O que era a verdadeira "tradição apostólica"? - Parte 2


No artigo anterior iniciamos uma série de artigos sobre o que era a tradição apostólica de acordo com o ensino dos Pais da Igreja. Constatamos que, diferentemente daquilo que os católicos pensam, essa tradição não era uma autoridade paralela ou complementar à Bíblia, mas um método hermenêutico para interpretar as Escrituras.

Sendo assim, ela nunca era usada de pretexto para incluir doutrinas que não se encontrassem na Bíblia, nem tampouco servia como justificativa para a criação de dogmas que não se encontrassem expressamente nas Escrituras ou que fossem deduzidos dela (como a trindade).

Veremos, então, mais textos sobre a “tradição” nos escritos dos Pais. Jerônimo (347 – 420) foi um dos mais famosos e importantes da era patrística, e escreveu que a tradição apostólica não era algo “fora da Escritura” ou “fora daquilo que está escrito”, pois, ele diz, «admitidos tudo o que está escrito e rejeitamos tudo o que não está»:

“Se vós quereis clarificar as coisas em dúvida, ide à lei e ao testemunho da Escritura; fora dali estais na noite do erro. Nós admitimos tudo o que está escrito, e rejeitamos tudo o que não está. As coisas que se inventam sob o nome de tradição apostólica sem a autoridade da Escritura são feridas pela espada de Deus (Jerônimo, In Isaiam, VII; In Agg., I)

Fora do «testemunho da Escritura», estamos na «noite do erro». Enquanto os católicos ensinam que a tradição não se encontra nas Escrituras, mas fora dela, Jerônimo dizia expressamente o contrário: as tradições estavam sujeitas à Escritura, de modo que eles admitiam «tudo o que está escrito e rejeitamos tudo o que não está».

Se eles rejeitavam tudo o que não está, isso significa que a “tradição apostólica”, de que eles tanto falavam, não se referia a ensinos que não se encontravam nas Escrituras; ao contrário, se referia exatamente ao «testemunho da Escritura»! Isso explica o porquê que Jerônimo termina dizendo que «as coisas que se inventam sob o nome de tradição apostólica sem a autoridade da Escritura são feridas pela espada de Deus».

Ao que tudo indica, já naquela época existiam pessoas inventando doutrinas falsas, com o pretexto de que não se encontravam na Escritura, mas na tradição. Este era basicamente o mesmo argumento usado hoje pelos católicos: de que não precisa estar na Bíblia, porque está na tradição. Jerônimo, contudo, repudia isso que era inventado sob o nome de “tradição apostólica”, e explica que a verdadeira tradição se encontra dentro do testemunho da Escritura, admitindo tudo aquilo que está escrito, e não fora dela, na noite do erro.

Essa visão sobre a tradição apostólica é completamente análoga ao critério dos Reformadores, que, assim como os Pais, entendiam que a tradição não era uma fonte ou autoridade de fé complementar à Bíblia ou mesmo secundária, mas estava submetida (sujeita) ao testemunho das Escrituras, a única regra de fé e prática dos cristãos, pelo qual todas as tradições e ensinos devem ser julgados com base nela, a autoridade final em matéria de fé.

O Terceiro Catecismo Católico declara expressamente que a tradição fora da Bíblia foi “transmitida inalterada de séculos em séculos até nós”. Porém, o fato é que os próprios Pais da Igreja denunciavam que existiam tradições orais que não se conservaram em seus dias, ou que foram interpretadas erroneamente por aqueles que a ouviram. Eusébio de Cesareia (265 – 339), por exemplo, afirmou que Papias entendeu erroneamente um ensinamento oral transmitido a ele pelos apóstolos:

“O próprio Papias conta também outras coisas como tendo chegado a ele por tradição não escrita, algumas estranhasparábolas do Salvador e de sua doutrina, e algumas outras coisas ainda mais fabulosas... eu creio que Papias supõe tudo isto por haver derivado das explicações dos apóstolos, não percebendo que estes haviam-no dito figuradamente e de modo simbólico (História Eclesiástica, Livro III, 39:11,12)

Aqui vemos claramente Eusébio reconhecendo que a «tradição não escrita» não havia sido transmitida de modo inalterado ou confiável. Se não fosse assim, ele não teria tido que corrigir uma tradição não escrita! Por isso, muitas vezes as tradições não escritas podem servir muito mais para o mal do que para o bem. Como o próprio Eusébio confirma, elas podem servir para corromper o evangelho verdadeiro:

“O mesmo escritor [Hegesipo] nos explica o início das heresias de seu tempo nestes termos:"E depois que Tiago o Justo sofreu o martírio, o mesmo que o Senhor e pela mesma razão, seu primo Simeão, o filho de Clopas, foi constituído bispo. Todos o haviam proposto, por ser o outro primo do Senhor. Por esta causa chamavam virgem à Igreja, pois ainda não havia se corrompido com vãs tradições (História Eclesiástica, Livro IV, 22:4)

Se existem tradições orais que podem ser falsas e servem até mesmo para corromper o evangelho, então com qual critério que devemos acatar algumas tradições e rejeitar outras? Isso é muito simples: quando a tradição está de acordo com a Bíblia, ela é aceita; quando, porém, tal ensino não está confirmado pelo testemunho das Escrituras, ela é duvidosa, e pode servir para corromper a fé.

É por isso que tantas vezes vemos os Pais se referirem à tradição como sendo uma «tradição escriturística», pois as verdadeiras tradições tinham que estar confirmadas pelo testemunho Escriturístico. A tradição apostólica da Igreja não era «não escrita», mas puramente Escriturística. Dionísio, por exemplo, afirma:

“Há de se cogitar, que a tradição escriturística afirma que os mandamentos da Lei foram transmitidos diretamente por Deus a Moisés. Certamente! Mas se as Sagradas Escrituras assim se exprimemé para que não ignoremos que essas prescrições são a própria imagem da Lei divina e sagrada”(Da Hierarquia Celeste, Cap.4)

“Mas ainda é conveniente a meus sentidos refletir sobre essa tradição Escriturística que atribui aos anjos os números de mil vezes mil e dez mil vezes dez mil [Daniel 7:10], retornando sobre eles mesmos e multiplicando por eles mesmos os números mais elevados que nós conhecemos, para nos revelar claramente que o número das legiões celestes para nós escapa de todas as medidas” (Da Hierarquia Celeste, Cap.14)

Ele se refere à tradição como sendo uma «tradição escriturística», e não como sendo uma «tradição não escrita»! Há uma grande diferença entre uma coisa e outra. A segunda seria semelhante à tradição católica, onde a tradição é transmitida oralmente e não necessariamente de acordo com a Bíblia, mas a segunda mostra que essa tradição era, antes de tudo, fundamentada pelas próprias Escrituras, e não fora dela.

Vale ressaltar aqui que existiram tradições orais (não escritas) transmitidas pelos apóstolos; porém, tais tradições não estavam em desacordo ou em desarmonia com a Bíblia, mas eram «tradições escriturísticas» por estarem de acordo e em total harmonia com os ensinamentos bíblicos.

Portanto, o que não devemos aceitar são aquelas tradições não escritas e também não bíblicas, isto é, sem o apoio das Escrituras para a confirmação de doutrina, mas sustentadas puramente por elas mesmas. E é exatamente deste tipo de “tradições” que vive a Igreja Católica.

É por isso que Atanásio (295 – 373) diz claramente que a tradição que ele recebeu estava em conformidade com as Escrituras, e não fora delas:

"De acordo com a tradição passada a nós pelos Pais, eu passei essa tradição sem inventar nada estranho a ela. O que eu aprendi, eu escrevi, em conformidade com as Escrituras" (ad Serapion. Cap.33)

O que ele aprendeu, ele escreveu, em conformidade com as Escrituras. Este adendo seria desnecessário no caso de que a tradição herdada por ele não tivesse fundamento Escriturístico ou base bíblica. Se fosse uma tradição fora da Bíblia, como é o caso da tradição católica-romana, ele não teria adicionado este fato importante que desvenda qualquer mistério sobre a tradição, que é a sua declaração de que essa tradição estava em conformidade com as Escrituras (não somente que não as contradiziam).

O mesmo Atanásio afirmou em outra oportunidade que a tradição da Igreja era confirmada por ambos os Testamentos:

“Mas nossa fé é correta, começando com o ensinamento do apóstolos e tradição dos padres, sendo confirmada por ambos os Testamentos (Epístola 60)

Diferentemente da tradição romana, onde coisa nenhuma precisa estar na Bíblia e onde muitas doutrinas estão fundamentadas puramente sobre a tradição e não tem qualquer base bíblica (tornando a tradição suficiente em si mesma), a verdadeira tradição apostólica dos Pais da Igreja era «confirmada por ambos os Testamentos». Ou seja, não bastava dizer que “estava na tradição”, tinha que comprovar isso usado base bíblica!

A verdadeira tradição tinha que ser confirmada à luz das Escrituras. Enquanto a tradição católica não precisa da confirmação das Escrituras para provar que certa doutrina ou dogma é verdadeiro, a legítima tradição tinha que ter fundamento bíblico para ser confirmada, como nos diz Atanásio.

Diante disso, é um equívoco muito grande presumir que a “tradição” implica na extinção da “Sola Scriptura”. O que estamos vendo é precisamente o contrário. Quanto mais analisamos o conceito de “tradição” que tinham os Pais da Igreja, mais constatamos que essa tradição tinha fundamento bíblico e dela necessitava para ser confirmada como verdadeira, o que só serve para comprovar e validar ainda mais a legitimidade da doutrina cristã da Sola Scriptura.

Se os católicos aprendessem o que significa a “tradição”, nos poupariam de passar tantos disparates de textos patrísticos desconexos que supostamente entram em contradição consigo mesmos.

Por Cristo e por Seu Reino,
Lucas Banzoli (apologiacrista.com)


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Comentários

  1. Lucas, poderia checar na fonte a autenticidade desse trecho de Jerônimo? Encontrei um que diz ser de Crisóstomo bastante parecido: "As coisas que se inventam sob o nome de tradição apostólica, sem a autoridade das Escrituras, são castigadas pela espada de Deus" (Homilia 49 sobre Mateus).

    Agradeço!

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    1. Olá, Juan. A citação de Jerônimo foi mencionada por Roberto Nisbet como estando na obra "In Isaiam" (que infelizmente não foi traduzida e só tem disponível em latim). É possível que Jerônimo estivesse fazendo uma citação de Crisóstomo, ou simplesmente que eles estivessem dizendo a mesma coisa. Abraços.

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  2. Lucas, a paz esteja contigo!!!

    Sou eu, o João Felipe mais uma vez!!
    Mais uma vez, em busca da verdadeira fé, estive "investigando" e encontrei de novo argumentos de católicos que me deixaram de novo com um "soco no estômago" por eu ter dificuldades para refutar
    Dessa vez eles usaram argumentos de Inácio de Antioquia e Papias de Hierápolis para defender a tradição da Igreja católica

    A afirmação de Inácio de Antioquia que eles usaram como desculpa para justificar as tradições foi essa: “Eu por minha parte cumpri o meu dever, agindo como homem destinado a unir. Deus não mora onde houver desunião e ira. A todos porém que se converterem perdoa o Senhor, se voltarem à unidade de Deus e ao senado do Bispo. Confio na graça de Jesus Cristo, pois Ele livrará de toda cadeia. Exorto-vos a nada praticar em espírito de dissenção, mas sim em conformidade com os ensinamentos de Cristo. É que ouvi alguns dizerem: «Se não o encontro nas escrituras antigas, não dou fé ao Evangelho». Dizendo eu a eles «Está escrito», responderam-me: «É o que se deve provar>>! Para mim, as escrituras antigas são Jesus Cristo; para mim escrituras invioláveis constituem a Sua Cruz, Sua Morte, Sua Ressurreição, como também a Fé que nos vem d'Ele! Nisso é que desejo, por vossa oração, ser justificado.” (Carta aos Filadelfienses, 8)

    A de Papias de Hierápolis foi essa: “Não vacilarei em apresentar-te ordenadamente com as interpretações tudo o que um dia aprendi muito bem dos presbíteros e que recordo bem, seguro que estou de sua verdade. Porque eu não me comprazia como outros com os que falam muito, mas com os que ensinam a verdade; nem tampouco com os que recordam mandamentos alheios, mas com os que trazem na memória os (mandamentos) que receberam pela fé da parte do Senhor e nascem da própria verdade. E se por acaso chegava alguém que também havia seguido os presbíteros, eu procurava discernir as palavras dos presbíteros: o que disse André, ou Pedro, ou Felipe, ou Tomás, ou Tiago, ou João, ou Mateus ou qualquer outro dos discípulos do Senhor, porque eu pensava que não aproveitaria tanto o que tirasse dos livros como o que provêm de uma voz viva e durável.” (Fragmento da H.E de Eusébio Livro III, 39, 4-5)

    Me diga Lucas: o que Inácio de Antioquia queria dizer com sua afirmação? E o que Papias de Hierápolis queria dizer?

    Abs

    João Felipe

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    1. Caro João, me desculpe entrar na discussão, mas não vi nada nesse texto que abonasse a tradição e desabonasse as escrituras. O que talvez alguém possa alegar é a citação de que Deus não está com a desunião, e correlacionar isso com a variedade de igrejas protestantes. Isso, claramente, não está sendo dito para as igrejas ou as religiões em si, e sim, para o caso específico de alguma reunião, seja célula, igreja, família, etc. em que a dissensão está presente. Deus quer união, mas entre pessoas, e não entre ideias, tanto que Paulo brigou com Barnabé, Ló com Abraão, entre outros, e cada um foi pro seu canto. Não vi nos textos uma exaltação à tradição.

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    2. A citação de Inácio prova a Sola Scriptura em vez de a refutá-la. Isso que ele chama de “Escrituras antigas” se refere ao AT, e não ao NT recém-escrito. Ou seja, ele estava discutindo com judaizantes da igreja, que queriam que tudo do evangelho fosse provado pelo AT. Essa doutrina nem os evangélicos seguem, nem ninguém que creia na Sola Scriptura, pois Sola Scriptura implica na Escritura inteira e não somente em parte dela. E mesmo assim, note que Inácio responde dizendo que ESTÁ ESCRITO (ainda que seus adversários dissessem que não e insistissem nisso), e quando ele diz o que eram as Escrituras antigas não faz nenhuma menção à tradição oral romanista ou aos seus dogmas inventados tardiamente, mas sim às coisas que CONSTAM EXPRESSAMENTE NA BÍBLIA, isto é, Jesus Cristo, Sua morte, Sua cruz, Sua ressurreição e a fé que vem dEle. Portanto, não há nada contra a Sola Scriptura aqui.

      Em relação à citação de Papias, primeiramente há uma contradição na tradução, não sei de onde você tirou essa mas no site abaixo você pode conferir todos os fragmentos de Papias, inclusive essa parte:

      http://arminianismo.com/index.php/categorias/obras/patristica/193-papias-de-hierapolis/640-papias-de-hierapolis-fragmentos-de-papias

      Aqui não diz que “não aproveitaria tanto o que tirasse dos livros como o que provêm de uma voz viva e durável”, mas sim que “eu não pensava que as coisas conhecidas pelos livros não me ajudassem tanto quanto as coisas ouvidas”. Nessa segunda sentença, Papias não está renegando o conteúdo escrito a um papel secundário mas sim igualando ambos como de mesmo valor. E quanto a isso não há problema nenhum em assumir, porque devemos lembrar que Papias viveu no primeiro século e foi contemporâneo dos apóstolos. Se eu mesmo tivesse ouvido algo de viva voz por Paulo, por exemplo, eu seguiria e consideraria de igual importância em relação às coisas que este mesmo apóstolo tivesse escrito. A Sola Scriptura nunca rejeitou isso, dizendo que os ouvintes originais dos apóstolos teriam que rejeitar sua pregação oral e só ficar com aquilo que recebessem por carta, o que seria totalmente ridículo.

      O problema é que isso que foi pregado APENAS oralmente se perdeu com o tempo, ou seja, se não foi registrado em lugar nenhum, então não há como saber o seu conteúdo. O que sabemos então? O que foi ESCRITO por eles, ou seja, a Sagrada Escritura (=Sola Scriptura), o único conteúdo que foi PRESERVADO com o tempo para poder servir de base firme e sólida de fé para nós nos dias de hoje.

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    3. O que prova isso em definitivo e esmaga qualquer tentativa papista de usar Papias contra a Sola Scriptura e em favor de uma tradição oral supostamente preservada incorruptível por séculos e séculos é que NEM A IGREJA ROMANA SEGUE A TRADIÇÃO ORAL DE PAPIAS, como eu provo neste artigo cuja leitura é absolutamente imprescindível para se entender a questão:

      http://heresiascatolicas.blogspot.com.br/2015/10/a-tradicao-oral-de-papias.html

      Basicamente, o que Eusébio diz que constituía a tradição oral de Papias era:

      "O próprio Papias acrescenta outras coisas que teriam chegado a ele por meio da tradição oral, além de certas parábolas estranhas do Salvador, bem como o ensinamento dele e outras coisas que parecem ainda mais fabulosas. Entre essas coisas, diz que haverá mil anos após a ressurreição dos mortos e que então o reino de Cristo se estabelecerá fisicamente nesta nossa terra" (História Eclesiástica, Livro III, c. 39, 8-11)

      Note que essa "tradição oral" de Papias consistia em:

      a) Parábolas "estranhas" de Jesus.

      b) Alguns outros ensinos esquisitos.

      c) O milênio literal.

      Veja que Eusébio desdenha da tradição de Papias, porque diz que constituía em parábolas ESTRANHAS e em ensinos ESQUISITOS, o que prova que a Igreja de sua época não cria nessas coisas, senão não as consideraria estranhas e esquisitas. E entre essas coisas cita o milênio literal, que a Igreja Romana não crê por ser amilenista!

      Em resumo: se forem citar Papias em favor da tradição oral e contra a Sola Scriptura, então serão obrigados a aceitar a tradição oral de Papias inteira, incluindo o milênio literal (que eles não creem) e também as parábolas “estranhas” de Jesus e os ensinos “esquisitos”, que eles nem sabem o que são, muito menos podem crer nisso. Ou seja: o argumento católico em cima de Papias é um verdadeiro tiro no pé e na verdade prova totalmente a Sola Scriptura, pois mostra que realmente apenas o conteúdo ESCRITO é que é preservado ao longo dos séculos, e não as supostas “tradições” ensinadas apenas oralmente.

      Abs!

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