu depois que os apóstolos morreram, é por isso que ela tenta guardar a "tradição dos apóstolos" (embora sem nenhum sucesso), em vez de criar tradições novas (ainda que na prática essas tradições "dos apóstolos", por não remeterem aos apóstolos, constituam tradições adicionais do mesmo jeito).
Mas Jesus fala para nós nos submetermo a autoridade da igreja ?
ExcluirSim. O que ele nunca falou foi para se submeter à autoridade da IGREJA ROMANA.
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