Refutando o argumento espírita de Paulo Sérgio de Araújo - Samuel apareceu a Saul depois de morto?


Introdução

Alguém pode perguntar o porquê que eu decidi “divulgar” aqui um livro tão desconhecido e teologicamente insignificante, escrito por um autor pró-espiritismo que também é completamente irrelevante. A resposta é que um dos trabalhos do mestrado consistia em uma crítica a uma obra de interpretação bíblica qualquer. Como eu não queria ter muito trabalho, busquei logo aquele que é disparado o pior livro “exegético” já escrito pelo homem, para facilitar a refutação e terminar logo o trabalho. Pelo fato de ser um trabalho acadêmico, eu não pude bater tanto quanto gostaria, nem escrever tanto como gostaria. Mas é o bastante para refutar uma obra que realmente não merece muita atenção.


Resenha Crítica do Livro

“Quem falou com o rei Saul em En-Dor: o falecido Samuel ou um demônio”, de Paulo Sérgio Araújo, é uma obra de interpretação bíblica que se propõe a fazer exegese em torno de 1ª Samuel 28, mais especificamente em cima dos versos 11 aos 20. Na interpretação do autor, a identificação do ser em questão que aparece a Saul na sessão de necromancia é a própria alma do profeta Samuel, semelhantemente às sessões espíritas atuais, que também dizem chamar os espíritos dos mortos para entrar em contato com os vivos. O autor se apoia sob a única e frágil premissa de que se o verso 12 em diante afirma “Samuel”, então indubitavelmente se trata da alma do falecido profeta.

Não obstante, o livro imerge em gritantes contradições a começar pelo primeiro capítulo, onde o autor visa provar que a interpretação dele é também a interpretação dos antigos rabinos e dos Pais da Igreja, e que sua rejeição é fruto de um pressuposto forçado armado por apologistas recentes que estão tão desesperados em refutar o espiritismo a tal ponto que acabam se comprometendo a distorcer a Bíblia e a “negar o óbvio”. Mas essa conclusão inicial sequer segue os próprios argumentos que ele dispõe em seu livro. Ele começa citando a literatura judaica do período intertestamentário, se esquecendo de que a Enciclopédia Judaica atesta que a crença numa imortalidade da alma (necessária para embasar a tese de que foi a alma do profeta que apareceu em En-Dor) entre o povo judeu só passou a existir a partir deste período:

"A crença de que a alma continua existindo após a decomposição do corpo é uma especulação... que não é ensinada expressamente na Sagrada Escritura... A crença na imortalidade da alma chegou aos judeus quando eles tiveram contato com o pensamento grego e principalmente através da filosofia de Platão (427 - 347 a.C.), seu principal expoente, que chegou a esse entendimento por meio dos mistérios órficos e eleusianos, que na Babilônia e no Egito se encontravam estranhamente misturados”[1]

A impressão inicial que ficamos é que ou (a) Paulo Sérgio desconhece a existência de literatura judaica antes do período intertestamentário; ou (b) ele de forma deliberada faz questão de citar apenas aquilo que lhe é conveniente, oriundo de um período em que os judeus já estavam mais acessíveis a tal interpretação. Mesmo assim, o autor salienta que durante este mesmo período interbíblico “essa linha de pensamento começou a ser modificada pelos rabinos judeus”. Mas se tanto a interpretação “pró-Samuel” quanto a interpretação “contra Samuel” provém do período interbíblico, Paulo Sérgio não tem qualquer fundamento para a sua afirmação de que a interpretação “contra Samuel” é uma construção posterior. Ambas teriam surgido no mesmo período histórico, deitando por terra as conclusões precipitadas do autor.

Depois de fracassar em sua tentativa de provar que sua visão é dominante na literatura rabínica, Paulo Sérgio passa então a expor o que os Pais da Igreja pensaram a respeito, mais uma vez tentando dar suporte à sua tese. No entanto, dos dezesseis nomes citados por ele, apenas dois são considerados “Pais da Igreja” (Agostinho e Ambrósio). Do outro lado, ele expõe seis Pais que discordam (João Crisóstomo, Cirilo de Alexandria, Tertuliano, Basílio Magno, Gregório de Nissa e Jerônimo). E mesmo com este quadro totalmente desfavorável a ele, ainda assim contraditorialmente afirma que “a crença de que um ‘demônio’ apareceu em En-Dor se constituiu numa grande novidade, pois essa forma de pensar ia de encontro ao que os judeus (e, depois, os cristãos) já vinham acreditando há milhares de anos”. A ideia transmitida é que a interpretação de que a alma de Samuel apareceu a Saul é a única ortodoxa e aceitável, e que a visão oposta é heterodoxa e falsa, ainda que esta outra visão tenha sido a mais defendida tanto pelos Pais da Igreja, como também pelos mais renomados teólogos modernos e pelos apologetas.

Ao entrarmos no âmbito bíblico, percebemos notavelmente o quanto que o autor carece de fundamentação teórica e conhecimento das Escrituras. Sua analogia com a aparição de Moisés e Elias no monte é visivelmente inválida. No monte houve uma transfiguração, não uma necromancia. Além disso, Elias não havia passado pela morte (2Rs 2:11), e a tradição judaica (ex: o livro apócrifo da Assunção de Moisés) defende a ressurreição de Moisés, que ainda é alvo de debate entre os estudiosos bíblicos. O fato que está fora de discussão é que tanto Moisés como Elias apareceram fisicamente no monte, razão pela qual Pedro sugeriu a construção de tendas para passaram a noite (dormir) ali (Mt 17:4) – coisas que são completamente ridículas se aplicadas a um espírito incorpóreo. Isto posto, não há nenhum paralelo entre o relato da transfiguração e o da necromancia em En-Dor.

Na ânsia em provar que há viabilidade e lógica em asseverar que Deus permitiu e propiciou uma “sessão espírita” em 1ª Samuel 28, o autor escreve:

“O que aqueles que negam a aparição de Samuel precisam compreender é o seguinte: ‘Deus proibir a necromancia’ é uma coisa; porém, ‘Deus trazer Samuel para falar com Saul’ é outra completamente diferente. A proibição da necromancia e a aparição de Samuel são duas coisas completamente distintas e dissociadas. Elas não estão corelacionadas, de modo que a existência de uma inviabilize a outra. Infelizmente, aqueles que negam a aparição de Samuel ainda não perceberam essa falha central em sua forma de raciocinar, e por isso mesmo acabam relacionando dois eventos que são completamente independentes”

Mas será que Deus ordena aquilo que ele próprio proíbe? O argumento soa irracional. Por exemplo, se Deus proíbe o estupro, e o estupro é objetivamente errado, então Deus nunca, em circunstância nenhuma, ordenaria a realização de um estupro. Da mesma forma, se Deus é contra a adoração a falsos deuses, e a idolatria é algo objetivamente mau, então é claro que Deus nunca irá ordenar um ato idólatra. Semelhantemente, se Deus proíbe a necromancia e se a necromancia é real e objetivamente errada e repugnante aos olhos de Deus (Dt 18:11), então é óbvio que Ele não irá propiciar uma. Isso não é somente raciocínio lógico: é questão de bom senso.

Paulo Sérgio quer forçar uma aceitação absurda de algo que fere frontalmente o caráter divino. Ao desassociar as proibições divinas das ações divinas, ele cria um “deus” bipolar que pratica aquilo que Ele proíbe, e que põe em ação uma prática que Lhe é repugnante. Se Paulo Sérgio está certo, então Deus decidiu se revelar a Saul trazendo o espírito de Samuel dentre os mortos para uma sessão de necromancia, o que é tão abominável e irracional quanto seria se Deus estivesse propiciando uma sessão de estupro, de idolatria ou de qualquer outra coisa que Lhe é intolerável. Em Israel, a necromancia era tão detestável que seus praticantes eram punidos com a morte (Lv 20:27). Aqui vemos Paulo Sérgio defendendo a tese de que Deus não apenas permitiu essa sessão de necromancia, como também a propiciou, dando matéria-prima à feiticeira (Samuel) e envolvendo o profeta em um ambiente pecaminoso e imoral.

O autor, no entanto, não vê problema algum nisso, pois está amarrado à sua tese de que foi Samuel quem apareceu e ponto final. Ele simplesmente não admite inferências morais e lógicas em cima do relato. É como se a única coisa que importasse no relato fosse o nome “Samuel” no verso 12 (tratarei disso em um instante). Este péssimo entendimento se vê presente em sua refutação ao verso 6, que diz que “Saul consultou ao Senhor, porém o Senhor não lhe respondeu, nem por sonhos, nem por Urim, nem por profetas” (1Sm 28:6). Mais uma vez, o autor bate o pé e diz que:

“Não há problema algum em acreditar que Deus enviou Samuel a En-Dor. O problema só existe na cabeça daqueles que rejeitam a aparição desse profeta. 1Samuel 28.6 diz claramente que Deus não respondeu a Saul quando este buscou ajuda para enfrentar os filisteus, e não que Deus jamais enviaria uma mensagem a esse rei. É isso o que está escrito objetivamente nesse versículo, tornando impossível qualquer conclusão diferente dessa. Os únicos que dizem que Deus nunca mais enviaria uma mensagem a Saul são aqueles que negam que Samuel apareceu”

Em primeiro lugar, o grande e respeitado erudito Russel Shedd, comentando este mesmo versículo, salienta que:

o Senhor... não lhe respondeu. O verbo hebraico é completo e categórico. Na situação presente de Saul, Deus não lhe respondeu, não lhe responde e não lhe responderá nunca. O fato é confirmado pela frase: ‘...Saul... interrogara e consultara uma necromante e não ao Senhor...’ (1Cr10.13-14)”[2]

Nedson Mateus M. Fonseca observa também que “a expressão hebraica que aparece aqui (vs. 6) é ולא ענהו (wlo ‘anahu), mostra o verbo ‘anah (responder) no modo qal e no tempo perfeito (ou completo), ou seja, o verbo aqui é completo e categórico – Deus não respondeu a Saul, não responde nem responderá”[3]. Paulo Sérgio, entretanto, não faz nenhuma consideração sobre o hebraico e deixa seus leitores à mercê da tradução ao português, que nem sempre consegue exprimir os detalhes linguísticos de um texto.

Mas a evidência linguística não é a única linha que arremata contra a interpretação do autor. Mais uma vez, se aplicarmos uma inferência lógica ao relato, não resta dúvidas de que Deus de fato não voltou mesmo a se comunicar com Saul – nem mesmo através de Samuel. Em primeiro lugar, porque o texto diz que Deus não se comunicou com Saul “por profetas” (v. 6), e Samuel era um profeta. Se Deus decidiu em sua soberania que não iria se comunicar com o rei através de profetas, então Ele não teria enviado um profeta para se comunicar com ele. Se Paulo Sérgio está certo em dizer que foi Samuel quem apareceu a Saul, então teríamos tristemente que concluir que Deus decidiu não se comunicar com o rei através de profetas vivos (o que era legalmente permitido), mas mudou de ideia em relação a um profeta morto (o que era ilegal).

Não é preciso pensar muito para perceber que esta não é sequer uma hipótese cabível. Ela não apenas retrata um deus bipolar e inconstante que muda de opinião tão drasticamente dentro de tão pouco tempo, mas pior, um deus que decide agir por meios ilícitos logo depois de decidir não agir pelos meios lícitos! Sim, Deus é soberano, mas ele age em conformidade com o padrão moral que nos é revelado nas Escrituras, o que torna inadmissível e incogitável que Ele tenha agido de forma tão amoral, contraditória, volúvel e incoerente.

Paulo Sérgio, no entanto, repudia totalmente o uso do raciocínio lógico na exegese do texto, porque para ele não é conveniente, por razões óbvias. Ele se esquece que toda a teologia está fundada em inferências lógicas. A Santíssima Trindade é uma inferência lógica. Não há um texto dizendo que “Deus é Trino”, mas há textos que dizem que o Pai é Deus, textos que dizem que o Filho é Deus, textos que dizem que o Espírito Santo é Deus, e textos que dizem que há um só Deus. A Trindade é fruto desta reflexão lógica.

Da mesma forma, não há passagem nenhuma que diga que o que Paulo escreveu aos Efésios, por exemplo, se aplique para nós nos dias de hoje. Paulo estava escrevendo à igreja de Éfeso do século I, não à igreja em que nós frequentamos no século XXI. Se levássemos a rigor a tese de que inferências devem ser expulsas da teologia, não teríamos sequer teologia para seguir. Nós sabemos que o conteúdo das epístolas – e do próprio texto de 1ª Samuel 28, é importante lembrar – se aplica a nós hoje por uma inferência lógica: se o conteúdo doutrinário se aplicava aos cristãos daquela época, deve se aplicar a nós hoje também.

Como vemos, muitas das doutrinas e concepções mais importantes da teologia estão sustentadas sob inferências. Mesmo assim, o autor rejeita qualquer tipo de inferência lógica se aplicada ao texto em pauta, porque sabe que ela rejeitaria como um todo a sua interpretação deplorável, e de maneira bem fácil e simples. No lugar disso, ele prefere repetir incansavelmente o argumento-padrão e exaustivo dos espíritas: que o texto diz que é Samuel, então é Samuel e pronto. Para uma criança teológica, isso basta. Mas os teólogos sérios sabem perfeitamente bem que exegeticamente as coisas não funcionam assim. Há certos textos na Escritura onde um sujeito ou um ato é visto sob a perspectiva de um outro, e este outro pode estar errado.

Por exemplo, em Josué 10:13, o escritor inspirado (e não apenas o próprio Josué) escreve dizendo que “o sol se deteve, e a lua parou...”. Muitos teólogos medievais usaram incorretamente este texto na defesa do geocentrismo, da mesma forma que Paulo Sérgio usa 1ª Samuel 28 na defesa do espiritismo. Entretanto, hoje sabemos perfeitamente bem que o que naquela ocasião teria “parado” de fato foi a terra, e não o sol. Estaria então o texto bíblico errado, ou a inspiração da Bíblia teria que ser jogada na lata do lixo? Não. A resposta a esta questão é bastante simples: o autor inspirado escreveu que o sol parou, porque na percepção de Josué o sol havia parado.

Da mesma forma, em 1ª Samuel 28 todas as evidências indicam que “Samuel falou” porque Saul e a feiticeira haviam entendido que Samuel havia falado, isto é, ele escreveu sob a percepção deles. Uma pista para isso está no verso 14, que diz que Saul entendeu que era Samuel. Em outras palavras, o texto em questão está relatando sob o prisma (entendimento) do rei ímpio e idólatra, e não do próprio autor inspirado. O autor diz que Samuel apareceu, não porque ele próprio cresse assim, mas porque ele descrevia a cena sob a perspectiva de Saul, da mesma forma que Josué 10:13, ao dizer que “o sol parou”, estava retratando a cena na perspectiva de Josué.

Caso semelhante tem também paralelo interessante no texto de 2ª Samuel 24:1, que diz que Deus incitou Davi a realizar o censo:

“Mais uma vez, irou-se o Senhor contra Israel. E incitou Davi contra o povo, levando-o a fazer um censo de Israel e de Judá” (2ª Samuel 24:1)

No entanto, o texto paralelo de 1ª Crônicas 21:1 afirma enfaticamente que Satanás levantou-se contra Israel e levou Davi a fazer um recenseamento do povo”. Notavelmente, um dos textos (presume-se que o de 2ª Samuel 24:1) falava sob uma outra ótica que não a de um escritor onisciente. Presumivelmente, aos olhos de Israel (e talvez também do próprio Davi) tinha sido Deus quem havia incitado o censo. Crônicas, no entanto, é o último livro escrito no período veterotestamentário, e com o gradual avanço da revelação progressiva o autor pôde concluir facilmente que na realidade quem incitou o censo foi o diabo, ao invés de Deus.

Os três casos (Josué 10:13, 1ª Samuel 28 e 2ª Samuel 24:1), assim como vários outros que poderíamos aqui elencar, não são flagrantes de erros bíblicos, mas apenas afirmações vistas de perspectivas diferentes, que nem sempre retratam a realidade do fato em si, mas sempre retrata a realidade da mente de quem acompanhou o fato, que pode estar honestamente enganado. Paulo Sérgio, infelizmente, ignora tudo isso e sequer esbanja um comentário a este respeito, preferindo repetir dezenas e dezenas de vezes a mesma coisa, tornando seu livro repetitivo e prolixo, além de desconexo e inconsistente.

O último e penoso argumento do autor em favor da tese “pró-Samuel” é a de que um demônio daria más notícias a Saul, mas ele deu boas notícias, e portanto não poderia ser um demônio. Este argumento, como está óbvio, é o cúmulo da ignorância. Ora, o demônio domina amplamente a artimanha do engano, e é um ser extremamente astuto e perspicaz. Se ele sabia que Deus iria acabar com a sorte de Saul, não iria ganhar nada dizendo que iria se sair vitorioso na batalha. Ao dizer ou prever uma verdade, ele poderia transmitir credibilidade para futuros “encontros”. Não é justamente isso que vemos nos centros espíritas em toda parte?

Satanás é aquele que “se transforma em anjo de luz” (2Co 11:14), ou seja, que faz aquilo que um anjo de luz poderia fazer caso estivesse em seu lugar. Ele também é o “pai da mentira” (Jo 8:44). Confiar em algo que o diabo disse ou deixou de dizer definitivamente não é a função de um bom teólogo, mas é o que deveríamos esperar de quem estudou pouca ou nenhuma exegese na vida. Muito mais poderia ser aqui considerado, e de fato há mais um caminhão de erros e confusões presentes no livro, mas o que foi aqui exposto é por hora suficiente na comprovação do fato de que esta não é uma obra hermenêutica segura ou minimamente coerente, nem tampouco recomendável para novos leitores interessados no assunto.

Por Cristo e por Seu Reino,
Lucas Banzoli (apologiacrista.com)


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[1] Enciclopédia Judaica, 1941, vol. 6, "A Imortalidade da Alma", pp. 564-566.
[2] BÍBLIA, Português. Bíblia Shedd. 2ª edição. Tradução de João Ferreira de Almeida. Edição Revista e Atualizada. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil (SBB); São Paulo, SP: Vida Nova, 1997.
[3] FONSECA, Nedson Mateus M. Samuel e a Médium: Foi Samuel mesmo que subiu? Disponível em: <http://estudanteteologia.blogspot.com.br/2013/08/saul-e-medium-foi-samuel-mesmo-que-subiu.html>. Acesso em: 07/06/2015.

Comentários

  1. Muito bom! Se foi o profeta Samuel mesmo que apareceu a Saul, vamos todos para as sessões espíritas consultar todos os santos profetas, talvez consultando Isaias, Jeremias, Ezequiel, Elias, Enoque e até Moisés, eles nos tragam novidades quentinhas sobre o além e tirem todas as nossas dúvidas sobre escatologia, huahuehuehue! Parabéns Lucas!

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    1. Hehehehehe o Paulo Sérgio já deve ter consultado metade desses aí :)

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  2. Luca falando em escatologia vc vai resumir o livro do apocalipse para nós aprendermos...eu queria ver tudo narrado em ordem cronológica igual vc fez com a história da igreja ( obrigada )

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  3. Meu amigo Lucas, graça e paz! Gostaria de ver vc publicar uma matéria sobre a inquisição. Esses dias vi num post católico uma matéria sobre isso e eles afirmavam que a inquisição não é como afirmamos, que foi uma espécie de disciplina apenas com quem era da igreja, e mais um monte de besteira.

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    1. Vou escrever. Sobre este mesmo tema, já leu os artigos abaixo?

      http://solascriptura-tt.org/IgrejasNosSeculos/InquisicaoNuncaMais-AECosta.htm

      http://resistenciaapologetica.blogspot.com.br/2015/02/inquisicao-protestante.html

      http://conhecereis-a-verdade.blogspot.com.br/2012/07/se-dependesse-da-inquisicao-viveriamos.html

      Abraços!

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  4. Oi Lucas, estava pensando sobre aquele velho argumento imortalista que diz que Deus é Deus de vivos e não de mortos e percebi mais uma falácia que ainda não tinha me dado conta. O argumento imortalista gira em torno de uma palavrinha mágica para eles: Morto! logo como você bem sabe, eles afirmam que as almas estão vivas, logo eles consultam e rezam, oram a vivos, e a grande falácia disso é que a necromancia não se prende a palavrinha mágica (mortos), mas em sentido amplo, a comunicação com o além, outro mundo, seja lá como chamam isso, é exatamente isso que ocorre, um comunicação com o outro lado, isso é necromancia. Então,eu concluo que mesmo que as almas estivessem vivas em algum lugar, qualquer tipo de comunicação, reza, oração e etc, caracteriza pelo que eu entendo, uma prática necromante, o que as escrituras deixam bem claras que é uma abominação. Se considerarmos a hipótese de que as almas dos mortos estão vivas, o que sabemos que não é verdade, e digamos que alguém reze para um desencarnado e essa pessoa crer em sua intercessão temos: Um emissor (pessoa que ora, reza) + Mensagem (Oração, Reza) + Receptor da mensagem (O falecido) e isso caracteriza uma comunicação! O espírita, o católico e o protestante que admite a imortalidade da alma possuem em suas mãos um grande abacaxi para descascar, pois estão crendo am algo abominável, estão crendo em necromancia, mesmo que esteja fazendo isso de uma maneira bonitinha e maqueada no ambiente "cristão" de uma igreja X, uma ressalva para o protestante que mesmo que creia em imortalidade da alma, não anda orando aos mortos.

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    1. Exatamente. Há tempos venho falando que as proibições bíblicas no que tange a "evocação de mortos" e "consulta aos mortos" não é somente uma base contra as atuais práticas espíritas, mas também ao próprio catolicismo, que se comunica com os mortos através da prática da oração (ou reza), crendo que o morto está ouvindo, recebendo e atendendo o que lhe foi comunicado. Se isto não é comunicação com mortos, e portanto uma infração grave contra o mandamento bíblico, eu não sei mais o que é.

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  5. Boa, Lucas, "Deus não falava com Saul nem mesmo por profetas; Samuel era profeta". Se não falou através de Samuel quando vivo não iria falar depois do profeta morto. Note também, que as previsões do "Samuel" que aparece na sessão, não se cumprem como ele disse. As profecias sobre o futuro dos filhos de Saul não estão de acordo com as Escrituras

    Alon

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