Sobre a minha crença na mortalidade da alma - Parte 1
SOBRE A MINHA CRENÇA NA MORTALIDADE DA ALMA
(Parte 1 de 3)
Este artigo será diferente daquilo que eu costumo passar aqui. Como todos sabem, eu definitivamente não creio na doutrina pagã da imortalidade incondicional da alma e suas vertentes – tormento eterno e consciente em um lago de fogo eterno literal, dualismo entre corpo material e alma espiritual, existência de dois juízos, etc – e as minhas argumentações sobre isso se encontram exaustivamente neste blog e, principalmente, nesta páginade meu outro site.
Aqui, porém, não irei exatamente voltar a refutar esta doutrina como já fiz mil vezes, mas explicar como que eu passei a acreditar na doutrina cristã e bíblica da mortalidade natural da alma humana. Muitas pessoas me escrevem perguntando se eu sou adventista ou sobre qual é a minha igreja. A resposta é que não: eu não sou adventista, nunca fui. Respeito imensamente os adventistas, estudei quatro anos em um colégio adventista, já ouvi várias pregações deles, e os considero tão cristãos quanto eu e os demais evangélicos, mas não compactuo com algumas de suas crenças (tais como a guarda obrigatória do sábado e o juízo investigativo).
Nem por isso deixo de considerá-los como povo eleito de Deus. Os seus programas de televisão (na TV Novo Tempo), tais como o “Na Mira da Verdade” e as excelentes pregações do pastor Ivan Saraiva, são mil vezes melhores do que os canais que passam pseudo-apóstolos que se dizem evangélicos e que passam o dia todo pedindo dinheiro na televisão. Portanto, apesar de eu respeitar os adventistas e considerar como um absurdo aqueles poucos evangélicos que os chamam de “hereges”, eu não sou adventista.
Nasci e cresci aprendendo a doutrina da imortalidade da alma. Talvez a primeira coisa que eu tenha ouvido sobre a morte é que a alma é imortal. Sobre ressurreição? Não, isso não era muito importante. Um mero detalhe desnecessário e de menor importância não era ressaltado nas igrejas. Tinha apenas um leve conhecimento sobre ressurreição, mas sobre imortalidade da alma estava na ponta da língua. Fui doutrinado, tanto pelas igrejas que eu frequentava quanto pelos sites apologéticos evangélicos na internet, que a alma era imortal.
Quando comecei a construção de meu outro site (apologiacrista.com), em 2009, eu dediquei uma página para “provar” a imortalidade da alma, baseando-me naquelas mesmas meia-dúzia de passagens bíblicas isoladas que todo bom imortalista sabe de cor: partir e estar com Cristo, as “almas” debaixo do altar clamando vingança, o ladrão da cruz, a parábola do Lázaro, os espíritos em prisão, etc. Passava essas passagens no site achando que era tudo aquilo que a Bíblia tinha a dizer sobre o tema. E, nos debates, sustentava essa mesma posição, inclusive contra adventistas.
Antes de contar como que eu deixei de crer na imortalidade da alma, será necessário começar contando como que tudo começou. Uma daquelas perguntas que todo cristão tem em mente, mas que apenas alguns poucos têm coragem de assumi-las, é sobre como que um Deus de amor, graça, justiça e misericórdia, poderia deixar queimando literalmente entre as chamas de um lago de fogo e enxofre por toda a eternidade os pecadores que durante alguns anos não serviram a Cristo em suas vidas terrenas.
Não é preciso ser um filósofo para entender que tal punição seria injusta. Um tormento infinito por pecados finitos não entrava na minha cabeça, pelo menos não com o Deus que nos é revelado nas Escrituras, que tanto amou o mundo ao ponto de dar o Seu único Filho por todos nós. Se nem eu ou você seríamos tão cruéis e implacáveis ao ponto de mandar o nosso maior inimigo para literalmente as chamas de um fogo eterno, para sofrer terrivelmente para sempre e sem volta, quanto menos Deus, que ama muito mais essa pessoa do que eu ou você!
As explicações que ouvia sobre isso não me eram satisfatórias. Uns diziam que o inferno foi criado para o diabo e seus anjos, e que “por acidente” os não-cristãos vão acabar partilhando do destino do diabo e seus anjos. Mas como Deus é onisciente e sabia muito bem de todo o desenrolar da história humana antes mesmo de criar o homem, fica ainda mais incoerente crer que ele não tenha previsto esse inferno de tormento eterno para os homens pecadores. Na verdade, essa explicação não ajudava nada.
Por esta época, eu comecei a me aventurar a ler vários (muitos mesmo) daqueles relatos de vida após a morte. Li desde pessoas que supostamente foram o Céu, até pessoas que passaram pelo inferno e voltaram. Claro que a maior ênfase e quantidade de relatos era deste último, é lógico. Li desde as visões de Santa Faustina do inferno, até a “divina revelação do inferno” de Mary Baxter, os “23 minutos no inferno” de Bill Wiese, dentre muitas outras “revelações”, as quais eu me amarrava, e tinha toda a credulidade do mundo de que tais visões eram reais.
Na época, eu não tinha qualquer conhecimento bíblico sério sobre o que era realmente o inferno bíblico, apenas tinha aquela visão tradicional de inferno, herdada a nós pela Igreja Católica na Idade Média, ao estilo “Comédia de Dante”. Para mim, o inferno era um local subterrâneo, onde as almas ou espíritos imortais dos pecadores desciam, e lá eram atormentados por demônios, por fogo, por torturas de todos os tipos. O inferno era praticamente uma Disneylândia do demônio, que se divertia à beça torturando os pecadores.
Em outras palavras, ao invés do inferno ser uma punição para o demônio (pois foi “preparado para o diabo e seus anjos” – Mt.25:41), era uma total curtição para ele. Mas não era somente isso que me estranhava nestes relatos “infernais”. Não era preciso ter nenhum conhecimento teológico para perceber que os relatos eram sempre contraditórios entre si (portanto, mutuamente excludentes), e em alguns casos as pessoas encontravam por lá atores famosos, como Michael Jackson, John Lennon, o papa João Paulo II, dentre outros; e os espíritos sangravam, vestiam roupas humanas, tinham pele e ossos.
Tudo isso me parecia muito estranho, para dizer pouco. Mas em todas as visões do inferno a pessoa que foi supostamente levada até lá estava do lado de Jesus, que se mostrava profundamente triste com o sofrimento daquelas pessoas, quase que arrependido. Mas dizia que naquele momento já não restava mais nada a ser feito, pois aquelas pessoas já estariam condenadas por toda a eternidade naquele lugar.
Contudo, ao invés de me conformar com essa explicação, isso piorava as coisas, pois passava a ideia de um Deus que é incapaz de solucionar os problemas ou resgatar as pessoas daquele lugar terrível, que sabia premeditadamente que aquelas pessoas iriam para aquele lugar, e, ao invés de decretar um juízo justo e correspondente aos pecados de cada um, decide por um tormento eterno para todos, indiscriminadamente. Um rapaz de doze anos que não conheceu Jesus teria a mesma pena de Adolf Hitler, que exterminou os judeus.
O diabo, autor do pecado e que peca desde o princípio (1Jo.3:8), ficaria se divertindo torturando aqueles que pecaram somente durante algum tempo. Todas as respostas que lia e ouvia não serviam para melhorar a situação, mas apenas a piorava. E, com medo de questionar se isso é justo ou não e ir parar neste local infernal, tinha receio de questionar o próprio Deus sobre isso, ou de perguntar a outras pessoas.
Afinal, o motor que rege muitos crentes para viverem certinho não é Deus ou a vida eterna, é o fogo do inferno. Muitos crentes querem ser santos à marra, por força de obrigação e não por livre e espontânea vontade de amar a Deus, porque tem medo de morrer no pecado e irem parar neste local infernal. Sendo assim, a real motivação para servir a Cristo acaba sendo escapar do inferno, e não encontrar seu Salvador. Para elas, se um tormento infernal eterno não existisse, valeria mais a pena viver no pecado!
E cristãos firmados sobre o medo do inferno não são cristãos verdadeiros. O cristão tem que estar firmado em Cristo, e somente nEle. Mas isso é muito difícil para alguém que tem em mente a ideia de que, se cometer algum deslize, tem um local embaixo da terra com várias criaturas passando por tormentos colossais nas mãos de criaturas demoníacas com um garfo na mão, junto a um fogo que queima espíritos incorpóreos.
É claro que essa não era a minha única dúvida na fé cristã. Havia muitas outras, mas todas elas se solucionavam facilmente e satisfatoriamente, de um jeito ou de outro, mais cedo ou mais tarde. Não pensem vocês que eu sou um daqueles cristãos que engolem fácil qualquer explicação dada a eles sobre qualquer problema no Cristianismo. Encontrar explicações satisfatórias não foi rápido ou fácil, mas todas as questões acabavam sendo solucionadas, menos... aquele lugar infernal e seu tormento eterno.
Seria mais justo que Deus punisse cada pecador com o tanto correspondente aos seus pecados do que enviar todos juntos para uma mesma condenação de um tormento infinito por pecados finitos. Da mesma forma que eu considerava injusto que não houvesse castigo nem punição pelos pecados, igualmente achava injusto que essa punição fosse eterna para todos, indiscriminadamente. A solução para isso seria um castigo proporcional aos pecados de cada um, e não uma extinção de vida antes de pagar pelos pecados, e muito menos um tormento eterno, que só serviria para perpetuar o pecado, os pecadores, o mal, as blasfêmias e o tormento no Universo para sempre, ao invés de eliminá-lo de uma vez por todas.
Foi então que, lendo um artigo do doutor Samuele Bacchiocchi (o qual eu fiz questão de passar neste blog, e se encontra aqui), eu descobri a verdade sobre o inferno, que consiste em aniquilacionismo, e não em tormento eterno. É claro que isso não era tudo. Comecei a estudar o assunto e perceber a falácia de todos os outros argumentos imortalistas para um inferno eterno. As alegações do fogo eterno eram biblicamente pelos efeitos do fogo e não pelo processo, o que você pode conferir aqui. E o principal versículo bíblico utilizado por eles, em Mateus 25:46, também era facilmente explicado (o que você pode conferir aqui).
Junto a isso, comecei a estudar a Bíblia seriamente sobre este assunto, e descobri mais de 175 passagens bíblicas que pregam claramente o aniquilamento dos ímpios, as quais eu fiz questão de citar uma por uma em meu livro sobre o tema. Muitas dessas passagens, como em Malaquias 4:1-3, não apenas retratam o aniquilacionismo evidente, como também traça um contraste nítido entre o destino dos justos e ímpios. Enquanto para os justos nasceria o sol da justiça (v.3), os ímpios seriam feitos palha (v.1), não seria deixado nem raiz nem ramo deles (v.1), seriam pisados e feito cinzas debaixo dos pés dos justos (v.3).
Essa linguagem claramente não retratava um prosseguimento eterno de vida para ambos os grupos (salvos e não-salvos), um entre as chamas de um inferno eterno e outro em um Paraíso celestial, mas sim um grupo que herdaria uma vida eterna (imortalidade), e outro que seria extinto, deixando de existir. É por isso que nos é dito que “o ímpio não mais existirá”(Sl.37:10), que serão “reduzidos a nada”(Is.41:12), que Deus “os fará desaparecer” (Sl.73:20), e que “futuro para os ímpios nunca haverá” (Sl.37:38). Tudo isso é linguagem de inexistência, e não de existência eterna em algum lugar.
Descobri, então, que Deus não castiga da mesma forma todos os pecadores com um tormento eterno para todos indiscriminadamente, mas pune a cada um o tanto correspondente pelos seus pecados. Descobri que Deus não dá “infinitos açoites” em ninguém, mas uns receberão “muitos açoites” (Lc.12:47), enquanto outros, por sua vez, receberão “poucos açoites” (Lc.12:48). Descobri, finalmente, a linguagem bíblica que expressa de maneira grandiosa e magnífica a justiça de Deus: que os ímpios serão castigados pelo tanto correspondente aos seus pecados e em seguida eliminados, e não atormentados para sempre.
Essa descoberta foi duplamente libertadora: primeiro, me libertou de um engano bíblico tremendo que é a crença em um inferno de tormento eterno e consciente, baseando-me em uma ou outra passagem isolada, quando a Bíblia por completo rejeita tal doutrina. Segundo, ela me libertou de outro tormento, o psicológico, pois pude ver novamente como que o amor e a justiça de Deus andam de mãos dadas, e que Ele não é incoerente com relação ao destino eterno dos perdidos. Como o próprio Bacchiocchi disse, “a recuperação do ponto de vista bíblico do juízo final pode soltar a língua dos pregadores, porque podem pregar esta doutrina vital sem receio de retratar a Deus como um monstro”.
Mesmo após crer na crença bíblica da destruição eterna dos ímpios e rejeitar a tese do tormento eterno, o fato é que eu continuei crendo no estado intermediário, onde as almas dos justos já estariam com Deus e as dos ímpios já estariam no inferno (ainda que não seja eternamente). Sim, é incoerente crer nisso, pois se a alma sobrevive à morte do corpo é porque ela não morre; ou seja, ela é imortal (i.e, não-mortal). Mas se ela morre na segunda morte, então ela não é imortal! Em outras palavras, crer que a alma sobrevive após a morte e ao mesmo tempo crer que ela perecerá no dia do juízo é ser incoerente: seria o mesmo que dizer que a alma morre e não morre, que ela é e não é imortal.
Portanto, de duas, uma: ou a crença no tormento eterno do inferno é verdadeira, ou então, se não é, a própria imortalidade da alma em um estado intermediário é falsa. Demorou mais algum tempo para descobrir isso, e dessa vez a bomba veio com um nome: ressurreição dos mortos! Sim, essa crença tão esquecida e praticamente abandonada pelos pastores e igrejas da atualidade foi exatamente aquilo que me levou rejeitar a imortalidade da alma.
É certo que as igrejas que pregam a imortalidade da alma, em sua maioria, não rejeitam a ressurreição dos mortos. Porém, isso não muda o fato de que ambas as doutrinas são mutuamente excludentes. Os gregos da época de Cristo, que difundiram enormemente a tese da alma imortal para o mundo, não criam na ressurreição dos mortos, e por isso zombaram de Paulo no Areópago (At.17:32). O luterano Oscar Cullmann logo percebeu esse contraste, e escreveu o livro: “Imortalidade da Alma ou Ressurreição dos Mortos?”, onde ele aborda tal contraste abismal entre ambas as doutrinas.
O fato é que a imortalidade da alma anula completamente o valor e a importância (e principalmente a necessidade) da ressurreição. Prova disso é que raramente se vê pregações focando-se na esperança da ressurreição nos dias de hoje. Desde quando a doutrina pagã na imortalidade da alma entrou no Cristianismo, o foco passou a ser a esperança da imortalidade da alma, e não mais a esperança de ressurgir dentre os mortos na manhã da ressurreição do último dia. O foco mudou completamente.
Da Igreja Primitiva, onde nunca se ouviu falar de “alma imortal” [psiquê athanatos], e que pregava que a única esperança dos cristãos era na ressurreição (como você pode ver clicando aqui), para a igreja atual, onde não se ouve mais pregações sobre a ressurreição, onde ninguém fala que a sua maior esperança é em ressuscitar dos mortos, onde a crença na alma imortal suprimiu a crença fundamental na ressurreição. Rejeitar a imortalidade da alma não é apenas repudiar uma doutrina falsa oriunda do paganismo grego, mas é engrandecer e enaltecer novamente a ressurreição dos mortos, assim como era crida na Igreja primitiva.
Diante disso, chegou o dia em que eu parei para ler 1ª Coríntios, capítulo 15. Nunca vou me esquecer daquele dia. Nunca algum capítulo mexeu tanto comigo. A cada verso que lia, a cada compreensão do ensino de Paulo sobre a ressurreição, eu ria comigo mesmo. Era difícil acreditar que a Igreja se distanciou tanto daquele ensino. Era difícil acreditar que a cada versículo eu me convencia cada vez mais que imortalidade da alma não condiz com ressurreição dos mortos.
Confesso que fiquei pálido quando li no verso 18 Paulo dizendo que, se não fosse a ressurreição, os que dormiram em Cristo já pereceram. Confesso que fiquei mais pálido ainda quando li no verso seguinte que a nossa esperança em Cristo se limitaria somente a esta presente vida. Quanto mais eu lia, mais me convencia que, se não fosse pela ressurreição do último dia, não existiria nada depois da morte. Tanto é que Paulo diz que seria melhor comer, beber e depois morrer (v.32), e estaríamos correndo perigos à toa (v.30).
Nunca havia visto um imortalista pregar essas passagens. E até hoje nunca vi alguém as explicar satisfatoriamente, à luz de sua crença na imortalidade da alma. Afinal, Paulo poderia ter dito que viveríamos no Céu do mesmo jeito sem a ressurreição, estando com nossas almas no Céu sem um corpo. Para os imortalistas, a ressurreição é isso: um detalhe desnecessário. Pra que ressuscitar um corpo morto, se já estamos no Céu? De qualquer forma, na teologia imortalista, a ressurreição é desnecessária e inútil, pois estaríamos com Deus no Céu com ou sem um corpo físico glorioso.
Estaríamos desfrutando das delícias do Paraíso para sempre, do mesmo jeito. Estaríamos com Deus eternamente, independentemente de um corpo se levantar dos mortos ou não. Mas, se a alma não é imortal, então a ressurreição é totalmente necessária. Sem ela, os mortos já teriam perecido para sempre (v.18). Sem ela, não haveria outra vida após a morte, e a nossa esperança seria somente esta vida presente (v.19). Sem ela, é inútil sofrer perseguições por amor a Cristo (v.30). Sem ela, a própria vida é inútil (v.32). Quanta diferença entre imortalidade da alma e ressurreição dos mortos!
Depois, li os versos 51-54, onde vejo Paulo dizendo que seremos dotados de imortalidade somente após a ressurreição, pois ela não é algo que já trazemos consigo em nossa natureza no presente momento. E vejo também que a morte não é a libertação da alma do corpo, mas o maior inimigo a ser vencido (vs. 54-55), e que só é tragada na ressurreição (v.54). Oh, quão importante, gloriosa e fundamental é a ressurreição!
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