O "castigo eterno" de Mateus 25:46
Em meu artigo sobre o inferno e o fogo eterno, um leitor chamou atenção a uma outra passagem utilizada pelos imortalistas, que é a de Mateus 25:46. Acredito que essa resposta deveria ser mais ampla do que simplesmente em uma caixa de comentários, por isso decidi passar a mensagem dele com a minha resposta mais completa sobre este tema. Vejamos primeiramente o que me foi perguntado:
“Prezado Lucas Banzoli.
Boa noite.
Primeiramente gostaria de parabenizá-lo pela sua colocação sobre a questão da mortalidade da alma. Seus artigos sobre o tema são muito bem fundamentados e coerentes. Poderia me explicar Mateus 25:46, onde é usado a palavra grega aionios, tanto para a palavra castigo quanto para a palavra vida. Se a palavra é entendida como um tempo não eterno, então a vida eterna seria somente por um tempo e não eterna?
Um abraço e felicidades.
Luiz”
Boa noite.
Primeiramente gostaria de parabenizá-lo pela sua colocação sobre a questão da mortalidade da alma. Seus artigos sobre o tema são muito bem fundamentados e coerentes. Poderia me explicar Mateus 25:46, onde é usado a palavra grega aionios, tanto para a palavra castigo quanto para a palavra vida. Se a palavra é entendida como um tempo não eterno, então a vida eterna seria somente por um tempo e não eterna?
Um abraço e felicidades.
Luiz”
Resposta – O texto de Mateus 25:46 é um relato das palavras de Jesus, onde ele diz:
“E irão eles para o castigo [kolasin] eterno, mas os justos irão para a vida eterna” (Mateus 25:46)
Analisando friamente o texto com a ótica imortalista, parece que o sentido da frase de Cristo era colocar os justos em uma vida eterna no Céu e os ímpios sendo torturados eternamente no inferno, contrariando o resto da Bíblia toda (2Pe.2:.6; Sl.37:9; Sl.37:22; Sl.104:35; Is.19:18-20; Sl.145:20; Sl.94:23; Pv.1:29; 1Ts.5:3; Jó 4:9; Sl.1:4-6; Sl.73:17-20; Sl.92:6,7; Sl.94:23; Pv.24:21,22; Is.1:28; Is.16:4,5). Porém, para analisarmos qual é o sentido do “castigo eterno”, empregado por Cristo, primeiramente devemos regressar ao significado literal expressado por Ele.
A palavra kolasin empregada por Cristo em Mateus 25:46 diz respeito à punição, e não a tormento. Se Cristo tivesse a intenção de pregar o tormento eterno, Mateus poderia ter perfeitamente empregado a palavra grega basaniso, que significa tortura, dor, tormento. Se Mateus tivesse a intenção de dar a frase tal sentido, ele teria essa opção pronta, a mão, que poderia ter sido perfeitamente utilizada.
Contudo, o sentido aqui mencionado é de punição, e não de tormento. A versão King James (considerada a melhor versão de todos os tempos), traz: “everlasting punishment” – “puniçãoeterna”.
A pergunta que fica agora é: qual é a punição eterna que Cristo mencionou em Mateus 25:46? É de ficar queimando para sempre em um lago de fogo em um sofrimento que não acaba nunca, ou será o fato de serem “eternamente destruídos e banidos da face do Senhor”, como diz o apostolo Paulo em 2ª Tessalonicenses 1:7-10, e não se pode conceber um processo de destruição incompleto que não termina nunca, em um processo eterno e inconclusivo? A resposta é que se trata de destruição com resultados permanentes.
Em Hebreus 6:2 o autor fala de “juízo eterno-aionios”. Isso evidentemente não significa que o julgamento é um processo que tem início mas não tem fim, mas sim que este juízo é de resultados irreversíveis. Da mesma maneira, a “punição” eterna que os ímpios sofrerão é uma punição de resultados permanentes. Já vimos também que existem vários relatos bíblicos sobre o “fogo eterno”, mas nenhum deles diz respeito a um processo interminável.
Deus disse que o fogo que iria cair sobre Edom “nem de noite nem de dia se apagará; subirá para sempre a sua fumaça; de geração em geração será assolada” (Is.34:9-10), e nem por isso o fogo está queimando literalmente está hoje. A mesma coisa acontece com os palácios de Jerusalém (Je.17:27) e com a floresta do Neguebe (Ez. 20:47), que seriam atingidos por um fogo que nunca se apaga.
Porém, nenhum deles está queimando até hoje. Judas 7 nos diz que o fogo que caiu sobre Sodoma e Gomorra foi um “fogo eterno”(Jd 7), e que serve de tipologia para o futuro dos ímpios. Porém, o fogo que caiu sobre Sodoma e Gomorra não está queimando até hoje.
Então, as menções bíblicas acerca de “fogo eterno/castigo eterno” dizem respeito aos efeitos da destruição completa pelo fogo, e não a um processo sem fim. Desta forma, em Mateus 25:46 Cristo estava falando não de um tormento [basaniso] eterno, mas sim de uma punição [kolasin] com efeitos eternos, que consiste no fato de que os ímpios estarão eternamente destruídos e banidos da presença do Senhor, sem herdarem a vida eterna. Em contraste a este fim eterno de existência (que é a punição-kolasin) deles, os justos tem uma vida eterna – pois estes são os únicos que terão um prosseguimento eterno de vida.
Portanto, a passagem de Mateus 25:46, dentro de seu devido contexto textual e Escriturístico, nos assegura a antítesede que os justos irão para a vida eterna, mas os ímpios irão para a punição do fogo eterno, que é eterno pelos resultados permanentes da destruição completa.
Cristo está estabelecendo a antítese do destino final de salvos e perdidos, o que evidentemente é um destino eterno [irreversível], definitivo para ambos os grupos. A palavra “eterno-aion” está relacionada para ambos os grupos, mas não está igualada em seu sentido pleno e absoluto. Ambos são “eternos”, mas com aplicações diferentes. Para os salvos, a eternidade é no próprio processo; para os perdidos, a eternidade é nos efeitos/consequências do fogo eterno. Como bem observa o erudito Basil Atkinson:
“Quando o adjetivo aionios com o sentido de ‘eterno’ é empregado no grego com substantivos de ação faz referência ao resultado da ação, não ao processo. Assim, a frase ‘castigo eterno’ é comparável a ‘eterna redenção’ e ‘salvação eterna’, ambas sentenças bíblicas. Ninguém supõe que estamos sendo redimidos ou sendo salvos para sempre [como um processo]. Fomos redimidos e salvos de uma vez por todas por Cristo, com resultados eternos. Do mesmo modo, os perdidos não estarão passando por um processo de punição para sempre, mas serão punidos uma vez por todas com resultados eternos. Por outro lado, o substantivo ‘vida’ não é um substantivo de ação, mas um que expressa uma condição. Assim, a própria vida é eterna” (Basil Atkinson, Life and Immortality)
Antes de concluirmos este artigo, é bom também levarmos em consideração a aplicação que kolasin tinha na época de Cristo. “Kolasin” era uma palavra que tinha costume de uso para “Pena de Morte” (Punição Capital) e, portanto, no versículo citado ele se refere à morte eterna (morte, e não tormento), referindo-se a “segunda morte” (Ap.2:11; Ap.21:8). O Dicionário Internacional de Teologia do NT (pág. 313) declara as seguintes palavras sobre kolasin:
“Kolasin = Castigo. Deriva-se de Kolos, ‘mutilar’, ‘cortar fora’; é usado figuradamente para ‘impedir’, ‘restringir’, ‘punir’”[Dicionário Internacional de Teologia do NT]
Como vemos, o termo “kolasin” era usado na época de Cristo, nunca para indicar um tormento sem fim, mas sim para acentuar o caráter bíblico do aniquilamento dos ímpios [morte eterna; segunda morte] que serão “mutilados”, “cortados fora” ou “despedaçados”. Essa analogia é feita para ressaltar o aspecto irreversível da destruição completa dos pecadores, mas nunca de um processo de tormento sem fim. Jesus estava acentuando o contraste entre a vida eterna dos justos e a morte eterna dos ímpios, que serão mutilados e despedaçados [figuras de aniquilacionismo], cortados fora do Seu Reino.
Que Deus te abençoe.
Por Cristo e por Seu Reino,
Lucas Banzoli (apologiacrista.com)
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Lucas, primeiro quero parabenizar por demais o seu trabalho! Tem sido de grande valia pra mim!
ResponderExcluirSobre onde a alma se encontra no estado intermediário, tenho uma dúvida que me atormenta.
A passagem onde Jesus no momento da crucificação diz ao ladrão ao seu lado que ainda naquele dia ele estaria com o Senhor no paraíso. Seria por esse estado intermediário nos passar tão rápido a ponto de nem sentirmos termos adormecido?
Desculpe se ficou confuso.
Obrigada.
A paz do Senhor. Não ficou confuso, eu entendi bem o que você quis dizer e creio que seja de grande relevância aquilo que você abordou. Eu também creio que o tempo na eternidade é diferente do tempo humano. O tempo de Deus é o Kairós, o tempo dos homens é o Chronos. Deus não está limitado ao Chronos, nós estamos. Para quem morre, o tempo deixa de contar.
ExcluirQuem volta a ser pó e cinzas não pode ter a menor noção de tempo e espaço. Apenas os seres racionais e pensantes que tem noção de tempo. A parede, por exemplo, não tem noção de tempo. Ela não tem consciência para saber que o tempo está passando ou que horas são. Da mesma forma, as coisas que não existem não estão dentro do tempo - o tempo não conta para elas.
Portanto, quando morremos e voltamos a ser pó, o tempo que passa entre a morte e a ressurreição (quando seremos despertados novamente) é virtualmente zero. Morremos e num piscar de olhos acordamos, ainda que cronologicamente tenha se passado milhares de anos.
É por isso que muitos imortalistas não entendem a linguagem de Paulo sobre "morrer e estar com Cristo", porque eles estão presos ao Chronos e ao tempo terreno. Paulo sabia que para quem morre o tempo não conta e, portanto, se ele morresse ele iria estar "imediatamente" com Cristo, em um abrir e piscar de olhos, ainda que tal fato só ocorra na ressurreição dos mortos no último dia.
Ainda sobre a passagem do ladrão da cruz, creio que este artigo de meu outro site sirva para mais esclarecimentos:
http://apologiacrista.com/index.php?pagina=1079387638
Fique com Deus.
Muito obrigada! :)
ResponderExcluirPrezado Lucas Banzoli
ResponderExcluirBoa tarde
Muito obrigado pela explicação sempre muito bem fundamentada.
Só me tira duas dúvidas?
1)A palavra grega basaniso quando significa tortura e tormento não indicaria um substantivo de ação?
2)Porque em 1 João 4:18 a palavra grega kolasin significa tormento na Biblia King James?
Um abraço e felicidades
Luiz
Olá, Luiz.
ExcluirSobre a primeira questão, sim, "basaniso" quando significa tortura e tormento indica um substantivo de ação, assim como os outros substantivos de ação que Basil Atkinson expôs no comentário acima sobre "Vida e Imortalidade" [Life and Immortality].
Sobre a tradução da KJV em 1 João 4:18, essa resposta é mais complicada, porque somente os tradutores das versões que podem dizer por eles mesmos o que os levou a traduzir uma palavra de um modo em uma passagem e de outro modo em outra. Mas eu presumo que, sempre quando uma versão traduz uma mesma palavra no grego com dois significados distintos em passagens diferentes, é porque o contexto indica uma mudança de significado.
No caso de Mateus 25:46, eles entenderam que "kolasin" estava no sentido de "punição", presumivelmente por causa de seu uso entre os judeus, no sentido de "pena capital". Mas no texto de 1Jo.4:18 o autor está constratando o medo ao amor, e diz que o medo supõe tormento.
Creio que "tormento" aqui está muito mais no sentido espiritual do que em um sentido físico. Quando nós estamos com medo de algo, nós não estamos fisicamente sendo atormentados por aquilo, mas a nossa consciência fica atormentada pelo medo de uma determinada coisa vir a acontecer.
Portanto, João estava falando de um peso de culpa de consciência, de um tormento psicológico, mental, enquanto Cristo se referia em um contexto totalmente diferente a um contraste entre vida e morte eterna, e a morte seria uma "punição". Creio que isso explique o porquê que a King James preferiu traduzir por "punição" em Mt.25:46 e por "tormento" em 1Jo.4:18, em vista destes contextos diferentes que eu expus.
Um grande abraço e que Deus lhe abençoe.
Olá Lucas Banzoli
ResponderExcluirBom dia
Tudo bom?
Bom segue o meu comentário:
Depois de um substantivo de ação vem o resultado permanente. Em Hebreus 6:2 se fala de um juízo eterno onde temos um substantivo de ação que é a palavra juízo que no grego é krisis e depois do juízo eterno temos na sequência o castigo Mateus 25:46 e se depois de um substantivo de ação tem que vir um resultado permanente então o castigo será eterno. Se depois de um substantivo de ação vem o resultado permanente então depois do Juizo de Hebreus 6:2 vem o castigo de Mateus 25:46 que no caso da visão mortalista aniquilacionista proporcionalista seria o castigo ou seja Deus mandaria um fogo consumidor que proporcionalmente aos pecados do não –salvo vai consumindo o mesmo até o mesmo ser aniquilado ai seria o castigo de Mateus 25:46 e como tal castigo é o resultado do juízo então tal castigo seria um resultado eterno o que é diferente da visão que depois do castigo eterno (substantivo de ação) em Mateus 25:46 geraria o resultado eterno que seria o aniquilacionismo. Em uma caso depois de um juizo eterno (substantivo de ação) temos um castigo eterno e no outro caso não, ou seja todo o raciocínio gira em torno de uma sequencialidade que é depois de um substantivo de ação temos imediatamente um resultado permanente. Se um substantivo de ação no grego se refere ao resultado da ação então logo após esse substantivo de ação teremos que ter a o resultado eterno ou permanente. Ficaria estranho ter um juizo eterno e depois um castigo eterno para depois termos o resultado permanente pois logo após o substantivo de ação virá imediatamente o resultado permanente. Se depois do juízo eterno de Hebreus 6:2 vem a aniquilação então como foi tal aniquilação? Para ter a aniquilação proporcional teria que ter o castigo ( kolasin) deMateus 25:46.
A vida eterna que é um substantivo de estado é identificado como um resultado permanente e é decorrente da redenção eterna ou da salvação eterna. E tanto a redenção quanto a salvação estão relacionadas ao sacrifício de Cristo que foi uma vez conforme Hebreus 9:28 e 1 Pedro 3:16 e Hebreus 9:26 e inclusive Hebreus 9:12 onde fala da eterna redenção também está atrelado ao Sacrifico de Jesus e em Hebreus 5:9 onde fala de salvação eterna no versículo 10 diz que Jesus foi nomeado Sumo Sacerdote em harmonia com Hebreus 9:11-12 onde fala sobre o sacrifício de Jesus, então tanto a redenção quanto a salvação vem do ato de Sacrifico de Cristo que foi uma vez e então os cristãos tem a redenção e a salvação. O argumento mortalista pode dizer que salvação e redenção que os crentes possuem é o resultado ou conseqüência ,porém a Bíblia afirma que a conseqüência da redenção é a própria redenção pois a mesmas forma oriundas do Sacrifico de Cristo e este sim teve um fim tanto é que a Bíblia diz que os crentes tem a redenção conforme Colossenses 1: 14 e Efésios 1:7 repare mais uma vez que a redenção que o crente possui está atrelada ao Sacrifico de Cristo . Então o resultado ou conseqüência da redenção é a prórpia redenção .A salvação também está atrelada ao Sacrifico de Cristo e os crentes tem a salvação , em Filipenses 2:12 é dito para operar a salvação que o crente já possui. Em 1 Pedro 1:5 fala de salvação como algo que está presente e logo a mesma não foi um processo que se findou mas permanece. Se tanto a salvação como a redenção tivesse um início,meio e fim ou seja fossem um processo então em algum momento o cristão perderia ambas e como então um cristão sem ter a salvação e sem ter a redenção iria para o céu?O resultado da salvação é a própria presença da salvação na vida crente o mesmo se diz da redenção. O processo de salvação como de redenção não está ocorrendo a todo momento isso significa que o Sacrificio de Jesus que foi uma única vez gerou a redenção e a salvação nos cristãos pois elas foram produzidas pelo sacrifício de Cristo e estão presentes na vida do cristãos. Salvação e redenção são a continuação do processo do Sacrifício de Cristo.
Um abraço e felicidades
Luiz
Oi, Luiz. Por favor, peço que resuma seu comentário de forma mais sistemática em até cinco ou seis linhas, sumariando seus argumentos em forma de premissas se desejar, já que eu não tenho tanto tempo para ler e comentar comentários tão grandes. Abraços.
ExcluirOlá Lucas Banzoli
ResponderExcluirBoa tarde
Resumidamente o meu raciocínio segue-se assim:
1) Se depois de um substantivo de ação temos um resultado permanente então depois do juízo eterno em Hebreus 6:2 temos um castigo eterno em Mateus 25:46 logo o próprio castigo será o processo sem fim.
2)Redenção e salvação seguem presentes como sustentando a vida eterna do cristão logo tanto a redenção quanto a salvação são um processo.
O entendimento do erudito Basil Atkinson parece não ser conclusivo e nem definitivo para a sustentação da crença mortalista aniquilacionista.
Um abraço
Luiz
Oi, Luiz.
Excluir1) O castigo referido em Mateus 25:46 vem de uma palavra grega (kolasin) que significa meramente "punição" e que era usada naquela época no contexto de pena capital (despedaçamento), de acordo com dezenas de léxicos do grego. Então a punição não presume NECESSARIAMENTE um tormento, pois a morte também é uma forma de punição, tanto é que reconhecemos como sendo "PENA de morte", ou "PENA capital". Este argumento só funcionaria caso a única forma de punição fosse um tormento, o que é falso.
2) Nós não estamos senso salvos a cada segundo, como se daqui dois minutos eu fosse salvo de novo, e novo, e de novo, etc. Nós somos salvos em um evento e este evento possui efeitos. Nós estamos vivenciando agora o efeito e não a causa.
3) Mesmo se Basil Atkinson estivesse errado neste ponto, isso não provaria o tormento eterno. Seria necessário versículos que conclusivamente afirmassem um tormento eterno para os não-salvos, o que biblicamente não existe.
Abraços.
Olá Lucas Banzoli
ResponderExcluirBoa tarde
1) O não salvo ir para o inferno eterno (Geena) e permanecer na mesma eternamente consciente significa que o mesmo está separado de Deus isso é morte espiritual. Então se a morte é uma forma de punição o fato do não salvo estar consciente em tormento é a expressão exata da punição.
2) O efeito tanto da redenção quanto da salvação são sustentadas pelas mesmas. Não esquecendo que o ser humano tem livre arbítrio e pode perder a salvação assim é essencial que a estrutura da salvação e da redenção permaneçam na vida do cristão. O que seriam os efeitos da redenção e da salvação se não a continuação do processo das mesmas que em última análise são eles mesmas presentes na vida do cristão?
3) Se o argumento do erudito Basil Atkinson estiver equivocado então a crença mortalista aniquilacionista perde muito a sua força em relação à Mateus 25:46.
Um abraço e felicidades
Luiz Fernando
Olá Lucas Banzoli
ResponderExcluirBoa tarde
Em Mateus 25:34 e Mateus 25:41 é usado a palavra grego "hetoimazo" significando preparado
Ora, se o Reino que está preparado é eterno então o fogo eterno é eterno também.Duas passagens que favorecem o entendimento de um inferno eterno ( Geena). Eu sei que é difícil aceitar um inferno eterno ( Geena) mas Jesus sempre ensinou isso. Jesus sabia que as pessoas ao ouvirem isso ( Geena) poderiam ficar com muito medo imagina um imenso lugar com ranger de dentes, choros,gritos , labaredas de fogo imensas mas paralelamente a isso Ele falou do Amor uma coisa não exclui a outra.
Um abraço e felicidades
Luiz Fernando
um abraço e felicidades
Luiz Fernando
Olá, Luiz.
ExcluirNão há qualquer ligação entre uma coisa e outra. O fato de o Reino de Deus estar preparado para os salvos e este Reino ser eterno de modo algum significa que o fato do geena estar também preparado para os ímpios então também é eterno. Não há causa e efeito aqui, não há qualquer conexão. Tudo o que o texto mostra é que algo está preparado, não fala nada sobre a DURAÇÃO daquilo que está preparado.
A dificuldade em aceitar um tormento eterno (como você mesmo admite) é simplesmente uma consequencia lógica de que a consciência (ou "lei natural", "lei moral", "moralidade") que Deus implantou em nosso ser mostra que a ideia de um tormento eterno é abominável. Se não fosse, você (e os demais imortalistas que conheço) não reconheceria como "difícil de aceitar", e muitos vão além e reconhece que isso é cruel, injusto e arbitrário.
Ao fazer acepção ao geena Jesus não estava dizendo aos judeus que o tormento seria eterno, porque os judeus sabiam o que era o geena e também sabiam que não havia nenhum ser humano queimando de forma consciente ali, muito menos eternamente. Geena era simplesmente um lixão público, uma vala comum, onde cadáveres de malfeitores eram lançados. Era muito mais uma figura de morte total do que de tormento consciente e eterno. Isso é difícil de se assimilar para alguém como nós que estamos no Brasil e em época tão distinta, mas era extremamente simples para um judeu que vivia naquela época, e naquele território, e era para eles que Jesus dizia aquelas coisas. Prova disso é que nem Paulo nem nenhum outro apóstolo ou discípulo de Jesus falou em "geena", porque eles escreviam a gentios, que não compreenderiam bem o significado do termo e suas implicações.
Abraços.
1) A morte espiritual agora é pelo fato do ser vivo não ter Cristo e é algo reversível e sendo assim é diferente da morte espiritual eterna ou seja embora ambas sejam mortes espirituais a última é definitiva portanto diferente da primeira pois sendo a morte uma separação então temos os seres conscientes que estão separados de Deus para sempre. A morte total é justamente a total separação de Deus em um inferno eterno ( Geena) . Os salvos tem a vida mas não plenamente e os não salvos tem a morte mas não plenamente e se os salvos no futuro terão vida plena conscientes logo os não salvos terão morte plena consciente.
ResponderExcluir2)Salvação e redenção são oriundas do Sacrifício de Cristo e já são os efeitos do mesmo o que sustenta ambas é a própria natureza delas.
3) Em Mateus 25:46 se a colocassemos a palavra basaniso e a mesma for um substantivo de ação então ele não seria eterno? Mesmo com a palvra basaniso?
4) Jesus pegou um exemplo do Vale do Hinon para mostrar uma realidade espiritual,se no Vale do Hinom não haviam seres conscientes então o mesmo raciocínio pode ser usado para o argumento mortalista pois nenhum ser será posto morto ou seja sem vida para ser aniquilado já que no Vale do Hinnom eram postos cadáveres . Os judeus sabiam que Geena era um vale mas não tinham a noção exata que a realidade espiritual era muito mais que um simples lugar como aquele isso é reforçado com as expressões já conhecidas como ranger de dentes e choro. A dificudlade em aceitar um inferno eterno ( Geena) pode ser algo humano que não compreende a Justiça de Deus. Se perguntassemos ao diabo se ele preferiria ser aniquilado ou ficar eternamente consciente o que ele reponderia?
Um abraço e felicidades
Luiz
1) Sendo definitivo ou não, nada muda o fato de que os não-salvos já estão mortos espiritualmente, e por isso a segunda morte não pode ser outra "morte espiritual", pois significaria matar algo que já está morto! Se os ímpios já estivessem no inferno (que você vai chamar de Hades ou Sheol) eles já estariam definitivamente mortos espiritualmente pois não teriam como reviver espiritualmente, então ser condenado à morte eterna não faria sentido caso fosse meramente outra morte espiritual, seria como matar alguém que já está morto, seria chover no molhado. A morte final, que eu chamo de "morte total", necessariamente tem que diferir da primeira morte, ou seja, do estado de morte em que eles se encontram naquele momento. E o fato dos salvos terem vida eterna consciente em nada implica nos ímpios terem vida eterna consciente. O contraste bíblico nunca é de vida eterna no Céu vs vida eterna no inferno, nem de consciência eterna vs consciência eterna, mas sim de vida eterna vs morte eterna, ou seja de existência para sempre vs inexistência para sempre. O contraste é o inverso de imortalidade aos ímpios.
Excluir2) Idem para os meus comentários anteriores.
3) Se estivesse "tormento" (basaniso) eterno seria tormento eterno pois a morte não é uma forma de tormento, embora seja uma forma de punição. Mas não está.
4) Haveria milhares de analogias que Jesus poderia fazer se quisesse ensinar um tormento eterno, por que será que ele fez sempre em relação a um local onde sequer há qualquer tormento (geena)? O mínimo que devemos presumir é que Jesus não queria ensinar um tormento sem fim, mas sim algo que no fim resultaria em cadáveres e sem vida, algo já existente na época no geena. O cenário é o mesmo. O quadro espiritual não seria o inverso do quadro natural, mas uma analogia, uma comparação válida. Ser jogado no geena era tão impactante quanto dizer que seria jogado em um túmulo, com a diferença de que o geena era um local indigno e que o túmulo era um sepultamento digno. Só isso.
Em relação à justiça de Deus, ela se manifesta na lei moral de consciência de cada indivíduo. Não é uma lei obscura ou misteriosa que não possa ser compreendida pelos seres humanos. A mesma lei de consciência que nos diz que o estupro é errado e imoral é a mesma que nos diz que um tormento eterno num inferno é algo injusto e cruel. E o que deve ser levado em consideração não é a opinião do diabo sobre o seu futuro mas sim o que Deus pensa a respeito dele e o que as Escrituras nos ensinam sobre isso. Eu já escrevi diversas vezes que o diabo não passará impune, ele será julgado e condenado ao castigo proporcional por seus atos como todos os seres humanos passarão. Mas nem o diabo, que é um ser finito, mereceria um tormento infinito, por mais cruel que tenha sido durante os milênios de existência que teve. Basta compreender o significado de eternidade.
Abraços.
Olá Lucas Banzoli
ResponderExcluirBoa noite
Tudo bom?Desculpa mas na minha postagem do dia 09 de setembro eu esqueci de colocar antes da postagem a palavras:" Olá Lucas Banzoli" e "Bom dia" ,ou "Boa tarde" ou "Boa noite" ou seja fui direto no assunto.
1) Se em Mateus 25:46 a explicação do erudito Basil Atkinson estiver incorreta tal passagem perde muito, mas muito mesmo a força para o argumento mortalista aniquilacionista e mesmo recorrendo a outras passagens o texto em si ficaria sem explicação por isso é importante a análise. Veja, recorrer a outras passagens é válido sim inclusive recorrer aos Pais da Igreja mas é de fundamental importância a explicação da passagem em si.
2)Biblicamente quem está sem Jesus está morto espiritualmente e quando a alma vai para o lugar de tormente continua morta . O fato de estar morto espiritualmente na vida terrena não exclui que tal morte espiritual não deva continuar no além.Veja as pessoas sem Cristo estão mortas espiritualmente no entanto estão vivas e conscientes logo no além a morte espiritual também é estar vivo e consciente. A morte espiritual enquanto o ser humano está vivo na terra é reversível porém depois é irreversível então a morte espiritual tem duas etapas.
3)Em relação a palavra basaniso, fica uma pergunta:se a palavra basaniso é um substantivo de ação então poderia ter sido usado tal palavra tranquilamente em Mateus 25:46 pois mesmo sendo a palavra basaniso daria suporte a visão mortalista. Então o argumento que se fosse usada a palavra basaniso ai seria um tormento eterno entraria em contradição com o racíocinio mortalista do erudito Basil Atkinson pois aí tanto a palavra basaniso com kolasin ambas seriam substantivos de ação não alterando a entendimento que os mortalistas usam do erudito Basil Atkinson. Mas e se basaniso fosse um substantivo que não fosse de ação? Aí seria um tormento eterno mesmo segundo a visão mortalista.
4)O Vale do Hinnom não tinha tormento pois era jogados os corpos e não a alma mas apontava para uma realidade espiritual futura terrível.
5)O aniquilacionismo proporcional por mais tempo que dure nada é perto da eternidade da visão imortalista eternalista.
Bom para terminar vou colocar uma observação que acho que você vai gostar:
Existe um argumento imortalista eternalista que cre que as almas no lago de fogo produzem pecados infinitos e sendo assim se justifica os não salvos ficarem eternamente lá. Bom mesmo eu sendo sendo imortalista eternalista eu não aceito isso pois os pecados que fazem o seres serem condenados no lago de fogo são desta vida ,ora se no lago de fogo são produzidos pecados logo teria que ter um outro julgamento.
Um abraço e felicidades
Luiz Fernando
Oi, Luiz.
ExcluirContinuo sem entender como que pessoas que JÁ ESTÃO mortas espiritualmente serão lançadas em um lago de fogo PARA SEREM mortas espiritualmente. Isso é um completo nonsense, e você não explicou direito como isso pode ser possível. Se a pessoa já estava morta espiritualmente (pois já estava morta espiritualmente em vida, e segundo vocês imortalistas também já estaria morta espiritualmente no tal do "estado intermediário" que vocês inventaram), então como é que uma pessoa que já está espiritualmente morta seria lançada em um lugar PARA SER espiritualmente morta? Não faz sentido algum, e muito menos há qualquer necessidade disso.
É parecido com o velho dilema imortalista, onde pessoas que JÁ ESTÃO no inferno aparecem sendo lançadas em OUTRO INFERNO (o lago de fogo) após a ressurreição. A pessoa morre e é julgada, depois sua alma vai pro inferno, depois na ressurreição ela sai do inferno, aí se religa ao corpo, então comparece a um novo juízo(???), daí ouve de novo o veredicto de que está condenada, então volta ao inferno de novo, mas dessa vez não só com a alma, mas com corpo+alma, para morrer espiritualmente em um lago que literalmente arde com fogo e enxofre sendo que já estava morta espiritualmente antes - ela é morta duas vezes, ela é julgada duas vezes, ela vai para dois infernos diferentes, realmente no imortalismo é tudo uma enorme confusão, nada faz sentido na teologia dualista que bagunçou toda a teologia simples e fácil da Bíblia.
Na minha opinião, a informação do Basil Atkinson, embora verdadeira, fica mais como um plano de fundo depois que eu estudei mais profundamente o verso em questão. Antes eu só sabia que kolasin não significa tormento, mas punição. Isso já era suficiente para provar que o verso em pauta não é necessariamente uma apologia ao tormento eterno, embora esta ainda fosse uma possibilidade improvável, e aí é que entra o Dr. Atkinson. Mas depois de uns meses após este artigo eu estudei bem mais a fundo o tema, pesquisei em dezenas de léxicos do grego e o que eu descobri foi mais revelador ainda: kolasin não apenas NÃO era uma palavra que designasse tormento, como também era usada nos tempos de Jesus como equivalente a despedaçamento, pena capital, ou, mais propriamente, a morte. Todos os léxicos que eu consultei mostram isso. Você pode ver neste artigo:
http://desvendandoalenda.blogspot.com.br/2013/08/mateus-2546-fala-de-um-tormento-eterno.html
Depois dessa minha pesquisa mais aprofundada, tudo ficou ainda mais claro: Jesus estava apenas contrastando VIDA E MORTE, assim como ocorre em TODA a Bíblia, desde o Antigo até o Novo Testamento, em dezenas e dezenas de passagens (eu listo algumas delas no artigo em questão). Portanto, o que Jesus dizia se aplicava, na prática, ao mesmo que colocar em jogo dois destinos finais: vida eterna ou morte eterna, ou seja, viver para sempre ou morrer para sempre, que é uma morte sem volta, pois não há mais ressurreição.
(...)
Me desculpe se eu demorar daqui pra frente algumas semanas ou mais para responder cada postagem sua, porque seus textos são longos e repetitivos, às vezes parece que não saímos do lugar, pois toda vez você volta com os mesmos argumentos e eu volto com as mesmas refutações, tornando o debate infrutífero. O mais correto nestas condições é deixar que o leitor decida quem está argumentando em círculos e quem não está, e eu creio que o debate já se alongou o suficiente para isso. Às vezes eu fico com a impressão de que você assinou algum contrato onde está escrito: "nunca abandone a imortalidade da alma", pois parece estar sempre insistindo nos mesmos textos e com os mesmos argumentos, mesmo quando eles já são bem batidos, aparentando estar preso a um sistema de onde não pode sair ou não quer sair. Não me parece muito uma busca sincera pela verdade, mas sim uma insistência obstinada em querer "provar por provar" que a imortalidade da alma está na Bíblia, mesmo contra todas as evidências. É como um advogado que é contratado para defender a causa de alguém incondicionalmente, “custe o que custar”, mesmo sabendo que este alguém não é inocente.
ExcluirEu posso estar errado sobre isso, sim, e até torço para que esteja mesmo errado a seu respeito, mas de qualquer jeito eu não me sinto muito produtivo quando passo muito tempo repetindo as mesmas refutações para os mesmos argumentos em textos grandes que exigem um longo tempo teclando. Se pelo menos os assuntos mudassem, variassem, trocasse o CD... mas da forma que está, o sentimento que passa é que todo o tempo desperdiçado é inútil pois nunca saímos do mesmo lugar, e por isso o melhor é deixar aí os comentários que já estão e permitir que os leitores vejam os argumentos dos dois lados e concluam por si mesmos quem eles acham que está com a razão, porque continuar neste debate longo e repetitivo será desperdício de tempo tanto para mim quanto para você.
Um abraço sincero, feliz ano novo e até qualquer dia.
Como fica apocalipse, e Daniel ?!
ResponderExcluirEntre tantos outros textos da nova aliança que cooperam com as palavras do messias em mateus ???
2 E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno.Daniel 12
O "desprezo eterno" se refere à "separação da presença do Senhor e da majestade do seu poder" (2Ts.1:9), e não a um "tormento eterno" completamente inexistente nas Escrituras. Sobre o texto de Mateus, leia aqui:
Excluirhttp://desvendandoalenda.blogspot.in/2013/08/mateus-2546-fala-de-um-tormento-eterno.html
E sobre o Apocalipse, leia aqui:
http://desvendandoalenda.blogspot.in/2012/12/o-apocalipse-e-o-tormento-eterno.html
Se por ocasião da morte o pecador deixa de existir, por que ressuscitá-lo para depois aniquilá-lo outra vez? [...]. A Escritura fala de graus de punição para os perdidos; mas a aniquilação tornaria isso impossível; a aniquilação nivelaria todas as distinções e desconsideraria todos os graus de culpa.
ResponderExcluirTexto extraído do livro "O Castigo Eterno" de A. W. Pink
http://www.monergismo.net.br/textos/livros/castigo-eterno_awpink.pdf
Graça e paz
Willy
São os velhos questionamentos de sempre, que já foram respondidos duzentas mil vezes, sempre sem nenhuma refutação. Por que ressuscitar um pecador para aniquilá-lo outra vez? Simples: porque existe o juízo, onde o pecador será condenado ao geena para ser castigado pelo tanto de tempo proporcional aos seus pecados, para só DEPOIS disso ser aniquilado. A aniquilação final não vem senão depois de um tempo justo e proporcional de sofrimento no geena, é por isso que eles precisam ser ressuscitados, isso já foi explicado milhares de vezes, é impressionante como vocês não sabem do que estão falando e nem conhecem o que estão tentando "refutar".
ExcluirA Escritura fala de graus de punição aos perdidos, sim, e quem nega isso são VOCÊS (imortalistas) e não nós. Desde quando existem graus de punição para pessoas instistintamente condenadas a um mesmo tormento ETERNO? Estude um mínimo de filosofia e você verá que não tem como haver algo "mais" eterno ou "menos" eterno do que outro, eterno é tudo igual pra todo mundo, essa graduação NÃO EXISTE no imortalismo. No aniquilacionismo sim, porque como eu disse, cada pecador sofre por um tempo proporcional e relativo condizente com seus próprios pecados, e não um mesmo tempo para todos (i.e, um tempo eterno e sem fim). O aniquilacionismo só acontece depois disso, quando todos já foram "igualados", igualdade essa que jamais chegará a ter no imortalismo uma vez que a mesma é IMPOSSÍVEL neste sistema.
De fato, diante da aniquilação todos se igualam e diante dela nada mais faz sentido. Se o ímpio sofreu ou não, se foi pouco ou muito o seu castigo de que valeu se foi aniquilado? Se um ímpio sofre no geena por oitenta anos e Satanás, por 8.000 anos de que valeu se ambos foram aniquilados? De fato, diante de uma aniquilação tudo perde a razão e o sentido e, com isso, o ímpio não tem do que temer. Afinal, vai ser aniquilado mesmo...
ResponderExcluirWilly
Que lógica mais tosca, se fosse assim então nenhum pai deveria disciplinar seus filhos, afinal de contas o castigo deles também é temporário e proporcional aos seus erros e chega uma hora que acaba. Então pela sua lógica de araque, se só tem validade um sofrimento eterno, então nem poderíamos prender pessoas na cadeia, nem deveríamos disciplinar nossos filhos, nem praticar qualquer ato cujo castigo tenha um término, afinal de contas só faria sentido o castigo se não tivesse fim, não é mesmo? Eu não sei em que mundo você vive, mas certamente não é o mundo real. Essa de que um castigo "nada vale" se não for perpetuado eternamente é a maior grosseria anti-filosófica e anti-intelectual que eu já ouvi em toda a minha vida, mas é a consequência lógica de se aderir a um sistema falso e antibíblico que deixa seus proponentes sem nenhuma condição de debater racionalmente o assunto.
ExcluirE eu aposto que se você estivesse sofrendo no geena por um minuto que seja, iria largar essa filosofia de araque e desejar o aniquilamento, em vez de pensar: "Ah, não tem problema, eu posso continuar queimando por milênios igual o diabo porque afinal serei aniquilado do mesmo jeito no fim das contas, então dá no mesmo". NINGUÉM em sã consciência pensa deste jeito enquanto está sendo atormentado. Pessoas que estão sendo queimadas tudo o que desejam é que seu sofrimento acabe logo e morra, elas não querem continuar queimando por mais tempo por pensar que este sofrimento é irrelevante diante da morte final. O que você diz é fruto da sua imaginação e não tem nenhuma compatibilidade com o mundo real. É ÓBVIO que o sofrimento em si tem importância. Eu falo do que acontece, do que existe, do que é factível, e não de filosofias inúteis.
Agora, me admira que alguém que crê em um tormento eterno e infindável em um lago de fogo real e literal queira falar em "sentido", como se fizesse algum sentido ou propósito queimar pessoas PARA SEMPRE. Qual a finalidade disso? Sadismo. Castigar infinitamente as pessoas por pecados finitos, não é lógico, não é justo e nem tem sentido. Castigar a mais do que ela fez por merecer em vida, é sadismo e não justiça. Castigar infinitamente uma pessoa por alguns anos de pecado em vida, não tem propósito e muito menos justiça. É um castigo sem finalidade alguma. É castigar por castigar. Não é castigar para reformar, porque a pessoa nunca irá deixar o castigo. Também não é castigar por questão de justiça, porque a pessoa continua sendo castigada mesmo depois de ser punida por cada pecado praticado. Então é simplesmente castigo por sadismo. Sua doutrina infernista é sádica, malévola, repugnante e totalmente incompatível a qualquer pensamento cristão.