Não passará esta geração! (Mateus 24:34)
Algumas
teologias são ruins. Outras, são pífias. Abaixo disso, está o preterismo, que
pode ser definido como sendo a teologia
de um versículo só. O preterismo é a única corrente escatológica conhecida
pelo homem que se sustenta em apenas um único versículo, o qual é repetido, e
repetido, e repetido, e repetido mais ainda até a exaustão pelos seus adeptos.
Trata-se deste aqui:
“Eu lhes asseguro que não passará esta geração até que todas
essas coisas aconteçam” (Mateus 24:34)
O
preterista típico repete este versículo como um mantra, coloca fixo em todas as
páginas de seu site, o invoca para espantar os males, o escreve na testa para
não se esquecer ao se olhar no espelho, deixa a Bíblia aberta neste versículo
enquanto dorme, e o repete como um feitiço de Harry Potter quando está sendo
acuado em um debate. É a teologia de um versículo só. A partir deste versículo,
eles fazem todo um revisionismo histórico em todos os dados escatológicos da
Bíblia inteira, para se alinhar à sua nova doutrina do único versículo.
Eu
não vejo problemas em seguir doutrinas por um versículo, desde que este
versículo seja totalmente irrefutável, absolutamente claro e sem dar margem
nenhuma para outras interpretações. Tem que ser um verso imbatível, infalível e
invencível. É uma pena que este não é o caso de Mateus 24:34, que, embora seja
tão repetido pelos preteristas, está muito longe de provar de forma cabal sua
tese. Em primeiro lugar, porque se “esta geração” é uma referência àquela
geração presente na época de Jesus, então teríamos que presumir que Jesus já
voltou. Note que ele disse que aquela geração não passaria até que...
“...todas
essas coisas aconteçam”
Todas.
Jesus não disse que “algumas” daquelas
coisas que ele havia dito não passariam, mas sim “todas”. “Todas” é todas e ponto. Tudo aquilo que Jesus
disse até ali se cumpriria “naquela” geração. Mas entre essas coisas, também
estava a sua própria segunda vinda!
Mateus 24
29 Imediatamente após a tribulação daqueles dias ‘o sol escurecerá,
e a lua não dará a sua luz; as estrelas cairão do céu, e os poderes celestes
serão abalados’.
30 Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem, e todas as nações
da terra se lamentarão e verão o Filho do homem vindo nas nuvens do céu com
poder e grande glória.
31 E ele enviará os seus anjos com grande som de trombeta, e estes
reunirão os seus eleitos dos quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus.
32 Aprendam a lição da figueira: quando seus ramos se renovam e
suas folhas começam a brotar, vocês sabem que o verão está próximo.
33 Assim também, quando virem todas estas coisas, saibam que ele
está próximo, às portas.
34 Eu lhes asseguro que não passará esta geração até que todas essas coisas aconteçam.
Qualquer
leitor minimamente honesto percebe que o “todas”
do verso 34 abrange também: (a) a volta gloriosa de Jesus nas nuvens do
céu; (b) o arrebatamento dos salvos. Jesus, ao longo de todo o capítulo, cita
eventos tribulacionais, então os associa à Sua volta gloriosa que ocorreria “imediatamente após a tribulação” (v.29)
e não milênios mais tarde, sendo que todas aquelas coisas ocorreriam
“naquela” geração. Portanto, se Jesus estava falando daquela presente geração,
ele teria que voltar enquanto aquelas pessoas ainda estavam vivas. Ele voltou?
Não.
Os
preteristas completos entendem esse problema, e por isso são mais honestos ao
dizer que o “todas” do verso 34 abrange a volta de Jesus também. Mas
como Jesus não voltou em 70 d.C, eles preferem alegorizar a volta de Jesus do
que admitir que o preterismo é falso. Não precisamos perder tempo com isso,
porque isso bate de frente com o que todos
os cristãos creram em todas as
épocas. Tanto a Bíblia quanto os documentos históricos mais primitivos (ex:
Didaquê, Credo Primitivo, Pais da Igreja, etc) criam na volta literal de Jesus
no final dos tempos. Basta mostrar que, se o preterismo for verdadeiro, ele nos
levaria a crer que Jesus já voltou, e isso é falso pois contraria toda a Bíblia
e a história do Cristianismo. Portanto, a interpretação preterista do verso 34
é inválida.
Mas
este não é o único problema lançado para os preteristas, que tem que fazer
verdadeiros malabarismos para dizer que o “todas” do verso 34 se refere não a
todas as coisas que Jesus tinha dito até ali naquela ocasião, mas apenas a “algumas”
delas (que são escolhidas arbitrariamente, de acordo com a imaginação fértil do
preterista). Há um problema maior, que é referente ao tempo de uma geração. Os
preteristas em geral concordam conosco que uma geração biblicamente é o tanto
de tempo relativo ao período de 40 anos (Hb.10:3; Nm.32:13). Esta é uma das
únicas coisas que nós concordamos. Durante o período de 40 anos, está incluída
“aquela geração”. Dali em diante, já é considerada a próxima geração, e não mais aquela presente.
A
bomba no colo dos preteristas reside justamente no fato de que do discurso de
Jesus até a destruição do templo dá mais
de quarenta anos, ou seja, já abrange a geração seguinte, e não mais a presente! Infelizmente, os preteristas fazem
seus cálculos baseados em um erro de calendário, que resultou na
crendice popular de que Jesus nasceu no ano 1 d.C. Se Jesus tivesse nascido no
ano um, ele teria dito aquilo em 34 d.C, e deste tempo até o fim da destruição
dos judeus (em 72 d.C) daria 38 anos, ou seja, estaria dentro do período de uma
geração. Certo autor de site obsceno, por exemplo, escreveu:
O
mesmo preterista desequilibrado e obsceno afirmou também que os fatos históricos
descritos por Jesus em Mateus 24 só se consumaram em 72 d.C:
O
problema é que hoje sabemos que o calendário foi mudado várias vezes e que Jesus não nasceu no ano um. Dadas as
devidas correções no calendário, os historiadores unanimemente concordam que
Jesus, na verdade, nasceu em algum ano entre
4 a.C e 8 a.C. Refazendo as contas tendo agora em mente a data real
do nascimento de Jesus, temos essas cinco possibilidades:
Probabilidades de
nascimento
|
Proclamação de Mateus 24
|
Tempo até o final da “tribulação” preterista
|
4
a.C
|
30
d.C
|
42
anos
|
5
a.C
|
29
d.C
|
43
anos
|
6
a.C
|
28
d.C
|
44
anos
|
7
a.C
|
27
d.C
|
45
anos
|
8
a.C
|
26
d.C
|
46
anos
|
Como
vemos, em qualquer uma das cinco probabilidades do ano verdadeiro do nascimento
de Jesus, os quarenta anos de uma geração não batem. Da teoria mais próxima
para a mais distante, temos de dois a seis anos de diferença, estourando o
tempo limite para ser definido como dentro do período de tempo respectivo a uma
geração. Em nenhuma das
probabilidades o tempo se encaixa dentro daquilo que é considerado uma geração.
Em absolutamente todas elas temos um
período de tempo que estoura os quarenta anos e já passa a fazer parte da geração
seguinte, ou seja, do início da segunda
geração e não mais daquela geração presente. Portanto, se a consumação de
todos os eventos tribulacionais se deu em 72 d.C, Jesus mentiu ao dizer que
ocorreria dentro de apenas uma geração (40 anos). É o que deveríamos inferir,
se o preterismo fosse verdadeiro.
Mas
se Jesus não estava falando daquela presente geração, do que ele estaria
falando? Há pelo menos duas boas possibilidades que se encaixam dentro da
profecia bíblica sem ferir as regras básicas da exegese. Em primeiro lugar, é
de consenso unânime entre os léxicos do grego que a palavra aqui traduzida por “geração”
(genea) também pode significar “raça”
ou “nação”. A maior, melhor e mais conhecida concordância em grego já escrita
pelo homem, a famosa Concordância de Strong, revela isso ao dizer:
O
léxico da mesma concordância afirma:
O
NAS Exhaustive Concordance também traz “raça” como um dos significados de genea:
O Thayler’s Greek Lexicon também:
Uma nota especial fica por conta
do texto de Mateus 23:36, que o original grego traz genea:
Como a versão católica da Bíblia “Ave Maria” traduziu este texto? Assim:
Como vemos, é absolutamente certo
que “raça” é um dos significados possíveis do termo, o que é confirmado
por todos os léxicos do grego e também por traduções católicas. Se este é o
caso também em Mateus 24:34, o que Jesus estava dizendo é que aquela raça
(Israel) não passaria até que todas aquelas coisas ocorressem (no fim dos
tempos). Isso implica na existência perpétua de Israel, algo que foi confirmado
também por Paulo (Rm.11:26). Curiosamente, Israel tem sido a nação mais
perseguida por Satanás desde que o homem existe na terra. Nenhuma raça é tão
perseguida e discriminada como a judaica. Por diversas vezes Satanás buscou a
completa eliminação dos judeus, tendo o ápice com o holocausto nazista, mas
sempre fracassou, porque a profecia não pode falhar.
Por isso, Norman Geisler e Thomas
Howe oportunamente comentam:
“’Geração’ em grego
(genea) pode significar ‘raça’. Nessa situação específica, a afirmação de Jesus
poderia significar que a raça judia não passaria até que todas as coisas se cumprissem.
Por haver muitas promessas a Israel, inclusive a da herança eterna da terra da
Palestina (Gn 12; 14-15; 17) e do reino Davídico (2 Sm 7), Jesus poderia estar
se referindo à preservação da nação de Israel por Deus, de forma a cumprir com
as promessas feitas a Israel”[1]
Mesmo que genea em Mateus 24:34 tenha o significado de “geração” propriamente
dita, isso ainda assim não implicaria que a tribulação ocorreu naquela geração
dos dias de Jesus. A razão para isso é simples: “essa geração” também pode ser
perfeitamente entendida como sendo uma referência à geração que verá os eventos
tribulacionais que Jesus profetizou. Geisler e Howe também comentam sobre isso
nas seguintes palavras:
“Nesse caso, a
palavra se referiria às pessoas que estarão vivas quando essas coisas
acontecerem no futuro. Em outras palavras, a geração que estiver viva quando essas
coisas começarem a acontecer (o abominável da desolação [v. 15], a grande
tributação, tal como nunca houve antes [v. 21], o sinal do Filho do Homem no
céu [v. 30] etc.) permanecerá viva até quando esses juízos se completarem.
Portanto, já que comumente se crê que, no fim dos tempos, a tribulação terá a
duração de sete anos (Dn 9:27; cf. Ap 11:2), Jesus estaria dizendo que ‘esta geração’
que estiver vivendo a tribulação ainda estará viva no seu final”[2]
Em outras palavras, Jesus
profetiza os eventos futuros da grande tribulação, da sua volta, do
arrebatamento e ressurreição, e então diz que “essa geração” (ou seja, a
geração que passará por estes acontecimentos) não passará até que tudo aquilo
que concretize. Neste caso sim temos um período de tempo que se encaixa
perfeitamente dentro do período de uma geração, uma vez que é bem conhecido que
a grande tribulação durará sete anos.
São vários os exemplos bíblicos
onde colocações semelhantes, que à primeira vista parecem se aplicar à geração
presente, mas que de fato se aplicam a uma geração futura. Alon Franco, em um
artigo intitulado "Para
qual geração Jesus falou?", nos dá claros exemplos disso na Bíblia. O
mais clássico está na grande comissão de Mateus 28:19-20, quando Jesus diz:
“Portanto, vão e
façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e
do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até a
consumação dos séculos” (Mateus 28:19-20)
Jesus estava falando com seus
discípulos, e então diz que estaria sempre “com
vocês”, até a “consumação dos séculos”. Mas os discípulos não viveram até a
consumação dos séculos! Obviamente, embora Jesus estivesse falando com os
discípulos, o que ele dizia se aplicava por extensão a todas as gerações de
cristãos, incluindo especialmente aquela que estará viva quando ocorrer a “consumação
dos séculos”. Jesus não estava indicando que os discípulos estariam vivos até a
consumação dos séculos, porque o que ele dizia aos discípulos tinha uma
extensão bem maior, abrangendo também as gerações futuras.
Outro exemplo citado por Alon está
em Deuteronômio 18:14-19, onde Deus diz:
“O Senhor teu Deus
te levantará um profeta do meio de vós,
de teus irmãos, como eu; a ele ouvireis; Conforme a tudo o que pediste ao
Senhor teu Deus em Horebe, no dia da assembléia, dizendo: Não ouvirei mais a
voz do Senhor teu Deus, nem mais verei este grande fogo, para que não morra.
Então o Senhor me disse: Falaram bem naquilo que disseram. Eis lhes suscitarei
um profeta do meio de seus irmãos,
como tu, e porei as minhas palavras na sua boca, e ele lhes falará tudo o que eu lhe ordenar. E será que qualquer que
não ouvir as minhas palavras, que ele falar em meu nome, eu o requererei dele” (Deuteronômio 18:14-19)
Deus diz que surgiria um profeta “do meio de vós”, e ainda ressalta que
esse profeta surgiria “do meio de seus
irmãos”. Como se isso não fosse suficiente, diz ainda que “ele lhes
falará”. Se você estivesse naquela época ouvindo isso, obviamente pensaria
que o profeta em questão surgiria naquela mesma época, pois os pronomes “vós”, “seus”
e “lhes” indicam isso. No entanto, apesar do texto dizer que “o profeta falará
a vocês”, isso não se aplicou naquela geração presente (que ouvia o
discurso), mas milênios mais tarde (o profeta referido é Jesus). A declaração é
dita a uma geração, mas se aplica a uma
geração futura, ou seja, aquela que estaria viva quando Jesus viesse ao
mundo.
Da mesma forma, em Mateus 24 Jesus
usa os mesmos pronomes usados em Deuteronômio 18 (“vós”, “seus”, “lhes”, etc),
mas visando uma geração futura de crentes, ou seja, aquela que estará viva por
ocasião da grande tribulação. E essa geração,
isto é, a geração futura dos crentes vivos por ocasião da tribulação, não
passará até que todos os eventos tribulacionais ocorram. Isso retira do texto
toda e qualquer contradição, destroi o preterismo e o reduz às ruínas – afinal,
eles não tem um único texto fora de Mateus 24:34 para fundamentar suas teses.
Este é o grande problema em se fazer teologia de um versículo só.
Paz a todos vocês que estão em
Cristo.
Por Cristo e por Seu Reino,
Lucas Banzoli (apologiacrista.com)
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O Macabeus deixou cair um texto quando falava da rainha das nações. Aliás, ele jogou no chão e pisou em cima. Veja como Isaias descreve Babilônia, rainha dos reinos :
ResponderExcluirAssenta-te calada, e entra nas trevas, ó filha dos caldeus, porque nunca mais serás chamada rainha de reinos. E disseste: Eu serei rainha para sempre; até agora não te importaste com estas coisas, nem te lembraste do fim delas.
Agora, pois, ouve isto, tu que és dada a prazeres, que habitas tão segura, que dizes no teu coração: Eu o sou, e fora de mim não há outra; não ficarei viúva, nem conhecerei a perda de filhos.
Porém ambas estas coisas virão sobre ti num momento, no mesmo dia, perda de filhos e viuvez; em toda a sua plenitude virão sobre ti, por causa da multidão das tuas feitiçarias, e da grande abundância dos teus muitos encantamentos", Isaias 47:5,7,8,9
Compare com Apocalipse 18:7
Lucas, essa sua aqui foi boa demais:
ResponderExcluir"O preterista típico repete este versículo como um mantra, coloca fixo em todas as páginas de seu site, o invoca para espantar os males, o escreve na testa para não se esquecer ao se olhar no espelho, deixa a Bíblia aberta neste versículo enquanto dorme..."
Lucas escreveu: "Note que ele disse que aquela geração não passaria até que...
ResponderExcluir...todas essas coisas aconteçam”
Pois é, Lucas, e triste ver um
Apologista se contorcendo todo para enfiar muitos acontecimentos previstos em Mateus 24 nos 40
Anos ocorridos entre a assunção de Jesus a destruição de Jerusalém.
Veja o que o preterista católico romano diz que cumpriu-se nesse tempo:
"Muitos vieram em nome de Jesus dizendo ser o Cristo". Quem viu?
"Guerras e rumores de guerras". Onde, no mundo entre 30 e 70 DC?
Olha esse que tremendo. Eles dizem que aconteceu naquela geração:
"... se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares". Onde aconteceu tudo isso?
Mais aqui
"... E surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos".
Muitos? Entre 30 e 70 não temos notícia nem de meia dúzia deles.
O verso 24 diz que eles "farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos". Quantos deles fizeram isso naquela geração?
E aqui apresento a maior pérola de todas. Jesus, em Lucas capítulo 21 falava claramente sobre a destruição de Jerusalém no verso 24. De repente ele diz:
"E haverá sinais no sol e na lua e nas estrelas; e na terra angústia das nações, em perplexidade pelo bramido do mar e das ondas.
Homens desmaiando de terror, na expectação das coisas que sobrevirão ao mundo; porquanto as virtudes do céu serão abaladas.
E então verão vir o Filho do homem numa nuvem, com poder e grande glória.
Ora, quando estas coisas começarem a acontecer, olhai para cima e levantai as vossas cabeças, porque a vossa redenção está próxima.
Agora veja a decepcao preterista;
a) "na terra angústia das nações". Por que angustia das nações pelo bramido do mar e das ondas se a guerra está restrita entre duas cidades apenas, Jerusalém e Roma?
b) "Homens desmaiando de terror, na expectação das coisas que sobrevirão ao mundo".
Jerusalém e Roma se enfurecem e os homens do mundo inteiro desmaiam de terror! Essa foi dose!
c) "verão vir o Filho do homem numa nuvem, com poder e grande glória".
Essa nem precisa de comentários
d) "quando estas coisas começarem a acontecer, olhai para cima e levantai as vossas cabeças, porque a vossa redenção está próxima".
Se as "coisas que começarem a acontecer" é uma referência apenas para a destruição de Jerusalém, então Jesus não poderia dizer que a redenção estava próxima, pois o que veio foi uma big destruição.
Os preteristas estão caindo no ridículo que eles mesmo criaram!
Perfeito, Alon. Ainda daria para mencionar isso:
Excluir"E este evangelho do Reino será pregado EM TODO O MUNDO como testemunho A TODAS AS NAÇÕES, e então virá o fim" (Mateus 24:14)
Isso os preteristas dizem que aconteceu antes de 70 d.C. Mas veja só o que Jesus fala sobre a sua vinda em juízo, em 70 d.C:
“Quando forem perseguidos num lugar, fujam para outro. Eu lhes garanto que vocês não terão percorrido todas as cidades de Israel antes que venha o Filho do homem” (Mateus 10:23)
Ou seja: os discípulos não teriam nem terminado de percorrer o "quintal" (=Israel) antes de 70 d.C, mas na cabeça dos preteristas eles já tinham pregado ao mundo todo nesta mesma época.
Ridículo.
O pior nesse texto citado por você, foi a interpretação preterista do mesmo. Veja como fica o versículo na versão deles:
ResponderExcluir"E este evangelho do Reino será pregado EM TODO O MUNDO como testemunho A TODAS AS NAÇÕES, e então virá o fim [ de JERUSALÉM ]"(Mateus 24:14)
kkkkkkkk bem observado!
ExcluirNão sou católica, mas Reformada e de visão Preterista parcial.
ResponderExcluir“Em verdade vos digo que alguns há, dos que aqui estão, que não provarão a morte até que vejam vir o Filho do homem no seu reino.” Mt 16:28
E: “Vendo Pedro a este (o discípulo amado), disse a Jesus: Senhor, e deste que será? Disse-lhe Jesus: Se eu quero que ele fique até que eu venha, que te importa a ti? Jo 21:21-23
Discípulos highlanders, Jesus errou, de fato alguns “viram” o Filho do homem vir, ou o quê?
“E, levantando-se um deles, por nome Ágabo, dava a entender pelo Espírito, que haveria uma grande fome em todo o mundo, e isso aconteceu no tempo de Cláudio César.” At 11:28
“Mas digo: Porventura não ouviram? Sim, por certo, pois Por toda a terra saiu a voz deles, e as suas palavras até aos confins do mundo.” Rm 10:18
“... palavra da verdade do evangelho, que já chegou a vós, como também está em todo o mundo; e já vai frutificando, como também entre vós...” Cl 1:5,6
“Se, na verdade, permanecerdes fundados e firmes na fé, e não vos moverdes da esperança do evangelho que tendes ouvido, o qual foi pregado a toda criatura que há debaixo do céu, e do qual eu, Paulo, estou feito ministro.” Cl 1:23
“Filhinhos, É JÁ A ÚLTIMA HORA; e, como ouvistes que vem o anticristo, também agora MUITOS SE TÊM FEITO ANTICRISTOS, por onde conhecemos que É JÁ A ÚLTIMA HORA.” 1 Jo 2:18
E também neste sentido: Atos 5:36-38
Alguns aqui sequer leem a Bíblia.
É preciso ler os relatos de Flávio Josefo para ter noção do que foi o horror daquele período. Um dos que mais me chamou a atenção foi o de uma mãe que assou o próprio filho (bebê) para comer, tamanha fome que vivenciaram.
Há alguns aqui que precisam estudar mais História.
– Tenham em mente algo: a que MUNDO Jesus estava se referindo???
Em Mt 13 – na explicação da parábola do joio – é evidente a diferença entre “mundo” kosmos (mundo – universo) - v 38 e “mundo” aion (século, era) – vv 39, 40
Ou em Mt 24:30: “tribos da TERRA” – tes ges (*não é possível colocar “acentos”) referente a terra prometida.
– O que dizer dos que estiverem na Judéia?... (Mt 24:16). Ou por qual motivo os que estiverem (futuramente, ou no presente) passando pela tribulação deverão orar para q não ocorra no sábado, então? (Mt 24:20). Algum de nós deve ter esta preocupação????.... Os JUDEUS não podiam andar mais que 1 quilômetro no sábado – imagina uma perseguição em tal dia. Para nós essa orientação de nada serve.
– Quanto aos sinais no céu – “sol escurecerá, lua não dará sua luz...” ou “Filho do Homem vindo sobre as nuvens” – Ler Isaías 13:9,10,13 (Profecia contra Babilônia);
Is 19:1 e Ez 32:7 (contra Egito)
Is 34:4 (contra Edom)
O capítulo 2 de Joel traz a predição da destruição como “dia do SENHOR”
E: Sl 104:3; Na 1:3; Sf 1:15 – Os judeus estavam acostumados com essa linguagem. Eles sabiam que não VERIAM (fisicamente) a Jesus, mas sim Sua manifestação em poder e glória. Pois já tinham “visto” isso ocorrer – vários outros “dias do SENHOR”, “dia do Juízo”.
Só para citar alguns – Mt 10:15, 11:22,24 também trazem a expressão “Dia do Juízo”
(...)
(...)
ResponderExcluir*Pegando o “gancho” de Joel 2, no versículo 28 (predição do Dia de Pentecostes), é dito: “derramarei o meu Espírito sobre TODA carne”... TODA (cada uma existente) pessoa recebeu o Espírito????
Sendo assim, foi uma profecia para todo AQUELE mundo, um dia de Juízo para toda AQUELA gente, o fim daquela era judaica e a “instalação” da era cristã (no que concerne ao povo de Deus).
“Ora, tudo isto lhes sobreveio como figuras, e estão escritas para aviso NOSSO, PARA QUEM JÁ SÃO CHEGADOS os fins dos séculos.” 1 Co 10:11
”... Mas AGORA NA CONSUMAÇÃO DOS SÉCULOS uma vez se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo.” Hb 9:26
“Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes que SE VAI APROXIMANDO AQUELE DIA.” Hb 10:25
“Revelação de Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu, para mostrar aos seus servos as coisas que BREVEMENTE devem acontecer; e pelo seu anjo as enviou, e as notificou a João seu servo;... porque O TEMPO ESTÁ PRÓXIMO.” Ap 1:1-3
Mais: Mt: 26:64; Hb 10:37; 1Jo 4:3; Ap 2:16; 3:11; 6:17; 22:6, 7, 10, 12, 20.
Pergunto aos não-preteristas: Que raio de breve, perto, presto, cedo, logo... é esse que já se passaram 2000 anos e nada????
*Fazendo uma comparação de Ap 22:10 – em que é dito: “Não seles as palavras da profecia deste livro; porque próximo está o tempo.” (e já se passaram 2mil anos... =/ ) e Dn 12:4: “Daniel, encerra estas palavras e sela este livro, até ao fim do tempo;” (Após 490 anos, a profecia feita a Daniel se cumpriu). E aí?
– Seguindo com Daniel: “Quando, pois, virdes que a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, está no lugar santo; quem lê, entenda;” Mt 24:15
Se formos para o correspondente em Daniel (Dn 9:24-27) – As Sete semanas de Daniel – todos os pontos do v. 24 já foram cumpridos em Jesus!
– Quanto ao “arrebatamento”, aquele trecho não pode estar falando de arrebatamento, pois é dito: “E, COMO foi nos dias de Noé, ASSIM SERÁ TAMBÉM a vinda do Filho do homem ... E não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os LEVOU A TODOS, assim será também a vinda do Filho do homem.
Então, estando dois no campo, será LEVADO UM, e DEIXADO OUTRO;” Mt 24:37, 39,40
Quem foi LEVADO e quem foi DEIXADO???????
– A diferença dos anos não se aplica somente ao ano em que Jesus nasceu, mas a TODOS q se seguem. NÓS estamos entre 2007-2011 d.C., sendo assim, ao ano da destruição também se aplica a regra – de 33 dC a 70 dC são 37 anos. Então, reduzindo ou aumentando em quantos anos forem, a mudança se aplica às 2 datas, logo, a diferença será sempre em torno disto!
Boa noite!
Natália
P.S.: Como "Anônimo", porque não possuo conta em nenhum.
Eu geralmente não desperdiço o meu tempo refutando textos gigantes copiados da internet, ainda mais quando são feitos para defender um delírio tão hilário como é o preterismo, mas como esses argumentos são tão fracos, manjados e fáceis de se refutar, vou abrir uma exceção e comentá-los resumidamente:
Excluir1) Todo esse falatório repetitivo e nauseante sobre o “breve”, “brevemente”, “tempo está próximo”, etc e etc (que cobrem mais da metade do seu texto), se refutam de forma extremamente simples:
“EIS QUE VENHO EM BREVE! Feliz é aquele que guarda as palavras da profecia deste livro” (Apocalipse 22:7)
Jesus disse que VINHA EM BREVE, mas você crê que ele não voltou ainda (senão não seria preterista parcial, mas preterista completa). Ou seja: ele usou o termo “BREVE” para algo que não aconteceu ainda dentro destes dois mil anos. Mesmo assim, pateticamente você insiste que o mesmo termo “breve” (e vocábulos semelhantes) exclui a possibilidade de se referir a algo ainda futuro, quando aplicados à grande tribulação e não à volta de Jesus. O que eu posso dizer sobre essa teologia de fundo de quintal, com dois pesos e duas medidas? Nada. O preterismo é auto-refutante, derruba a si mesmo, de tão ridículo que é. Os argumentos que ele usa para combater o futurismo são OS MESMOS que rebatem a si próprio.
2) Sobre as outras várias passagens que você passou, que falam que nós estamos vivendo hoje os “últimos dias”, ou “últimos tempos”, ou “última hora”, e terminologias semelhantes, eu quero saber quando foi que você leu eu dizer algo diferente? Quando foi que você viu eu dizendo aqui neste blog que nós NÃO estamos vivendo os últimos tempos desde a primeira vinda de Cristo? Você está simplesmente atacando um espantalho. Teologicamente, os “últimos dias” são todos os dias que compreendem o estado entre a primeira e a segunda vinda de Cristo. Biblicamente, a história do mundo é dividida em duas partes: antiga aliança e nova aliança, como em um jogo de futebol, que tem dois tempos (primeiro e segundo tempo), sendo que este segundo tempo é o ÚLTIMO tempo, ainda que ele compreenda um quantitativo temporal tão grande quanto o anterior (o primeiro tempo). Se você não aprendeu isso, só posso lamentar.
3) Sua distinção superficial entre o “mundo” kosmos e o “mundo” aion não se sustenta uma vez que no Apocalipse é dito que a tribulação seria de alcance global em todo o mundo (oikoumene), não o “mundo” aion, palavra esta que não é utilizada aqui, em Apocalipse 3:10 por exemplo:
“οτι ετηρησας τον λογον της υπομονης μου καγω σε τηρησω εκ της ωρας του πειρασμου της μελλουσης ερχεσθαι επι της οικουμενης ολης πειρασαι τους κατοικουντας επι της γης”
4) Se você tivesse um mínimo de estudo e conhecimento de causa da doutrina escatológica futurista saberia que é consenso de que a segunda metade da grande tribulação será marcada pelo rompimento do tratado de aliança entre os judeus e o anticristo, e como resultado os judeus passarão a ser fortemente perseguidos, esta é a tônica de Apocalipse 12 inteiro, só pra citar um caso. É por isso que Jesus fala sobre a Judeia. Os judeus serão mais perseguidos do que qualquer outro povo na grande tribulação, por isso a ênfase de Jesus em Mateus 24 (vale lembrar que ele falava a um público judeu, alertando sobre o que o anticristo fará aos judeus).
5) Ah, entendi. A volta de Jesus nas nuvens do céu (Mt.24:30) era uma pegadinha do Malandro. Na verdade, malandro mesmo é quem pega profecias claramente alegóricas do AT, e as mistura com um contexto claramente literal de Mateus 24, onde Jesus falava o tempo todo em termos literais, e NAQUELE MESMO CONTEXTO LITERAL fala sobre a sua volta nas nuvens do céu (Mt.24:30), que você bisonhamente alegoriza, tomando os textos alegóricos do AT como um padrão para a interpretação de Mateus 24, fazendo uma aplicação completamente descabida! Um curso básico de exegese lhe cairia bem. E o pior de tudo é que você se diz preterista “parcial”, que supostamente crê na volta de Jesus. E no texto que mais claramente fala desta volta, você alegoriza no desespero em encaixar essa “volta” em 70 d.C! Que feio!
Excluir6) Essa sua frase é a mais cômica de todas:
“Eles sabiam que não VERIAM (fisicamente) a Jesus, mas sim Sua manifestação em poder e glória”
Quem refuta essa baboseira é o próprio Senhor Jesus:
“E is que ele vem com as nuvens, e TODO OLHO O VERÁ, até mesmo aqueles que o traspassaram; e todos os povos da terra se lamentarão por causa dele. Assim será! Amém” (Apocalipse 1:7)
“Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem, e todas as nações da terra se lamentarão e VERÃO O FILHO DO HOMEM VINDO NAS NUVENS DO CÉU com poder e grande glória” (Mateus 24:30)
Será que preciso dizer mais alguma coisa?
7) Pior ainda do que isso é a sua interpretação tendenciosa de Daniel. Você diz que todas as profecias de Daniel (Dn.12:4) se cumpriram 490 anos depois. Ridiculamente falso. Daniel profetizou também sobre a RESSURREIÇÃO DA CARNE, que não ocorreu ainda:
“Multidões que dormem no pó da terra acordarão: uns para a vida eterna, outros para a vergonha, para o desprezo eterno” (Daniel 12:2)
Se os mortos ainda não ressuscitaram para a vida eterna ou morte eterna, é porque nem todas as profecias de Daniel se cumpriram ainda. Portanto, a profecia como um todo ainda está para se cumprir totalmente, o que derruba o seu pobre argumento.
8) Sua outra interpretação de Daniel é mais cômica ainda. O “abominável da desolação” ainda não veio. Eu sei que para os preteristas como você se refere a Nero (exceto se você for uma exceção à regra, o que não parece ser o caso, visto que todo este seu discurso é copiado da internet). Mas Nero não cumpre nenhum pré-requisito estabelecido por Paulo em 2ª Tessalonicenses 2:3-4:
“Não deixem que ninguém os engane de modo algum. Antes daquele dia virá a apostasia e, então, será revelado o homem do pecado, o filho da perdição. Este se opõe e se exalta acima de tudo o que se chama Deus ou é objeto de adoração, a ponto de se assentar no santuário de Deus, proclamando que ele mesmo é Deus. Não se lembram de que quando eu ainda estava com vocês costumava lhes falar essas coisas?” (2 Tessalonicenses 2:3-5)
Nero nunca fez sinais miraculosos para enganar pessoa alguma; Nero nunca pisou o pé em Jerusalém em toda a vida; Nero nunca entrou no Templo; Nero adorava os deuses romanos e nunca proibiu os objetos de adoração; Nero nunca se opôs a TUDO aquilo que se chama Deus; Nero não morreu quando Jesus voltou, ele morreu em 68 d.C, bem antes da destruição de Jerusalém e do Templo. Tudo isso ainda está para acontecer, na setuagésima semana de Daniel, pouco antes da volta de Jesus.
9) Veja só como você posta as coisas aqui sem nem ler o site. Os versos do “levados” e “deixados” que você citou, eu já citei várias vezes neste site e também em meu livro “A Igreja na Grande Tribulação”, onde refuto a tese pré-tribulacionista (o que você não deve saber, pois na sua cabeça todos os futuristas devem ser necessariamente pré-tribulacionistas...). Ou seja, você cita um argumento meu, como se eu ensinasse o contrário daquilo. Santo Cristo...
10) Pra terminar, a sua tentativa de “refutação” ao argumento da datação, é a tentativa de refutação mais horrorosa que eu já vi em toda a minha vida. Você simplesmente não entendeu bulhufas do argumento. Então eu vou explicar de novo, tin tin por tin tin: JESUS NÃO MORREU EM 33 D.C!
ExcluirPara Jesus ter morrido em 33 d.C, ele teria que ter nascido em 1 d.C. Mas Jesus NÃO nasceu em 1.d.C, mas sim entre 4 a.C a 8 a.C. Sabendo que ele viveu 33 anos, basta fazer as contas para ver que em NENHUM dos casos dá os 40 anos máximos para uma geração, que são necessários para a crença preterista. Pegando a datação mais provável (de 6 a.C), e adicionando os 33 anos que Jesus viveu, chegaríamos a 28 d.C, e não a 33 d.C! Ora, de 28 d.C até 72 d.C são 44 anos e a não 40, ou seja, já abrange a OUTRA geração (a segunda), e não mais aquela primeira. Isso destrói por completo o preterismo, e o reduz às ruínas. Infelizmente você não compreendeu esse simples argumento, tomara que tenha entendido agora.
Quero deixar claro, como já deixei claro outras várias vezes, que este espaço no blog NÃO É UM LUGAR DE DEBATES, mas apenas de “comentários”, ou seja, de uma observação simples e breve sobre o artigo. Eu geralmente não admito textos gigantescos copiados da internet que os catoleigos postam de vez em quando aqui (textos esses que já foram exaustivamente explicados em outros artigos do blog), e abri uma exceção a você, não sei por que. Se o seu intuito é DEBATER, então me mande um e-mail (lucas_banzoli@yahoo.com.br) que eu respondo QUANDO TIVER TEMPO, e então aguarde uma resposta como todos os demais, pois eu não tenho condições de responder a todo mundo que quer debater alguma coisa comigo. Se insistir em querer debater nesta caixa de comentários que NÃO É para debates, seus comentários serão sumariamente ignorados e não perderei tempo nem lendo, muito menos publicando.
Fique com Deus.
Caro Luis,
ExcluirAlguns teologos associam a frase "E ele firmarà um concerto com muitos por uma semana...", de Daniel 9:27, com a expressao "MESSIAS" de Daniel 9:26, dizendo que tal verso fala de Jesus Cristo e nao do anticristo (o homem do pecado).
O nobre amigo poderia dar sua opiniao a respeito.
Mracelo.
Essa interpretação é totalmente descabida, porque quebra a sequencia lógica do texto bíblico. Vejamos:
Excluir"Depois das sessenta e duas semanas, o Ungido será morto, e já não haverá lugar para ele. A cidade e o lugar santo serão destruídos pelo povo do governante que virá. O fim virá como uma inundação: Guerras continuarão até o fim, e desolações foram decretadas. Com muitos ele fará uma aliança que durará uma semana. No meio da semana ele dará fim ao sacrifício e à oferta. E numa ala do templo será colocado o sacrilégio terrível, até que chegue sobre ele o fim que lhe está decretado" (Daniel 9:26-27)
De fato, o início do verso 26 fala do Messias (que seria morto), mas depois disso fala também da cidade e do lugar santo que seriam destruídos PELO GOVERNANTE QUE VIRÁ. Ora, esse “governante que virá” é obviamente alguém DISTINTO do próprio “Ungido”, que acabara de ser mencionado. Portanto, só pode se tratar do anticristo. Então a continuação do verso diz que ELE (só pode se referir ao antecedente mais próximo, ou seja, o anticristo) firmaria uma aliança que duraria “uma semana” (=7 anos), quebrando o acordo no meio da semana e colocando no templo o “sacrilégio terrível” (algo que Jesus nunca fez), até que chegue sobre ELE (ou seja, o anticristo) o FIM que lhe está decretado.
Só um insano concluiria que este homem que será um governante que quebrará a aliança com os judeus, que colocará o sacrilégio terrível no templo e que TERÁ UM FIM da parte de Deus é o próprio Senhor Jesus. Isso chega a soar como blasfêmico. É evidente que tudo isso é uma referência ao anticristo, exatamente aquele mesmo que Paulo disse que se assentaria no templo de Deus proclamando a si mesmo como deus (1Ts.2:4), e que seria DESTRUÍDO quando Jesus voltasse (2Ts.2:8) – o que faz todo o sentido do mundo.
Abraços.
De tao, mas olhe as palavras de um estudioso sobre o assunto: http://escatologiacrista.blogspot.it/2008/02/70-semanas-de-daniel.html
ExcluirO bispo Ildo pensa assim porque ele é amilenista, mas nenhum dos argumentos dele confere. Ele afirmou que a 70ª semana ocorreu na época de Cristo porque interpretou o texto que diz “depois da 69ª semana” como se automaticamente implicasse que estava já na 70ª, ignorando o fato de que existe um intervalo significativo de tempo entre a 69ª semana e a 70ª semana, uma vez sendo que na 70ª semana quem quebrará o acordo com os judeus e desfará os sacrifícios é claramente apontado como sendo o “governante que virá”, ou seja, o anticristo.
ExcluirEle também falha em pensar que todas as profecias de Daniel (que se encaixam dentro destas 70 semanas) se cumpriram já em torno da primeira vinda de Cristo. Isso é falso. O próprio Ildo reconhece que essas 70 semanas consistiam em:
1. Para fazer cessar a transgressão;
2. Para dar fim aos pecados;
3. Para expiar a iniqüidade;
4. Para trazer a justiça eterna;
5. Para selar a visão e a profecia;
6. Para ungir o Santo dos Santos.
Mas Jesus não trouxe “justiça eterna” em sua primeira vinda (as injustiças permanecem existindo no mundo hoje), e nem todas as profecias de Daniel foram seladas (cumpridas). Um exemplo claro de algo que ainda está para se cumprir é Daniel 12:2, que fala da ressurreição dos mortos, que obviamente é um evento ainda futuro:
“E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno. Os que forem sábios, pois, resplandecerão como o fulgor do firmamento; e os que a muitos ensinam a justiça, como as estrelas sempre e eternamente. E tu, Daniel, encerra estas palavras e sela este livro, até ao fim do tempo; muitos correrão de uma parte para outra, e o conhecimento se multiplicará” (Daniel 12:2-4)
Além disso, ele falha em querer encaixar tudo aquilo que Jesus falou em Mateus 24 dentro do período de “uma geração” (incorrendo no mesmo equívoco já refutado neste mesmo artigo), inclusive o “abominável da desolação”, que é algo que claramente não aconteceu ainda, mas ele tenta encaixar em 70 d.C de qualquer jeito. Jesus disse que este “abominável da desolação” (ou “sacrilégio terrível”) estaria no LUGAR SANTO, ou seja, no templo de Jerusalém:
Excluir“Assim, quando vocês virem ‘o sacrilégio terrível’, do qual falou o profeta Daniel, no lugar santo — quem lê, entenda” (Mateus 24:15)
Isso é o mesmo que Paulo falou em 2ª Tessalonicenses 2:3-5, texto este que os preteristas como o bispo Ildo geralmente costumam atribuir a Nero:
“Não deixem que ninguém os engane de modo algum. Antes daquele dia virá a apostasia e, então, será revelado o homem do pecado, o filho da perdição. Este se opõe e se exalta acima de tudo o que se chama Deus ou é objeto de adoração, a ponto de se assentar no santuário de Deus, proclamando que ele mesmo é Deus. Não se lembram de que quando eu ainda estava com vocês costumava lhes falar essas coisas?” (2ª Tessalonicenses 2:3-5)
Mas Nero nunca fez sinais miraculosos para enganar pessoa alguma; Nero nunca pisou o pé em Jerusalém em toda a vida; Nero nunca entrou no Templo; Nero adorava os deuses romanos e nunca proibiu os objetos de adoração; Nero nunca se opôs a TUDO aquilo que se chama Deus; Nero não morreu quando Jesus voltou, ele morreu em 68 d.C, bem antes da destruição de Jerusalém e do Templo. Tudo isso ainda está para acontecer, na setuagésima semana de Daniel, pouco antes da volta de Jesus.
Em síntese, o bispo Ildo falha em querer encaixar para dentro do século I d.C o cumprimento de todas as profecias de Daniel referente às 70 semanas, e também tudo o que Jesus disse em Mateus 24. Há acontecimentos que claramente estão relacionados ao futuro, ou seja, à 70ª semana, os sete anos finais conhecidos como a “grande tribulação”. Pelo menos ele reconhece que o Apocalipse foi escrito em 90 d.C (embora tenha sido em 96 d.C, mas passou perto), ou seja, derruba a tese preterista dos “sete reis” (o que já é um avanço).
Recomendo este outro artigo que explica o tema das 70 semanas bem melhor do que o artigo do bispo Ildo:
http://solascriptura-tt.org/EscatologiaEDispensacoes/SetentaSemanasDaniel-IReis.htm
(obs: eu discordo da tese de que as sete igrejas representem sete períodos históricos de tempo entre a primeira e a segunda vinda de Cristo, e também discordo da tese do arrebatamento pré-tribulacional, mas no resto concordo com a análise deles).
Abraços.
Deus te abençoe!!!
ExcluirCaro Lucas,
ExcluirAinda dentro dos assuntos escatologicos, aproveito a oportunidade para perguntar a sua opiniao sobre um artigo (de duas partes) que li hà tempos, tratando do calendario judaico e da volta do Messias: https://www.google.it/#newwindow=1&q=232+anos+perdidos+do+calendario+judaico
Deus te abençoe!!!
Concordo com as datações que ele fez, de fato as semanas de Daniel apontam para Jesus, só que realmente não entendi por que ele concluiu no final do artigo que Jesus deveria voltar quando se completar exatos seis mil anos desde Adão... isso simplesmente é um palpite dele, por que Deus teria que iniciar a grande tribulação bem exatamente quando se completar os seis mil anos? Ainda mais se não tem nada na Bíblia que aponte isso. Jesus disse que só o Pai conhece os tempos da Sua volta (Mt.24:36), então não adianta palpitar agora (todos os que tentaram fazer isso até hoje, fracassaram miseravelmente).
ExcluirAbraços!
Parece-me que o autor da materia faz um paralelo entre a criaçao dos ceus e da terra (que durou 6 dias) e o dia de descanso (setimo dia). De sorte que, segundo a leitura biblica que ele faz, teriamos seis mil anos de existencia (um dia valendo mil anos), para, em seguida, entrarmos no descando.
ExcluirAh, sim, agora entendi. Mas de qualquer forma, isso aí é a interpretação dele, Jesus nunca disse que voltaria depois de seis mil anos completos. E já estamos em 2015 e até agora nada de grande tribulação :(
ExcluirNobre Lucas,
ResponderExcluirGostaria de aproveitar esta oportunidade para esclarecer uma duvida com relaçao a passagem de Mateus 27:52-53 (em duas partes).
Meditando na passagem escrita em Mt 27:52-53, vejo que existe a possibilidade de que o Espirito Santo esteja indicando, simbolicamente, a inauguraçao de uma nova era: a era da Graça.
Se considerarmos o que està escrito no principio do verso 51, isso parece se reforçar ainda mais, pois a expressao "rompeu-se o veu" (que separava o lugar santo do lugar santissimo) é simbolica e representa que, a partir de entao, todos os crentes teriam livre acesso ao Pai (pelo sangue de Cristo).
Claro que isso nao significa que nao tenham ocorridos, de fato, alguns sinais da natureza, os quais estao registrados nas Escrituras Sagradas ("houve trevas sobre toda a terra").
Assim sendo, pode ser que tal passagem relate dois fenomenos distintos em um mesmo evento:
1 - A natureza manifestou sua indignaçao, diante da morte daquele que a havia criado (obs: lembremo-nos de que até o Centuriao creu em Cristo pelos sinais que viu); e
2 - O cumprimento de Ezequiel 37:12: "Contudo, profetiza e prega-lhes: Assim diz o Senhor, o Eterno e Soberano Deus. Ó meu amado povo, eis que abrirei as vossas sepulturas. Eu mesmo vos farei sair das vossas sepulturas. e vos conduzirei de volta à terra de Israel".
Tenho a impressao de que se tivesse havido uma ressurreiçao literal, em massa, de "muitos santos", isso seria um evento tao maravilhoso que, possivelmente, estaria registrado nos demais Evangelhos e/ou nas cartas de Paulo; porem, estranhamente, todos se calam a esse respeito.
Por isso, parece-me que tal hipotese seja plausivel, ou seja, o cumprimento da profecia feita pelo Espirrto de Deus, em Ez 37:12.
Mas, como ficam os santos que "ressuscitaram" e foram vistos na cidade de Jerusalem?
A carta de Paulo aos Corintios (1 Co 15:6) pode trazer uma resposta para essa questao, pois està registrado que Cristo (ressurreto) foi visto por mais de 500 pessoas, os quais nasceram do Espirito ("ressuscitaram"), mediante aqueles eventos maravilhosos que ocorreram na morte do Filho de Deus (obs: tais eventos foram tao marcantes que até um Centuriao Romano confessou que verdadeiramente Jesus era o Filho de Deus).
Dessa forma, esses santos teriam recebido o privilegio de serem testemunhas da ressurreiçao do Filho de Deus, tendo entrado na cidade santa para anunciar as boas novas de salvaçao (obs: "cidade santa" pode representar as duas coisas: a Graça do Filho de Deus e, ao mesmo tempo, a cidade de Jerusalem).
(Continuaçao)
ResponderExcluirAlguns citam Ef 4:8-9 como uma confirmaçao de que tal passagem (Mt 27:52-53) teria sido literal. Mas serà que isso seria verdade?
Paulo, em Efesios, pode estar relatando, tao somente, a vitoria total de Cristo sobre a morte, ou seja, de uma vez por todas e para sempre.
Em sua ressurreiçao, Cristo tomou, das maos do diabo, a chave do inferno e da morte e nos fez (a todos) assentar em lugares celesiais (Ef 2:6); de tal sorte que a morte jà nao tem mais poder sobre o crente.
Veja que, conforme està escrito em Mt 12:29, Cristo, em vida, amarrou Satanás, isto é, limitou o seu poder sobre o homem e, na cruz, esmagou de uma vez para sempre a cabeça da serpente, conforme havia sido prometido no Jardim do Éden (Gn 3:14-15).
Assim sendo, Ele venceu completamente o inimigo, libertando os que o diabo tinha aprisionado, conforme Cl 1:12-14: "Dando graças ao Pai que nos fez idôneos para participar da herança dos santos na luz; O qual nos tirou da potestade das trevas, e nos transportou para o reino do Filho do seu amor; Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a saber, a remissão dos pecados".
Assim sendo, ao ressuscitar e subir ao alto, Cristo levou "cativo o cativeiro", isto é, os poderes que prendiam o homem, de tal sorte que tais poderes ficaram inócuos e perderam sua eficácia na vida daquele que crer, como diz Hebreus 2:14-15: "E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo; E livrasse todos os que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à servidão".
Aguardo sua analise.
Respeitosamente,
Marcelo
Olá, Marcelo, eu recomendo a leitura deste artigo recente onde eu mostro meu posicionamento sobre este versículo:
Excluirhttp://heresiascatolicas.blogspot.com.br/2015/07/como-diferenciar-o-literal-do-alegorico.html
Abraços.
Apocalipse foi escrito depois da destruição do templo relatando acontecimentos futuros. Só isso prova que os preteristas não tem noção nenhuma.
ResponderExcluirIrmão Lucas da uma olhada
ResponderExcluirhttp://googleweblight.com/?lite_url=http://estudandoprofecia.blogspot.com/2012/09/quando-tudo-foi-cumprido.html?m%3D1&ei=M-TxhVGg&lc=pt-BR&s=1&m=223&host=www.google.com.br&ts=1492565412&sig=AJsQQ1B7QIoLp3n0zLCgZQAwQa_JEvVbrw
Eu já debati com ele, se quiser pode ver o debate aqui:
Excluirhttp://heresiascatolicas.blogspot.com.br/2012/12/debate-sobre-o-preterismo-lucas-banzoli.html
A Cabala ensina que a Torá está escrita na linguagem dos ramos. Ou seja nada do que está ali escrito refere-se a alguma nação ou fato histórico mas expressam uma dimensão espiritual sem conotação com esse mundo de Malkuth. A doutrina de Jesus tem semelhanças com a Cabala e por isso nao falava das coisas desse mundo. Tudo na Bíblia de gênese ao apocalipse incluindo a vida e paixão de cristo acontece dentro do devoto em sua jornada espiritual interior. Dessa forma quando ele afirma que isso acontecerá sem que aquela geração passasse só estava dizendo que aquilo ja estava acontecendo, como contínua acontecendo sempre como diz na oração católica "..Assim como era no princípio,agora e sempre..."
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